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MINISTÉRIO DA FAZENDA
Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ
Secretaria-Executiva
INDICE
1 Introdução ...............................................................................................................................5
2 Antecedentes e contextualização ...........................................................................................7
2.1 A Distribuição do FPE no Código Tributário Nacional - CTN ......................................... 8
2.2 A Distribuição do FPE na Lei Complementar 62/89 .................................................... 11
2.3 Ações Diretas de Inconstitucionalidade ...................................................................... 12
3 O Modelo Previsto pelo Código Tributário Nacional - CTN ...................................................14
4 Modelo de Equalização .........................................................................................................23
4.1. Lógica do Modelo ............................................................................................................... 23
4.2. Considerações iniciais sobre os elementos-chave do modelo ........................................... 24
4.3. Objetivo: equalizar receita, critério de equidade adotado ................................................ 24
4.4. Receita potencial x receita efetiva ..................................................................................... 25
4.5. Receita base utilizada na equalização ................................................................................ 25
4.6. Valor de Referência x Máxima Redistributividade ............................................................. 27
4.7. Critérios e base de dados ................................................................................................... 27
4.8. Equalização em duas etapas............................................................................................... 28
4.9. Modelo de Equalização Básico ........................................................................................... 29
4.10. Apuração dos coeficientes de participação...................................................................... 31
4.11. Comparação com a distribuição atual do FPE .................................................................. 33
4.12. Variações do Modelo de Equalização Básico ................................................................... 34
4.12.1. Equalização com Coeficiente Máximo Limitado em 10%.............................................. 34
4.12.2. Equalização com Redução Máxima (em relação à LC 62/89) Limitada em 20% ........... 37
5 Modelo Redistributivo ...........................................................................................................40
5.1. Variáveis analisadas: ................................................................................................... 40
5.2. Atribuição de pesos para cada variável ...................................................................... 42
5.3. Resultados ................................................................................................................... 42
5.4. Simplificação do modelo redistributivo ...................................................................... 44
6 Modelo Misto ........................................................................................................................46
6.1. Modelo Misto com a Variável de Infraestrutura ................................................................ 51
6.1.1. Composição da variável infraestrutura ........................................................................... 53
6.1.3. Resultados ....................................................................................................................... 54
7 Condições de Transição .........................................................................................................57
8 Considerações sobre a Elevação do Aporte da União para o FPE .........................................62
9 Projetos no Congresso Nacional sobre o FPE ........................................................................65
10 Considerações Finais .........................................................................................................84
11 APÊNDICE I - Anteprojeto da Lei Complementar 62/89 ...................................................85
12 APÊNDICE II – Minuta de Proposta de Emenda Constitucional Ampliando o FPE ...........89
13 APÊNDICE III – Memória dos Trabalhos no GEFPE para o Modelo Redistributivo ...........91
14 APÊNDICE IV - Relação de Integrantes do Grupo Especial de Estudo do FPE – GEFPE ...101
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MINISTÉRIO DA FAZENDA
Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ
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1 Introdução
O presente documento reflete os resultados dos trabalhos elaborados pelo Grupo Especial de
Estudo do Fundo de Participação dos Estados – GEFPE durante o ano de 2011, versando sobre
alternativas aos critérios atualmente adotados para a distribuição de recursos do Fundo de
Particpação dos Estados - FPE entre as unidades da Federação Brasileira. A decisão do Supremo
Tribunal Federal - STF, datada de fevereiro de 2010, declarou a inconstitucionalidade do Artigo
2º e Anexo Único da Lei Complementar 62/89, limitando os seus efeitos até 31 de dezembro de
2012, e estabelecendo que novos critérios deveriam ser definidos para serem aplicados a partir
de 2013. O Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ incorporou esta questão às suas
prioridades.
Desta forma, em sua Reunião Ordinária de setembro de 2010, realizada em Belo Horizonte -
MG, os secretários de fazenda dos estados, reunidos no CONFAZ deliberaram pela instituição
do Grupo Especial de Estudo do Fundo de Participação dos Estados – GEFPE, com o propósito
de elaboração de estudos e análises que pudessem subsidiá-los na construção de uma nova
alternativa para a destinação dos recursos do Fundo de Participação do Estados – FPE, a ser
adotada a partir de janeiro de 2013. O GEFPE é composto por representantes das unidades da
Federação, indicados por seus secretários de fazenda, e reporta-se diretamente ao CONFAZ.
E com o propósito de ampliar o debate para recepcionar as perspectivas dos poderes judiciário
e legislativo, promoveu também o Seminário de Avaliação de Alternativas para o Fundo de
Participação dos Estados – FPE, em conjunto com a Escola de Administração Fazendária – ESAF
e com o Fórum Fiscal dos Estados Brasileiros, o qual ocorreu na sede da ESAF em Brasília no dia
25 de maio de 2011. Contou com a participação do Dr. Gilmar Mendes, Ministro do Supremo
Tribunal Federal e relator da decisão de inconstitucionalidade, e do Dr. Marcos Mendes,
Consultor Legislativo do Senado Federal.
Assim, o propósito deste documento, consolidado em sua 10ª reunião técnica, realizada em
março de 2012, consiste em sintetizar os resultados alcançados neste processo participativo e
democrático de estudo e discussão de alternativas, de modo a subsidiar esforços subsequentes
em busca de uma solução adequada. No entanto, o GEFPE não optou por uma alternativa
específica, por não ter alcançado uma posição de consenso técnico e político no âmbito do
Grupo, assim como no próprio CONFAZ.
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O relatório está estruturado em dez capítulos, sendo o primeiro esta introdução. No capítulo 2,
são apresentados os antecedentes que contextualizam o presente debate. Nos capítulos
seguintes, 3, 4 e 5, são apresentados estudos referentes aos modelos do Código Tributário
Nacional, de Equalização e Redistributivo. Em seguida, é analisado um Modelo Misto que
procura combinar os atributos dos modelos de equalização e redistributivo, além de apresentar
uma alternativa incorporando a variável de infraestrutura. No capítulo 7, é sugerida uma
proposta de transição do modelo atual para o novo modelo a ser adotado. As considerações
sobre a elevação do aporte ao Fundo são analisadas no capítulo 8. O capítulo 9 contém um
levantamento dos projetos apresentados no Congresso Nacional sobre o tema. No último
capítulo, são feitas considerações finais decorrentes dos estudos realizados.
Cabe destacar que, como não há uma padronização na terminologia utilizada nos modelos de
distribuição de recursos, é preciso explicitar a que foi adotada no GEFPE. Um primeiro corte
para os cenários apresentados é a separação em duas principais modalidades: modelos de
equalização de receitas e modelos redistributivos.
Denomina-se modelo de equalização de receitas aquele regido por uma lógica que visa a
aproximar a capacidade de gasto per capita entre as unidades federadas - UFs. Denomina-se
modelo redistributivo aquele que utiliza variáveis socioeconômicas (tais como área territorial,
população, inverso da renda per capita, etc.), para determinar os índices de repartição. Neste
trabalho, denominamos ainda de modelo misto aquele que combina atributos do modelo de
equalização e do redistributivo, o que é apresentado no capítulo 6 deste documento.
Os diversos atributos inerentes a cada um destes modelos foram definidos pelo grupo em
processo de votação por maioria, observando-se votos divergentes em relação a estes. Não
foram, portanto, as deliberações do GEFPE resultantes de consenso entre os seus integrantes.
Na avaliação dos resultados obtidos com os diferentes modelos neste documento, denominam-
se “ganhos” e “perdas” as variações entre os coeficientes e montantes resultantes de cada
modelo e aqueles atualmente vigentes, conforme prevê a Lei Complementar 62/89. Ou seja,
refletem os impactos financeiros, sem pretender alcançar um juízo de valor.
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2 Antecedentes e contextualização
O FPE foi instituído em 1965, tendo os seus repasses efetivamente iniciados em 1967. Trata-se
de uma transferência vertical de recursos, da União para os Estados, e sempre teve como fonte
de financiamento o produto da arrecadação do Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A tabela a seguir apresenta a evolução dos normativos que disciplinam o FPE, explicitando as
suas fontes de receita e respectivos percentuais, assim como a presença ou não de vinculações
para a sua aplicação.
A previsão do percentual atual de 21,5% de IR e IPI, acima referida, encontra-se definida no Art
159 da Constituição Federal de 1988 – CF/88, conforme segue:
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I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, quarenta e sete por cento na seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal;
....
No capítulo 8, é efetuada uma discussão acerca da evolução das receitas do FPE como
proporção das receitas totais da União.
Já no que se refere à evolução da distribuição horizontal dos recursos do FPE entre os estados,
que remete ao(s) critério(s) de partilha, destaca-se inicialmente o dispositivo da CF/88, que
sintetiza o objetivo do FPE, dando a direção para o critério de partilha:
Desde a instituição do FPE, foram adotados basicamente três modelos para distribuição
horizontal dos recursos do Fundo, conforme resumido na tabela a seguir e detalhado nas
seções seguintes.
Com base no critério de partilha do CTN, foram transferidos os recursos do FPE relativos aos
exercícios de 1967 a 1989. Uma das características deste período foi a dinamicidade do sistema,
no sentido de que os coeficientes eram periodicamente calculados.
O critério inicialmente previsto pelo CTN, que denominamos neste trabalho como “CTN
original”, foi aplicado no período 1967 a 1975, e comportava os seguintes parâmetros: 5%
proporcional à superfície de cada Estado e 95% proporcional ao produto dos fatores
representativos da população e do inverso da renda per capita, sendo que os fatores
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A seguir, é apresentada uma tabela que resume este critério “CTN original” e os artigos do
CTN que os definem.
Art. 88. O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, a que se refere o artigo 86,
será distribuído da seguinte forma:
I - 5% (cinco por cento), proporcionalmente à superfície de cada entidade participante;
II - 95% (noventa e cinco por cento), proporcionalmente ao coeficiente individual de participação,
resultante do produto do fator representativo da população pelo fator representativo do inverso
da renda per capita, de cada entidade participante, como definidos nos artigos seguintes.
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste artigo, consideram-se:
I - a superfície territorial apurada e a população estimada, quanto à cada entidade participante,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
II - a renda per capita, relativa a cada entidade participante, no último ano para o qual existam
estimativas efetuadas pela Fundação "Getúlio Vargas".
Art. 89. O fator representativo da população a que se refere o inciso II do artigo anterior, será
estabelecido da seguinte forma:
Fator
I - Até 2% ...............................................................................2,0
II – Acima de 2% até 5%:
a) pelos primeiros 2% .....................................................2,0
b) para cada 0,3% ou fração excedente, mais .................0,3
III - Acima de 5% até 10%:
a) pelos primeiros 5% ......................................................5,0
b) para cada 0,5% ou fração excedente, mais ..................0,5
IV - Acima de 10% ......................................... .....................10,0
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, considera-se como população total do País a soma
das populações estimadas a que se refere o inciso I do parágrafo único do artigo anterior.
Art. 90. O fator representativo do inverso da renda per capita, a que se refere o inciso II do artigo
88, será estabelecido da seguinte forma:
Inverso do índice relativo à renda per capita da entidade participante:
Fator
Até 0,0045 ............................................................0,4
Acima de 0,0045 até 0,0055 .................................0,5
Acima de 0,0055 até 0,0065 .................................0,6
Acima de 0,0065 até 0,0075 .................................0,7
Acima de 0,0075 até 0,0085 .................................0,8
Acima de 0,0085 até 0,0095 .................................0,9
Acima de 0,0095 até 0,0110 .................................1,0
Acima de 0,0110 até 0,0130 .................................1,2
Acima de 0,0130 até 0,0150 .................................1,4
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Em 1976, com a vigência do Decreto Lei 1.434/75, foram adotadas reservas regionais para a
distribuição do FPE. A partir deste ano, até 1989, prevaleceu o que denominamos neste
trabalho como “CTN com reservas regionais”. Os parâmetros que integravam o critério de
partilha continuaram sendo os mesmos do “CTN original”, todavia aplicados separadamente
sobre as respectivas reservas, sendo: 80% do montante do FPE destinado para todos os estados
e 20% apenas para os estados das regiões Norte e Nordeste.
Observe-se, que houve um período de transição para a aplicação da reserva de 20%. Em 1976 e
1977, foi adotada uma reserva de apenas 10%.
A seguir, é apresentada uma tabela que resume o critério “CTN com reservas regionais” e os
respectivos dispositivos do CTN que os definem.
....
Anote-se ainda que, conforme o art. 34 do ADCT da CF/88, § 2º, inciso I, o critério de partilha
vigente em 1988 foi mantido para 1989, pois a LC 62/89 entrou em vigor a partir de 1990.
O capítulo 3 deste documento mostra como ficaria atualmente a partilha do FPE caso o modelo
do CTN voltasse a ser adotado, tanto o CTN “original” (Lei 5.172/1966), quanto o resultante da
adoção de “reservas regionais” para o fundo.
Consoante o disposto no art. 161 da CF/88, foi editada a LC 62/89, a qual, sem a coordenação
do poder central e em um ambiente democrático, tornou a definição de critérios para a partilha
do FPE bem mais complicada e politizada do que na década de 60. As exaustivas negociações
entre os secretários de fazenda dos estados resultaram em um acordo “provisório” para a
distribuição dos recursos, o qual pode ser sintetizado da seguinte forma.
a) os incisos I e II do art. 2° da LC 62/89 estipulam reservas (fixas) para o FPE, sendo 85%
para as regiões N/NE/CO e 15% para as regiões S/SE. Note-se, que, a partir desta LC
62/89, o Centro Oeste passou a integrar as reservas em conjunto com o Norte e
Nordeste.
b) o Anexo Único do art. 2º estipula coeficientes fixos de participação para cada estado.
O acordo de secretários de fazenda seria aplicado aos repasses de 1990 e 1991 (§ 1º do art. 2º).
A partir de 1992 deveria ser editada uma nova LC, estipulando critérios dinâmicos de
distribuição, levando em conta os dados do censo demográfico de 1990 (§ 2º do art. 2º).
Embora o Congresso Nacional tenha apreciado vários projetos de lei complementar para
instituir novos critérios, nenhum deles foi aprovado. Desta forma, continuaram sendo aplicados
os coeficientes fixos definidos no Anexo Único, com respaldo no § 3º do art. 2º da LC 62/89,
que admite que, na ausência de nova lei complementar, continuariam sendo aplicados. Assim,
o acordo de 1989, que resultou na LC 62/89, terminou prevalecendo com os coeficientes
congelados por vinte e três anos (1990 a 2012).
LC 62/89:
....
Art. 2° Os recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE serão distribuídos da
seguinte forma:
I - 85% (oitenta e cinco por cento) às Unidades da Federação integrantes das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste;
II - 15% (quinze por cento) às Unidades da Federação integrantes das regiões Sul e Sudeste.
§ 1° Os coeficientes individuais de participação dos Estados e do Distrito Federal no Fundo de Participação
dos Estados e do Distrito Federal - FPE a serem aplicados até o exercício de 1991, inclusive, são os
constantes do Anexo Único, que é parte integrante desta Lei Complementar.
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§ 2° Os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, a vigorarem a partir
de 1992, serão fixados em lei específica, com base na apuração do censo de 1990.
§ 3° Até que sejam definidos os critérios a que se refere o parágrafo anterior, continuarão em vigor os
coeficientes estabelecidos nesta Lei Complementar.
....
A ADI 1987/DF tem por objeto a omissão do Congresso Nacional em regulamentar o art. 161, II,
da CF; as demais ações contestam o art. 2º, I e II, e §§ 1º, 2º e 3º, e Anexo Único da LC 62/89.
Por terem um objeto similar, foram julgadas conjuntamente.
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Conforme opinativo do relator da decisão judicial, Ministro Gilmar Mendes, deve haver a
possibilidade de revisão periódica dos coeficientes, “de modo a se avaliar criticamente se
aqueles até então adotados ainda estão em consonância com a realidade econômica dos entes
federativos e se a política empregada na distribuição dos recursos produziu o efeito desejado”.
Desta forma, o Congresso Nacional terá que aprovar uma nova Lei Complementar ainda em
2012, definindo novos critérios de rateio para o FPE, a serem aplicados a partir de janeiro de
2013. Conforme a complexidade do novo sistema, o Congresso precisa aprovar com razoável
antecedência, para que o TCU possa calcular os novos coeficientes em tempo de serem
aplicados aos repasses a serem realizados em janeiro de 2013.
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5% 95%
FATOR SUPERFÍCIE
+ COEFICIENTE INDIVIDUAL
FATOR
FATOR X INVERSO DA
POPULAÇÃO
RENDA PER
CAPITA
FATOR SUPERFÍCIE
Área _ Estado(km 2 )
Fator _ Superfície _ Estado =
Área _ Brasil (km 2 )
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O gráfico a seguir expõe os coeficientes resultantes dos cálculos realizados com as informações
do IBGE para o ano de 2007 do parâmetro Superfície Territorial.
Fator Superfície
20,00
18,00
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
-
DF SE AL RJ ES RN PB SC PE AP CE AC PR RR RO SP PI TO RS MA GO MS BA MG MT PA AM
FATOR POPULAÇÃO
População _ Estado
Fator _ População _ Estado =
População _ Brasil
Porém, além desta proporção em relação à população do país, o coeficiente deve considerar
uma tabela, reproduzida a seguir, contendo faixas de coeficientes, a partir da qual serão
estabelecidos os fatores finais de população.
I – Até 2% 2,0
II – Acima de 2% até 5%
a) Primeiros 2% 2,0
b) Para cada 0,3% ou fração excedente, mais 0,3
III – Acima de 5% até 10%
a) Primeiros 5% 5,0
b) Para cada 0,5% ou fração excedente, mais 0,5
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Para os Estados com proporção entre 2,0% e 5%, o coeficiente final de população será de 2,0%
mais 0,3 pontos percentuais para cada 0,3% na proporção ou fração excedente. Por exemplo, o
Estado de Goiás com 5.647.035 habitantes, que representa 3,07% da população do país em
2007, teria 2,0%, por pertencer à faixa referida neste parágrafo. Os 1,07 pontos percentuais
restantes seriam divididos em parcelas de 0,3, resultando em 3 parcelas de 0,3 mais um
excedente de 0,17.
Desta forma, o Estado receberia mais 4 parcelas de 0,3 pontos percentuais, sendo 3 referentes
às frações completas de 0,3 e mais uma referente ao excedente de 0,17 p.p.
O mesmo raciocínio é aplicado aos Estados com proporção entre 5,0 e 10,0%, sendo atribuído
aos Estados 5,0% referentes aos primeiros 5,0% na proporção de sua população em relação à
população nacional e mais 0,5 pontos percentuais para cada parcela de 0,5 ou excedente.
Por fim, os estados com mais de 10% da população do país ficam com fator população final de
10,0%. Em 2007, apenas São Paulo, com 39.827.690 habitantes (21,65%), e Minas Gerais, com
19.273.533 (10,48%), estavam nessa faixa.
Fator População - FP
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
-
RR AP AC TO RO SE MS DF MT RN PI AL AM ES PB GO SC MA PA CE PE PR RS BA RJ MG SP
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O fator inverso da renda per capita é proporcional ao inverso da relação entre a renda per
capita do estado e a renda per capita média do Brasil.
1
Fator _ Inversode Re nda =
Re ndaPerCapita _ Estado
Re ndaPerCapita _ Brasil
Da mesma forma que o fator de população, o fator inverso de renda per capita utiliza uma
tabela para estabelecer o fator final do parâmetro, apresentada a seguir.
As faixas definidas pela tabela acarretam agrupamentos de Estados com o mesmo percentual,
apesar das diferenças entre as rendas, tais como o Piauí e o Ceará, que possuíam rendas per
capita de R$ 4.662,00 e R$ 6.149,00 respectivamente, e o coeficiente de ambos é de 2,5.
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
-
DF SP RJ ES SC RS PR MT AM MG MS GO RR RO AP TO AC SE BA RN PE PA CE PB AL MA PI
A normalização é feita multiplicando-se o resultado obtido na equação acima pela razão entre
100% e o somatório dos coeficientes obtidos pela multiplicação dos fatores de população e
inverso de renda per capita. Para os dados de 2007, a equação é ajustada da seguinte forma:
100%
CoeficienteIndividualdeParticipação( Final) = CoeficienteIndividualdeParticipação×
140,7%
COEFICIENTE FPE
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Participação FPE
12,00
10,05
10,00
8,45
8,02
8,00
6,10 6,27 6,40
6,00
4,62
3,81 4,20
4,00 3,39 3,41 3,52 3,76
2,73 2,79
2,25 2,32 2,54
1,78 1,83 1,88 1,97 2,02 2,03 2,17
2,00 1,11
0,54
-
DF ES SC MS MT AP RR RO SE AC TO AM RN GO AL PB PI PR RS SP RJ MA PA PE CE MG BA
350,0
300,0
202,2
250,0
200,0
150,0
89,6
61,9
100,0
39,4
37,4
30,5
-47,7
-46,5
-27,9
-34,6
-34,2
-26,2
-15,5
-42,1
-18,5
-28,8
-18,5
-18,5
50,0
-21,2
-18,5
-8,9
-7,2
9,3
7,0
2,6
0,0
-1,8
-50,0
-100,0
SE TO AP RN AC PB RO ES DF MT RR PI AL MA AM PE GO PA BA CE PR MS SC RS MG RJ SP
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CTN
LC62/89
6,52
9,36 NORTE
8,48
NORDESTE NORTE
19,41
25,37 NORDESTE
18,37 CENTRO- OESTE 7,17
SUDESTE CENTRO- OESTE
SUL SUDESTE
7,05 SUL
45,81 52,46
S - SE S - SE
27,73 15,00
N - NE - CO N - NE - CO
72,27 85,00
“Art. 2° Os recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE serão distribuídos da
seguinte forma:
I - 85% (oitenta e cinco por cento) às Unidades da Federação integrantes das regiões Norte, Nordeste
e Centro-Oeste;
II - 15% (quinze por cento) às Unidades da Federação integrantes das regiões Sul e Sudeste.”
A aplicação das reservas é realizada sobre os coeficientes finais apresentados na seção anterior.
Desta forma, os fatores de superfície, população e inverso de renda per capita não têm
modificação.
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15%
CoeficienteFPE _ COM _ Re servas = CoeficienteFPE _ SEM _ Re servas ×
27,73%
85%
CoeficienteFPE _ COM _ Re servas = CoeficienteFPE _ SEM _ Re servas ×
72,27%
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127,05
150,00
63,50
61,60
100,00
28,57
25,85
20,64
-31,94
-15,20
-38,48
-23,10
15,51
-24,57
-12,44
-22,64
-60,06
-37,03
-16,28
-29,39
-4,15
-4,10
-4,12
-7,38
-4,10
9,16
50,00
-0,56
7,17
2,58
0,00
-50,00
-100,00
ES SE TO AP PR SC RN AC PB RO RS DF MT RR PI AL MA MG AM PE GO PA BA CE MS RJ SP
Conforme apresentado nos gráficos dos coeficientes por região a seguir, a nova distribuição
tem a região Nordeste com 53,88% dos recursos, seguida pela região Norte com 22,83%, a
Sudeste com 9,94%, a Centro-Oeste com 8,29% e, por fim, a Sul com 5,06%.
A variação em relação à distribuição atual é de 1,43 pontos percentuais para a região Nordeste,
de - 2,54 p.p. para a região Norte, de 1,45 p.p. para a região Sudeste, de 1,11 p.p. para a região
do Centro-Oeste e de – 1,45% para a região Sul.
52,46 53,88
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4 Modelo de Equalização
A Equalização pode ser entendida como um modelo que orienta a distribuição de recursos do
FPE de forma a diminuir as desigualdades de receita orçamentária per capita dos governos
participantes1.
A leitura direta dos valores orçamentários deve, assim, revelar uma ordem de carência entre os
estados, que orienta a partilha do Fundo.
1
O Modelo de Equalização, tal como foi considerado no âmbito do GEFPE, é pormenorizadamente descrito no
seguinte estudo:
• Prado, Sérgio; Silva, Alessandro M.;Fagundes, Fernando de Castro; Pereira, Rivael Aguiar. Transferências
intergovernamentais na federação brasileira - avaliação e alternativas de reforma. Fórum Fiscal dos
Estados Brasileiros. Brasília, 2006.
http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/cursos_presenciais/Forum_s/FFEB_Caderno_n_6.pdf.
O relatório a seguir identificado é um exemplo de abordagens próximas, que seguem a concepção de equalização
de receitas, sem, necessariamente, acompanhar todos os desdobramentos propostos no modelo de referência:
• Mendes, Marcos. Fundo de Participação dos s: sugestão de novos critérios de partilha que atendam
determinação do STF. Assessoria do Senado Federal. Brasília. Junho de 2011.
http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD96-MarcosMendes.pdf
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ii. Valores per capita: foi considerada a população total de cada estado para a obtenção
dos valores orçamentários per capita.
iii. Tratamento das desigualdades: os estados com menor receita per capita recebem
proporcionalmente mais recursos do Fundo, de tal forma que sejam eliminadas ou
mitigadas as desigualdades de receita per capita após a partilha do FPE.
iv. Valor de Referência: nível de receita per capita que orienta a distribuição de recursos do
Fundo.
vi. Conta Fechada: o montante do Fundo é previamente definido. Logo, pode não ser
possível alcançar a equalização plena.
• Estados com receita per capita inferior ao Valor de Referência: receberão recursos do
FPE, no montante necessário para igualar a receita per capita de cada um ao Valor de
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Referência. Como o valor do Fundo é definido, os recursos podem ser insuficientes para
a equalização plena, hipótese na qual os índices de participação serão calculados
proporcionalmente.
• Estados com receita per capita igual ou superior ao Valor de Referência: não receberão
recursos do FPE.
A receita tributária com certeza deverá compor, e com destaque, a receita base considerada
para efeito de equalização. Trata-se, porém, de um item de receita que também pode oferecer
obstáculos à comparação entre os estados, uma vez que os governos não necessariamente
padronizam suas decisões quanto às alíquotas de imposto, admissão de benefícios fiscais e
outros aspectos que determinam o nível de sua receita.
Em outros termos, os estados podem exercer de diferentes maneiras a sua competência para
legislar no campo tributário, enquanto a equalização pressupõe uma uniformização da
exploração das bases de incidência. Do contrário, um estado que, por exemplo, aliviasse a carga
tributária de seus contribuintes, praticando alíquotas inferiores à média nacional,
automaticamente se credenciaria a receber mais recursos do FPE, em detrimento dos demais.
Para contornar esses inconvenientes, uma solução é substituir a receita tributária efetiva,
constante dos registros contábeis, pela receita tributária potencial, obtida da aplicação de um
mesmo padrão de regras tributárias à base de incidência dos diferentes estados. Embora
tentadora, por sua consistência conceitual, a solução costuma esbarrar em dificuldades de
ordem prática, decorrentes da complexidade do sistema tributário e da base de dados que
demanda. Para ser convenientemente encaminhada, a apuração da receita potencial depende
da construção de modelos robustos o suficiente para despertar a confiança em seus resultados.
Um sistema tributário harmônico facilita o cálculo da receita potencial.
Em face do acima exposto, foi construído o conceito de receita corrente livre, que pode ser
representado da seguinte forma:
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Um exemplo de como aplicar esse conceito, apurando a receita corrente livre a partir dos
quadros contábeis divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, pode ser observado
na seguinte proposta:
Receita Tributária
(+) Receita Patrimonial
(+) Receita Agropecuária
(+) Receita Industrial
(+) Cota-parte do FPM (DF)
(+) Cota-parte do ITR (DF)
(+) Cota-parte do IPI-EXP
(+) Cota-parte IOF- Ouro
(+) Cota-parte CFRH
(+) Cota-parte CFEM
(+) Cota-parte Royalties
(+) Cota-parte Royalties Excedente da Produção de Petróleo
(+) Cota-parte Royalties pela Participação Especial
(+) Outras receitas decorrentes de compensação financeira (recursos naturais)
(+) Transferência Financeira ICMS Desoneração
(+) Outras Transferências da União
(+) Outras Transferências dos Estados
(+) Outras Transferências dos Municípios
(+) Outras Transferências Multi-governamentais
(+) Outras Receitas Correntes
(-) Transferências aos Municípios (Dívida Ativa / acessórios)
(-) Transferências aos Municípios ICMS
(-) Transferências aos Municípios IPVA
(-) Transferências aos Municípios IPI Exportação
(-) Dedução de Receita de IPVA para formação do FUNDEB
(-) Dedução de Receita de ITCD para formação do FUNDEB
(-) Dedução de Receita de ICMS para formação do FUNDEB
(-) Dedução de Receita do FPM FUNDEB Redutor Financeiro (DF)
(-) Dedução de Receita para formação do FUNDEB ITR (DF)
(-) Dedução de Receita para formação do FUNDEB IPI Exportação
(-) Dedução de Receita para formação do FUNDEB ICMS desoneração
(-) Dedução de Receita para formação do FUNDEB Dívida Ativa e Juros do ICMS
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
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O Valor de Referência é uma escolha. É uma das mais importantes no desenho de um Modelo
de Equalização, revelando a preferência do legislador sobre a forma mais conveniente de
tratamento das desigualdades.
Há dois resultados particulares do Modelo que, por suas características, merecem ser
destacados. Um primeiro caso é a condição de “máxima redistributividade”, aquela em que os
recursos são distribuídos prioritariamente aos que dispõem de menor receita base per capita,
de tal forma que a receita per capita entre eles seja unificada, no maior valor possível. Com
restrição orçamentária, em sistema de conta fechada, há um único Valor de Referência que
produz esse resultado, dados os parâmetros de população e receita orçamentária dos estados,
combinados com um determinado montante do Fundo. Nada impede que se eleja a “máxima
redistributividade” como critério de um sistema de equalização. Nesse caso, o Valor de
Referência é um resultado endógeno ao modelo, aquele que produz os resultados típicos dessa
condição.
Entre essas duas situações especiais, há Valores de Referência intermediários que pressupõem
um grau maior ou menor de redistributividade e de participação dos estados na partilha.
O quadro a seguir apresenta os dados por estado, em ordem crescente de receita per capita:
valores em R$
A Equalização em duas etapas foi uma solução concebida para acomodar a opção de privilegiar
fortemente os estados com maior carência de recursos, garantindo, porém, a presença de
todos na partilha.
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Esse modelo foi apresentado aos secretários de fazenda por ocasião da reunião do CONFAZ em
março de 2011, no Rio de Janeiro. É a equalização em duas etapas (cf. item 4.8), com a adoção
dos seguintes parâmetros:
• 1ª Etapa: critério de Máxima Redistributividade para 80% do FPE
• 2ª Etapa: Valor de Referência = 110% da maior receita per capita da federação (em
2008, a do Distrito Federal), critério aplicado para o saldo remanescente (20%)
1ª Etapa
A parcela do Fundo a ser equalizada (80% de R$ 46,8 bilhões) alcança os resultados de máxima
redistributividade para o Valor de Referência igual a R$ 1.081,88.
Como se pode observar no quadro apresentado a seguir, nesta primeira etapa vinte estados
recebem recursos do FPE. Têm receita per capita superior ao Valor de Referência, Rio Grande
do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito
Federal, que ficam automaticamente excluídos da partilha, nessa fase. Os resultados obtidos
com a distribuição parcial do FPE são utilizados para o cálculo da etapa subsequente.
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valores em R$
Receita
Receita + FPE
Estado Orçamentária + Cota FPE Coeficiente FPE
Per Capita
Cota FPE
Piauí 3.375.142.097 1.081,88 2.325.547.609 6,2%
Maranhão 6.821.845.239 1.081,88 4.595.174.414 12,3%
Alagoas 3.383.645.685 1.081,88 1.968.511.701 5,3%
Ceará 9.142.467.818 1.081,88 5.282.489.137 14,1%
Paraíba 4.049.055.746 1.081,88 2.238.039.979 6,0%
Pará 7.920.986.955 1.081,88 4.075.676.343 10,9%
Bahia 15.690.065.863 1.081,88 7.425.700.416 19,8%
Pernambuco 9.449.361.863 1.081,88 4.466.596.091 11,9%
Amapá 663.370.715 1.081,88 238.493.196 0,6%
Rio Grande do Norte 3.360.788.777 1.081,88 1.202.158.770 3,2%
Acre 735.758.316 1.081,88 255.805.830 0,7%
Sergipe 2.163.085.503 1.081,88 706.703.406 1,9%
Tocantins 1.385.358.845 1.081,88 399.335.376 1,1%
Roraima 446.582.242 1.081,88 112.177.735 0,3%
Santa Catarina 6.548.181.180 1.081,88 738.378.516 2,0%
Paraná 11.457.306.659 1.081,88 1.098.790.610 2,9%
Goiás 6.323.592.342 1.081,88 294.123.975 0,8%
Minas Gerais 21.475.423.301 1.081,88 50.734.863 0,1%
Rondônia 1.615.861.246 1.081,88 2.090.439 0,0%
Amazonas 3.614.669.553 1.081,88 3.120.912 0,0%
Rio Grande do Sul 12.392.774.551 1.141,64 0 0,0%
Mato Grosso 3.816.632.284 1.290,39 0 0,0%
Mato Grosso do Sul 3.377.831.222 1.445,95 0 0,0%
São Paulo 64.055.135.724 1.561,88 0 0,0%
Rio de Janeiro 27.746.988.435 1.748,13 0 0,0%
Espírito Santo 6.222.103.078 1.801,60 0 0,0%
Distrito Federal 7.202.589.084 2.816,64 0 0,0%
Total 244.436.604.323 1.289,14 37.479.649.318 100,0%
2ª Etapa
Nesta etapa, por força do critério escolhido, todos os estados participarão da partilha. Ainda
assim, esta etapa da equalização beneficiará aqueles com menor receita per capita.
30
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valores em R$
Receita
Receita + FPE
Estado Orçamentária + Cota FPE Coeficiente FPE
Per Capita
Cota FPE
Piauí 3.546.965.709 1.136,96 171.823.611 1,8%
Maranhão 7.169.135.531 1.136,96 347.290.292 3,7%
Alagoas 3.555.902.202 1.136,96 172.256.517 1,8%
Ceará 9.607.897.654 1.136,96 465.429.837 5,0%
Paraíba 4.255.187.328 1.136,96 206.131.582 2,2%
Pará 8.324.232.965 1.136,96 403.246.010 4,3%
Bahia 16.488.824.463 1.136,96 798.758.600 8,5%
Pernambuco 9.930.415.233 1.136,96 481.053.370 5,1%
Amapá 697.141.960 1.136,96 33.771.245 0,4%
Rio Grande do Norte 3.531.881.682 1.136,96 171.092.904 1,8%
Acre 773.214.710 1.136,96 37.456.394 0,4%
Sergipe 2.273.205.063 1.136,96 110.119.560 1,2%
Tocantins 1.455.885.463 1.136,96 70.526.619 0,8%
Roraima 469.317.099 1.136,96 22.734.857 0,2%
Santa Catarina 6.881.539.629 1.136,96 333.358.450 3,6%
Paraná 12.040.581.599 1.136,96 583.274.940 6,2%
Goiás 6.645.517.298 1.136,96 321.924.956 3,4%
Minas Gerais 22.568.706.095 1.136,96 1.093.282.794 11,7%
Rondônia 1.698.122.409 1.136,96 82.261.163 0,9%
Amazonas 3.798.687.161 1.136,96 184.017.608 2,0%
Rio Grande do Sul 12.972.928.062 1.195,09 580.153.511 6,2%
Mato Grosso 3.962.690.181 1.339,77 146.057.897 1,6%
Mato Grosso do Sul 3.483.263.739 1.491,09 105.432.517 1,1%
São Paulo 65.776.242.082 1.603,84 1.721.106.359 18,4%
Rio de Janeiro 28.332.343.297 1.785,01 585.354.862 6,2%
Espírito Santo 6.344.425.623 1.837,02 122.322.545 1,3%
Distrito Federal 7.222.262.416 2.824,33 19.673.332 0,2%
Total 253.806.516.653 1.338,55 9.369.912.330 100,0%
Os coeficientes finais de participação são obtidos a partir da soma, por estado, das cotas
calculadas em cada uma das etapas.
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valores em R$
Cota FPE Cota FPE
Estado Soma das Cotas Coeficiente FPE
Etapa 1 Etapa 2
Piauí 2.325.547.609 171.823.611 2.497.371.220 5,3%
Maranhão 4.595.174.414 347.290.292 4.942.464.706 10,5%
Alagoas 1.968.511.701 172.256.517 2.140.768.218 4,6%
Ceará 5.282.489.137 465.429.837 5.747.918.974 12,3%
Paraíba 2.238.039.979 206.131.582 2.444.171.561 5,2%
Pará 4.075.676.343 403.246.010 4.478.922.353 9,6%
Bahia 7.425.700.416 798.758.600 8.224.459.016 17,6%
Pernambuco 4.466.596.091 481.053.370 4.947.649.460 10,6%
Amapá 238.493.196 33.771.245 272.264.441 0,6%
Rio Grande do Norte 1.202.158.770 171.092.904 1.373.251.674 2,9%
Acre 255.805.830 37.456.394 293.262.224 0,6%
Sergipe 706.703.406 110.119.560 816.822.965 1,7%
Tocantins 399.335.376 70.526.619 469.861.994 1,0%
Roraima 112.177.735 22.734.857 134.912.592 0,3%
Santa Catarina 738.378.516 333.358.450 1.071.736.966 2,3%
Paraná 1.098.790.610 583.274.940 1.682.065.550 3,6%
Goiás 294.123.975 321.924.956 616.048.931 1,3%
Minas Gerais 50.734.863 1.093.282.794 1.144.017.658 2,4%
Rondônia 2.090.439 82.261.163 84.351.602 0,2%
Amazonas 3.120.912 184.017.608 187.138.520 0,4%
Rio Grande do Sul - 580.153.511 580.153.511 1,2%
Mato Grosso - 146.057.897 146.057.897 0,3%
Mato Grosso do Sul - 105.432.517 105.432.517 0,2%
São Paulo - 1.721.106.359 1.721.106.359 3,7%
Rio de Janeiro - 585.354.862 585.354.862 1,2%
Espírito Santo - 122.322.545 122.322.545 0,3%
Distrito Federal - 19.673.332 19.673.332 0,0%
Total 37.479.649.318 9.369.912.330 46.849.561.648 100,0%
Em quatro estados, o Coeficiente supera 10%: Bahia (17,6%), Ceará (12,3%), Pernambuco
(10,6%) e Maranhão (10,5%), enquanto o Pará fica em um nível muito próximo (9,6%). Todos
eles são estados populosos, com receita per capita significativamente inferior à média nacional.
Entre os estados com coeficiente abaixo de 1%, predominam os que possuem peso ainda
menor na população: Roraima (0,2% da população e Coeficiente FPE de 0,3%), Amapá (0,3% e
0,6%, respectivamente), Acre (0,4% e 0,6%). Já o Espírito Santo e o Distrito Federal têm, cada
qual, mais do que 1% da população, logo o que determina o Coeficiente inferior é a elevada
receita per capita.
Outra forma de visualizar os resultados do Modelo, o gráfico Receita per capita retrata duas
séries, antes (receita-base) e após a equalização.
32
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Os estados com relativamente menos recursos, que participaram da partilha na primeira Etapa,
ao final de toda a Equalização alcançaram, todos, o resultado de R$ 1.136,96 per capita (receita
livre mais a cota-parte do FPE). A contribuição isolada do FPE é demonstrada pela distância
entre as duas curvas, que atinge o máximo no ponto inicial; isso significa que, em termos per
capita, é o Piauí quem mais receberá recursos do FPE (R$ 800,51), seguindo-se Maranhão,
Alagoas e Ceará. No outro extremo, para os que só participaram da segunda fase (Rio Grande
do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito
Federal), o impacto per capita da cota-parte do FPE é bastante modesto – ES com R$ 35,62 e DF
com R$ 7,69 recebem o menor valor - como sinaliza a proximidade entre as duas curvas.
Em situação inversa, estão alguns dos estados da região norte, que, no passado, foram
contemplados pelas regras do CTN que tendiam a favorecer os estados de população rarefeita.
O gráfico a seguir exibe todas as variações entre os coeficientes obtidos com o modelo e os
atualmente em vigor.
33
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Como se pode observar, a Bahia é contemplada com variação positiva de 8,2 pontos
percentuais, o que corresponde à diferença entre o Coeficiente do FPE segundo o Modelo de
Equalização (17,6%) e aquele fixado pela LC 62/89 (9,4%). No caso de Tocantins, o resultado é
negativo em 3,3 pontos percentuais.
Com suas duas etapas, combinando máxima redistributividade e presença de todos os estados
na partilha, o Modelo de Equalização Básico comporta inúmeras variações. A simples
redistribuição do percentual do FPE equalizado em cada uma das etapas gera um novo
conjunto de resultados, cujo perfil, conforme a escolha, pode aprofundar a tendência do
modelo a favorecer os estados com menor receita base per capita ou dar mais peso à
distribuição ampla dos recursos.
Também é possível introduzir critérios específicos que limitem o coeficiente máximo ou que
não permitam reduções expressivas em relação aos coeficientes fixados na LC 62/89. Ambos os
casos são retratados a seguir.
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∆ EM
Coeficiente RELAÇÃO AO
ESTADO Soma das Cotas
FPE COEFICIENTE
LC 62/89
Piauí 2.603.667.605 5,6% 28,31%
Maranhão 4.684.956.165 10,0% 38,22%
Alagoas 2.247.332.414 4,8% 15,04%
Ceará 4.684.956.165 10,0% 35,98%
Paraíba 2.571.692.114 5,5% 14,36%
Pará 4.684.956.165 10,0% 63,24%
Bahia 4.684.956.165 10,0% 11,01%
Pernambuco 4.684.956.165 10,0% 44,59%
Amapá 293.156.571 0,6% -81,70%
Rio Grande do Norte 1.479.096.017 3,2% -24,51%
Acre 316.434.122 0,7% -80,30%
Sergipe 884.946.962 1,9% -54,65%
Tocantins 513.492.346 1,1% -75,82%
Roraima 148.977.208 0,3% -87,21%
Santa Catarina 1.277.964.723 2,7% 112,65%
Paraná 2.042.900.809 4,4% 50,89%
Goiás 815.203.510 1,7% -38,94%
Minas Gerais 1.820.362.471 3,9% -12,97%
Rondônia 135.241.373 0,3% -89,77%
Amazonas 300.978.558 0,6% -77,03%
Rio Grande do Sul 950.019.559 2,0% -14,08%
Mato Grosso 246.835.702 0,5% -77,22%
Mato Grosso do Sul 185.028.234 0,4% -70,42%
São Paulo 3.118.481.977 6,7% 564,10%
Rio de Janeiro 1.126.168.503 2,4% 56,98%
Espírito Santo 239.997.530 0,5% -65,93%
Distrito Federal 106.802.514 0,2% -67,05%
TOTAL 46.849.561.648
Os resultados constantes do quadro acima indicam que o limite de 10% foi atribuído não só aos
estados que superavam esse percentual no Modelo Básico (BA, CE, PE, MA), como também ao
Pará, que estava em região fronteiriça.
O gráfico Receita per capita para este modelo é apresentado a seguir. Nota-se o formato
irregular da curva relativa à série de dados após a equalização, decorrente do limite imposto ao
coeficiente máximo de participação.
35
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O gráfico das variações em pontos percentuais (entre os coeficientes obtidos com o modelo e
os previstos na LC 62/89) inclui São Paulo – beneficiado pela redistribuição dos recursos
remanescentes pelo critério populacional - no rol daqueles com resultados mais positivos (5,7
pontos percentuais), acompanhando destaques já conhecidos (PA, PE, MA e CE). A Bahia
acompanha esse grupo a uma certa distância, com variação positiva mais modesta, em razão da
proximidade de seu coeficiente atual (9,4%) com o limite fixado (10%). Os resultados mais
negativos são os de Tocantins com -3,4 pontos percentuais, Amapá e Acre, com -2,8, e
Rondônia com -2,5 pontos percentuais.
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4.12.2. Equalização com Redução Máxima (em relação à LC 62/89) Limitada em 20%
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∆ EM
Coeficiente RELAÇÃO AO
ESTADO Soma das Cotas
FPE COEFICIENTE
LC 62/89
Piauí 2.383.723.903 5,09% 17,74%
Maranhão 3.981.625.370 8,50% 17,74%
Alagoas 2.100.459.705 4,48% 7,77%
Ceará 4.047.101.380 8,64% 17,74%
Paraíba 2.398.150.268 5,12% 6,89%
Pará 3.371.435.297 7,20% 17,74%
Bahia 5.183.030.161 11,06% 17,74%
Pernambuco 3.806.213.652 8,12% 17,74%
Amapá 1.278.805.635 2,73% -20,00%
Rio Grande do Norte 1.565.862.269 3,34% -20,00%
Acre 1.282.178.803 2,74% -20,00%
Sergipe 1.557.391.868 3,32% -20,00%
Tocantins 1.626.616.780 3,47% -20,00%
Roraima 929.757.661 1,98% -20,00%
Santa Catarina 705.949.426 1,51% 17,74%
Paraná 1.590.399.583 3,39% 17,74%
Goiás 1.065.583.910 2,27% -20,00%
Minas Gerais 1.669.530.979 3,56% -20,00%
Rondônia 1.055.277.006 2,25% -20,00%
Amazonas 1.045.832.135 2,23% -20,00%
Rio Grande do Sul 882.570.782 1,88% -20,00%
Mato Grosso 864.992.827 1,85% -20,00%
Mato Grosso do Sul 499.228.929 1,07% -20,00%
São Paulo 551.609.178 1,18% 17,74%
Rio de Janeiro 585.354.862 1,25% -18,21%
Espírito Santo 562.194.740 1,20% -20,00%
Distrito Federal 258.684.540 0,55% -20,00%
TOTAL 46.849.561.648
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5 Modelo Redistributivo
A seguir, são abordadas todas as variáveis que foram analisadas pelo grupo, explicitando a
simulação final referente ao modelo, com os índices de cada UF, além de gráficos ilustrativos.
Para melhor compreensão do histórico do desenvolvimento dos trabalhos, ver apêndice III.
Resumidamente, as orientações dos Secretários ao longo dos trabalhos foram a de
simplificação e de redução de impactos financeiros para as UF’s.
A simulação a seguir foi a última versão apresentada aos Secretários. Entretanto, conforme
orientação dos mesmos, foi feita a simplificação do modelo redistributivo, com redução do
número de variáveis e com a eliminação dos limites, travas e faixas (ver item 5.4). Este modelo
simplificado serviu de base para a construção do modelo misto (ver capítulo 6).
TERRITORIAL: Justifica-se a utilização desta variável, porque, quanto maior a área geográfica do
Estado, maior a infraestrutura e os custos necessários para manter os serviços à população
(variável de custos). Foi utilizado como indicador a superfície ou área individual de cada UF. O
método de cálculo adotado foi o percentual individual em relação ao total Brasil, sem limites
mínimos ou máximos.
POPULAÇÃO: Justifica-se a utilização desta variável, porque, quanto maior a população, tanto
maior será a necessidade de recursos para fornecer serviços à sociedade (variável de custos).
Durante o desenvolvimento dos trabalhos, foi analisada a proposta de utilização de uma
“população qualificada”, que corresponderia a uma população de baixa renda (com renda per
capita inferior a ½ ou ¼ de salário mínimo). Adotou-se a “população qualificada” como sendo
aquela com renda per capita inferior a ½ salário mínimo. O método adotado foi o percentual da
população qualificada de cada UF em relação ao total Brasil.
IDS: Justifica-se a utilização desta variável, porque ela pretende avaliar o resultado das políticas
públicas adotadas, na redução das desigualdades sociais (variável social). No desenvolvimento
dos trabalhos, foram utilizados como indicadores o IDH (PNUD), com a utilização de dois
índices: 1) Distância do IDH individual para o maior IDH; 2) Evolução (variação) do IDH.
Entretanto, com a orientação dos Secretários de torná-lo independente de dados ou
informações de um órgão externo, decidiu-se calcular um índice batizado de Índice de
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Desenvolvimento Social - IDS, a ser calculado nos mesmos moldes do IDH, porém com a
metodologia antiga (vigente até 2010). Além disso, decidiu-se utilizar apenas a Distância do IDS
individual para o maior IDS. Foi adotado como limite máximo 8,0% por UF, sendo redistribuído
o excesso. Ao final, foi utilizado como limite mínimo 1,0% por UF.
RENDA PER CAPITA (RPC): Também considerada como variável social. O método adotado para
cálculo foi o inverso da RPC nos mesmos moldes do CTN, ou seja, com limites e faixas.
PIB: Justifica-se a utilização desta variável, porque ela mede o nível de desenvolvimento
econômico de cada UF (variável econômica). Decidiu-se utilizar como indicador o PIB de cada
UF. No desenvolvimento dos trabalhos, analisou-se a possibilidade de utilizar um “PIB
industrial” ou de um “PIB qualificado” em vez do PIB total. No “PIB qualificado”, seriam levadas
em consideração apenas algumas parcelas do PIB (de acordo com as contas regionais do IBGE)
que deveriam fazer parte do cálculo. Por exemplo: agricultura, silvicultura e exploração
florestal; pecuária e pesca; indústria extrativa; indústria de transformação; construção civil;
produção e distribuição de energia elétrica e gás, água e esgoto; comércio e serviços de
manutenção e reparação, etc (que representam em torno de 50% do PIB). Foi utilizado o PIB
qualificado e adotado como limite máximo 8,0% por UF, sendo redistribuído o excesso. Ao final,
foi utilizado como limite mínimo 1,0% por UF.
INFRAESTRUTURA: Justifica-se a utilização desta variável, porque ela, por um lado, pretende
medir o grau de desenvolvimento de cada UF e, por outro, a necessidade de custos de
investimentos a serem feitos. Decidiu-se considerar esta variável como sendo do tipo
econômica, ou seja, de logística. A variável de saneamento não foi aprovada como variável
independente, pois já estaria incluída na variável de infraestrutura. Foram aprovados os
indicadores: rodovias pavimentadas, ferrovias, portos, aeroportos e energia. Entretanto, foram
usados apenas os dados relativos a rodovias pavimentadas, com ponderação por área. Foi
adotado como limite máximo 8,0% por UF, sendo redistribuído o excesso. Ao final, foi utilizado
como limite mínimo 1,0% por UF. Ressalta-se que a variável foi melhor estudada e incorporada
ao modelo misto, conforme capítulo 6.
AMBIENTAL: Também considerada variável do tipo econômica, justifica-se a utilização desta
variável pela restrição imposta a cada UF em utilizar algumas áreas para exploração econômica,
com reflexos no potencial de arrecadação. No desenvolvimento dos trabalhos, foram
considerados como indicadores as áreas indígenas e áreas de conservação da natureza (áreas
de proteção integral + áreas de uso sustentável). Posteriormente, analisou-se a possibilidade de
utilização, além das áreas que possuem restrição legal, das áreas com restrição efetiva, por
dificuldades na exploração, como é o caso das áreas de desertificação, áreas inundadas, etc.
Ficou decidido considerar apenas as áreas com restrição legal de exploração. O método de
cálculo adotado foi o percentual de área protegida em relação à área total do Estado, com
utilização de valores por faixa.
FINANCEIRA: A variável financeira foi proposta com a intenção de compensar as diferenças de
aplicações diretas, investimentos e repasses voluntários efetuados pelo Governo Federal a cada
unidade federada. Entretanto, a variável foi rejeitada.
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VARIÁVEL PESO
ÁREA 4,56%
AMBIENTAL 2,67%
5.3. Resultados
Com a aplicação destas variáveis e respectivos pesos, o modelo apresentou os seguintes
resultados (coeficientes apresentados na coluna “MODELO REDISTRIB”):
42
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PB 0,66% 3,83% 5,66% 6,20% 1,18% 1,55% 5,28% 4,83% 0,05% 0,94%
PR 2,34% 3,94% 0,60% 2,23% 2,35% 1,42% 1,93% 2,07% -0,82% -28,28%
PE 1,15% 8,00% 2,04% 4,96% 2,35% 1,41% 5,64% 4,92% -1,98% -28,73%
PI 2,95% 3,15% 8,00% 6,20% 2,35% 3,91% 5,71% 5,45% 1,13% 26,17%
RJ 0,51% 5,36% 0,44% 1,99% 2,35% 0,75% 1,71% 1,93% 0,40% 26,39%
RN 0,62% 2,86% 5,29% 4,96% 1,18% 1,20% 5,24% 4,44% 0,26% 6,22%
RS 3,31% 3,92% 0,58% 2,23% 1,18% 2,46% 1,89% 2,11% -0,25% -10,42%
RO 2,79% 1,00% 7,31% 3,47% 8,24% 8,00% 4,14% 4,23% 1,42% 50,35%
RR 2,63% 1,00% 8,00% 3,47% 8,24% 8,00% 4,21% 4,33% 1,85% 74,45%
SC 1,12% 1,35% 0,87% 1,99% 2,35% 1,38% 1,43% 1,48% 0,20% 15,35%
SP 2,92% 8,00% 0,13% 1,49% 1,18% 0,98% 1,53% 2,08% 1,08% 108,10%
SE 0,26% 1,85% 6,60% 3,97% 2,35% 1,04% 4,64% 3,98% -0,17% -4,15%
TO 3,26% 1,00% 8,00% 3,97% 4,71% 4,61% 4,14% 4,15% -0,19% -4,34%
MODELO REDISTRIBUTIVO
10
DIFERENÇA EM PONTOS PERCENTUAIS
4
1,85
1,421,47 1,56
2 0,991,081,131,171,26
0,550,76
0,050,080,200,26 0,40
0
-0,25-0,19-0,18-0,17
-0,94-0,82
-2 -1,43-1,23
-1,98
-2,28
-4
-4,76
-6
-8
-10
BA CE PE MA MG PA PR RS TO GO SE PB DF SC RN RJ AP ES AC SP PI MT AL RO MS AM RR
43
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Com o propósito de minimizar a variação total dos coeficientes em relação aos atualmente
previstos pela LC 62 (impacto financeiro global), utilizou-se a ferramenta “solver” do Excel para
realizar os cálculos e efetuar a atribuição de pesos (ver apêndice). Os resultados são
apresentados a seguir:
VARIÁVEL PESO
ÁREA 0,85%
POPULAÇÃO 6,07%
PIB 0,00%
RENDA PER CAPITA (RPC) 93,08%
Ressalta-se que a opção de minimização das perdas levou à desconsideração da variável PIB
(atribuição do peso zero). Com a aplicação destas variáveis e respectivos pesos, o modelo
apresentou os seguintes resultados (coeficientes apresentados na coluna “MODELO
REDISTRIB”):
MODELO
UF ÁREA POP PIB RPC REDISTRIB DIF VARIAÇÃO
AC 1,79% 0,36% 13,75% 3,97% 3,73% 0,31% 9,11%
AL 0,33% 1,65% 4,45% 6,20% 5,88% 1,72% 41,27%
AP 1,68% 0,33% 13,15% 3,47% 3,27% -0,14% -4,23%
AM 18,45% 1,77% 1,88% 2,98% 3,04% 0,25% 8,80%
BA 6,63% 7,64% 0,72% 4,47% 4,68% -4,72% -50,22%
CE 1,75% 4,46% 1,57% 6,20% 6,06% -1,28% -17,41%
DF 0,07% 1,36% 0,79% 0,99% 1,01% 0,32% 45,90%
44
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Secretaria-Executiva
-4,00
-5,00 -4,72
-6,00
BA PE CE MA PA MG TO PR SE AP RS GO MT AM AC DF ES RO RN SC RR RJ PB MS PI AL SP
(1,58 p.p.). Por outro lado, as maiores variações negativas correspondem aos estados da Bahia
(-4,72 p.p.), Pernambuco (-1,99 p.p.) e Ceará (-1,28 p.p.).
Em termos percentuais, as Unidades da Federação mais impactadas positivamente são: São
Paulo (172,23%), Mato Grosso do Sul (116,36%), e Santa Catarina (60,30%). Negativamente, os
estados mais impactados são Bahia (-50,22%), Pernambuco (-28,87%) e Minas Gerais (-22,21%).
Avaliando a distribuição regional resultante da aplicação da metodologia, verifica-se que a
maior parte dos recursos (47,82%) é direcionada para a região Nordeste, seguida pela Norte
(25,36%), Sudeste (10,51%) Centro-Oeste (9,38%), e Sul (6,94%).
Comparando-se com a distribuição regional atual, as regiões Nordeste e Norte continuariam
sendo os maiores destinatários dos recursos, nesta ordem. Apesar de não haver reservas
regionais, como acontece na LC 62/89, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste continuariam
com a maior parte dos recursos do fundo (82,55%).
6 Modelo Misto
46
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entretanto, impor-se quaisquer limites, travas ou faixas para as variáveis consideradas. Nesta
simulação, os pesos atribuídos às variáveis foram os seguintes:
VARIÁVEL PESO
ÁREA 2,67%
POPULAÇÃO 1,54%
PIB 11,61%
RENDA PER CAPITA (RPC) 57,90%
EQUALIZAÇÃO DE RECEITA 26,28%
10
DIFERENÇA EM PONTOS PERCENTUAIS
4
1,86 2,19
2 0,71 0,75 0,78
1,06
0,32 0,36 0,36
-0,08 -0,06 -0,06 -0,03
0
-0,34 -0,29 -0,29 -0,26 -0,25 -0,23 -0,20 -0,17
-0,79 -0,53
-2 -1,15 -0,89 -0,87
-1,88
-4
-6
-8
-10
BA PE MG TO SE CE MT RN RJ PR RS GO AM ES MA DF PA RO SP PB AP SC AC MS AL RR PI
N, NE e CO 85,84%
S e SE 14,16%
Ainda dentro do modelo misto, decidiu-se impor limites às variáveis (coeficiente máximo de 5%
por UF em cada variável, redistribuindo o excedente), exceto a de equalização de receita.
48
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VARIÁVEL PESO
ÁREA 0,00%
POPULAÇÃO 0,00%
PIB 2,82%
RENDA PER CAPITA (RPC) 69,86%
EQUALIZAÇÃO DE RECEITA 27,32%
Ressalta-se que, para a hipótese de minimização de perdas em relação à situação atual, foi
atribuído peso zero para as variáveis área e população. Restaram, então, as variáveis PIB, RPC e
equalização de receita. Com a aplicação destas variáveis e respectivos pesos, o modelo
apresentou os seguintes resultados (coeficientes apresentados na coluna “MISTO”):
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10
DIFERENÇA EM PONTOS PERCENTUAIS
4
2 1,04 1,05
0,43 0,70 0,75
-0,07 0,01 0,06 0,07 0,09 0,09 0,12 0,14 0,23 0,23 0,23 0,24
0
-0,75 -0,61 -0,49 -0,43 -0,36 -0,34 -0,23 -0,23
-2 -1,16 -0,83
-4
-6
-8
-10
BA TO MA MG PE CE SE AP MT AM RJ RS PA DF PR AC RO ES GO SP RN PB RR AL PI SC MS
N, NE e CO 84,2%
S e SE 15,8%
Os resultados obtidos reduziram ainda mais as perdas individuais, possibilitando o uso de meta
de máximo de 10% de perda por UF (o sistema só não conseguiu atender a esta meta para os
Estados de BA com 12,3%, MG com 13,6% e TO com 19%). Além disso, houve redução na perda
global.
50
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Justificativa
51
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Estabeleceu-se ainda como critério inicial para a pesquisa, considerando a referida reunião do
Confaz, informações sobre infraestrutura que fossem diretamente ligadas à autossuficiência
econômica. Dados sociais, a exemplo da taxa de desemprego ou analfabetismo, foram
descartados por este critério.
PRINCIPAIS DIFICULDADES
Inexistência de um relatório consolidado sobre infraestrutura no Brasil
FONTE DE DADOS que fosse atualizado periodicamente e que estivesse disponível nos sítios
oficiais.
Exemplos:
- SNIS (água e esgoto), periodicidade anual, representatividade limitada
DIAGNÓSTICOS (último, ref. 2009, contou apenas 12% dos municípios e 3,9% da
QUE ATENDEM OS população urbana no país), e complexididade;
CRITÉRIOS* - Infraero: Índice de Aproveitamento (disponibilidade e utilização do
transporte aéreo de passageiros);
- Ferrovias: dados inconsistentes.
Especialmente para portos e aeroportos, mensurar a infraestrutura
DIFÍCIL torna-se complexa e exige grande dinamismo por conta das constantes
MENSURAÇÃO mudanças. O dado mais acessível seria a movimentação de carga, por
tonelada.
* representatividade (preferência para censos), simplicidade, atualização periódica e fácil acesso.
52
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Saneamento:
Água tratada (IBGE): Calculada pela razão inversa entre a quantidade de domicílios com
disponibilidade de água tratada, canalização interna, proveniente da rede geral e a quantidade
total de domicílios da Unidade da Federação.
Rede coletora de esgoto (IBGE): Calculado pela razão inversa entre a quantidade de domicílios
com disponibilidade de rede coletora de esgoto e a quantidade total de domicílios da Unidade
da Federação.
Energia Elétrica:
Energia elétrica (ANEEL): Calculado pela razão inversa entre a quantidade de domicílios com
disponibilidade de energia elétrica de rede regular e a quantidade total de domicílios da
Unidade da Federação.
Rodovias Pavimentadas:
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6.1.3. Resultados
Infraestrutura 10,00%
Área 2,40%
População 1,38%
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PIB 10,45%
RPC 52,11%
Equalização 23,65%
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10
DIFERENÇA EM PONTOS PERCENTUAIS
6
4 3,30
1,93
2 0,67 0,76 0,79
1,09 1,14
0,03 0,16 0,17 0,34 0,38
0
-0,49 -0,48 -0,40 -0,34 -0,31 -0,29 -0,20 -0,14 -0,14
-2 -1,03 -0,93 -0,91
-1,54 -1,11
-2,45
-4
-6
-8
-10
BA PE MG CE SE TO RN MA PR GO RS MT RJ PA ES PB DF RO SP AM SC MS AL AP AC PI RR
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7 Condições de Transição
A adoção de novos critérios de repartição do FPE exige que se estabeleça um processo de transição
como forma de manter o equilíbrio orçamentário das unidades federadas. Com a transição, seriam
atenuados os impactos financeiros para os estados.
Prazo Fixo: Faz-se uma composição dos índices do modelo atual com os índices do novo
modelo de forma que a participação dos índices atuais seja decrescente e a dos novos
índices seja crescente durante um prazo pré-determinado;
Relativamente à transição por prazo fixo, foram inicialmente sugeridas as seguintes condições:
57
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O gráfico a seguir exibe a participação relativa dos recursos sob um novo modelo proposto e
aqueles previstos pela Lei Complementar 62.
Vale observar que, de acordo com o comportamento histórico do FPE, estima-se que o valor
nominal dobre a cada 5 anos, o que seria suficiente para a transição.
Foi estudada também uma transição por prazo fixo com um período de 20 anos, considerando-
se um crescimento nominal de 5% ao ano nos recursos do FPE, bem inferior à média histórica
de crescimento (14,5%). Desta forma, seriam garantidos, além dos valores nominais de 2012,
algum ganho inclusive para os estados que perdem pontos percentuais nos seus coeficientes.
Por esta simulação de transição, a cada ano 5% dos recursos passariam a ser distribuídos de
acordo com os novos critérios.
A tabela a seguir ilustra a aplicação deste processo de transição em 20 anos, calculada sobre os
parâmetros do modelo misto, apresentado no capítulo anterior (valores em bilhões):
58
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UF 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
AC 2,12 2,23 2,35 2,47 2,60 2,74 2,88 3,03 3,18 3,34 3,52
AL 2,58 2,75 2,93 3,12 3,32 3,52 3,73 3,96 4,19 4,44 4,69
AP 2,12 2,20 2,29 2,38 2,48 2,59 2,70 2,82 2,94 3,07 3,21
AM 1,73 1,80 1,88 1,96 2,04 2,13 2,23 2,33 2,43 2,54 2,66
BA 5,83 6,05 6,28 6,52 6,78 7,06 7,35 7,66 7,98 8,32 8,68
CE 4,55 4,75 4,96 5,18 5,42 5,67 5,93 6,20 6,49 6,79 7,11
DF 0,43 0,45 0,48 0,51 0,54 0,57 0,60 0,63 0,67 0,71 0,74
ES 0,93 0,99 1,04 1,10 1,17 1,23 1,30 1,38 1,45 1,53 1,62
GO 1,76 1,87 1,97 2,08 2,20 2,32 2,45 2,59 2,73 2,88 3,03
MA 4,48 4,65 4,84 5,04 5,25 5,47 5,70 5,95 6,21 6,48 6,77
MT 1,43 1,49 1,55 1,61 1,68 1,75 1,83 1,91 1,99 2,08 2,17
MS 0,83 0,93 1,04 1,16 1,27 1,40 1,52 1,65 1,79 1,93 2,08
MG 2,76 2,86 2,97 3,08 3,20 3,33 3,46 3,60 3,75 3,91 4,08
PA 3,79 3,98 4,19 4,40 4,62 4,86 5,10 5,36 5,63 5,92 6,22
PB 2,97 3,13 3,30 3,48 3,67 3,87 4,08 4,29 4,52 4,76 5,01
PR 1,79 1,88 1,98 2,09 2,20 2,31 2,43 2,56 2,69 2,83 2,97
PE 4,28 4,46 4,66 4,86 5,08 5,30 5,54 5,79 6,06 6,34 6,63
PI 2,68 2,86 3,05 3,24 3,45 3,66 3,89 4,12 4,37 4,62 4,89
RJ 0,95 0,99 1,04 1,08 1,13 1,19 1,24 1,30 1,36 1,43 1,50
RN 2,59 2,73 2,89 3,04 3,21 3,38 3,56 3,76 3,96 4,16 4,38
RS
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1,46 1,53 1,61 1,69 1,78 1,87 1,96 2,06 2,17 2,27 2,39
RO 1,75 1,84 1,94 2,04 2,15 2,27 2,39 2,51 2,64 2,78 2,93
RR 1,54 1,64 1,75 1,86 1,98 2,10 2,23 2,37 2,51 2,66 2,81
SC 0,79 0,90 1,01 1,12 1,23 1,35 1,48 1,60 1,74 1,88 2,02
SP 0,62 0,67 0,71 0,76 0,81 0,87 0,92 0,98 1,04 1,10 1,17
SE 2,58 2,68 2,80 2,91 3,04 3,17 3,31 3,45 3,61 3,77 3,94
TO 2,69 2,77 2,86 2,96 3,06 3,16 3,28 3,40 3,53 3,66 3,80
10%
9%
8%
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
DF SP SC MS ES RJ MT RS RR AM RO GO PR AP AC SE AL RN PI TO MG PB PA PE MA CE BA
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AC
14
AL
AP
AM
12 BA
CE
DF
ES
10
GO
MA
MT
8 MS
MG
PA
6 PB
PR
PE
PI
4
RJ
RN
RS
2 RO
RR
SC
SP
-
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 SE
TO
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A Constituição Federal de 1988 estabeleceu em seu Art. 159, inciso I, que a União
destine, do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer
natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI), quarenta e oito por cento (48%) aos Estados
e Municípios. Desta repartição, vinte e um e meio por cento (21,5%) destina-se ao Fundo de
Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), vinte e três e meio por cento (23,5%)
destina-se ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e três por cento (3%) para aplicação
em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste.
62
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80% 76%
72%
70%
60% 61%
58% 58% 57% 58%
60% IPI+IR
53% 55% 55% 55% 55% 5 5%
54% 53% (A)
53%53% 53% 52% 53%
52%
50%
50% 45% 45%47%
50% 48% 47%
42% 42% 47% 47% 48%
46% 47% 46%
40% 43% 44% 45% 45%
42%
40% 39%
30%
CONTRIBUIÇÕE
S + OUTRAS
28%
RECEITAS
24%
20% ADMINISTRADA
S (D = B+C)
10%
0%
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Por outro lado, analisando-se o gráfico seguinte, observa-se que em 1988, a soma do IR
e do IPI representava 16,4% do total da arrecadação do Governo Federal, enquanto que em
2010 essa participação declinou para 9,8%, conferindo aos Estados, somente no ano de 2010,
uma perda de aproximadamente 40% do total do FPE.
EVOLUÇÃO DA BASE DO FPE, COMPARANDO-SE COM A RECEITA TOTAL ADMINISTRADA PELA RFB
18,00%
16,4%
16,00% 15,6%
14,00% 12,8%
13,0%
12,4% 12,5%
11,3%
12,00% 11,5% 11,3%
10,7% 10,3% 9,6%
9,8% 10,4%
10,1% 9,7% 10,2%9,8%
9,7%
10,00% 9,6% 9,3% 9,4%
9,0%
8,00%
IPI+IR
(A)
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
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A atividade legislativa relacionada com o sistema de repartição de receita foi intensa ao longo
do período que abrange o ano seguinte ao da promulgação da Constituição Brasileira até a
presente data. Foram apresentados, por exemplo, pelo menos 4 (quatro) projetos de emenda
constitucional -PEC-, propondo a alteração do art. 159 com o objetivo de destinar maior
quantidade de recursos para as regiões menos desenvolvidas e para elevar os percentuais
aplicáveis sobre a receita de competência da União que é compartilhada com os Estados;
diversos requerimentos solicitando informações a respeito dos recursos transferidos para o
Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal -FPE-; e em torno de 40 (quarenta)
projetos de lei complementar propondo mudanças nos critérios de distribuição previstos na Lei
Complementar nº 62/89, sendo que 60% (sessenta por cento) são projetos apresentados na
Câmara dos Deputados.
Em que pese o esforço dos deputados e senadores, não houve proficiência na solução final dos
projetos, motivo pela qual a decisão do Supremo Tribunal Federal assume a condição de um
elemento externo capaz de conduzir o Congresso Nacional a solucionar definitivamente o
assunto. A avaliação desse esforço é feita tomando-se por base, em primeiro lugar, o
quantitativo de projetos levados à apreciação das duas casas que compõem o Congresso
Nacional; em segundo lugar, verificando qual a situação de cada um desses projetos e a
possibilidade de solucionarem a questão da repartição de recursos entre as unidades
federadas. Isso significa que os projetos arquivados, por exemplo, não serão objeto de
avaliação porque já não têm chance de se transformarem em lei complementar.
Posteriormente analisa-se se o projeto contém metodologia de cálculo, explicitando as
variáveis passíveis de quantificação, e se ele é similar a outro apresentado na mesma ou na
outra Casa. Chega-se, dessa forma, a um conjunto de projetos que têm possibilidade de
cumprir o mandamento constitucional e a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.
Esses projetos são, então, classificados em função da existência ou não de algum tipo de
distribuição por grupos de unidades federadas, conforme consta, por exemplo, na Lei
Complementar nº 62/89, que destina 85% (oitenta e cinco por cento) aos estados localizados
2
Inciso I do § 2º do art. 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.
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nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 15% (quinze por cento) aos estados localizados
nas Regiões Sul e Sudeste, e se o projeto contempla algum tipo de limite, seja em alguma
variável seja no índice final. Com efeito, o Código Tributário Nacional determinava que a
participação da população no cálculo do índice deveria obedecer aos limites constantes de uma
tabela. Da mesma forma, pode acontecer que algum desses projetos estabeleça que nenhuma
unidade federada possa ter um índice de participação que supere determinado valor
percentual.
Por fim, analisa-se em cada projeto a forma como as variáveis são arranjadas, ou seja, qual é a
metodologia de cálculo utilizada para a determinação do índice de participação das unidades
federadas, e a que resultado quantitativo isso conduz, o qual é confrontando com aquele que
se encontra fixado pela Lei Complementar nº 62/89. Finalizando o capítulo, faz-se uma síntese
de toda a análise realizada dos projetos existentes no Congresso Nacional.
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Excluindo os que foram arquivados e o que foi devolvido ao autor do projeto, persistem 14
(quatorze) projetos, dos quais 3 (três) aguardam despacho e os demais encontram-se
tramitando em 2 (dois) grandes grupos, conforme pode ser verificado nas seguintes árvores de
apensamento:
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351/2002 458/2009
Há, portanto, 13 (treze) projetos em tramitação na Câmara dos Deputados que tratam do
Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal -FPE-, os quais podem ser distribuídos
em dois grupos distintos, os que explicitam as variáveis de cálculo e os que não as explicitam.
Os primeiros permitem a determinação do índice de participação de cada unidade federada; os
segundos, não. Estes, em geral, promovem redução nos percentuais destinados a cada uma das
duas macrorregiões brasileiras, criadas para efeito de distribuição de recursos3, e destinam o
valor percentual retirado para os estados que estabeleçam políticas de preservação ambiental.
Os projetos que têm a exclusiva finalidade de destinar recursos para as unidades federadas que
promovam políticas de preservação ambiental, na qual se encontra incluída o estabelecimento
de uma política de demarcação de terra indígena, são as seguintes:
3
A divisão do País em duas macrorregiões encontra-se prevista nº 62/89. Essas macrorregiões são Norte, Nordeste
e Centro-Oeste, que percebem 85% (oitenta e cinco por cento) dos recursos do FPE, e Sul e Sudeste, que
percebem 15% (quinze por cento).
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Como o objetivo exclusivo desses projetos é destinar recursos para a área de preservação
ambiental e de proteção às comunidades indígenas, não alteram nenhum outro dispositivo da
Lei Complementar nº 62/89, fazendo com que fiquem prejudicados como substitutos da norma
em vigor, uma vez que essa lei complementar é omissa em critérios, variáveis e metodologia de
cálculo do FPE. Há, portanto, 8 (oito) projetos em tramitação na Câmara dos Deputados que
permitem a quantificação do índice de participação das unidades federadas.
69
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Esses 11 (onze) projetos podem ser classificados de 2 (duas) maneiras distintas, a primeira
quanto a distribuição regional de recursos e, a segunda, quanto ao estabelecimento de limites.
A distribuição regional de recursos diz respeito à solução que o projeto apresenta quanto à
manutenção da divisão do Brasil em duas macrorregiões distintas. Nesse caso, alguns projetos
mantêm a divisão prevista na Lei Complementar nº 62/89, outros alteram o percentual
atribuído a cada região e outros, ainda, fazem a divisão, porém, não especificando a região. O
estabelecimento de limites diz respeito à determinação de um valor percentual para a unidade
federada ou de um número para determinada variável como limite, inclusive com a utilização
de tabelas, nos moldes do Código Tributário Nacional. Se a variável utilizada for a população da
unidade federada, por exemplo, os estados mais populosos aumentarão significativamente a
sua participação no índice final, caso o peso conferido a essa variável seja elevado e caso não se
estabeleça um teto a partir do qual o recurso terá de ser redistribuído.
71
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Quatro projetos não apresentam qualquer tipo de distribuição regional, três dos quais não
estabelecem limites. O PLP 135/12 possui uma tabela para cada uma das três variáveis
utilizadas para o cálculo do índice. Assim, não se usa o valor encontrado para a variável e sim o
que consta da tabela; um valor da tabela possui um rol de valores calculados.
Cinco projetos possuem distribuição regionalizada de recursos de forma idêntica ao que consta
na Lei Complementar nº 62/89, ou seja, 85% (oitenta e cinco por cento) para as Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, e 15% (quinze por cento) para as Regiões Sul e Sudeste. Desses, três
não apresentam limites e dois têm limites sobre as variáveis. No PLP 137/12 e no PLS 289/11 a
variável produto interno bruto -PIB-, calculada pelo seu inverso, não pode ensejar valor
percentual superior a 10% (dez por cento).
Todo e qualquer projeto de distribuição de recurso elege um ou mais critérios que, no entender
do autor, melhor refletem a realidade socioeconômica passível de ação modificadora. Desses
critérios explicitam-se as variáveis necessárias ao estabelecimento de uma metodologia que
alcance o objetivo proposto pelo autor do projeto. Com essas considerações, os projetos de
autoria dos deputados federais e dos senadores que permitem a realização do cálculo do índice
de participação adotam os seguintes critérios que, no entender deles, têm importância na
72
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determinação de uma política redistributiva que contemplará cada unidade federada com o
percentual a que faz jus:
CRITÉRIOS UTILIZADOS NOS PROJETOS DE LEI COMPLEMENTAR DE AUTORIA DOS DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES
CRITÉRIOS CRITÉRIOS
PROJETOS AUTORIA POPULACIO- SOCIOECO- UTILIZADOS NO
AMBIENTAL ECONÔMICO ESTRUTURAL LINEAR FINANCEIRO TERRITORIAL
NAL NÔMICO PROJETO
PLP 50 1999 Wilson Santos 3
PLP 565 2010 Júlio César 1
PLP 97 2011 Eduardo Cunha 1
PLP 107 2011 Anthony Garotinho 4
PLP 135 2012 Nazareno Fonteles 2
PLP 137 2012 Rose de Freitas 5
PLS 192 2011 Vanessa Grazziotin 3
PLS 289 2011 Randolfe Rodrigues 6
PLS 744 2011 Marcelo Crivella 2
PLS 761 2011 Ricardo Ferraço 4
PLS 35 2012 Aloysio Nunes 3
NÚMERO DE PROJETOS QUE UTILIZAM O
3 2 1 2 1 10 9 6
CRITÉRIO
Fonte: Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br) e Senado Federal (www.senado.gov.br)
Observa-se que há uma concentração nos critérios previstos no Código Tributário Nacional,
sobretudo no populacional e no socioeconômico4, enquanto o critério estrutural é utilizado em
um projeto, o mesmo acontecendo com o financeiro. Cabe também observar que dois projetos
utilizam um critério apenas. O PLP 565/10 de autoria do Deputado Júlio César utiliza-se
exclusivamente do critério socieconômico e o PLP 97/10 de autoria do Deputado Eduardo
Cunha, do critério populacional. Embora a adoção de um critério não signifique a utilização de
uma variável, no caso desses dois projetos isso acontece, como se verá adiante.
4
A nomenclatura utilizada para denominar os critérios não é necessariamente coincidente com a que alguns
projetos utilizam.
73
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VARIÁVEIS UTILIZADAS NOS PROJETOS DE LEI COMPLEMENTAR DE AUTORIA DOS DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES
VARIÁVEIS
PROJETOS AUTORIA POPULACIO- SOCIOECO-
AMBIENTAL ECONÔMICO ESTRUTURAL FINANCEIRO TERRITORIAL
NAL NÔMICO
Renda per
PLP 50 1999 Wilson Santos População Território
capita
Renda per
PLP 565 2010 Júlio César
capita
PLP 97 2011 Eduardo Cunha População
Tributos da
PLP 107 2011 Anthony Garotinho População Território
União
População
Renda per
PLP 135 2012 Nazareno Fonteles População capita
qualificada
Área de Renda per
conservação capita
1
PLP 137 2012 Rose de Freitas PIB População Território
Área indígena IDH2
As variáveis mais utilizadas são a renda per capita, a população e o território. A renda per
capita é tomada pelo seu inverso; a população na proporção que a da unidade federada
representa em termos da população total ou da população da macrorregião a que pertence; o
território, também, é tomado na proporção que o da unidade federada representa sobre o do
Brasil ou da macrorregião a que essa unidade pertence.
Uma vez explicitadas as variáveis de cada um dos projetos, cabe agora verificar como elas são
arranjadas para que se determine quanto caberá a cada unidade federada dos recursos do FPE.
Ou seja, cabe verificar qual é a metodologia de cálculo que cada projeto adota na determinação
desse valor. Essa metodologia é a seguinte:
1.1. divide-se o País em dois grupos distintos: Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que
ficam com 85% dos recursos do FPE, e Regiões Sul e Sudeste, que ficam com 15%;
74
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1.3. calcula-se a participação relativa do inverso da renda per capita da unidade federada em
relação à renda per capita do grupo a que pertence5; aplica-lhe um peso de 71% (setenta e um
por cento);
2.1. calcula-se a participação relativa do inverso da renda per capita da unidade federada em
relação à renda per capita nacional6;
2.2. divide-se o País em dois grupos distintos: Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que
ficam com 85% dos recursos do FPE, e Regiões Sul e Sudeste, que ficam com 15%;
2.3 faz-se o ajuste da participação encontrada no item 2.1. em função da distribuição prevista
no item 2.2.
3.2. divide-se o País em dois grupos distintos: Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que
ficam com 85% dos recursos do FPE, e Regiões Sul e Sudeste, que ficam com 15%;
3.3 faz-se o ajuste da participação encontrada no item 3.1. em função da distribuição prevista
no item 3.2.
4.1. calcula-se a participação relativa dos valores dos tributos recolhidos pela União no
território da unidade federada em relação ao recolhimento total da União, aplicando-lhe um
peso equivalente a 1/3 (um terço);
4.4. soma-se os valores encontrados nos itens 4.2. e 4.3. e aplica-lhe o peso de 1/3 (um terço);
5
A renda per capita de cada grupo foi calculada da seguinte forma: encontra-se o somatório do produto da renda
per capita das unidades federadas pertencentes a esse grupo pela sua população e divide o resultado pela
população total do grupo.
6
O PLP não indica se o inverso da renda per capita é calculado sobre o nacional ou sobre o do grupo a que
pertence; optou-se por considerar como sendo calculado sobre o nacional.
75
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4.5. multiplica-se a fração 1/27 (um vinte e sete avos) pelo peso 1/3 (um terço);
5.2. confronta-se o valor encontrado no item 5.1. com o fator representativo da população
existente em tabela;
5.3. calcula-se a participação proporcional da renda per capita familiar de até ¼ (um quarto) do
salário-mínimo da unidade federada na mesma renda per capita familiar do País;
5.4. confronta-se o valor encontrado no item 5.3. com o fator representativo da renda per
capita familiar existente em tabela;
5.5. calcula-se a participação proporcional da renda per capita da unidade federada, pelo seu
inverso, na renda per capita do País;
5.6. confronta-se o valor encontrado no item 5.5. com o fator representativo do inverso da
renda per capita existente em tabela;
5.7. o índice de participação da unidade federada é dado pela soma dos valores encontrados
nos itens 5.2. e 5.4. multiplicado pelo valor encontrado no item 5.6.
Todos os projetos, cuja metodologia de cálculo do índice de participação dos Estados foi
anteriormente discriminada, não contemplam um período de transição entre a situação atual e
a sistemática proposta.
6.1. verifica-se que unidade federada possui o maior IDH, que servirá de parâmetro para o
cálculo da distância entre os IDH;
76
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6.2 calcula-se a distância entre o maior IDH encontrado e o da unidade federada, aplicando
sobre o valor encontrado o peso de 27% (vinte e sete por cento), nos termos da seguinte
fórmula:
6.4. calcula-se a participação proporcional do inverso da renda per capita em relação á renda
per capita nacional, aplicando sobre o valor encontra o peso de 14% (quatorze por cento), nos
termos do art. 90 do Código Tributário Nacional7 (o valor encontrado é confrontado com o
existente em tabela);
O PLP 137/12 prevê a implantação gradativa do novo sistema, mantendo-se a divisão prevista
no art. 2º da Lei Complementar nº 62/899, no primeiro ano em 95% (noventa e cinco por
cento), no segundo em 85% (oitenta e cinco por cento), no terceiro em 65% (sessenta e cinco
por cento), no quarto ano em 45% (quarenta e cinco por cento) e no quinto ano em 30% (trinta
por cento). A partir do sexto ano a distribuição é integralmente feita de acordo com o projeto.
7.1. divide-se as unidades federadas em dois grupos distintos, os que têm renda per capita
inferior à renda per capita média nacional, que ficam com 80% (oitenta por cento) dos recursos
do fundo, e os que têm renda per capita igual ou superior à renda per capita média nacional,
que ficam com 10% (dez por cento) dos recursos do fundo;
7.2. calcula-se a participação relativa do inverso do IDH da unidade federada em relação ao IDH
nacional, aplicando sobre o valor encontrado o peso de 50% (cinqüenta por cento);
7.3. calcula-se a participação relativa do inverso da renda per capita da unidade federada em
relação à renda per capita nacional, aplicando sobre o valor encontrado o peso de 50%
(cinqüenta por cento);
7.4. ajusta-se os valores encontrados para 80% (oitenta por cento), no caso das unidades com
renda per capita inferior à média, e para 10% (dez por cento), no caso das unidades federadas
com renda per capita superior à média;
7.5. atribui-se as 5 (cinco) unidades federadas mais populosas, que se encontram no grupo de
renda per capita inferior à média, o valor de 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento).
Tem-se, com esse procedimento, o valor percentual de 98% (noventa e oito por cento). Os 2%
(dois por cento) restantes são destinados aos Estados que possuem área de conservação da
natureza ou terras indígenas demarcadas, cuja metodologia de distribuição será explicitada em
regulamento. Esse PLS prevê que nenhuma unidades federada perceberá mais do que 20%
(vinte por cento) dos recursos destinados ao FPE10.
9
O art. 2º da Lei Complementar nº 62/89 foi julgado inconstitucional. Assim, o PLP deveria ter reproduzido a
tabela existente no Anexo Único dessa lei, revigorando os seus efeitos.
10
Essa limitação está prevista na Constituição Federal para a distribuição do IPI exportação, conforme o disposto
no §2º do art. 159.
78
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8.1. verifica-se que unidade federada possui o maior IDH, que servirá de parâmetro para o
cálculo da distância entre os IDH;
8.2 calcula-se a distância entre o maior IDH encontrado e o da unidade federada, aplicando
sobre o valor encontrado o peso de 25% (vinte e cinco por cento), nos termos da seguinte
fórmula:
8.4. calcula-se a participação proporcional do inverso da renda per capita em relação á renda
per capita nacional, aplicando sobre o valor encontra o peso de 13% (treze por cento), nos
termos do art. 90 do Código Tributário Nacional11 (o valor encontrado é confrontado com o
existente em tabela);
8.7. calcula-se a participação proporcional dos domicílios não atendidos por água tratada da
unidade federada em relação ao número de domicílios total da referida unidade federada,
aplicando sobre o valor encontrado o peso de 5% (cinco por cento), nos termos da seguinte
fórmula:
11
O art. 90 do CTN está expressamente revogado e o projeto não o revigora.
12
O art. 89 do CTN está expressamente revogado e o projeto não o revigora.
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8.8. calcula-se a participação proporcional dos domicílios não atendidos por rede de esgoto da
unidade federada em relação ao número de domicílios total da referida unidade federada,
aplicando sobre o valor encontrado o peso de 5% (cinco por cento), nos termos da seguinte
fórmula:
O PLS 289/11 prevê a implantação gradativa do novo sistema, mantendo-se a divisão prevista
no art. 2º da Lei Complementar nº 62/8913, no primeiro ano em 90% (noventa por cento), no
segundo em 80% (oitenta por cento), no terceiro em 60% (sessenta por cento), no quarto ano
em 40% (quarenta por cento) e no quinto ano em 20% (vinte por cento). A partir do sexto ano a
distribuição é integralmente feita de acordo com o projeto.
9.1. soma-se a arrecadação dos impostos de competência da União -IR, IPI, IOF e CIDE-
realizada no território da unidade federada;
9.2. aplica-se sobre o valor encontrado no item 9.1. o percentual de 20% (vinte por cento);
9.3. soma-se as transferências realizadas pela União para a unidade federada a título de IOC-
ouro, IPI exportação, CIDE, Lei Kandir e os auxílios financeiros para fomentar a exportação
previstos em lei específica;
13
O art. 2º da Lei Complementar nº 62/89 foi julgado inconstitucional e o projeto não o reedita.
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9.4. subtrai-se o valor encontrado no item 9.2. do valor encontrado no item 9.3., que será a
participação da unidade federada no FPE;
9.6. calcula-se a participação proporcional do inverso da renda per capita em relação á renda
per capita nacional, aplicando sobre o valor encontra o peso de 85% (oitenta e cinco por cento);
9.7. soma-se o valor encontrado no item 9.5. e no 9.6., aplicando sobre o valor encontrado o
percentual de 90% (noventa por cento);
9.9. complementa-se o valor destinado à unidade federada, caso haja redução nominal dos
recursos que lhe são destinados, com recursos do Fundo de Estabilização do FPE -FEFPE-,
composto com 10% (dez por cento) dos recursos destinados ao FPE. Haverá distribuição do
valor do FEFPE de acordo com a metodologia aplicada nos itens 9.5. a 9.8., caso os recursos
sejam inferiores aos necessários para cobrir a repartição com a metodologia prevista nos itens
9.1. a 9.4.
A metodologia prevista nos itens 9.5.a 9.9. somente é aplicada se houver excedente de recurso,
que supere a necessidade de efetuar a divisão com a metodologia prevista nos itens 9.1. a 9.4.
10.1. calcula-se a participação proporcional do inverso da renda per capita em relação á renda
per capita nacional, aplicando sobre o valor encontra o peso de 35% (trinta e cinco por cento);
10.4. soma-se aos valores encontrados nos itens anteriores o valor percentual de 3,7037% (três
inteiros e sete mil e trinta e sete milionésimos por cento) para cada unidade federada;
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O PLS 761/11 prevê a implantação gradativa do novo sistema, mantendo-se a divisão prevista
no art. 2º da Lei Complementar nº 62/8914, no primeiro ano em 90% (noventa por cento), no
segundo em 80% (oitenta por cento), no terceiro em 60% (sessenta por cento), no quarto ano
em 40% (quarenta por cento) e no quinto ano em 20% (vinte por cento). A partir do sexto ano a
distribuição é integralmente feita de acordo com o projeto.
11.3. calcula-se a participação do inverso da PIB da unidade federada sobre o inverso do PIB
nacional; faz-se os ajustes necessários;
11.4. soma-se os valores encontrados nos itens 11.2. e 11.3. e aplica sobre o valor encontrado o
peso de 95% (noventa e cinco por cento).
Conclui-se, do que foi exposto neste capítulo, que o Congresso Nacional produziu as mais
variadas alternativas de solucionar a questão relacionada com a distribuição dos recursos do
FPE entre as unidades federadas, porém, sem obter resultados positivos até a presente data.
Muitos projetos tramitaram regularmente, mas finalizaram por serem arquivados. Essa situação
indica a dificuldade de se tratar do assunto, o que não constitui surpresa, uma vez que os
recursos do FPE representam uma receita essencial para grande número de unidades federadas
e qualquer variação negativa, por menor que seja, produz um grande impacto orçamentário
nessas unidades. Assim sendo, a questão da transição parece assumir um papel primordial no
sucesso de qualquer projeto; muitos congressistas, porém, não atentaram para essa questão ou
simplesmente entenderam não haver necessidade dessa previsão. Três questões merecem
destaque, a primeira diz respeito à distribuição regionalizada dos recursos, a segunda, a escolha
das variáveis e a terceira, a referência a dispositivos revogados ou julgados inconstitucionais.
A escolha das variáveis parece reproduzir o fascínio que o Código Tributário Nacional exerce
sobre quem debruça sobre o assunto. Os critérios e as variáveis daí decorrentes, existentes
14
O autor da nova redação ao art. 2º da Lei Complementar nº 62/89, dando sobrevida aos valores discriminados
no Anexo Único até o exercício de 2017. Não revigorou, contudo esse Anexo, que foi julgado inconstitucional.
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naquela norma, são as mais utilizadas, ainda que a Constituição Federal tenha considerado
aquele tipo de repartição de recurso superado, exigindo a sua modificação. Possivelmente,
como as metodologias apresentadas são diferentes, é possível que os congressistas vejam
nessas variáveis as que melhor se adéquam para refletir a realidade socioeconômica brasileira.
Cabe observar nessa questão, que o PLS 35/12 é a adoção tanto das variáveis quanto da
metodologia do Código Tributário Nacional, diferindo deste apenas no que diz respeito a
existências de limites, uma vez que esse projeto abandona a utilização de tabelas.
Por fim, é comum que alguns projetos façam menção a dispositivos do Código Tributário
Nacional que se encontram expressamente revogados, bem como a dispositivos da Lei
Complementar nº 62/89 que foram julgados inconstitucionais, sem que tivessem a
preocupação de revigorarem tais dispositivos ou incluí-los no corpo do projeto. A falha, embora
possa parecer sem relevância, pode abrir o caminho para infindáveis discussões judiciais.
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10 Considerações Finais
O documento destaca ainda condições atenuantes de tais impactos e que poderiam facilitar a
assimilação de um novo modelo pelas unidades federadas que incorram em perdas financeiras
e vislumbrem a partir dele uma ameaça à sua condição de equilíbrio fiscal, contemplando
basicamente duas possibilidades: a) o estabelecimento de um substancial período de transição;
e b) a elevação da contribuição da União para o Fundo de Participação dos Estados, conforme
delineado no capítulo 8.
Por último, é também apresentada uma breve síntese dos projetos de lei referentes ao tema, já
formulados no âmbito do Congresso Nacional, alguns arquivados e outros em tramitação,
isolada ou conjunta.
Assim, espera-se que este documento possa constituir uma importante referência para os
debates subseqüentes, a serem empreendidos na instância legislativa e na sociedade, com
vistas ao estudo e à efetiva construção de uma proposta viável e justa para um novo modelo
federativo de repartição do FPE, com a promoção de um maior equilíbrio socioeconômico entre
os membros da Federação, como reza a Constituição Federal de 1988.
Esta contribuição deverá somar-se aos demais estudos elaborados no âmbito do CONFAZ,
referentes a questões relevantes, cujo equacionamento mostra-se inter-relacionado ao
presente tema, como a revisão da repartição das receitas interestaduais do ICMS, a distribuição
dos royalties e participações especiais sobre a produção de petróleo, e a renegociação da dívida
pública das unidades federadas junto à União.
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Segue a redação de Anteprojeto de Lei Complementar para a distribuição do FPE que resultou
nos coeficientes de distribuição constantes no Anexo I da Lei Complementar 62/89.
SEÇÃO I - DA CONSTITUIÇÃO
Art. 1º - Do produto da arrecadação dos impostos referidos nos incisos III e IV do artigo 153 da
Constituição Federal destinar-se-á o percentual de 21,5% (vinte e um vírgula cinco por cento)
para a constituição do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal.
§ 1º - o percentual estabelecido neste artigo obedecerá às seguintes determinações:
I – no exercício financeiro de 1989, será de 19% (dezenove por cento).
II – durante os exercícios financeiros de 1990 a 1992, inclusive, os percentuais crescerão à razão
de 0,5% (meio por cento), por exercício, atingindo em 1993 o limite definido no caput deste
artigo.
§ 2º - para efeito do cálculo da percentagem prevista neste artigo, exclui-se a parcela da
arrecadação do Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza pertencente aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto no parágrafo primeiro do
artigo 159 da Constituição Federal.
Art. 3º - O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal será distribuído da seguinte
forma:
I - 80% (oitenta por cento) do total a ser rateado serão destinados a todos os Estados e ao
Distrito Federal;
II – 20% (vinte por cento) destinados exclusivamente aos Estados das Regiões Norte e Nordeste.
Parágrafo único. Os percentuais definidos nos incisos do artigo anterior serão aplicados de tal
forma que os Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste participem, no mínimo, com
85% do total do Fundo de Participação, obedecidos os critérios dos artigos 4º a 9º.
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Art.4º - Os recursos de que trata o inciso I do artigo anterior serão rateados da seguinte forma:
I – 5% (cinco por cento) proporcionalmente à superfície de cada entidade participante em
relação ao território nacional;
II – 95% (noventa e cinco por cento) proporcionalmente ao coeficiente individual de
participação resultante do produto do fator representativo da população, pelo fator
representativo do inverso da renda per capita de cada entidade participante, como definidos
nos artigos seguintes.
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto no caput, consideram-se:
I – a superfície territorial apurada e a população estimada, quanto a cada entidade participante,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
II – a renda per capita, relativa a cada entidade participante, no último ano para o qual existam
estimativas efetuadas pela Fundação Getúlio Vargas.
Art. 5º - O fator representativo da população a que se refere o inciso II do artigo anterior será
estabelecido da seguinte forma:
DISCRIMINAÇÃO FATOR
I – até 2% 2,0
II – acima de 2% e até 5%
a) pelos primeiros 2% 2,0
b) para cada 0,3 ou fração excedente, mais 0,3
III – acima de 5% até 10%:
a) pelos primeiros 5% 5,0
b) para cada 0,5% ou fração excedente, mais 0,5
IV – acima de 10% 10,0
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, considera-se como população total do País a soma
das populações estimadas a que se refere o inciso I do parágrafo único do artigo anterior.
Art. 6º - O fator representativo do inverso da renda per capita, a que se refere o inciso II, do
artigo 4º, será estabelecido da seguinte forma:
Inverso do índice relativo à renda per capita da entidade participante:
DISCRIMINAÇÃO FATOR
Até 0,0045 0,4
Acima de 0,0045 até 0,0055 0,5
Acima de 0,0055 até 0,0065 0,6
Acima de 0,0065 até 0,0075 0,7
Acima de 0,0075 até 0,0085 0,8
Acima de 0,0085 até 0,0095 0,9
Acima de 0,0095 até 0,0110 1,0
Acima de 0,0110 até 0,0130 1,2
Acima de 0,0130 até 0,0150 1,4
Acima de 0,0150 até 0,0170 1,6
Acima de 0,0170 até 0,0190 1,8
Acima de 0,0190 até 0,0220 2,0
Acima de 0,0220 2,5
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Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, determina-se o índice relativo à renda per capita
de cada entidade participante, tomando-se como 100 (cem) a renda per capita do País.
Art. 7º - Os recursos de que trata o inciso II do artigo 3º, serão rateados na forma dos critérios
utilizados para o rateio dos recursos definidos no inciso I do citado artigo com as seguintes
adaptações:
I - ao disposto no inciso I do artigo 4º, considerar-se-á a superfície do território das Regiões
Norte-Nordeste em substituição ao Território Nacional;
II – os coeficientes individuais, calculados na forma do inciso II, art. 4º que forem iguais ou
superiores a 10 (dez), serão reduzidos em 50% (cinqüenta por cento).
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Nota do GEFPE: chama-se a atenção para o total da coluna “Índice Básico” do anteprojeto de
LC. Embora explicite um total de 100%, o somatório real totaliza 103%.
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“Art.159......................................................................................................................
b) dez inteiros e setenta centésimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
d) quarenta e oito centésimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que
será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano;
§5º para efeito do cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I,
excluir-se-á a parcela da arrecadação de que trata o disposto no §5º do art. 153.”
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JUSTIFICAÇÃO
A Constituição Federal de 1988 (CF) estabeleceu em seu Art. 159, inciso I, que a União destine
do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR) e
sobre produtos industrializados (IPI) quarenta e oito por cento (48%) aos Estados e Municípios.
Desta repartição, vinte e um e meio por cento (21,5%) destina-se ao Fundo de Participação dos
Estados e do Distrito Federal (FPE), vinte e três e meio por cento (23,5%) destina-se ao Fundo
de Participação dos Municípios (FPM), e três por cento (3%) para aplicação em programas de
financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região
O objetivo do FPE, criado com recursos oriundos de parte da arrecadação da União, é promover
o equilíbrio sócio-econômico entre Estados, conforme preceito constitucional disposto no Art.
161, inciso II da Carta Magna.
No entanto, a cada ano os Estados vêm sofrendo perdas significativas em suas transferências
constitucionais obrigatórias, haja vista a migração da arrecadação federal direcionada para os
tributos não compartilhados. Com essa inversão o Governo Federal diminuiu a participação
daqueles entes na partilha de sua arrecadação. Para se ter uma idéia dessa distorção, em 1988,
ano da promulgação da CF, a arrecadação oriunda do IR e do IPI somavam 76,2% do total da
arrecadação da União, e as contribuições e outras receitas administradas somavam 23,8%,
enquanto que em 2010 o IR e IPI representavam 45,5%, e as contribuições e outras receitas
administradas os outros 54,5% do total da arrecadação federal.
Em 1988, a soma do IR e do IPI representavam 16,4% do total da arrecadação do Governo
Federal, enquanto que em 2010 essa participação declinou para 9,8%, conferindo aos Estados,
somente no ano de 2010, uma perda da ordem de 36 bilhões de reais, que representa
aproximadamente 40% do total do FPE em 2010.
A propositura ora apresentada tem um duplo objetivo: de um lado torna neutro o impacto das
mudanças na arrecadação de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil – SRFB na evolução dos fundos constitucionais.
De outro lado, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a sistemática
atual de repartição do FPE, definida pela Lei Complementar 62/89, é inconstitucional, e
determinou que um novo modelo de divisão entre em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013, e
que em todos os cenários apresentados para esse novo modelo alguns Estados perdem receita,
há necessidade de ajuste dos percentuais aplicados sobre o total arrecadado pela União
visando a ampliação dos recursos destinados aos Fundos Constitucionais, para evitar essas
perdas no curto prazo.
Espera-se, assim, obter o fortalecimento da harmonia e cooperação entre a União e os demais
entes federativos na administração das finanças públicas, do que deverá resultar em
fortalecimento do federalismo fiscal brasileiro.
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O modelo redistributivo utiliza-se de diversas variáveis para compor o cálculo dos índices de
repartição do FPE. A preocupação do subgrupo foi a de buscar critérios técnicos para atender
ao comando constitucional de promover o equilíbrio socioeconômico entre as UFs. Foram
analisadas as variáveis que poderiam ser utilizadas para compor o cálculo do índice de
distribuição do FPE, em nível conceitual. Em segundo lugar, foram analisados os indicadores de
cada variável e, finalmente, os critérios de cálculo e os pesos ponderados correspondentes.
Passos adotados:
- Eleger as variáveis a serem consideradas (sociais, econômicas, de custos, etc)
- Escolher os indicadores de cada variável e os critérios para realizar o cálculo (método)
- Atribuir pesos a cada variável
Além disso, sempre se levou em consideração a necessidade de se fazer uma transição para
reduzir os eventuais impactos nas finanças de cada UF, garantindo, no mínimo, o valor nominal
do repasse para aquelas UFs que perdem percentualmente no índice. Serão apresentadas as
diversas simulações que foram trabalhadas, com um resumo dos índices ao final, além de
gráficos ilustrativos.
- Territorial
- Populacional
- Social (dividida em três)
- Econômica
- Ambiental
- Financeira (rejeitada)
TERRITORIAL: Justifica-se a utilização desta variável, porque, quanto maior a área geográfica do
Estado, maior a infraestrutura e os custos necessários para manter os serviços à população. Foi
utilizado como indicador a superfície ou área individual de cada UF. O critério de cálculo
adotado foi o percentual individual em relação ao total Brasil, sem limites mínimos ou
máximos.
POPULAÇÃO: Justifica-se a utilização desta variável, porque, quanto maior a população, tanto
maior será a necessidade de recursos para fornecer serviços à sociedade. Foi utilizado como
indicador a população de cada Estado. O critério de cálculo adotado foi o percentual individual
em relação ao total Brasil com limites, de acordo com o CTN (ou seja, por faixas, com limite
mínimo e máximo).
SOCIAL: Justifica-se a utilização desta variável, porque, de alguma forma, ela avalia o resultado
das políticas públicas adotadas, na redução das desigualdades sociais. Foram utilizados como
indicadores o IDH e a renda per capita. O critério de cálculo adotado foi a média de três índices:
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1) Distância do IDH individual para o maior IDH; 2) Evolução (variação) do IDH; 3) Inverso da
renda per capita, de acordo com o CTN.
Na discussão da distância para o maior IDH, foi rejeitada a utilização do índice 1,0 como meta,
sendo utilizado o maior IDH (do DF). Na discussão da variação do IDH, foi rejeitada a utilização
dos quadrados (que visava a potencializar as diferenças), sendo usada a distância simples.
ECONÔMICA: Justifica-se a utilização desta variável, porque ela mede o nível de
desenvolvimento econômico de cada Estado da federação. Foi considerado como indicador o
PIB total. O critério de cálculo adotado foi o inverso do PIB total com limite de 10%, sendo
redistribuído o excedente.
Na discussão do PIB a ser utilizado, foi rejeitada a proposta de utilização de um PIB industrial
puro ou agregado a outras contas regionais.
AMBIENTAL: Justifica-se a utilização desta variável pela restrição imposta a cada UF em utilizar
algumas áreas para exploração econômica, com reflexos no potencial de arrecadação. Foram
considerados como indicadores as áreas indígenas e áreas de conservação da natureza (áreas
de proteção integral + áreas de uso sustentável). O critério de cálculo adotado foi o percentual
de área protegida em relação à área total do Estado, com utilização de valores por faixa.
FINANCEIRA: A variável financeira foi proposta com a intenção de compensar as diferenças de
aplicações diretas, investimentos e repasses voluntários efetuados pelo Governo Federal a cada
unidade federada. Entretanto, a variável foi rejeitada.
1.2) Atribuição de pesos para cada variável
Para a atribuição de pesos, o subgrupo decidiu utilizar o “Método de Análise Hierárquica” do
autor Thomas L. Saaty (ferramenta de auxílio à tomada de decisão). A metodologia utiliza uma
“árvore” e faz comparações das variáveis, mediante pesquisa com perguntas, atribuindo pesos
às variáveis consideradas. O sistema também possui um critério de consistência para verificar a
coerência dos resultados.
A árvore básica foi dividida em três ramos (três tipos de variáveis), com a subdivisão em
variáveis:
Foram computados 12 questionários e o resultado foi o seguinte (pesos para cada variável):
- Territorial (Área) 5,22%
- População 25,82%
- Inverso da Renda per capita 17,02%
- Distância para o maior IDH 27,04%
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2) SEMINÁRIO DE 25/05/2011
Quanto à variável de infraestrutura, a qual foi considerada como variável econômica, foi
aprovada a utilização dos indicadores de rodovias pavimentadas, ferrovias, portos, aeroportos
e energia elétrica. No entanto, como o grupo só possuía dados das rodovias pavimentadas, foi
aprovada a utilização desta informação inicialmente, deixando os demais indicadores para uma
análise futura. Foram utilizados os km de rodovias pavimentas em cada UF, ponderadas pela
área. Foram também considerados os limites mínimo de 1% e máximo de 8% nos coeficientes
de participação. A metodologia acordada é de se estabelecer primeiro o limite máximo de 8%.
Se houver UFs que ultrapassem este percentual, o excedente deverá ser redistribuído para o
restante da federação. Se ainda assim houver estados com menos de 1%, há que se redistribuir
novamente, garantindo este mínimo. Analisando o resultado alcançado com esta variável, o
grupo decidiu que a ponderação por área não é a melhor e a variável ainda deve ser melhor
estudada. Foi aprovada a apresentação de duas simulações, uma com a variável de
infraestrutura e outra desconsiderando a variável e distribuindo para as demais variáveis
econômicas.
Finalmente, analisadas as variáveis a serem consideradas no cálculo, analisados os seus
indicadores e critérios de cálculo (metodologia), passou-se a analisar os pesos a serem
utilizados na ponderação das variáveis. Novamente, decidiu-se utilizar o método de análise
hierárquica, por não ter sido encontrado método alternativo. Montada a árvore com os tipos
de variáveis (sociais, econômicas e de custos) e, dentro de cada tipo, as variáveis aprovadas,
distribuiu-se um questionário para cada participante da reunião, através do qual foi comparada
a importância/relevância dos tipos de variáveis entre si. Depois foi comparada a
importância/relevância das variáveis entre si, dentro de cada tipo. Colocadas as informações na
planilha de cálculo, resultaram os seguintes pesos para cada variável:
Variável Peso
Área 4,56%
População qualificada 10,24%
Distância para o maior IDS 50,04%
Inverso da renda per capita 18,13%
Inverso do PIB qualificado 9,51%
Ambiental 2,67%
Infraestrutura (rodovias pavimentadas) 4,85%
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Neste Pré-Confaz, foi apenas feito um relato do Seminário realizado em 25/05/2011. Foram
repassadas algumas orientações dos Secretários para o GEFPE deve aprofundar os estudos,
considerando as seguintes premissas:
- Priorizar a manutenção do equilíbrio fiscal dos estados.
- Os estados não podem/devem sofrer perdas em suas receitas atuais.
- Definição de uma proposta concreta de elevação do aporte da União
- Definição de critérios que atendam ao preceito constitucional, apontando para um maior
equilíbrio sócio-econômico entre as unidades da federação.
- Longo processo de transição
- Os trabalhos devem ser agilizados, de modo a permitirem uma maior sintonia com a agenda
política, que já comporta projetos em tramitação.
- Organização e agendamento do 2º Seminário de Avaliação de Alternativas para o FPE.
Foi decidido que os trabalhos seriam conduzidos em grupo único, na tentativa de alcançar
maior consenso na elaboração das simulações. Também foi decidido reduzir o número de
variáveis para simplificar e evitar o efeito de uma variável anular a outra.
Foi definido discutir dois modelos: um modelo simplificado, com menos variáveis, e um modelo
mais completo, podendo ter um maior número de variáveis.
MODELO SIMPLIFICADO
As variáveis aprovadas foram: Renda per capita, PIB total, área, população total. Foram
rejeitadas as variáveis: ambiental, infraestrutura e IDS. A ideia foi produzir um modelo
simplificado, reduzindo as variáveis e eliminando limites mínimos e máximos (além das travas e
faixas) e conceitos que dificultem os cálculos sem trazer grandes alterações nos resultados.
MODELO COMPLETO
Acabaram sendo aprovadas e rejeitadas as mesmas variáveis. A única alteração foi quanto à
utilização de uma população “qualificada” (com renda per capita inferior a ½ salário mínimo)
em vez da população total.
Depois de analisar 4 modelos distintos (além destes dois modelos, outros dois foram analisados
por proposta individual de AL e do PI), deliberou-se por um modelo simples com apenas 4
variáveis: área, população, renda per capita e PIB total. Além disso, decidiu-se utilizar a
população total novamente, em vez de utilizar uma população “qualificada”, que
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corresponderia a uma população de baixa renda (renda abaixo de ½ salário mínimo). Também
quanto ao PIB, retornou-se ao PIB total, sendo abandonada a ideia de um PIB “qualificado”, do
qual eram retiradas algumas parcelas, como na simulação anterior. Deliberou-se por retirar
todos os limites de mínimos e máximos, travas e faixas.
Para a atribuição de pesos às variáveis, utilizou-se o método de análise hierárquica (pesquisa
entre os participantes sobre a importância relativa das variáveis) e um novo método, através de
uma ferramenta do excel, que minimiza as variações absolutas (ganhos e perdas) em relação à
distribuição atual. A alternativa de cálculo direto da média de pesos atribuídos pelos
representantes dos estados foi rejeitada por unanimidade.
Os resultados obtidos nas simulações para o modelo redistributivo aperfeiçoado apresentaram
melhora, porém mantiveram-se os ganhos e perdas expressivos para os mesmos estados,
observados na versão anterior do Modelo Redistributivo.
A análise de um modelo misto foi incluída no próximo item do relatório consolidado.
II - MODELO MISTO
disso, a segunda etapa de equalização não está “fixada”, sendo recalculada ao longo do tempo,
em função da receita média nacional per capita acrescida de ½ desvio padrão. Assim sendo,
algumas UFs que não recebem recursos a título de equalização num primeiro momento,
poderão receber recursos no futuro, inclusive em função de uma possível reforma tributária.
Foram realizadas diversas simulações variando os parâmetros de equalização, entretanto, esta
apresentada é a que produz o melhor resultado em relação às perdas (perda global de R$ 3,22
bilhões). Salienta-se que esta simulação não possui quaisquer limites, travas, faixas ou reservas.
Foi estudada uma simulação com transição em 20 anos, considerando crescimento nominal de
15% ao ano (média histórica de crescimento do FPE), para identificação/neutralização de
impacto nominal, garantindo-se ainda um determinado ganho aos estados que perdem pontos
percentuais nos seus coeficientes.
Deliberou-se pela apresentação da transição em valores atuais, sem incorporar projeção de
crescimento. Para tanto, o cálculo foi refeito com base nos repasses atuais (2011), no período
de 20 anos (redução de 5% ao ano para a distribuição atual, sendo transferidos para os novos
critérios de repartição).
Após a apresentação os Secretários deram as seguintes orientações:
1. Elaboração de nova alternativa para o Modelo Misto, visando à minimização da
amplitude das perdas individuais, ainda que as perdas totais tornem-se maiores.
2. Elaboração de nova alternativa com base na proposta do Amapá, que considere
também as necessidades de infraestrutura para o desenvolvimento.
3. Elaboração de documento que sintetize as várias alternativas analisadas pelo GEFPE e
apreciadas pelo CONFAZ: Modelo de Equalização, Modelo Redistributivo, Modelo do
CTN, Modelo Misto e Modelo de Infraestrutura (Amapá).
A partir das orientações dos Secretários, tentou-se elaborar um modelo misto com a
minimização das perdas individuais de cada UF. Com o modelo misto da reunião anterior,
utilizando-se as mesmas variáveis, inclusive a mesma equalização de receitas, foi feita uma
simulação adotando-se uma “meta” de máximo de 20% de perda individual, pois as tentativas
de utilizar um limite menor de perdas não deu resultado. Também foi feita uma simulação
acrescentando uma “meta” de limite máximo de ganho individual. Entretanto, se o limite de
ganho for reduzido (de 20% ou 30%), o resultado piora em relação às perdas individuais. Um
limite de ganho de 75% produziu um resultado melhor.
Além disso, foram feitas várias simulações no decorrer da reunião, já que a planilha utilizada
possibilitava estas simulações de forma bastante rápida e fácil. Foram feitas simulações
alterando a variável de equalização, mas o melhor resultado foi obtido com 50% de máxima
redistributividade e 50% de VR média mais ½ desvio padrão.
Foi disponibilizada, para todos os integrantes do grupo, uma planilha chamada de “modelo
misto completo”, na qual foram reunidas todas as informações necessárias, inclusive da
variável de infraestrutura e da equalização de receitas, possibilitando e facilitando a simulação
pelos demais colegas. Foi produzido um novo resultado, sem o uso de quaisquer travas ou
limites, atendendo à meta de perda individual inferior a 20%. Entretanto, a planilha também
possibilita o uso de travas para cada variável, com limites diversos como 5%, 8%, 10%, etc.
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Foi feita uma simulação com a variável de infraestrutura separada no modelo de minimização
de perdas individuais. Mas, os resultados trouxeram perdas expressivas para alguns estados (BA
e MG, por exemplo, perdem respectivamente 26% e 25%).
Decidiu-se realizar uma simulação com travas de 5% para cada variável (valor máximo que uma
UF pode ter de coeficiente na variável), exceto na variável de equalização (sem trava). Os
resultados obtidos reduziram ainda mais as perdas individuais, possibilitando o uso de meta de
máximo de 10% de perda por UF (o sistema só não conseguiu atender a esta meta para os
Estados de BA, MG e TO, mas os resultados foram bem melhores).
Acrescentando a variável de infraestrutura ao modelo misto de minimização de perdas
individuais, o “solver” atribuiu peso zero a esta variável, indicando que a melhor solução seria
não considerar a infraestrutura.
Foi também efetuada a simulação com travas no cálculo da variável de infraestrutura (máximo
de 10% em cada componente do cálculo), e o peso atribuído à variável de infraestrutura foi
muito pequeno, gerando basicamente o mesmo resultado obtido sem as travas e/ou sem esta
variável.
O modelo de minimização de perdas ao utilizar as metas de perdas máximas de até 10%, com
as travas de 5% por variável), efetivamente reduziu as perdas individuais. Com este modelo e
com estas variáveis não foi possível reduzir mais. A maior perda individual ficou em torno de
19% para o Estado de Tocantins, sendo que os demais Estados ficaram com perdas menores,
em no máximo 10% a 13%, aproximadamente. Já a perda global, também foi reduzida em
relação ao modelo misto apresentado no Pré-Confaz de Manaus, o que foi outro avanço.
A variável de infraestrutura obteve peso insignificante, não sendo relevante dentro da ótica de
minimização de perdas em relação à distribuição atual. Entretanto, para atender à orientação
dos Secretários, foi realizada uma simulação atribuindo peso de 10% para a variável de
infraestrutura. O resultado elevou as perdas individuais e a perda global, demonstrando que a
variável não tem aderência com a LC 62/89.
Foram apresentados na Reunião do Pré-CONFAZ em São Paulo, as seguintes simulações:
– Modelo Misto de Minimização de Perdas Individuais com Metas de 20% para perdas e de 75%
para ganhos, com a equalização de receitas em duas etapas (50% na primeira etapa, com
máxima redistritubividade e 50% com VR média mais ½ desvio padrão);
- Modelo Misto de Minimização de Perdas Individuais com Metas de 10% para perdas e de 75%
para ganhos e equalização com 50% de máxima redistributividade e 50% com VR média mais ½
desvio padrão, e travas de 5% no coeficiente de cada UF para cada variável, exceto na
equalização;
– Modelo de Infraestrutura, com Minimização de Perdas Individuais com Metas de 20% para
perdas e de 75% para ganhos e equalização com 50% de máxima redistributividade e 50% com
VR média mais ½ desvio padrão. (Obs: A Função Solver do Excel anula a variável de
infraestrutura atribuindo-lhe peso zero para minimizar as perdas individuais).
– Modelo de Infraestrutura, com peso fixado em 10% para esta variável e minimização de
Perdas Individuais com Metas de 20% para perdas e de 75% para ganhos, além da equalização
com 50% de máxima redistributividade e 50% com VR média mais ½ desvio padrão.
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Além disso, foram apresentadas pelo RS algumas considerações sobre os estudos realizados,
com ênfase nos efeitos financeiros num processo de transição de 20 anos, com a expectativa de
crescimento nominal dos valores a serem repassados a todas as UFs.
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