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Unidade 02 - Avaliação Parcial 01 Data - 09/03/2016

DISCIPLINAS: ENG041 e ENG360


Professor – Manuel de Almeida Barreto Filho
Aluno - Assinatura _________________________________

QUESTÕES OBJETIVAS (0,2 pontos)


Observação – Cada questão objetiva de “n” alternativas que for respondida de forma
incorreta será penalizada adicionalmente ao valor normal da questão em [100/(n-1)] %
do valor correspondente à questão. Questões cuja nenhuma resposta for assinalada não
terão penalidade adicional além do valor normal da questão. Valor normal de cada
questão – 0,1 pontos.

 ε 
1 – Em não havendo alteração de volume num ensaio de tração, %TF =   ⋅ 100 .
 ε +1
A–V B–F

Solução:

ld − l0 ld l l 1
ε= = −1∴ d = ε +1∴ 0 =
l0 l0 l0 ld ε + 1

l 0 Ad
Sem alteração de volume: A0 ⋅ l 0 = Ad ⋅ l d ∴ =
ld A0

 A − Ad   A   l   ε +1
 ⋅ 100 = 1 −
1  1 
%TF =  0  ⋅ 100 = 1 − d  ⋅ 100 = 1 − 0  ⋅ 100 =  −  ⋅ 100
 A0   A0   ld   ε +1  ε +1 ε +1

 ε 
%TF =   ⋅ 100
 ε + 1

2 – A energia de superfície é maior que a energia do contorno do grão.


A–V B–F

Solução:

Átomos de um lado do contorno do grão irá se ligar a átomos do outro lado do contorno
do grão. Isto não ocorre na superfície de um material.

QUESTÕES DISCURSIVAS (0,8 pontos) – Valor de cada questão - 0,2 pontos.


1 – Calcule o comprimento da aresta da célula unitária para uma liga 85%p Fe-15%p V.
Todo o vanádio está em solução sólida e, à temperatura ambiente, a estrutura cristalina
para esta liga é CCC.

Elemento Peso Atômico (g/mol) Massa Específica (g/cm3)


Ferro 55.85 7.87
Vanádio 50.94 6.10

Solução:

1
A  A    Amédio  3
n ⋅  médio  n ⋅  médio   n ⋅   
ρ méido = 
NA  ∴ V =  NA  ; V = a3 ; a =   N A 
VC
C
ρ méido
C
 ρ méido 
 
 

100 100
ρ méido = ; Améido = ; a = 2.89 ⋅ 10 −8 cm
C Fe (% ) CV (% ) C Fe (% ) CV (% )
+ +
ρ Fe ρV AFe AV

2 – Para uma solução sólida formada por dois elementos, algumas vezes é desejável
determinar o número de átomos por cm3 de um dos elementos da solução sólida (N 1 ),
dada a concentração daquele elemento especificada em porcentagem de peso (C 1 ).
Mostre que:

N A ⋅ C1
N1 =
C1 ⋅ A1 A1 ⋅ (100 − C1 )
+
ρ1 ρ2

ρ 1 e ρ 2 - massas específicas dos dois elementos;


A 1 – Peso atômico do elemento 1;
N A - Número de Avogrado.

Solução:

ρ médio  g  = 100
;
 cm 
3
C1 (% ) 100 − C1 (% )
+

ρ1  g  ρ 2  g 3 
3
 cm   cm 
Para Vliga = 1cm 3 tem-se: mliga ( g ) =
100
⋅ 1 cm 3
C1 (% ) 100 − C1 (% )
+

ρ1  g  ρ 2  g 3 
3
 cm   cm 
C1 (% )
m1 (g ) = ⋅ mliga ( g )
100

C1 (% ) C1 (% )
m1 ( g ) =
100
⋅ ⋅ 1 cm 3 = ⋅ 1 cm 3
100 C1 (% ) 100 − C1 (% ) C1 (% ) 100 − C1 (% )
+ +

ρ1  g  
ρ2  g  
ρ1  g  ρ 2  g 3 
3 3 3
 cm   cm   cm   cm 

C1 (% )
⋅ 1 cm 3
C1 (% ) 100 − C1 (% )
+
ρ1  g 3  ρ 2  g 3 
n1 (mol ) C1 (% )
= 
cm   cm  = ⋅ 1 cm 3
3
cm de liga 
A1  g 
  
 mol   ( ) (
100 − C1 % ) 
A1  g  ⋅ C1 %
 + 
 mol  ρ g  ρ  g 
 
  cm   cm  
1 3 2 3

N 1 (átomos ) n1 (mol )
=
cm de liga cm 3 de liga
3
⋅ N A átomos
mol
( )

C1 (% )
N1
3
cm de liga
=
 
(
⋅ 1 cm 3 ⋅ N A átomos
mol
)
 ( ) − ( ) 
A1  g  ⋅ C % 100 C %

1
+ 1

 mol   ρ  g  ρ  g  

  cm   cm  
1 3 2 3

N1 N A ⋅ C1 (% )
= ⋅ 1 cm 3
3
cm de liga  
 ( ) − ( ) 
A1  g  ⋅ C % 100 C %

1
+ 1

 mol   ρ  g  ρ  g 
1 3 3 
  cm   cm  
2

3 – As expressões para os vetores de Burgers em estruturas cristalinas CFC e CCC são


da forma
a
b = uvw
2
em que a é o comprimento da aresta da célula unitária (parâmetro de rede). Além disso,
uma vez que as magnitudes desses vetores de Burgers podem ser determinadas a partir
da seguinte equação:
b = ⋅ (u 2 + v 2 + w 2 ) 2
a 1

determine os valores de b para o alumínio e para o cromo.

Metal Estrutura Cristalina Raio atômico (nm)


Alumínio CFC 0.1431
Cromo CCC 0.1249

Solução:

A direção [uvw] representa a direção mais compacta – maior densidade atômica

Para o Alumínio – Estrutura CFC; [uvw] =[110] ; r = 0.1431 nm

4⋅r = a⋅ 2 ∴ a = 2⋅ 2 ⋅r
2⋅ 2 ⋅r 2 2
⋅ (1 + 1 + 0 2 ) 2 = 2 ⋅ r ⋅ 2 = 2 ⋅ r = 0.2862 nm
a 1
b = 110 ∴ b =
2 2

Para o Cromo – Estrutura CCC; [uvw] =[111] ; r = 0.1249 nm

4⋅r
4⋅r = a⋅ 3 ∴ a =
3

4⋅r
4⋅r
b=
a
111 ∴ b =
3
(
⋅ 12 + 12 + 12 ) 1
2
= ⋅ 3 = 2 ⋅ r = 0.2498 nm
2 2 2⋅ 3

4 – Considere um monocristal de prata orientado tal que uma tensão de tração é aplicada
ao longo da direção [001]. Se o escorregamento ocorre no plano (111) e na direção
[101], e começa quando uma tensão de tração de 1.1 MPa é aplicada, calcule a tensão
rebatida crítica.

Solução:

φ é o ângulo entre a direção da tensão e a normal ao plano de escorregamento.

Determinação do vetor normal ao plano de escorregamento

O vetor normal a um plano qualquer pode ser determinado a partir do produto vetorial
de dois vetores distintos contidos neste plano.
  
n =uxv
Considere que o plano de escorregamento é designado por (abc). Então, as interseções
com os eixos coordenados são:

1 
Interseção com o eixo OX: ( x, y, z ) =  ,0,0 
a 

 1 
Interseção com o eixo OY: ( x, y, z ) =  0, ,0 
 b 

 1
Interseção com o eixo OZ: ( x, y, z ) =  0,0, 
 c

Sem perda de generalidade, podemos definir dois vetores pertencentes ao plano de


escorregamento (abc) a partir da interseção com o eixo OY, como segue:

 1 1 1 1 
u =  0,− ,  (traço no plano YOZ) ; v =  ,− ,0  ; (traço no plano XOY)
 b c a b 
Usando a regra de Sarrus para calcularmos o determinante de uma matriz quadrada de
ordem 3, tem-se:

       
i j k i j k i j
  1 1 1 1 1 1  1  1   1 1 1 
u xv= 0 − = 0 − 0 − = k+ i+ j = , , 
b c b c b ab bc ac  bc ac ab 
1 1 1 1 1 1
− 0 − 0 −
a b a b a b

   1 1 1 
u xv= , , 
 bc ac ab 
    
Podemos achar um múltiplo do vetor u x v , fazendo n = (a ⋅ b ⋅ c ) ⋅ (u x v ) = (a, b, c )

n = (a, b, c )

Este vetor n representa a direção normal ao plano de escorregamento, cuja equação é


dada por

ax + by + cz + d = 0 .

Substituindo-se nesta equação qualquer um dos pontos de interseção com os eixos


coordenados para determinar a constante d, tém-se:

ax + by + cz = 1 ,

que é a equação do plano de escorregamento definido por (abc).



No caso em questão, do plano (111), n = (1,1,1) e x + y + z = 1 .

φ é o ângulo entre a direção da tensão e a normal ao plano de escorregamento.

 
0 ⋅1 + 0 ⋅1 + 1 ⋅1  1  1 3
φ = arccos  = arccos  ∴ cos φ = =
2 
 0 + 0 +1 ⋅ 1 +1 +1 
2 2 2 2 2
 3 3 3

λ é o ângulo entre a direção da tensão e a direção de escorregamento.

 
0 ⋅ (− 1) + 0 ⋅ 0 + 1 ⋅ 1
λ = arccos  = arccos 1  ∴ cos λ = 1 = 2
 2 2 
 0 + 0 + 1 ⋅ (− 1) + 0 + 1   2
2 2 2 2 2 2

τ rctc = σ ⋅ (cos φ ) ⋅ (cos λ ) = 1.1 MPa ⋅


2 3
⋅ ≅ 0.449 MPa
2 3

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