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Douglas de Melo Souza

Professor: Nelson Antônio


Psicologia - SDE4821

O termo alienação parental é uma situação que surge, após um momento de


separação entre os pais, cujo o nível de conflitualidade ainda está muito alto, e
então aquele que possui a guarda dos filhos usa-o como um instrumento de
vingança contra o ex cônjuge.

A alienação parental consiste em programar uma criança para odiar, sem


motivo, um de seus genitores até que a própria criança ingresse na trajetória de
desconstrução desse genitor.

De acordo com alguns autores a Síndrome de Alienação parental se manifesta,


principalmente no ambiente materno, pois na maioria das decisões após o
divórcio sobre com quem exerceria a guarda dos filhos, a mãe é a que mais
recebe a decisão favorável.

Em determinados lares pode haver a anuência de outros familiares para com


essa forma de alienação, e isso demonstra que não somente o alienador pode
demonstrar um sentimento destrutivo, mas outros familiares contra o alienante.

A instauração desta síndrome pode deixar rastros, e sequelas capazes de


perdurar pela vida adulta. Essas situações em que a criança é levada a odiar,
rejeitar, um genitor que a ama, a contradição de sentimentos produz uma
destruição dos vínculos que, se perdurar por longo tempo, entretanto , não
sendo mais passível a restauração para um estado anterior à alienação,
levando da morte simbólica pela separação à uma morte real do sujeito.

Portanto a síndrome de alienação parental pode trazer outros problemas, além


destes já citados, que afetam a própria saúde da criança, como a depressão
crônica, incapacidade de adaptação social normal, transtornos de identidade e
de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa, sentimento de
isolamento, comportamento hostil, falta de organização, e em casos extremos
poderá levar ao suicídio.

Em uma pesquisa feita por Podevyn (2001) afirma que adultos que foram
vítimas de alienação quando crianças, tem uma certa inclinação ao álcool, às
drogas, bem como apresentam outros sintomas de profundo mal-estar e
desajustamento.
O primeiro passo pelo qual se passa para perceber o processo de alienação
passado é a percepção de que o genitor alienado na realidade não apresenta
as características que lhe eram atribuídas, sento atribuídas como projeções
criadas.

É necessário sempre intervir de forma precoce, por meio de profissionais da


área da saúde mental, para que se evitar maiores desgastes, que acabam
deteriorando mais a relação entre os genitores, podendo vitimizar ainda mais
os filhos machucados pela separação dos pais.

Na identificação do genitor nós podemos ver comportamentos frequentes.


Como sentimentos destrutivos de ódio, capazes de destruir a relação dele com
o outro, e até mesmo contra o próprio filho, ciúmes, irritação exacerbada
desencadeada por motivos econômicos, superproteção dos filhos, mudanças
súbitas ou radicais e o medo incapacitante.
Existem também características predominantes aos que estão passando por
um processo de alienação parental. São eles, a obstrução de contato quanto
uma das partes, falsas denúncias de abuso físico, emocional ou sexual,
deterioração da relação após a separação e relação de medo por parte dos
filhos.

Referências
Slide – aula Psicologia / direito 2020.1
https://emais.estadao.com.br/blogs/familia-plural/pai-sofre-alienacao-parental-e-
entra-na-justica-para-ter-a-guarda-do-filho-de-5-anos/

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