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Camila Cavalcanti Fernandes - RA: 6951490350

Eunides Silva de Carvalho Perez - RA: 6580316386


Rosemeire Santos de Lima Duarte- RA: 6580316398

O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL EM CENTRO


PARA CRIANÇA E ADOLESCENTE: CONTRIBUIÇÕES NO
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS FAMILIARES

SANTO ANDRÉ – SÃO PAULO


2016
Camila Cavalcanti Fernandes - RA: 6951490350
Eunides Silva de Carvalho Perez - RA: 6580316386
Rosemeire Santos de Lima Duarte- RA: 6580316398

O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL EM CENTRO


PARA CRIANÇA E ADOLESCENTE: CONTRIBUIÇÕES NO
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS FAMILIARES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da
Universidade Anhanguera UNIDERP como requisito obrigatório
para cumprimento da disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso I.

SANTO ANDRÉ – SÂO PAULO


2016
TEMA

A escolha do nosso tema é uma reflexão sobre os conteúdos estudados até o


presente momento, no curso de Serviço Social, tendo por objetivo explicitar e
caracterizar o fortalecimento de vínculos familiares em Centro para Criança e
Adolescente e a garantia da Proteção Social Básica. Nossa pesquisa busca
compreender a dinâmica dos atos e eventos, ao vivenciar aspectos significativos em
serviço de convivência e fortalecimento de vínculos.
O que nos causou o questionamento sobre o problema investigado foi: Quais
as contribuições do Assistente Social no fortalecimento de vínculos familiares em
Centro para Criança e Adolescente? Delimitamos nosso problema com a seguinte
pergunta: Como o Assistente Social contribui efetivamente no fortalecimento de
vínculos familiares em Centro para criança e Adolescente? Pois segundo TAILLE,
1992, p. 41,44: “É na solução de confrontos que se evolui, e isto é fator determinante
para o desenvolvimento”. Acreditamos estarmos em processo de desenvolvimento,
pois não somos seres acabados.
Destacamos o fortalecimento de vínculos com a família, de forma a garantir a
proteção social das crianças e adolescentes e neste apoio sócio familiar buscamos
consonância com os fundamentos do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente),
sendo essencial o planejamento e monitoramento das ações, compreensão do
território e as vulnerabilidades sociais presentes no mesmo.

JUSTIFICATIVA

Entendemos que é preciso diferenciar criança do adolescente, perante a lei e


a sociedade em que vivemos, pois nossa Constituição da república Federativa do
Brasil, 1990,em seu Art. 2º prevê que: “considera-se, criança para os efeitos desta
lei, a pessoa até dez anos de idade incompletos, e adolescentes, aqueles que estão
entre doze e dezoito anos de idade.”
Também podemos citar que em 13 de Julho de 1990, foi sancionado o ECA
( Estatuto da Criança e Adolescente), que é a atual legislação que normatiza os
direitos e deveres das crianças e adolescentes, garantindo-lhes a proteção integral,
porém em um país de tanta desigualdade social, onde constata-se que a pobreza
tem alcançado alarmantes índices, neste panorama, segundo dados do IBGE 1992
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que 53,5% de nossa crianças
e adolescentes, entre 0-17 anos de idade, encontram-se em famílias cuja renda
mensal é de até ½ salário mínimo per capta, perfazendo um total de 32 milhões de
crianças e adolescentes em situação de pobreza e miséria. Observa-se que nesta
situação, surgem diversos agravos que culmina a ausência de suporte social
direcionado a essas famílias. Sendo assim, na garantia dos direitos fundamentais,
constitui-se dever de todos particulares e do Estado, assegurar a proteção e
preferência aos mesmos, sendo elas: médica, políticas públicas e serviços públicos.
Neste contexto, a realização de políticas públicas voltadas para a criança e
adolescente se faz necessário também a presença do Assistente Social, para o
cumprimento das obrigações legais, colaborando para reconstrução das raízes
sociais da infância e da juventude, na perspectiva de afirmação do direito social e
humano do viver cotidiano social para o exercício de uma cidadania digna e justa.
Dentre as políticas públicas voltadas para a criança e adolescentes,
destacamos o Centro para Criança e Adolescente que tem por objetivo oferecer
proteção social à criança e adolescente, em situação de vulnerabilidade e risco, por
meio do desenvolvimento de suas potencialidades e favorecer aquisições para a
conquista da autonomia, protagonismo e cidadania, mediante o fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários.
Como justificativa de nosso estudo e reconhecendo a importância do
fortalecimento de vínculos familiares para a existência humana, do qual integramos
nesta pesquisa como instrumento de trabalho que possibilita o processo da
construção e sistematização em Centro para Criança e Adolescente, pois é função
do Estado, juntamente com outros órgãos da sociedade, desenvolver programas em
diversas áreas, como educação, saúde a Assistência Social, que tenha como
objetivo o desenvolvimento da criança e adolescente, pondo a salvo de qualquer
risco, discriminação, trabalho infantil, exploração, etc.
O profissional de Serviço Social trabalha no desenvolvimento e aplicação de
políticas sociais, cujo objetivo é retirar crianças e adolescentes, das condições
desumanas e desenvolver um trabalho de socialização, de mudança de vida, não só
para eles, mas também para sua família, pois ao desenvolver um trabalho para
criança e adolescente é fundamental que o trabalho seja realizado também com a
família, visto que muitos problemas que atingem crianças e adolescentes tem origem
na própria família, por diversas questões.

PROBLEMA

Em nossa observação com relação à problemática apresentada,


constatamos que a busca do fortalecimento de vínculos familiares apresentada nas
ações desenvolvidas pelo Centro para Criança e Adolescente mostra-se mais
relacionado ao desenrolar teórico com base na política de Assistência Social,
ficando aquém de sua efetivação na prática cotidiana que o Centro apresenta.
Sabemos que o Centro para Criança e Adolescente busca desenvolver,
atendimento comunitário às crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e 11 meses,
efetivamente às:-
• Crianças e adolescentes em situação de trabalho;
• Crianças e adolescentes reconduzidas ao convívio familiar, após medida protetiva
de acolhimento;
• Crianças e adolescentes com deficiência, beneficiários ou não do BPC;
• Crianças e adolescentes oriundos de famílias beneficiárias de programas de
transferência de renda e;
• Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco.
O Serviço propõe teoricamente ações que fortaleçam os vínculos familiares e
que propiciem a constituição de espaços de convivência, portanto deve desenvolver
na prática ações com as famílias dos usuários, referenciando-os como coparticipes
no processo de formação integral das crianças e adolescentes, possibilitando a
participação e corresponsabilidade na proteção e desenvolvimento destes. O serviço
deve buscar a articulação dos diversos serviços no território para uma ação integral
e intersetorial, respondendo assim às necessidades da população em situação de
vulnerabilidade. As atividades desenvolvidas devem atender aos interesses e
peculiaridades presentes no território, propiciando a participação cidadã e o
desenvolvimento de competências para a compreensão crítica da realidade social e
do mundo contemporâneo.
O acompanhamento familiar consiste no desenvolvimento de
intervenções desenvolvidas em serviços continuados, com objetivos
estabelecidos, que possibilita à família o acesso a um espaço onde
possa refletir sobre sua realidade, construir novos projetos de vida e
transformar suas relações – sejam elas familiares ou comunitárias
(BRASIL, 2009, p. 20).
Desta forma cabe ao Centro para Criança e Adolescente realizar a articulação
com a rede de serviços sociais do seu território para o acesso prioritário destas
famílias, a fim de que o acesso não se restrinja apenas à política de assistência
social, mas seja ampliado para as demais políticas sociais, como preconiza o SUAS
(Sistema Único de Assistência Social).
A Proteção Social Básica deve diagnosticar as situações de
vulnerabilidade social, ampliar a capacidade e os meios para que as
famílias revertam a situação de vulnerabilidade, prevenir a presença
e o agravo das vulnerabilidades e riscos sociais por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento
de vínculos familiares e sociais, da completude em rede e da
articulação com as demais políticas governamentais e reconhecer e
afirmar os direitos sociais no campo da Assistência Social.( BRASIL,
Portaria nº 46/2010, p.11).
Portanto esse projeto caracteriza-se como sendo um instrumento de trabalho
sobre as contribuições no fortalecimento de vínculos familiares, uma integração
valiosa no desenvolvimento de crianças e adolescentes e em sua dinâmica familiar.
Nosso processo investigativo privilegia o fortalecimento de vínculos familiares
buscando mostrar os processos das relações sociais, valorizando aspectos
qualitativos, ao expor a complexidade da vida humana e evidenciar seu dignificado
social.
A observação participante é o recurso metodológico, observando a rotina em
Centro para Criança e Adolescente do município de São Paulo, em suas atribuições
no fortalecimento de vínculos familiares, buscando compreender atos e eventos,
coletar informações e vivenciar todos os aspectos possíveis e seus significados.
Desenvolveremos pesquisa qualitativa, buscando o processo de formação e
ação por provocar consciência das próprias pesquisadoras dos seus problemas e
das condições que as levam a organizar os meios, buscando promover interesses
sociais dos sujeitos envolvidos. Temos uma postura aberta a tudo que se observa,
compreendemos os fenômenos, compartilhando culturalmente nossas experiências
e significações sociais, na contribuição do Assistente Social e seu desenvolvimento
na forma e na efetividade do fortalecimento dos vínculos familiares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAPTISTA, Myrian Veras, Coord, 5, Política de Atenção à Criança e Adolescente


na cidade de São Paulo. Instituto Pólis/PUC, janeiro, 2002.

BRASIL. Constituição (1988), Constituição da república Federativa do Brasil,


promulgada em 5 de Outubro de 1988, São Paulo: Fisco e contribuinte, 1998.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13 de junho de


1990. Diário oficial da república Federativa do Brasil, Brasília, 16 de junho, 1990.
.
BRASIL. Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.
Portaria nº 46/2010.

CARVALHO, M. C. B. (Org.). A Família Contemporânea em Debate. São Paulo:


EDUC. 1995.

IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade: Trabalho e


Formação Profissional. 13ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.

LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho


Científico. 7ª ed. São Paulo. Atlas, 2012.

MINISTÉRIO do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de


Assistência Social (SNAS). Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).
Tipificação Nacional dos Serviços Sociassistenciais. Brasília, 2009.

PAULA, Renato de. O Serviço Social na Trajetória de Atendimento à Infância e


Juventude. São Paulo, Ed. Brasil Social, 2001.

TAILLE, Yves de la: OLIVEIRA, Maria Kohl de: DANTAS, Heloysa. Piaget,
Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão. São Paulo, Ed.
Summus, 1992.

SALES, Mione Apolinário; MATOS, Maurílio Castro de; LEAL, Maria Cristina,
(organizadores). Política Social, Família e Juventude: uma questão de direitos.
6ª ed. São Paulo, Ed. Cortez, 2010.

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