FORTALEZA
2013
JÁDER GARCIA JUCÁ
FORTALEZA
2013
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade
CDD 330
JÁDER GARCIA JUCÁ
Nota
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 15
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 48
15
1 INTRODUÇÃO
2.1.3 Capital
O conceito econômico de capital difere do de bens de capital e seria: “[...] o
valor a preço de mercado dos bens de capital, valor esse que é estimado pelos
atores individuais que compram e vendem bens de capital num mercado livre.” (DE
SOTO, 2012, p. 252)
A diferença entre capital e bens de capital:
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conceito de tempo real, e utiliza de curvas de oferta e demanda que de acordo com
a metodologia austríaca são impróprios. Porém é uma boa ferramenta de
visualização e utiliza ferramentas que são mais comumente utilizadas pela teoria
econômica convencional. (IORIO, 2011)
Os cones austríacos estão representados na figura 2, cuja interpretação seria:
Cada figura elíptica em um dado ponto do tempo representa o
conjunto de possibilidades em que o mercado, naquele determinado
momento, pode estar funcionando, incluindo o ponto de equilíbrio. Com o
decorrer do tempo o mercado converge para o equilíbrio, ou seja, para o
vértice de cada um dos cones. Só que, antes que esse ponto de equilíbrio
seja atingido, mudam as condições de mercado que determinam as curvas
de oferta e demanda e, com isso, passamos para um novo círculo. A partir
daí, convergimos para o vértice de um novo cone, o qual, por sua vez, antes
que seja atingido, já não representará mais uma situação de equilíbrio, e
assim sucessivamente. (IORIO, 2011, p. 80)
Figura 2 – Os Cones Austríacos
qual forma for utilizada pelo Banco Central para aplicar a política monetária
expansionista, os efeitos na macroeconomia da estrutura de capital são o mesmo:
aumento do crédito sem lastro em poupança. Nesse cenário não há alteração das
preferências intertemporais dos agentes, logo não há mudança no nível de
poupança. O efeito desse aumento do crédito está representado na figura 8.
(GARRISSON, 2001)
Analisando o mercado de fundos para empréstimos (Figura 8), um aumento
do crédito desloca a curva S para a direita. Com uma maior oferta de crédito há uma
queda da taxa de juros, de ieq para i’, o que estimula os investimentos e desestimula
a poupança. O investimento se move ao longo da curva D, já que os investidores
respondem, a uma taxa de juros menor, aumentando seus investimentos. A
poupança se move ao longo da curva S, já que os poupadores se deparando com
uma taxa de juros menor reduzem sua poupança. Ocorre uma redução da
poupança, já no investimento ocorre um aumento. Nesse novo cenário da economia,
o mercado de fundos não está em equilíbrio e a taxa de juros i’ é insustentável, ela
está artificialmente menor.
Figura 8 – Efeitos de um aumento do crédito via política monetária
poupança de dois peixes, já que ele tem duas pedras que valem um peixe cada no
dia seguinte. No outro dia Robison pode se engajar na produção da rede de pesca,
porém, se João não conseguiu pescar peixe algum não há como ele cumprir sua
dívida. Robison começa a produzir a rede, mas quando percebe que não vai receber
os peixes em troca das duas pedras e que não tem nada para comer tem que
abandonar o seu projeto de construir a rede e voltar a pescar peixes.
O que aconteceu nesse exemplo foi que João criou dinheiro do nada o que
permitiu Robison a se engajar em uma atividade sem que ele tivesse recursos
suficientes para alcançar o seu objetivo. Resultando que Robison perdeu um peixe e
parte do dia tentando produzir uma rede que não resultou em nada e pode até
morrer de fome. Caso Robison queira continuar a produção da rede ele terá que
começar a poupar nos períodos seguintes e só após ter a poupança necessária é
que ele conseguirá construir a rede. Porém, ao passar de todo esse tempo ele
acabará tendo um tempo perdido, que foi quando ele foi iludido por João, que será
irrecuperável, onde ele já podia estar desfrutando dos frutos da sua rede de pesca.
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Esta secção está dividida em duas subseções e tem como objetivo procurar
estabelecer como se desenvolveu a crise de 2008 e quais são as possíveis soluções
para a prevenção de futuras crises de acordo com a Escola Austríaca de Economia.
A primeira secção analisa o surgimento e o desenvolvimento da crise de 2008
de acordo com a TACE, explicando quais foram os principais agentes envolvidos na
criação da suposta “bolha imobiliária”.
A segunda secção analisa as possíveis medidas para a recuperação e a
prevenção dos ciclos econômicos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
_________. A Escola Austríaca. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil,
2010. 100p.
KRUGMAN, Paul. The Profession and the Crisis. Eastern Economic Journal, n.37,
p.307–312, 2011. Disponível em: <http://www.palgrave-
journals.com/eej/journal/v37/n3/full/eej20118a.html?utm_source=SilverpopMailing&ut
m_medium=email&utm_campaign=&utm_content=>. Acesso em: 16 de Julho de
2013.
RON, Paul. O Fim do Fed: por que acabar com o Banco Central. Tradução de Bruno
Garschagen e Mônica Magalhães. São Paulo: É Realizações, 2011. 238 p.
_________. Fannie and Freddie. Ron Paul in the House Financial Services
Committee, 2003. Disponível em: <http://www.lewrockwell.com/1970/01/ron-
paul/fannie-and-freddie/>. Acesso em: 16 de Julho de 2013.
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