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Democracia e Inclusão

Discute-se se os perigos sociais como governos de extrema direita/esquerda ou o


brexting poderiam ser um risco para a democracia, o quanto isso afeta as instituições
democráticas ou a alternativa de um tipo de democracia está sob ameaça.
No Brasil, sob o viés da inclusão ou exclusão, é preciso analisar fatos como, por
exemplo, o fato de que, diante de pesquisas, o número de pessoa na pobreza e miséria
aumentou consideravelmente durante os últimos anos.
Os efeitos das desigualdades sociais, no âmbito de um processo de exclusão, fica
claro que as novas gerações estão recebendo o maior impacto dessa desigualdade. Há
claramente uma fratura do contrato social. Uma ruptura no tecido social no qual existe
uma sociedade dividida, onde o poder público não consegue penetrar. Dessa forma,
milícias, narcotráfico e crime organizado começam a afrontar o poder.
Quando partimos da observação dos dados e estatísticas de homicídios entre
2002 e 2012 não por idade, mas por cor, vemos que os números vítimas de homicídios
de cor branca caiu 33,2% e de cor preta (pardos, negros e mulatos), aumentou em
32,4%.
De acordo com o IPEA, para cada 1% de jovens de 15 a 17 anos na escola, a
taxa de homicídio cai em 2%. Por outro lado, ainda segundo o IPEA, indivíduos que
não possuem educação formal mínima de 7 anos, tem 15,9 maior chance de sofrer um
homicídio em relação a taxa totalitária.
A mensagem é muito clara, com uma educação de qualidade, sendo esta
melhorada pelo por pública nas redes escolares municipais, estaduais e federais no
ensino fundamental e médio, resulta numa diminuição gradativa de um dos maiores
perigos para segurança social.
Ainda é muito claro que temos uma sociedade fraturada e violenta, em que os
indicadores refletem as consequências da exclusão social.
Se analisarmos, por exemplo, a situação carcerária no Brasil entre 1990 e 2012,
houve um aumento da população carcerária 575%. Então, mais uma vez, vemos os
resultados da exclusão e desigualdade social.
No governo atual, que se diz um governo liberal, é clara a redução a um viés
absolutamente econômico; os direitos humanos, as garantias fundamentais e a ideia de
democracia em si sendo deixados de lado. Perante todos os fatos, o que o Brasil precisa
recuperar é a ideia de planejamento e projeto de poder.
Sob o cenário internacional, está havendo um esvaziamento da titularidade da
iniciativa legislativa dos parlamentos que, sendo deslocada, passa a ser tomada pelos
sistemas intergovernamentais.
Diante do avanço das tecnologias de comunicação, começa-se a perceber que
decisões econômicas estão sendo tomadas em tempo real. Destarte, o avanço da
tecnologia também resulta no aumento do desemprego estrutural, principalmente por
conta da informatização das linhas de produção. Dito isso, revela-se a necessidade de
investir em especializações para manter-se empregado.
Em razão da globalização, a soberania do estado-nação perde sua força para a
trans territorialização dos mercados. Com isso, é preciso repensar os horizontes e o
modo de agir sobre estas mudanças, pois estamos num processo de transição. O Estado
precisa adotar uma função coordenadora e orientadora para que não entre numa crise de
poder.

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