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(Sociologia do Direito) Capítulo 01 introdutório concluído, Weber & Durkheim.

Capítulo 2 - Sociologia do Direito, de Reinaldo Dias

Fundadores da Sociologia. Objetivo da aula de hoje é pegar conceitos específicos dos


autores considerados importantes nesse campo do saber, com novos autores, para
entender o uso de tais conceitos na sociologia jurídica. O objetivo da sociologia jurídica, o
objeto do campo de saber, sendo o fenômeno jurídico.

Èmile Durkheim - Cria grande número de conceitos utilizados com frequência


> Coação Social
Pressuposto de que a sociedade tem forças sobre o indivíduo. Não há autonomia (no
sentido de imposição) do indivíduo, que não é ninguém na fila do pão, simplesmente fruto
de formatação social das instituições. Estado, igreja, escola.
> Consciência Coletiva
Essa coação social é rara de ser diretamente forçada: é naturalizada, internalizada. A
obrigação de se enquadrar, evitar ser taxado de X, Y e Z. Isso passa a fazer parte da
consciência coletiva. Se a lei não adentra a consciência coletiva, não tem legitimidade.
> Anomia
A ausência de regras. Nada regula nada, sem normas, possibilitando até a dissolução da
sociedade. Por exemplo, em guerra.
> Fato Social/Regra da Objetividade
Externo, coercitivo e geral. Está todo em qualquer contexto histórico, não depende do
indivíduo ao nascer pois as regras já estão colocadas, além de ser coercitivo, pois se não
se adequar sofrerá sanção, punição, serás um desviante social.
> Solidariedade Social
Rejunte, a argamassa de azulejos. Aquilo que permite a união até nas piores crises, que a
sociedade não se dissolva, deixe de existir: não propriedade cristã, solidariedade racional. A
permanência, existência do grupo como relacionada com a sobrevivência individual.

Marx Weber
> Dominação
Dominação legítima, reconhecida; poder. A vida social é feita de relações de poder para
Weber. Os valores que uma sociedade busca preservar quando tenta sancionar
determinada norma são os de quem tem poder, os quais conseguem vender tais valores
como universais, apesar de não representarem a todos. Quando o indivíduo desrespeita
uma norma, também desrespeita o valor de quem tem poder; ignorando o poder de alguém,
um grupo ou instituição.
> Método
Mais prática; o fazer da pesquisa.
Método Dogmático Jurídico: Quando o propósito da pesquisa for analisar a lei pela lei.
Analisar a lei sem estabelecer relações com a sociedade. “Dogma”, o que não pode ser
criticado ou refutado, não um método de problematização, descritivo.
&
Método Sociológico Empírico: Quando se relaciona com o todo e contexto social, um
caminho à crítica.
> Eugen Ehrlich
Jurista austríaco. Mesclando Weber & Durkheim. Entender o fenômeno jurídico com fator
que torna viável a vida social, mas também em alguns momentos, como exercício de poder
daqueles que tem o poder de promulgar as normas. O direito é a ordem da vida estatal,
social, espiritual e econômica. Porém não é a única ordem. A ordem da vida social não
somente, não apenas dependendo do direito jurídico. Outras ordens que regulam a vida
social e que em alguns cenários, de forma até mais eficiente que o direito. Valor
equivalente, não legitimadas ou positivadas, mas tão ou mais eficientes para organizar.

Direito vigente: Aquilo que está posto pelo Estado, valendo. A constituição brasileira.
Direito vivo: Construção social, realidade social. Dentro de determinados territórios, é muito
mais presente que o vigente. Por exemplo, numa comunidade dominada pelo tráfico ou
milícia, há as pessoas ali organizando um código de regulação, muito profundo até. Não a
regra do Estado legitimada, mas inventada pelo traficante ou miliciano. Ou coronelismo.

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