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Aula 04

Direito Tributário p/ ISS-Teresina (Auditor) - Com videoaulas

Professor: Fábio Dutra

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Prof. Fábio Dutra- Aula 04

AULA 04: Impostos de Competência dos Estados e


do Distrito Federal

SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Impostos de Competência dos Estados 02
Lista das Questões Comentadas em Aula 82
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 104

Observações sobre a Aula

Vamos finalizar o estudo dos Impostos previstos na CF/88?

Na aula de hoje, vamos estudar os impostos de competência estadual


(ICMS, ITCMD e IPVA)!

Com exceção do ICMS, os impostos estaduais não guardam qualquer


dificuldade. Portanto, vamos ficar bastante atento aos grifos, alertas e
observações! Tenho certeza que a aula será muito proveitosa!

Já estamos com meio caminho andado, praticamente! Portanto, não


desista dos seus sonhos nesse momento. Já estive desse lado e sei o quanto é
duro, o quanto devemos nos abster do nosso lazer e da nossa família para
estudar! Mas o resultado é muito compensador!

Então, vamos começar a nossa aula!

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1 - IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS

Neste tópico, iremos estudar os impostos cuja competência ficou a cargo


dos Estados (e do Distrito Federal também).

Da mesma forma que os Municípios, os Estados somente possuem


competência para instituir três impostos, quais sejam: imposto sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD ou
ITCD); imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior
(ICMS); e imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA).

Nunca se esqueça que apenas a União pode criar outros impostos além
dos já previstos no texto constitucional, ok? Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios ficam restritos aos que já foram estabelecidos, lembrando-se de
que nada impede que uma emenda constitucional venha aumentar a
competência tributária dos entes federados!

1.1 – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e prestação de


Serviços (ICMS)

Vamos estudar a partir de agora o imposto que possui a maior


arrecadação do País. O fato de a competência tributária para instituir esse
importante imposto ter sido delegada aos Estados e ao Distrito Federal gerou a
necessidade de se estabelecer diversas regras a fim de evitar a disputa entre
os entes federados pela arrecadação do ICMS (guerra fiscal).

Com efeito, vamos perceber que esse foi o imposto que recebeu uma
“atenção especial” por parte do legislador constituinte. Foram dedicados ao
ICMS os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 155 da CF/88. Se você der uma olhada,
perceberá que são inúmeras regras. Contudo, não se preocupe, pois tudo será
detalhado aqui de forma bastante simplificada!

Inicialmente, podemos afirmar que o ICMS é um imposto com nítida


finalidade fiscal, até porque é a principal fonte de receita dos Estados. Além
disso, trata-se de um tributo real – incidente sobre “coisas”,
independentemente das características subjetivas dos contribuintes, sendo
também considerado proporcional, pois suas alíquotas não variam em função
da base de cálculo.

Destaque-se que o referido imposto também é, como regra, plurifásico,


ou seja, incide sobre todas as etapas de circulação das mercadorias.

Observação: Existe uma exceção, que é o ICMS-Combustíveis, cuja


incidência é monofásica, ou seja, só incide uma vez. Estudaremos esse caso
específico mais adiante.

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A incidência plurifásica do ICMS tem por consequência o princípio da não


cumulatividade (da mesma forma como ocorre com o IPI), nos termos do art.
155, § 2º, I. Segundo tal princípio, compensa-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado.

Caro aluno(a), eu não permito que reste sequer uma dúvida sobre esse
mecanismo. Portanto, vamos trazer para nossa aula um exemplo prático!

Vamos imaginar uma cadeia produtiva, com os elementos inseridos no


esquema a seguir:

1 2 3

Veja que ocorre a circulação de mercadorias em três momentos,


havendo, por conseguinte, três incidências de ICMS, por conta da incidência
plurifásica do imposto.

Digamos que a indústria venda seus produtos pelo preço de R$ 100,00


ao distribuidor, que, por sua vez, revende ao estabelecimento varejista por R$
200,00. Este, por fim, revende ao consumidor final os produtos pelo preço de
R$ 300,00. Suponhamos, ainda, que a alíquota de ICMS seja de 18% em todos
os casos.

Vejamos como seria a incidência cumulativa do ICMS:

INCIDÊNCIA CUMULATIVA
IMPOSTO
INCIDÊNCIA ALÍQUOTA PREÇO DE VENDA
DEVIDO
Incidência 1 18% R$ 100,00 R$ 18,00
Incidência 2 18% R$ 200,00 R$ 36,00
Incidência 3 18% R$ 300,00 R$ 54,00
TOTAL: R$ 108,00

Perceba que no total foi recolhido R$ 108,00 de ICMS, pois nada do que
foi pago nas etapas anteriores pôde ser compensado.

Bom, vejamos, então, como funciona a incidência não cumulativa:

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INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA


IMPOSTO
INCIDÊNCIA ALÍQUOTA PREÇO DE VENDA
DEVIDO
Incidência 1 18% R$ 100,00 R$ 18,00
36,00 – 18,00 =
Incidência 2 18% R$ 200,00
R$ 18,00
54,00 – 36,00 =
Incidência 3 18% R$ 300,00
R$ 18,00
TOTAL: R$ 54,00

Percebe-se que o que foi tributado na etapa anterior pôde ser


compensado na etapa seguinte da cadeia, produzindo, ao final, o mesmo
imposto que incidiria caso houvesse apenas uma única etapa (a última), pois
R$ 300 x 18% = 54,00. Entendido?

Então, quando o distribuidor, por exemplo, adquire as mercadorias, ele


tem o direito de se creditar do valor que já foi pago de ICMS pela indústria.
No momento da revenda, ele deve debitar o valor total, recolhendo apenas a
diferença. Esse é o mecanismo de débitos e créditos.

Com base nos exemplos fornecidos, é possível perceber que quem acaba
por assumir o encargo financeiro do imposto incidente sobre toda a cadeia é o
consumidor final. Portanto, pode-se dizer que o ICMS é um tributo
indireto, pois quem sofre o ônus tributário não é a mesma pessoa que efetua
o recolhimento do imposto.

Observação: É exatamente assim que funciona o IPI!

Contudo, pode ocorrer de o ICMS não ser cobrado do industrial (por


conta de uma isenção específica, por exemplo), e depois como fica a situação
do distribuidor, já que nada foi pago na etapa anterior? De modo análogo, se o
industrial paga o ICMS, mas o distribuidor está isento, este poderia creditar-se
do ICMS sem pagar qualquer imposto?

Vamos ver o que diz o inciso II, do § 2º, do art. 155, da CF/88:

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário


da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante


devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações


anteriores;

Portanto, a entrada desonerada não gera o direito de creditamento por


parte do adquirente das mercadorias. De forma semelhante, a saída
desonerada acarreta a anulação do crédito relativo às operações anteriores.

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Tudo isso, salvo determinação em contrário da legislação! Preste


atenção!

Outra característica do ICMS é possibilidade de ser seletivo, isto é,


poderá ou não ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e
dos serviços (art. 155, § 2º, III).

O ICMS deve ser não cumulativo e pode ser seletivo.

O IPI deve ser não cumulativo e deve ser seletivo.

1.1.1 – Fato Gerador

Você se lembra de que o art. 146, III, a, estabeleceu que cabe à lei
complementar definir os fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos
impostos discriminados na CF/88, certo? Portanto, saiba que, em relação ao
ICMS, tais elementos não foram previstos no CTN, mas sim na Lei
Complementar 87/1996, a famigerada Lei Kandir!

Primeiramente, vamos desmembrar tudo o que foi dito no art. 155, II,
no momento em que o legislador constituinte afirmar sobre “o quê” incidirá o
ICMS. Senão, vejamos:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos


sobre:

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre


prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;

Devemos saber que o conceito de mercadorias está relacionado aos


bens móveis relacionados a uma finalidade comercial.

A energia elétrica pode ser entendida como


mercadoria, para fins de incidência de ICMS.

O conceito de circulação, por sua vez, está relacionado à circulação


jurídica da mercadoria, e não a mera movimentação física, de um lugar para
outro. Assim, deve haver mudança de propriedade para que se caracterize o
fato gerador do ICMS.

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Nesse contexto, de acordo com o STF, em operações de comodato


não ocorre o fato gerador do ICMS:

Súmula STF 573 - Não constitui fato gerador do imposto de circulação de


mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de
comodato.

Observação: Comodato é um contrato gratuito de empréstimo de coisas não


fungíveis (não substituíveis). Portanto, ao final do contrato, deve-se devolver
a mesma coisa emprestada.

Partindo-se do mesmo pressuposto, podemos dizer que também não


constitui fato gerador do ICMS o deslocamento de mercadoria de um
para outro estabelecimento da mesma pessoa jurídica:

Súmula STJ 166 - Não constitui fato gerador do ICMS o simples


deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo
contribuinte.

Destaque-se que a LC 87/96 estabeleceu como contribuintes as pessoas


físicas ou jurídicas que realizem com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial as operações descritas no art. 155, II, da
CF/88 (acima transcrito).

Com base no exposto, pergunto: se você vende o seu computador antigo


em um site na internet, para adquirir uma máquina nova, de última geração, a
venda do seu PC estaria sujeita ao ICMS? Certamente não! Afinal de contas,
trata-se de uma venda esporádica.

Da mesma forma, se uma empresa resolve vender as suas máquinas


antigas, a fim de adquirir novos equipamentos mais modernos, também não
incidirá ICMS. Esse tem sido o entendimento do STF a respeito do tema (RE
196.339).

Retornando ao campo de incidência do ICMS, além das mercadorias, o


imposto também incide sobre a prestação de serviços, sejam eles de
transporte ou de comunicação.

No tocante aos serviços de transporte, há que se ressaltar que a


incidência do ICMS ocorre em relação aos transportes interestaduais e
intermunicipais, não havendo incidência de ICMS sobre serviços de
transportes intramunicipais.

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Em relação aos transportes intramunicipais ou


inframunicipais (dentro do próprio município), incide
ISS!

Relativamente aos serviços de comunicação, é importante afirmar que há


incidência sobre comunicação e telecomunicação, desde que a prestação do
serviço ocorra a título oneroso, já que a própria CF/88 (art. 155, § 2º,
X, d) imunizou a prestação de serviços de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

Observação: Como exemplo de serviços de comunicação, pode-se citar a


telefonia, transmissão de dados e transmissão de som e imagem.

Ademais, diferentemente do que ocorreu em relação aos serviços de


transporte, não houve qualquer restrição aos serviços de comunicação
no que se refere à forma de prestação (interestadual ou intermunicipal), de
sorte que até mesmo as comunicações intramunicipais ficam sujeitas ao
ICMS.

Em tempo, cabe destacar que a incidência do referido imposto ocorre


ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior.

Nesse momento, você pode estar se perguntando se uma importação


realizada por pessoa física sem habitualidade e sem volume que caracterize
intuito comercial estaria sujeita ao ICMS. A resposta é sim!

Vejamos o que diz o art. 155, § 2º, IX, a:

IX - incidirá também:

a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por


pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual
do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o
serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde
estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário
da mercadoria, bem ou serviço;

Repare que, em se tratando de importação, o ICMS incide sobre bem ou


mercadoria, isto é, a incidência não incide somente quando há finalidade
comercial (mercadorias), mas também quando o bem é importado para uso
próprio da pessoa física ou da empresa (pessoa jurídica).

No caso específico de importação, a jurisprudência tem apontado que


o fato gerador considera-se ocorrido no momento do desembaraço
aduaneiro:

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Súmula STF 661 - Na entrada de mercadoria importada do exterior, é


legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro.

Em compatibilidade com esse conceito amplo do fato gerador do ICMS na


importação, veja que a LC 87/96 estendeu o conceito dos contribuintes do
imposto:

Art. 4º: (...):

Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica


que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua


finalidade;

Perceba que tudo se encaixa! Ou seja, a pessoa física que vende o seu
computador pessoal não é contribuinte do ICMS (como vimos lá atrás), mas
se ela importar um computador, ainda que para uso próprio, será
contribuinte e deverá pagar ICMS! Tudo em compatibilidade com a CF/88!
Acredito que tenha ficado bastante claro.

Antes de finalizar o estudo do fato gerador do ICMS, faz-se necessário


conhecer um dispositivo constitucional que simplesmente “despenca” em
provas de concurso público. Senão, vejamos:

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste


artigo (ICMS) e o art. 153, I (Imposto de Importação) e II
(Imposto de Exportação), nenhum outro imposto poderá incidir
sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e
minerais do País.

Assim, os únicos impostos (e não tributos) que podem incidir sobre as


operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados
de petróleo, combustíveis e minerais são o ICMS, o II e o IE.

Não pode incidir nenhum outro imposto sobre tais


operações, mas pode incidir contribuições, por exemplo,
já que a vedação é restrita aos impostos!

1.1.2 – Base de Cálculo

Em relação à base de cálculo do ICMS, o legislador constituinte


estabeleceu o seguinte (art. 155, § 2º, XII, i):

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XII - cabe à lei complementar:

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a


integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou
serviço.

De antemão, é necessário entender que o dispositivo constitucional quis


dizer que a base de cálculo do ICMS integra o montante do próprio
imposto. Trata-se da denominada tributação “por dentro”, em que o valor
do tributo já se encontra embutido no valor das mercadorias. Vamos ver um
exemplo?

Determinada empresa vende um celular por R$ 1.000,00, incidindo sobre


20% de ICMS sobre a operação. Nesse caso, o valor do ICMS é de R$ 200,00,
sendo que este já está embutido no valor total da operação. Ou seja, R$
800,00 é o valor do celular e R$ 200,00 equivale ao montante devido a título
de ICMS.

Repare que se o imposto não integrasse a sua própria base de cálculo


(tributação “por fora”), o valor devido seria de R$ 800,00 x 20% = R$
160,00, pois incidiria apenas sobre a mercadoria, que custa R$ 800,00.

É de se destacar que essa forma de cálculo é aplicável tanto nas


operações internas como nas importações, até porque esse tem sido o
entendimento do STF, que é demonstrado a seguir:

(...) Ora, se o texto dispõe que o ICMS deve ser calculado com o montante
do imposto inserido em sua própria base de cálculo também na importação
de bens, naturalmente a interpretação que há de ser feita é que o imposto já
era calculado dessa forma em relação às operações internas. Com a
alteração constitucional a Lei Complementar ficou autorizada a dar
tratamento isonômico na determinação da base de cálculo entre as
operações ou prestações internas com as importações do exterior, de modo
que o ICMS será calculado "por dentro" em ambos os casos. (...)

STF, RE 582.461/SP, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes, Julgamento em


18/05/2011)

Obedecendo ao comando constitucional (de que lei complementar define


a base de cálculo dos impostos), a LC 87/96 estabeleceu a base de cálculo do
ICMS. A grosso modo – que é o que importa no estudo de Direito Tributário -,
a base de cálculo do imposto é o valor da operação ou o preço do
serviço prestado.

Há ainda outra disposição na CF/88 sobre a base de cálculo do ICMS


(art. 155, § 2º, XI):

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XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do


imposto sobre produtos industrializados, quando a operação,
realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à
industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois
impostos;

Observação: Ao contrário do ICMS, o IPI é tributado “por fora”, de forma


que o imposto não está embutido no preço.

A interpretação da citada norma é a de que o IPI não integrará a base de


cálculo do ICMS, quando ocorrer cumulativamente as seguintes situações:

1. Operação realizada entre contribuintes;


2. Relativa a produto destinado à industrialização ou comercialização;
3. Que configure fato gerador dos dois impostos (IPI e ICMS).

Um exemplo prático seria a comercialização de mercadorias de uma


indústria para um estabelecimento comercial (contribuintes do ICMS), pois
ocorre o fato gerador do ICMS e do IPI.

1.1.3 – Alíquotas

Para entender os próximos assuntos que estudaremos acerca do ICMS, é


necessário entender um pouco sobre as alíquotas desse imposto.

Como o ICMS é um tributo de competência estadual, há dois tipos de


alíquotas, quais sejam: internas (aplicáveis sobre operações dentro de um
mesmo Estado) e interestaduais (aplicáveis em operações destinadas a outros
Estados).

No que se refere às alíquotas interestaduais, aplica-se o disposto no art.


155, § 2º, IV, da CF/88:

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da


República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria
absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis
às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

Observação: Com o advento da EC 42/03, tornaram-se imunes ao ICMS


todas as operações de exportação. Portanto, segundo entendimento
doutrinário, o inciso IV teria sido tacitamente derrogado (revogado
parcialmente). Contudo, se cair literalmente na questão, você marca
CORRETA!

Veja que o estabelecimento das alíquotas interestaduais é feito por


resolução do Senado Federal, obedecidos os requisitos de iniciativa e de
aprovação.

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A escolha do Senado Federal não foi por acaso. Essa casa


legislativa é composta por representantes dos Estados e
DF, de forma paritária (3 senadores para cada um
deles).
Com isso, evita-se que um ou outro seja prejudicado,
quando o assunto é o ICMS.

Vamos esquematizar:

ESTABELECIMENTO DE ALÍQUOTAS INTERESTADUAIS


Ato Normativo Resolução do Senado Federal
Iniciativa Pres. da República ou 1/3 Senadores
Aprovação Maioria absoluta do Senado Federal

É importante entender como funciona a aplicação das alíquotas do ICMS


nas operações internas e interestaduais, até porque já sabemos que há
distinção entre alíquotas internas e alíquotas interestaduais. O que será
estudado daqui para frente, leva em consideração a Emenda Constitucional
87/2015.

Observação: Antes de prosseguir, é importante adiantar um conceito que


será visto ainda neste tópico, para que você entenda os exemplos seguintes:
as alíquotas interestaduais, em regra, são inferiores às alíquotas
internas. Vamos continuar!

Nas operações internas, ou seja, em que há circulação de mercadorias


dentro do território de determinado Estado, o ICMS será calculado com base
na alíquota interna daquele Estado. Isso é bastante lógico, não é mesmo?

Contudo, nas operações interestaduais, isto é, quando a mercadoria é


remetida de um Estado para outro, algumas particularidades tomam relevância
e devem ser estudadas. Quais são elas?

1. Mercadoria remetida a outro Estado, com o objetivo de ser revendida pelo


adquirente.
2. Mercadoria remetida a outro Estado, com o objetivo de ser consumida pelo
adquirente, sendo este contribuinte do ICMS.
3. Mercadoria remetida a outro Estado, com o objetivo de ser consumida pelo
adquirente, não sendo este contribuinte do ICMS.

Observação: Na primeira situação, a empresa adquire mercadorias para


revendê-las a terceiros dentro do seu Estado. Obviamente, será contribuinte
do ICMS. Contudo, na segunda e na terceira situação, como a mercadoria
está sendo adquirida por consumidor final, não necessariamente o adquirente
será contribuinte do ICMS, e nós veremos que essa diferenciação é relevante
para fins de tributação.

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Vamos entender por meio de exemplos:

A empresa FD Ltda., localizada em São Paulo, realiza três vendas para o


Estado de Minas Gerais. Os adquirentes possuem as seguintes características:

Adquirente A – Pessoa jurídica (contribuinte do ICMS) que adquire


mercadorias para revenda.

Adquirente B – Pessoa jurídica (contribuinte do ICMS) que adquire


mercadorias como consumidor final, para o seu próprio consumo.

Adquirente C – Pessoa física (não contribuinte do ICMS) que adquire


mercadorias para o seu próprio consumo. É, portanto, consumidor final.

Para facilitar a sua compreensão, vamos supor os seguintes dados


hipotéticos:

 Alíquota Interestadual (SP-MG) – 10%


 Alíquota Interna de SP – 15%
 Alíquota Interna de MG – 20%

Operação Preço de Venda Operação Preço de Venda


FD  A R$ 100,00 A  Terceiros R$ 200,00
FD  B R$ 100,00 - -
FD  C R$ 100,00 - -

Observação: Vamos supor que A revendeu a terceiros localizados dentro do


seu próprio Estado, o que acarreta aplicação da alíquota interna do Estado de
Minas Gerais.

No caso do Adquirente A, como se trata de aquisição para revenda,


haverá aplicação da alíquota interestadual, cabendo o ICMS no valor de R$
10,00 (10% x 100,00) ao Estado de São Paulo.

Posteriormente, quando da revenda a terceiros, por R$ 200,00, o


Adquirente A irá calcular o ICMS com base na alíquota interna do Estado de
MG (20% x 200,00), o que daria R$ 40,00 a recolher. Lembre-se, no entanto,
que a empresa adquirente faz jus ao crédito do valor devido na etapa anterior,
de sorte que o montante a ser recolhido será apenas de R$ 30,00 (40,00 –
10,00).

Nos casos dos Adquirentes B e C, a situação torna-se um pouco mais


complexa, razão pela qual iremos transcrever o disposto no art. 155, § 2°, VII,
da CF/88, com redação dada pela EC 87/2015:

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

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VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a


consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em
outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao
Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a
alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 87, de 2015)

Veja que o inciso VII se aplica tanto ao Adquirente B (consumidor final


contribuinte do ICMS) como ao Adquirente C (consumidor final não
contribuinte do ICMS). Logo, em ambos os casos, aplica-se a alíquota
interestadual, cabendo o ICMS daí decorrente ao Estado remetente, e ao
Estado de localização do destinatário (Adquirente B ou C) cabe o ICMS
correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a
alíquota interestadual (20% - 10%).

Em termos numéricos, nas duas situações, o ICMS devido ao Estado de


SP seria de R$ 10,00 (10% x 100,00), e ao Estado de MG caberia o ICMS no
valor de R$ 10,00, já que a diferença entre a alíquota interna de MG e a
alíquota interestadual (SP-MG) seria de 10% (20 – 10).

Veja que não houve qualquer diferença entre a tributação na operação


de aquisição por parte do Adquirente B e do Adquirente C, correto? O grande
questionamento seria somente quem efetuaria o recolhimento do ICMS ao
Estado de MG (diferencial de alíquotas)? Seria o remetente ou o adquirente?

Depende! Senão, vejamos:

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à


diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso
VII será atribuída: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87,
de 2015)

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do


imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

Entenda que a ideia do legislador foi a seguinte: se o destinatário é


contribuinte do ICMS, ele possui aparato contábil e administrativo para
promover o recolhimento do imposto. Por esse motivo, foi eleito responsável
por essa obrigação. Relativamente ao destinatário não contribuinte do ICMS,
como não possui estrutura para efetuar o recolhimento, como é o caso de uma
pessoa física, por exemplo, o constituinte derivado definiu como responsável o
próprio remetente da mercadoria. Interessante, não é mesmo?

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Agora que você já entendeu como funciona a sistemática de tributação


do ICMS nas operações interestaduais, é chegado o momento de compreender
qual foi a alteração promovida pela EC 87/2015, já que pode ser cobrado em
prova a forma de tributação anterior, e você não vai poder errar, em hipótese
alguma!

A única diferença é que, antes da EC 87/2015, no caso de aquisição por


consumidor final não contribuinte do ICMS, aplicava-se tão somente a
alíquota interna do Estado remetente. Ou seja, o Estado destinatário
não recebia qualquer imposto, em operações interestaduais para
consumidores finais, quando não forem contribuintes do ICMS.

Observação: Nas operações em que o adquirente consumidor final era


contribuinte do ICMS, a tributação já ocorria da forma como é atualmente,
após a EC 87/2015.

Essa forma de tributação trouxe grande prejuízo arrecadatório ao Estado


destinatário, com o crescimento exponencial das vendas pela internet
(comércio eletrônico). Afinal de contas, muitas pessoas deixaram de comprar
em lojas físicas dentro do seu Estado (operação que geraria ICMS a pagar às
lojas físicas) para adquirirem produtos via e-commerce.

Essa nova forma de tributação aplica-se não somente nos


casos de vendas pela internet, mas em toda e qualquer
operação interestadual, destinada a consumidor final,
contribuinte ou não do ICMS.

A solução foi alterar a nossa CF/88, direcionando parte da arrecadação


tributária em tais operações ao Estado onde estiver localizado o destinatário
das mercadorias ou serviços.

Chamo a sua atenção para o seguinte: antes da EC 87/2015, o Estado


remetente recebia o ICMS calculado pela sua alíquota interna. Após a referida
emenda constitucional, o Estado remetente passou a receber tão somente o
ICMS calculado pela alíquota interestadual, menor do que sua alíquota
interna. Logo, embora o Estado destinatário tenha se beneficiado com a
alteração no texto constitucional, o Estado remetente acabou sendo
prejudicado, não é mesmo?

Pensando nisso, foi incluído o art. 99 no Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias (ADCT), com a seguinte redação:

Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso
de operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor
final não contribuinte localizado em outro Estado, o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a

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interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de


destino, na seguinte proporção: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 87, de 2015)

I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino
e 80% (oitenta por cento) para o Estado de origem;

II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de


destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado de origem;

III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de
destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem;

IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de


destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem;

V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de


destino.

A fim de evitar queda abrupta na arrecadação dos Estados remetentes,


previu-se o escalonamento transcrito acima, o qual vale frisar que somente
se aplica ao que foi alterado, isto é, às operações destinadas a
consumidor final não contribuinte do ICMS. Dessa forma, o Estado
destinatário gradativamente irá aumentar a sua participação no ICMS
recolhido em tais operações.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS

Alíquota Interestadual
(Estado de Origem)
Consumidor Final – Não Contribuinte

Consumidor Final – Contribuinte Alíquota Interna – Alíq. Interest.


(Estado de Destino)

Alíquota Interestadual
(Estado de Origem)
Revendedor
Alíquota Interna – ICMS pago
no Estado de Origem
(Estado de Destino)

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Agora que já aprendemos como funcionam as operações interestaduais e as


alíquotas a elas aplicáveis, vejamos o que a CF/88 diz acerca das alíquotas
internas (art. 155, § 2º, V e VI):

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante


resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria
absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver


conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante
resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois
terços de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito


Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas
internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para
as operações interestaduais;

Assim, perceba que a competência do Senado Federal é facultativa.


Além disso, somente estabelece os limites mínimos e máximos das alíquotas
internas, sendo que, nesse intervalo, cada Estado determina suas
alíquotas, respeitados os princípios constitucionais (legalidade,
irretroatividade, anterioridade, noventena etc.).

Para ajudar a memorizar os requisitos para fixação das


alíquotas internas, memorize que o rito das mínimas é
menos exigente do que o das máximas.

E o rito das alíquotas interestaduais, por sua vez, é


idêntico ao das alíquotas internas mínimas, com o
acréscimo da iniciativa do Presidente da República.

Destaque-se que, nos termos do inciso VI, via de regra, as alíquotas


internas não poderão ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais, as quais são fixadas pelo Senado, como vimos. Somente
mediante deliberação em convênio (realizado no âmbito do CONFAZ), é
permitido deliberar ao contrário do que foi disposto nesse dispostivo.

Observação: O CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) é um


órgão deliberativo constituído por representantes de cada Estado e do DF,
bem como do Ministro da Fazenda. O objetivo é realizar convênios, acordos e
outros ajustes, para cumprir com os preceitos da CF/88 e promover
harmonização tributária entre os Estados da Federação.

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1.1.4 – Tributação Conjunta de Mercadorias e Serviços

Na aula passada, quando estudamos os impostos de competência dos


Municípios, vimos que a estes cabe instituir o Imposto sobre serviços de
qualquer natureza (ISS), não compreendidos no art. 155, II (que tratada do
ICMS), definidos em lei complementar.

Portanto, em relação aos serviços, os Municípios somente são


competentes para instituir imposto sobre os serviços que não pertençam à
competência tributária do ICMS.

Contudo, quando se trata de serviços sendo prestados juntamente


com o fornecimento de mercadorias, a situação se inverte. Vejamos o
que diz o art. 155, § 2º, IX, b:

IX - incidirá também:

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem


fornecidas com serviços não compreendidos na competência
tributária dos Municípios;

Os serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios


seriam aqueles que não foram definidos em lei complementar. Lembre-se de
que o ISS somente incide sobre os serviços que anteriormente foram
definidos em lei complementar.

Nesse rumo, se os serviços não foram definidos na lei complementar,


incide ICMS. Vejamos um exemplo, com base na jurisprudência do STJ:

Súmula STJ 163 - O fornecimento de mercadorias com simultânea


prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similares
constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.

Destaque-se que se não houver lei estadual estabelecendo a incidência


do ICMS, não há que se falar em cobrança desse tributo, como se vê no
entendimento do STF a seguir:

Súmula STF 574 - Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima a cobrança
do imposto de circulação de mercadorias sobre o fornecimento de
alimentação e bebidas em restaurante ou estabelecimento similar.

Há que se ressaltar, ainda, a possibilidade de a lei complementar (a


mesma que define a lista de serviços sujeitos ao ISS) previr expressamente
que o serviços está sujeito ao ISS, e a mercadoria, ao ICMS!

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Havendo prestação de serviço juntamente com o


fornecimento de mercadorias, a incidência do ICMS é
residual!

1.1.5 – Imunidades Relativas ao ICMS

A primeira imunidade que vamos estudar refere-se às exportações.


Assim preceitua o art. 155, § 2º, X, a:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem


sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a
manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado
nas operações e prestações anteriores;

Duas observações devem ser feitas em relação à citada imunidade: é


aplicável a quaisquer mercadorias e serviços destinados ao exterior e garante
o aproveitamento do montante cobrado nas operações e prestações anteriores.

A primeira observação é muito importante – e deve ser memorizada -,


pois antes da EC 42/03, a imunidade sobre exportações não era concedida a
todas as operações, mas apenas aquelas que destinassem ao exterior produtos
industrializados, excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar.
A partir de 2003, tudo está imune, ok?

Pode aparecer na sua prova alguma questão


mencionando o texto constitucional antes da EC 42/03,
conforme explicamos acima. Não caia nisso!

A segunda observação que fizemos diz respeito à possibilidade de


manter os créditos relativos ao que foi cobrado nas operações
anteriores. Também é muito relevante que você decore isso, já que, como
vimos, a regra é que nas saídas desoneradas os créditos sejam anulados.

Outra imunidade relativa ao ICMS diz respeito às operações que


destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica.

Observação: Consoante entendimento firmado pelo STF (AI 199.516-AgR),


não são todos os derivados de petróleo que estão imunes, mas apenas os
combustíveis líquidos e gasosos e os lubrificantes.

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O objetivo do legislador constituinte foi evitar que os Estados produtores


dessas mercadorias levassem uma grande vantagem arrecadatória em
detrimento daqueles que não possuem os mesmos recursos naturais.

Portanto, a saída foi criar imunidade em relação às operações


interestaduais, mantendo normalmente a incidência dentro de cada
Estado onde ocorresse o consumo de tais mercadorias.

Além do que já estudamos, podemos destacar ainda a imunidade do


ICMS sobre o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial, sofrendo, neste caso, incidência exclusiva do IOF.

Podemos citar também – e isso já foi abordado em outra aula – a


imunidade do ICMS sobre os livros, jornais e periódicos e o papel
destinado à sua impressão. Trata-se da imunidade cultural.

Para finalizar o tópico, foi previsto no art. 155, § 2º, X, d – inclusive já


comentamos sobre isso hoje – a imunidade sobre as prestações de serviços de
comunicação na modalidade de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita.

1.1.6 – ICMS sobre Combustíveis e Lubrificantes

Você se lembra da aula em que comentamos algumas regras específicas


do ICMS-Combustíveis? Pois bem, chegou o momento de estudarmos como se
dá essa incidência monofásica do ICMS.

Incluído no texto pela EC 33/2001, vejamos a redação do art. 155, § 2º,


XII, h:

XII - cabe à lei complementar:

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto


incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese
em que não se aplicará o disposto no inciso X, b (imunidade sobre as
operações que destinem a outros estados combustíveis e
lubrificantes);

Observação: Veja que o ICMS incidirá apenas uma vez, motivo pelo qual
denomina-se incidência monofásica do ICMS. Ademais, foi estabelecido que,
no caso da incidência monofásica do imposto sobre os combustíveis e
lubrificantes definidos em lei complementar, não existe a estudada imunidade
sobre as operações interestaduais que destinem a outros estados
combustíveis e lubrificantes. Aqui temos, pois, uma regra bastante específica!
Portanto, atenção! 

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Neste momento, você poderia estar se perguntando: se o imposto vai


incidir uma só vez, e não se aplica a imunidade que estudamos no tópico
anterior, a que Estado vai caber a arrecadação?

No momento do estabelecimento dessa regra do ICMS-Combustíveis,


tomaram a cautela de inserir o inciso I, no § 4º do art. 155, o qual assevera
que em tais operações o imposto caberá no Estado onde ocorre o
consumo. Portanto, de uma forma um pouco diferente, manteve-se a
finalidade de manter a arrecadação nos Estados onde ocorre o consumo dos
combustíveis e lubrificantes.

Apenas se sujeitam ao ICMS monofásico os


combustíveis e lubrificantes, definidos em lei
complementar.

No que se refere às operações com gás natural e seus derivados, e


lubrificantes e combustíveis que não sejam derivados de petróleo
aplicam-se algumas regras peculiares. Nos termos do art. 155, § 4º, II, nas
operações interestaduais, entre contribuintes, relativas ao gás natural e
seus derivados e lubrificantes e combustíveis não derivados de petróleo, o
imposto será repartido entre os Estado de origem e de destino,
mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as
demais mercadorias. De outro modo, se nas operações interestaduais o
adquirente não for contribuinte do imposto, o imposto caberá ao
Estado de origem.

Professor, neste caso não se aplica a mesma regra que aprendemos,


surgida com a Emenda Constitucional 87/2015?

De modo algum, já que estamos tratando de uma regra contida no § 4º, do


art. 155, o qual se refere estritamente ao § 2º, XII, “h”, ou seja, operações
relativas a combustíveis e lubrificantes submetidos à incidência monofásica
do ICMS. Portanto, não podemos confundir a regra das operações
interestaduais (art. 155, § 2º, VII) com as operações interestaduais
de combustíveis e lubrificantes definidos em lei complementar, que
estejam submetidos à incidência do ICMS uma única vez. Na dúvida,
recomendamos que você abra a CF/88 e leia os dispositivos supracitados! 

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Por último, cumpre-nos relembrar algo que já foi visto na aula sobre os
princípios constitucionais tributários (limitações ao poder de tributar), que são
os princípios a que está sujeito o ICMS-Combustíveis.

As alíquotas não são fixadas por lei (diferentemente do que ocorre com
as alíquotas internas do ICMS “convencional”). O estabelecimento ocorre
mediante a celebração de convênios (celebrados no âmbito do CONFAZ),
sendo, portanto, exceção à legalidade.

Tais alíquotas serão uniformes em todo o território nacional,


podendo ser diferenciadas por produto (a alíquota da gasolina poderia ser
diferente da do diesel, por exemplo). Ademais, elas podem ser específicas ou
ad valorem.

Ressalte-se que a redução e o restabelecimento das alíquotas


constituem exceções ao princípio da anterioridade, sujeitando-se apenas à
noventena. Obviamente, a majoração das alíquotas em percentual
superior ao que foi inicialmente fixado sujeita-se à anterioridade.

Cabe ainda destacar que as regras necessárias à aplicação do ICMS-


Combustível, inclusive em relação à apuração e destinação do referido
imposto, também serão estabelecidas mediante deliberação dos
Estados e DF por meio do CONFAZ.

1.1.7 – O Papel da Lei Complementar em relação ao ICMS

O presente tópico exige muita memorização. Trata-se de um tema


bastante incidente em provas, costumando derrubar diversos candidatos.

A CF/88 determinou que diversos temas relativos ao ICMS fossem


disciplinados em lei complementar. Alguns temas já foram por nós trabalhados
nos tópicos anteriores, de forma que a abordagem será praticamente literal da
Constituição Federal. Vamos lá:

XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento


responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias
e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior,


serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a";

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f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para


outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito


Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto


incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em
que não se aplicará o disposto no inciso X, b;

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,


também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

Observação: Com o advento da EC 42/03, tornaram-se imunes ao ICMS


todas as operações de exportação. Portanto, segundo entendimento
doutrinário, a alínea “e” teria sido tacitamente derrogada (revogada
parcialmente). Contudo, se cair literalmente na questão, você marca
CORRETA!

Parece difícil decorar 9 diferentes regras, mas vamos compreender a


lógica disso, e tudo ficará muito mais fácil.

Em primeiro lugar, entenda que o legislador constituinte somente


reservou a lei complementar temas que possam gerar conflitos entre os
Estados. São eles:

 Substituição Tributária;
 Regime de compensação do imposto (créditos e débitos);
 Manutenção de crédito (créditos e débitos);
 Definição do estabelecimento responsável, o local das operações
relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços.

Além disso, também ficou a cargo de lei complementar definir situações


peculiares do ICMS:

 Regular a forma como as isenções, incentivos e benefícios fiscais serão


concedidos e revogados (convênios entre os Estados);
 Definição dos combustíveis e lubrificantes sujeitos ao ICMS-
Combustíveis;
 Exclusão da incidência do ICMS sobre operações de exportação (veja a
observação feita logo acima).

Observação: Veja que somente se pode conceder ou revogar isenções,


incentivos e benefícios fiscais para o ICMS, por meio de convênios, os quais
devem ser regulados por lei complementar (LC 24/75). Portanto,
diferentemente dos demais tributos, um Estado não tem ampla

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liberdade para isentar determinadas pessoas do ICMS.

A concessão de crédito presumido também deve ser


deliberada por meio de convênios (LC 24/75, art. 1º, par.
único, III). Guarde isso!

Por fim, a CF também exigiu que fosse definido em lei complementar o


que nós já sabíamos que deveria ser feito por lei complementar (afinal de
contas, o ICMS é um imposto):

 Fixação de base de cálculo;


 Definição de seus contribuintes.

Veja que não é difícil como parece. Se você fizer a leitura do texto
constitucional regularmente (como havíamos combinado no começo do curso),
sempre estará visualizando tais regras, e a memorização ocorrerá
naturalmente.

Portanto, colega concurseiro(a), se cair uma questão dessa na prova,


você certamente irá acertá-la e se lembrar do seu professor, é claro.

1.1.8 – Contribuintes

Como já tínhamos visto parte desse assunto quando do estudo do fato


gerador do ICMS, vou aqui apenas transcrever o art. 4º da Lei 87/96:

Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize,


com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior.

Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que,


mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua


finalidade;

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se


tenha iniciado no exterior;

III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou


abandonados;

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IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de


petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização.

1.1.9 – Lançamento

O ICMS é lançado por homologação, pois o sujeito passivo deve


verificar, por meio do confronto dos créditos e débitos do período, a existência
de imposto a ser recolhido, antecipando o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa.

1.1.10 – Jurisprudência relativa ao ICMS

Já tivemos a oportunidade de estudar todo o vasto conteúdo


constitucional acerca do ICMS. Você está apto para responder qualquer
questão de prova que verse sobre a literalidade da CF/88.

Contudo, as bancas examinadoras não se resumem na cobrança literal


do imposto. Muitas vezes, o elaborador da prova solicita temas discutidos no
âmbito do Judiciário, motivo pelo qual é de extrema importância estudarmos
as principais jurisprudências sobre o ICMS.

Embora já tenham sido citadas algumas jurisprudências, preferi trazer


esse conteúdo de forma separada, para que o seu estudo sobre a estrutura
básica do ICMS seja o mais conciso e produtivo possível.

A partir desse momento, creio que você estará apto a entender o que
veremos a seguir. Então, vamos começar!

No entender da Corte Suprema, não há direito à correção monetária


dos créditos escriturais do ICMS, se não houver lei estadual
autorizadora:

“Conforme orientação firmada pelo STF, depende de lei autorizadora a


correção monetária de créditos escriturais do ICMS. Orientação que
também se aplica aos casos de créditos acumulados, transpostos de um
período de apuração aos sucessivos.”

(STF, AI 388.888-AgR,Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa,


Julgamento em 31/08/2010)

Ademais, segundo o STJ, não há incidência do ICMS sobre operação de


venda pela agência de automóveis de veículo usado, consignado pelo
proprietário:

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TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO


OCORRÊNCIA. ICMS. OPERAÇÃO DE VENDA PELA AGÊNCIA DE
AUTOMÓVEIS DE VEÍCULO USADO CONSIGNADO PELO
PROPRIETÁRIO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. Recurso especial pelo qual se
discute se a operação de venda promovida por agência de automóveis de
veículo usado consignado pelo proprietário está sujeita, ou não, à incidência
de ICMS a ser pago pelo estabelecimento comercial. (...) 4. Ponderado esse
entendimento jurisprudencial, constata-se que a mera consignação do
veículo cuja venda deverá ser promovida por agência de automóveis
não representa circulação jurídica da mercadoria, porquanto não
induz à transferência da propriedade ou da posse da coisa,
inexistindo, dessa forma, troca de titularidade a ensejar o fato
gerador do ICMS.

(STJ, REsp 1.321.681/DF, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves,


Julgamento em 26/02/2013)

Também não há incidência de ICMS sobre a alienação de salvados de


sinistro pelas seguradoras:

Súmula Vinculante 32 - O ICMS não incide sobre a alienação de salvados de


sinistro pelas seguradoras.

Conforme já vimos, ao estudar o IOF, há incidência apenas deste, mas


não do ICMS. Veja que o tema tem sido relevante no âmbito do Judiciário, ao
ponto de o STF editar uma súmula vinculante.

Outro aspecto a ser destacado é que, devido ao fato de a venda de bens


do ativo fixo da empresa não se enquadrar no conceito de mercadoria e essa
operação não ser realizada com habitualidade, não ocorre fato gerador do
ICMS:

EMENTA: ICMS. VENDA DE BENS NO ATIVO FIXO DA EMPRESA. NÃO


INCIDÊNCIA DO TRIBUTO. A venda de bens do ativo fixo da empresa não
se enquadra na hipótese de incidência determinada pelo art. 155, I, b,
da Carta Federal, tendo em vista que, em tal situação, inexiste circulação
no inexiste circulação no sentido jurídico-tributário: os bens não se
ajustam ao conceito de mercadorias e as operações não são efetuadas
com habitualidade. Recurso extraordinário não conhecido.

(STF, RE 194.300/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em


24/04/1997)

Lembre-se de que, no tocante às operações de importação, a incidência


do ICMS é mais ampla, abrangendo a importação de bens não destinados ao

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comércio. Assim, incide ICMS sobre as operações de importação de bens


destinados ao ativo fixo da empresa.

Vale ressaltar que as operações de transformação de sociedades


não estão sujeitas ao ICMS, tendo em vista que não ocorre qualquer
operação comercial, de acordo com o posicionamento do STJ:

TRIBUTÁRIO - ICMS - COMERCIAL - SOCIEDADE COMERCIAL -


TRANSFORMAÇÃO - INCORPORAÇÃO - FUSÃO - CISÃO - FATO GERADOR -
INEXISTÊNCIA. I - Transformação, incorporação, fusão e cisão
constituem várias facetas de um só instituto: a transformação das
sociedades. Todos eles são fenômenos de natureza civil, envolvendo apenas
as sociedades objeto da metamorfose e os respectivos donos de cotas ou
ações. Em todo o encadeamento da transformação não ocorre qualquer
operação comercial. (...) IV - A transformação em qualquer de suas
facetas das sociedades não é fato gerador de ICMS.

(STJ, REsp 242.721/SC, Primeira Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de


Barros, Julgamento em 19/06/2001)

Dando continuidade ao estudo da jurisprudência atinente ao ICMS, saiba


que a Suprema Corte também diferencia a circulação em massa de software
daqueles em que há o licenciamento ou cessão do direito de uso:

EMENTA: TRIBUTÁRIO. ESTADO DE SÃO PAULO. ICMS. PROGRAMAS DE


COMPUTADOR (SOFTWARE). COMERCIALIZAÇÃO. No julgamento do RE
176.626, Min. Sepúlveda Pertence, assentou a Primeira Turma do STF a
distinção, para efeitos tributários, entre um exemplar standard de
programa de computador, também chamado "de prateleira", e o
licenciamento ou cessão do direito de uso de software. A produção em
massa para comercialização e a revenda de exemplares do corpus
mechanicum da obra intelectual que nele se materializa não
caracterizam licenciamento ou cessão de direitos de uso da obra, mas
genuínas operações de circulação de mercadorias, sujeitas ao ICMS.
Recurso conhecido e provido.

(STF, RE 199.464/SP, Primeira Turna, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em


02/03/1999)

Assim, o ICMS incide sobre o “software de prateleira”, mas não


incide sobre aqueles softwares que softwares que exigem o
licenciamento ou cessão do direito de uso. Neste caso, trata-se de campo
de incidência do ISS (aliás, esse serviço foi listado na LC 116/2003).

Na mesma linha, segue a Súmula 662 do STF:

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Súmula STF 662 - É legítima a incidência do ICMS na comercialização de


exemplares de obras cinematográficas, gravados em fitas de videocassete.

Perceba que, como no RE 199.464, acima citado, o texto da súmula se


refere à comercialização em massa de exemplares de obras cinematográficas.
Por outro lado, quando a gravação é feita mediante solicitação de outrem, mas
não destinada ao público em geral, ocorre a incidência do ISS (RE
183.190).

Ainda no que se refere aos softwares, o STF já decidiu que incide ICMS,
mesmo que não haja bem corpóreo:

"Ementa: (...) 8. ICMS. Incidência sobre softwares adquiridos por meio


de transferência eletrônica de dados (art. 2º, § 1º, item 6, e art. 6º, §
6º, ambos da Lei impugnada). Possibilidade. Inexistência de bem
corpóreo ou mercadoria em sentido estrito. Irrelevância."

(STF, ADI 1.945-MC/MT, Plenário, Rel. p/ Acórdão Min. Gilmar Mendes,


Julgamento em 26/05/2010)

Sobre o fornecimento de energia elétrica, o entendimento do STJ é o de


que só incide ICMS sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à
demanda de potência efetivamente utilizada, não havendo, portanto incidência
desse imposto sobre a demanda contratada pelo adquirente:

Súmula STJ 391 - O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica
correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada.

O ICMS incide sobre a demanda de potência


efetivamente utilizada! Cuidado com as palavras
“potencialmente” e “disponibilizada”! Não há
incidência nesses casos.

Vejamos outras súmulas que versam sobre o ICMS:

Súmula STJ 457 - Os descontos incondicionais nas operações mercantis não


se incluem na base de cálculo do ICMS.

Chama-nos atenção a situação que deu origem à redação da Súmula


432, do STJ, a saber:

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Súmula STJ 432 - As empresas de construção civil não estão obrigadas a


pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações
interestaduais.

O STJ já decidiu que as empresas de construção civil não são


contribuintes do ICMS, relativamente às operações de aquisição de
mercadorias para utilização como insumos em suas obras, já que a atividade
de construção civil é qualificada como prestação de serviços, sujeitando-se à
incidência do ISS.

Nessa toada, a mencionada Corte (AgRg no Ag 687.218/MA, Rel. Min.


Luiz Fux) entendeu ser “inadmissível a retenção, pelos Estados, do diferencial
de alíquotas relativo a operações interestaduais efetuadas por empresa de
construção civil para aquisição de mercadorias sem objetivo de
comercialização.”

Ocorre que a Súmula 432 foi publicada antes do advento da EC 87/2015,


a qual determinou que até mesmo os consumidores finais de mercadorias em
operações interestaduais, quando não contribuintes do imposto, estão sujeitos
ao diferencial de alíquotas do ICMS. Vale lembrar, contudo, que, neste caso, a
responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido pelo
destinatário (diferencial de alíquotas) cabe ao remetente das
mercadorias, em razão do disposto no art. 155, § 2º, VIII, “b”, da CF/88.
Portanto, não obstante o fato de esta súmula continuar vigente, perdeu-se o
seu sentido.

Vejamos mais algumas súmulas de lavra do Superior Tribunal de Justiça:

Súmula STJ 237 - Nas operações com cartão de crédito, os encargos


relativos ao financiamento não são considerados no cálculo do ICMS.

Súmula STJ 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da


mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.

Observação: O que se proíbe é a utilização de uma tabela fixa de valor de


mercadorias para a definição da base de cálculo do ICMS, sem considerar o
valor real da operação.

Súmula STJ 350 - O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de


telefone celular.

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O mesmo raciocínio foi utilizado pelo STJ (AgRg no Ag 1.108.510/RJ)


para os serviços acessórios ou preparatórios de TV a cabo.

Marque incorreta qualquer assertiva que mencione a


incidência do ICMS sobre serviços de habilitação,
religação, conta detalhada, troca de usuário, instalação
de ponto (no caso de TV) ou outros serviços acessórios.

Vejamos, a partir de agora, algumas decisões dos tribunais acerca do


princípio da não cumulatividade, aplicável ao ICMS:

1. O creditamento do ICMS somente é factível nas hipóteses restritas


constantes do § 1º, do artigo 20, da Lei Complementar nº 87/96, qual seja
a entrada de mercadorias que façam parte da atividade do
estabelecimento. Consectariamente, é de clareza hialina que o direito
de creditamento do ICMS pago anteriormente somente exsurge
quando se tratar de insumos que se incorporam ao produto final ou
que são consumidos no curso do processo de industrialização.

(STJ, REsp 889.414/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, Julgamento em
17/04/2008)

Portanto, se o insumo não se incorpora ao produto final nem é


consumido no curso do processo de industrialização, não há que se falar em
creditamento de ICMS.

O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde


estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário
jurídico da mercadoria (alínea "a" do inciso IX do § 2o do art. 155 da
Carta de Outubro); pouco importando se o desembaraço aduaneiro
ocorreu por meio de ente federativo diverso. Recurso extraordinário
desprovido.

(STF, RE 299.079/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Carlos Britto, Julgamento em


30/06/2004)

Assim, se o desembaraço aduaneiro ocorre no Estado do Rio Grande do


Sul, mas a mercadoria é destinada a uma empresa localizada no Rio de
Janeiro, este Estado figurará como sujeito ativo da relação tributária.

Outra jurisprudência já cobrada em provas:

ICMS - MERCADORIA IMPORTADA - INTERMEDIAÇÃO - TITULARIDADE DO


TRIBUTO. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços cabe
ao Estado em que localizado o porto de desembarque e o destinatário

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da mercadoria, não prevalecendo a forma sobre o conteúdo, no que


procedida a importação por terceiro consignatário situado em outro
Estado e beneficiário de sistema tributário mais favorável.

(STF, RE 268.586/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em


24/05/2005)

Este se refere a um caso em que a importação era feita por uma


empresa onde possuía benefícios fiscais para depois alienar para a real
adquirente das mercadorias. Ou seja, tratava-se de operações simuladas.
Nesse sentido, entendeu-se que a forma não pode prevalecer sobre o
conteúdo. Ou seja, cabe ICMS no Estado do real importador das
mercadorias.

Acrescente-se, por fim, um detalhe sobre a imunidade relativa ao ICMS


sobre operações de exportação de mercadorias e serviços para o exterior,
tendo em vista uma importante decisão do STF, cuja ementa será parcialmente
transcrita abaixo:

“O conceito de receita, acolhido pelo art. 195, I, b, da CF, não se confunde


com o conceito contábil.”

“Sob o específico prisma constitucional, receita bruta pode ser definida


como o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição
de elemento novo e positivo, sem reservas ou condições.”

“O aproveitamento dos créditos de ICMS por ocasião da saída imune


para o exterior não gera receita tributável. Cuida-se de mera
recuperação do ônus econômico advindo do ICMS, assegurada
expressamente pelo art. 155, § 2º, X, a, da CF.“

“Adquirida a mercadoria, a empresa exportadora pode creditar-se do ICMS


anteriormente pago, mas somente poderá transferir a terceiros o saldo
credor acumulado após a saída da mercadoria com destino ao
exterior (art. 25, § 1º, da LC 87/1996).”

(STF, Plenário, RE 606.107/RS, Rel. Min. Rosa Weber, Julgamento em


22/05/2013, com repercussão geral)

Na realidade, este assunto é bastante específico do estudo do ICMS, não


sendo razoável entrar em detalhes sobre o tema, já que este assunto
normalmente é cobrado na disciplina de Legislação Tributária Estadual. No
entanto, sem perdermos o foco, vamos fazer uma breve abordagem do tema.

Além de prestar atenção nas principais frases retiradas da ementa deste


julgamento, o candidato deve saber que a imunidade do ICMS sobre
exportação permite o aproveitamento dos créditos de ICMS

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decorrentes das operações e prestações que antecedem as


exportações.

O mecanismo é aplicável, por exemplo, àquelas mercadorias que são


frutos de uma cadeia de produção e comercialização, antes de serem
efetivamente destinadas ao exterior.

Outro benefício concedido aos exportadores é possibilidade de transferir


a outros contribuintes (terceiros) os créditos acumulados de exportações que
não foram compensados com os débitos de ICMS.

Por fim, acrescentamos a jurisprudência do STJ, relativamente ao sujeito


ativo do ICMS:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL.


"ASSINATURA BÁSICA MENSAL". LEGALIDADE DA COBRANÇA. SÚMULA
356/STJ. ICMS SOBRE A ASSINATURA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
CONCESSIONÁRIA TELEFÔNICA. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. NÃO
OCORRÊNCIA. MULTA PROTELATÓRIA. EXCLUSÃO. SÚMULA 98/STJ.
CARACTERIZAÇÃO DE EQUÍVOCO NO ACÓRDÃO EMBARGADO.
ACOLHIMENTO DOS ACLARATÓRIOS COM EFEITOS INFRINGENTES.
EXCEPCIONALIDADE CONFIGURADA.
(...)
6. Este Sodalício já consignou posicionamento no sentido de que "A
concessionária não possui legitimidade para figurar no pólo passivo de ação
que visa a restituição de valores cobrados à título de ICMS incidente sobre
ponto telefônico. O sujeito ativo da relação tributária discutida é a
Fazenda Pública, nos termos do art. 119 do Código Tributário Nacional, e
não a concessionária de telefonia, simples responsável pelo repasse
dos valores" (...)

(STJ, Segunda Turma, EDcl no REsp 104319/MG, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques)

1.1.11 – ICMS e as Operações de Leasing ou Arrendamento Mercantil

Uma questão interessante é a incidência do ICMS sobre as operações de


leasing, também conhecido por arrendamento mercantil. O leasing
normalmente ocorre de duas formas: operacional e financeiro.

No leasing operacional, determinada empresa cede o direito de uso de


certo bem a outra pessoa jurídica, por um prazo fixado em contrato. Ao final
deste, o arrendatário (quem contratou o leasing) tem a opção de devolução do
bem ou sua aquisição pelo valor de mercado.

No leasing financeiro, o arrendador é uma instituição financeira, que


adquire o bem no mercado e realiza o contrato de leasing. Neste caso, também

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é feita a cessão do direito de uso do bem ao arrendatário. A diferença é que,


ao final do prazo fixado no contrato, o arrendatário pode adquirir o bem por
valor residual fixado na contratação do leasing.

Na prática, o leasing operacional se assemelha a uma operação de


locação, e o leasing financeiro, a um financiamento. De qualquer modo, na
celebração do contrato não há circulação jurídica da mercadoria
(transferência de propriedade), não havendo, por conseguinte,
incidência do ICMS. Esse raciocínio foi previsto no art. 3º, VIII, da LC 87/96.

Contudo, o que foi acima dito refere-se à incidência do ICMS sobre


operações de leasing no mercado interno. E o que ocorre nas importações
realizadas com base em contrato de leasing? Sobre a incidência do ICMS sobre
operações de leasing internacional, o STF decidiu recentemente o seguinte:

(...) 3. Precedente: RE 461968, Rel. Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno,


julgado em 30/05/2007, Dje 23/08/2007, onde restou assentado que o
imposto não é sobre a entrada de bem ou mercadoria importada, senão
sobre essas entradas desde que elas sejam atinentes a operações
relativas à circulação desses mesmos bens ou mercadorias. 4.
Deveras, não incide o ICMS na operação de arrendamento mercantil
internacional, salvo na hipótese de antecipação da opção de compra,
quando configurada a transferência da titularidade do bem.
Consectariamente, se não houver aquisição de mercadoria, mas mera posse
decorrente do arrendamento, não se pode cogitar de circulação econômica.

(STF, Plenário, RE 540.829/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Julgamento em


11/09/2014)

Dessa forma, devemos entender que, em tais operações, não incide o


ICMS na operação de arrendamento mercantil internacional, salvo na
hipótese de antecipação da opção de compra, quando configurada a
transferência da titularidade do bem. Na esteira desse entendimento, o
Plenário do STF demonstrou, no julgamento do RE 226.899, proferido em
01/10/2014, que na importação de mercadoria do exterior, amparada por
contrato de leasing, em que não há opção de compra, sendo o bem suscetível
de devolução ao arrendador, não há incidência do ICMS.

Seguindo o mesmo raciocínio, a Suprema Corte já considerou que não há


operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à incidência do ICMS em
operação de arrendamento mercantil contratado pela indústria aeronáutica de
grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias de navegação aérea, de
aeronaves por ela construídas. Dada a relevância do assunto, transcrevemos
um trecho da ementa do julgado:

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“1. A importação de aeronaves e/ou peças ou equipamentos que as


componham em regime de leasing não admite posterior transferência
ao domínio do arrendatário. 2. A circulação de mercadoria é
pressuposto de incidência do ICMS. O imposto --- diz o artigo 155, II da
Constituição do Brasil --- é sobre "operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior". 3. Não há operação relativa à circulação de
mercadoria sujeita à incidência do ICMS em operação de
arrendamento mercantil contratado pela indústria aeronáutica de
grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias de navegação
aérea, de aeronaves por ela construídas.”

(STF, RE 461.968/SP, Plenário, Rel. Min. Eros Grau, Julgamento em


30/05/2007)

Portanto, a respeito das operações de leasing, podemos guardar o


seguinte esquema:

Leasing realizado dentro do país (sem


importação)  não incide ICMS, a não ser
quando da venda do bem ao arrendatário.

Leasing internacional  não incide ICMS, salvo


se houver antecipação da opção de compra.

Leasing internacional de aeronaves  não


incide ICMS (porque, na prática, não ocorre a
transferência do bem)

1.1.12 – Síntese do ICMS

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços


Fato Gerador:
 Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
 Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer
via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
 Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a
ampliação de comunicação de qualquer natureza;
 Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios;
 Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto
sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar
aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual
 Sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física
ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que

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seja a sua finalidade;
 Sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior;

Sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive


lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica,
quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de
operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o
adquirente.
Base de Cálculo: Valor da operação, quando se tratar de circulação de
mercadorias, ou o preço do serviço prestado.
Alíquota: As alterações, em regra, sujeitam-se ao princípio da legalidade. A
exceção fica por conta do ICMS-Combustíveis (alteradas por convênio).
Contribuinte:
 Qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume
que caracterize intuito comercial
 A pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito
comercial,importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua
finalidade; seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior; adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos
ou abandonados; adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos
derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização.

Questão 01– FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

O ICMS
a) terá as alíquotas mínimas estabelecidas pelo Senado Federal, nas operações
interestaduais, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela
maioria absoluta de seus membros, devendo o CONFAZ, por meio de convênio,
fixá-las.
b) não poderá, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, ter alíquotas internas inferiores às previstas para as
operações interestaduais, salvo deliberação em contrário dos Estados e do
Distrito Federal.
c) incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica.
d) compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e
relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure
fato gerador dos dois impostos.
e) incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, desde que seja contribuinte habitual do imposto,

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qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.

Comentário:

Alternativa A: Cabe facultativamente ao Senado Federal estabelecer alíquotas


mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço
e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. Alternativa errada.

Alternativa B: De fato, o art. 155, § 2º, VI, da CF/88, prevê que, salvo
deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, em convênio
celebrado no âmbito do CONFAZ, as alíquotas internas, nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser
inferiores às previstas para as operações interestaduais. Alternativa correta.

Alternativa C: De acordo com o art. 155, § 2º, X, “b”, da CF/88, o ICMS não
incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica. Alternativa errada.

Alternativa D: Na verdade, foi prescrito no art. 155, § 2º, XI, da CF/88, que o
ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto
sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos. Alternativa errada.
Alternativa E: De acordo com o art. 155, § 2º, IX, “a”, da CF/88, incidirá
sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa
física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra B

Questão 02 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Com relação ao ICMS cabe à lei complementar dispor sobre substituição


tributária e definir seus contribuintes.

Comentário: De acordo com o art. 155, § 2º, XII, “a” e “b”, da CF/88, em
relação ao ICMS, cabe à lei complementar dispor sobre substituição tributária e
definir os seus contribuintes. Questão correta.

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Questão 03 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Não incide ICMS sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,
mas incide sobre serviços prestados a destinatários no exterior.

Comentário: De acordo com o art. 155, § 2º, X, “a”, da CF/88, o ICMS não
incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores. Portanto, esta questão está errada.

Questão 04 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Com relação ao ICMS, é correto afirmar que


a) deverá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços.
b) é facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas nas operações
internas mediante resolução.
c) incidirá nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção gratuita ou onerosa.
d) os Estados e o Distrito Federal não poderão cobrar tributo na entrada de
mercadorias ou bens importados do exterior, sendo exclusividade da União
tributar as operações de comércio externo.
e) lei complementar não deve tratar da base de cálculo do imposto, sendo esta
uma atribuição exclusiva da lei de cada Unidade da Federação.

Comentário:

Alternativa A: O ICMS não deve ser seletivo, mas pode ser seletivo, em
função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. Alternativa errada.

Alternativa B: De fato, é facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas


mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço
e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. Alternativa correta.

Alternativa C: A CF/88 determina que o ICMS não incidirá nas prestações de


serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita. Alternativa errada.

Alternativa D: Foi definido na CF/88 que o ICMS (imposto de competência


dos Estados e do Distrito Federal) incidirá) sobre a entrada de bem ou
mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade,
assim como sobre o serviço prestado no exterior. Alternativa errada.

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Alternativa E: Cabe à lei complementar definir a base de cálculo do ICMS,


não sendo atribuição exclusiva da lei de cada Unidade da Federação.
Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

Questão 05 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

O princípio da não cumulatividade referente ao ICMS pretende a


a) cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for cobrado
em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante devido nas anteriores pelo mesmo ou outro
Município.
b) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante efetivamente pago nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal.
c) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante efetivamente pago nas anteriores pelo mesmo ou
outro Município.
d) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado
ou pelo Distrito Federal.
e) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores exclusivamente pelo mesmo
Estado ou Distrito Federal.

Comentário: O princípio da não cumulatividade referente ao ICMS tem como


objetivo tornar o imposto não cumulativo, permitindo a compensação do
imposto devido em cada operação com o ICMS já cobrado nas operações
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

Gabarito: Letra D

Questão 06 – FCC/ICMS-SP/2013

O Estado de Santa Catarina por meio das Leis nos 1.212/2001 e 1.214/2001
concedeu incentivos de ICMS de várias espécies (isenção, redução de alíquotas
e de base de cálculo, créditos presumidos, prazo adicional de pagamento e
diferimento) aplicáveis, conforme o caso, a operações internas, interestaduais
e de importação.

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Não houve convênio autorizativo celebrado no âmbito do CONFAZ entre os


Estados e o Distrito Federal. Por entender prejudicial aos interesses da
população de seu Estado, o Governador do Estado do Rio Grande do Sul propôs
Ação Direta de Inconstitucionalidade em face do Estado de Santa Catarina a
fim de ver declarados inconstitucionais os dispositivos destas leis que
contrariavam o texto constitucional.
O Governador do Estado do Rio de Janeiro, por também entender que seria
prejudicial aos interesses da população de seu Estado os aludidos benefícios
fiscais, requereu a sua admissão no feito na qualidade de amicus curiae.
Em face da situação hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente,
considere:

I. Caso o Estado do Rio Grande do Sul tivesse anteriormente concedido


benefícios fiscais de ICMS semelhantes aos concedidos pelo Estado de Santa
Catarina, não haveria vício de inconstitucionalidade, pois na hipótese de
existência de igualdade no ilícito há convalidação do benefício fiscal concedido
posteriormente.

II. A necessidade de deliberação dos Estados e do Distrito Federal no âmbito


do CONFAZ contempla a isenção, a redução de base de cálculo, a concessão de
créditos presumidos e a redução a 12% na alíquota do ICMS nas operações
internas praticadas por contribuintes catarinenses.

III. No que concerne ao ICMS, cabe ao Senado Federal regular a forma como,
mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

IV. Não obstante haver atribuição constitucional de competência tributária ao


Estado de Santa Catarina para legislar sobre ICMS, a concessão dos benefícios
fiscais depende da celebração de convênio autorizativo celebrado no âmbito do
CONFAZ, razão pela qual a falta de convênio ofende as disposições
constitucionais.

V. Os princípios fundamentais consagrados pela Constituição da República, em


tema de ICMS, realçam o perfil nacional de que se reveste esse tributo e
legitimam a instituição, pelo poder central, de regramento normativo unitário
destinado a disciplinar, de modo uniforme, essa espécie tributária,
notadamente em face de seu caráter não cumulativo.

Está correto o que se afirma APENAS em :

a) I e II.
b) I e V.
c) II e III.
d) III e IV.
e) IV e V.

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Comentário:

Item I: O fato de o Rio Grande do Sul ter ou não concedido anteriormente


benefícios fiscais de ICMS semelhantes aos concedidos pelo Estado de Santa
Catarina não altera a inconstitucionalidade das leis estaduais de Santa
Catarina. Item errado.

Item II: A alteração de alíquotas internas é competência do próprio Estado,


em decorrência da competência tributária que lhe foi atribuída para instituir o
ICMS. Item errado.

Item III: Na realidade, cabe à lei complementar regular a forma como,


mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Item errado.

Item IV: De fato, a concessão dos benefícios fiscais depende da celebração de


convênio autorizativo celebrado no âmbito do CONFAZ, razão pela qual a falta
de convênio ofende as disposições constitucionais. Item correto.

Item V: É exatamente por esse motivo que o legislador constituinte delegou à


lei complementar nacional a competência para definir os principais temas
relativos ao ICMS, sobretudo o regime de compensação do imposto, em
decorrência do seu caráter não cumulativo. Item correto.

Gabarito: Letra E

Questão 07 – FCC/ICMS-SP/2013

Em relação à sujeição ativa dos tributos, o ICMS, nas operações com


lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, competirá a dois estados,
sendo repartido entre os Estados de origem e de destino.

Comentário: Em se tratando de combustíveis e lubrificantes derivados de


petróleo, podemos ter ou não a incidência monofásica do ICMS, a depender de
lei complementar neste caso. De qualquer forma, o ICMS devido em operações
interestaduais relativas a lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo
cabe ao Estado onde ocorrer o consumo. Questão errada.

Questão 08 – FCC/ICMS-SP/2013

Em relação à sujeição ativa dos tributos, o ICMS, nas operações que destinem
mercadorias para exterior, caberá ao Estado de origem da mercadoria, não
importando a Unidade da Federação em que se localiza o porto em que foram
despachadas.

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Comentário: As operações que destinem mercadorias para o exterior bem


como os serviços prestados a destinatários no exterior estão imunes do ICMS.
Questão errada.

Questão 09 – FCC/TJ-GO-Juiz/2012

Lei estadual que prevê recolhimento antecipado, pelo fabricante/montadora de


veículos, de ICMS incidente sobre a venda de veículos automotores disponíveis
para a venda em concessionária de veículos é considerada
a) constitucional, por se tratar de substituição tributária para frente,
expressamente autorizada pela Constituição Federal.
b) inconstitucional, por se tratar de fato gerador presumido, ainda não
consumado.
c) inconstitucional, por não caber a incidência de ICMS na operação de venda
de veículos automotores pelo fabricante/montadora para a concessionária de
veículos.
d) constitucional, por se tratar de substituição tributária para trás, com fato
gerador consumado quando da saída dos veículos do pátio do
fabricante/montadora de veículos.
e) constitucional, já que o fabricante/montadora de veículos realizou o fato
gerador do ICMS quando operou a venda de veículos automotores para a
concessionária.

Comentário: Tal norma é constitucional, por tratar da substituição tributária


progressiva (ou para frente), expressamente autorizada no art. 150, § 7º, da
CF/88.

Gabarito: Letra A

Questão 10 – FCC/TJ-PE-Juiz/2011

O art. 155, § 2º , inciso X, letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o


ICMS “não incidirá” sobre prestação de serviços de comunicação nas
modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o
dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito,
a) hipótese de não-incidência tributária.
b) imunidade tributária.
c) isenção de nível constitucional.
d) isenção pura e simples.
e) remissão fiscal.
Resposta: b

Comentário: O fato de ser uma norma constitucional, definindo uma limitação


ao poder de tributar dos Estados e do Distrito Federal, entes federativos
competentes para instituir e cobrar o ICMS, trata-se de verdadeira imunidade
tributária, hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada.

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Gabarito: Letra B

Questão 11 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a prestação onerosa de serviço de comunicação, por


qualquer meio.

Comentário: Realmente, o ICMS incide sobre a prestação onerosa de serviço


de comunicação, por qualquer meio. A memorização desta assertiva é
importante para que o candidato descarte qualquer assertiva que mencione ser
de competência municipal (ISS) a tributação da prestação de serviço de
comunicação. Questão correta.

Questão 12 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte interestadual e


intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

Comentário: O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte


interestadual e intermunicipal, mas não intramunicipal, já que neste caso o
serviço se sujeita ao ISS. Questão errada.

Questão 13 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal e


intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

Comentário: O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte


interestadual e intermunicipal, mas não intramunicipal, já que neste caso o
serviço se sujeita ao ISS. Questão errada.

Questão 14 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior


por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento importador.

Comentário: Dispõe o art. 155, § 2º, IX, “a”, da CF/88, que o ICMS incide
sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa
física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no

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exterior. Portanto, ainda que o bem ou mercadoria tenha sido destinado ao


ativo fixo do estabelecimento importador, sujeita-se ao ICMS. Questão errada.

Questão 15 – FCC/ICMS-SP/2009

Uma empresa de produtos de luxo sediada em São Paulo adquire mercadoria


de importadora situada no Estado de Santa Catarina. Considerando
hipoteticamente que a alíquota do ICMS no Estado de Santa Catarina para este
tipo de mercadoria é de 25% e que no Estado de São Paulo é de 18%, a
empresa sediada em São Paulo se credita de ICMS incidente sobre este tipo de
operação amparada especificamente no princípio constitucional da
a) seletividade, em razão da essencialidade do produto.
b) legalidade, porque deve haver previsão expressa em lei autorizando este
mecanismo contábil de crédito-débito.
c) isonomia, que assegura mesmo tratamento tributário para contribuintes que
estejam numa mesma situação, independentemente
do lugar da ocorrência do fato gerador.
d) vedação ao confisco, impedindo a bitributação sobre uma mercadoria.
e) não-cumulatividade, na qual é assegurada a dedução correspondente aos
montantes cobrados nas operações anteriores.

Comentário: Dispensando quaisquer comentários que possam ser feitos sobre


os demais princípios constitucionais previstos nas demais alternativas, o
crédito a que faz jus a empresa sediada em São Paulo encontra guarida no
princípio da não cumulatividade. Assim, o ICMS cobrado na operação anterior é
compensado com o que for devido nas operação subsequente. A resposta,
portanto, desta questão é a Letra E.

Questão 16 – FCC/ICMS-SP/2009

Segundo o princípio da não-cumulatividade do ICMS, é correto afirmar:


a) A isenção, salvo determinação em contrário da legislação, implicará crédito
para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes.
b) A não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não
acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.
c) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
d) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
e) Compensa-se o que for restituído em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

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Comentário:

Alternativa A: De acordo com o art. 155, § 2º, II, a, da CF/88, a isenção ou


não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará
crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes. Item errado.

Alternativa B: Conforme estabelece o art. 155, § 2º, II, b, da CF/88, a


isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação,
acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores. Item errado.

Alternativa C: Trata-se da decorrência lógica do princípio da não


cumulatividade, qual seja compensar o ICMS devido com o que já foi cobrado
em operações anteriores. Item correto.

Alternativa D: A compensação não está condicionada ao pagamento do


imposto na operação anterior. Item errado.

Alternativa E: O princípio da não cumulativa tem como característica a


compensação do que for devido em cada operação, e não restituído. Item
errado.

Gabarito: Letra C

Questão 17 – FCC/ICMS-SP/2006

O Senado Federal, através de resolução, poderá estabelecer as alíquotas do


imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.

Comentário: O art. 155, § 2º, IV, prescreve que resolução do Senado Federal,
de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores,
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. Nunca se
esqueça, entretanto, que as operações de exportação foram imunizadas pelo
art. 155, § 2º, X, a. Questão correta.

Questão 18 – FCC/ICMS-SP/2006

Em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), é


correto afirmar que
a) será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e relevância dos
serviços, de acordo com critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, através
de decreto ou portaria.

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b) cabe à resolução do Congresso Nacional regular a forma como, mediante


deliberação dos Estados e Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios
fiscais serão concedidos e revogados.
c) não incidirá sobre operações com ouro comercializado no território nacional,
em barra ou em jóias, e nas prestações de serviços de comunicação de
qualquer natureza.
d)) a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da
legislação, não implicará crédito para compensação com o montante devido
nas operações ou prestações seguintes e acarretará a anulação do crédito
relativo às operações anteriores.
e) incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica.

Comentário:

Alternativa A: O ICMS pode ou não ser seletivo, em função da essencialidade


das mercadorias e dos serviços. Item errado.

Alternativa B: De acordo com o previsto no art. 155, § 2º, XII, g, cabe à lei
complementar, e não à resolução do Congresso Nacional, esse papel. Item
errado.

Alternativa C: O ICMS incide sobre o ouro mercadoria e também sobre os


serviços de comunicação. Item errado.

Alternativa D: Trata-se da literalidade do art. 155, § 2º, II, “a” e “b”, da


CF/88. Item correto.

Alternativa E: Em tais casos, ocorre imunidade, tendo em vista o disposto no


art. 155, § 2º, X, b, da CF/88. Item errado.

Gabarito: Letra D

Questão 19 – CESPE/TJ-SE-Analista Judiciário/2014

Suponha que determinado órgão público federal tenha contratado empresa


para execução de obra de construção que preveja a produção de mercadorias
no local da prestação do serviço. Nesse caso, há incidência de imposto sobre
serviços de qualquer natureza (ISS) sobre os bens produzidos, sem cobrança
concomitante do imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (ICMS).

Comentário: Esta questão trata da prestação de serviços juntamente com o


fornecimento de mercadorias. Para analisar o tributo que irá incidir sobre a
operação, é necessário saber que a prestação de serviço de obra de construção
é serviço previsto no item 7.02 da lista anexa à LC 116/03. Portanto, o valor
total da operação fica sujeito ao ISS. Neste caso específico, o ICMS só incidiria

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sobre as mercadorias se elas fossem produzidas pelo prestador do serviço fora


do local da prestação. Questão correta.

Questão 20 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

A venda de bens do ativo fixo da empresa enseja a cobrança de ICMS na


operação, pois corresponde a uma operação de comércio.

Comentário: O entendimento do STF é o de que a venda de bens do ativo fixo


não se caracteriza como circulação de mercadorias, por não ser realizada com
habitualidade, não havendo incidência do ICMS. Questão errada.

Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

Os descontos incondicionais nas operações mercantis devem ser incluídos na


base de cálculo do ICMS.

Comentário: Conforme a Súmula 457 do STJ, Os descontos incondicionais nas


operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. Questão
errada.

Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

Segundo entendimento do STF, a alienação de salvados não integra a própria


operação de seguro, constituindo, por conseguinte, fato gerador autônomo do
ICMS.

Comentário: De acordo com a Súmula Vinculante 32, o ICMS não incide sobre
a alienação de salvados. Trata-se de operação de atividade integrante das
operações de seguro, configurando, por conseguinte, fato gerador do IOF.
Questão errada.

Questão 23 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

Não incide ICMS sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à


demanda de potência efetivamente utilizada.

Comentário: Consoante a Súmula 391 do STJ, o ICMS incide sobre o valor da


tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência
efetivamente utilizada. Tome cuidado com a diferença entre efetivamente e
potencialmente. Questão errada.

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Questão 24 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

A Em regra, o ICMS é considerado um imposto plurifásico, mas a própria CF


prevê hipótese excepcional de incidência monofásica do ICMS.

Comentário: Como vimos, a regra é a incidência plurifásica do ICMS.


Contudo, existe previsão na CF/88 para a incidência monofásica do ICMS
(ICMS-Combustíveis). Questão correta.

Questão 25 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012

A CF concede imunidade em relação ao ICMS apenas às operações que


destinem ao exterior produtos industrializados.

Comentário: Não é bem assim. Existem outras imunidades relativas ao ICMS.


Podemos citar, inclusive, a imunidade cultural, aplicável aos livros, jornais e
periódicos. Questão errada.

Questão 26 – CESPE/JUIZ-TJ-AC/2012

As alíquotas de ICMS aplicáveis às operações interestaduais e de exportação


de mercadorias e sobre prestação de serviços são estabelecidas por resolução
do Senado Federal.

Comentário: Nós vimos que, embora todas as operações de exportação


estejam imunes ao ICMS a partir da EC 42/03, ainda subsistem alguns
dispositivos que podem ser considerados como tacitamente derrogados, os
quais disciplinam, por exemplo, as alíquotas aplicáveis à exportação (na época,
em alguns casos, incidia ICMS sobre exportação).

Segundo preceitua o 155, § 2º, IV, da CF/88, cabe à Resolução do Senado


Federal estabelecer alíquotas aplicáveis às operações e prestações
interestaduais e de exportação. Conforme alertamos, se cair expressamente,
deve ser considerado correto, e é o que ocorreu nessa questão. Portanto, a
questão está correta.

Questão 27 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013

Conforme o entendimento do STF, o ICMS incide sobre a aquisição de


software, ainda que a compra seja feita mediante transferência eletrônica de
dados, sem que haja uma base física que caracterize o corpus mechanicum da
criação intelectual.

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Comentário: Conforme estudamos, no entendimento do STF, há incidência de


ICMS sobre softwares adquiridos por meio de transferência eletrônica de
dados. Questão correta.

Questão 28 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Legislação estadual pode estabelecer tratamento tributário mais benéfico


referente ao ICMS, desde que haja acordo nesse sentido entre os estados e o
Distrito Federal.

Comentário: Pode haver tratamento mais benéfico referente ao ICMS.


Contudo, para que isso ocorra, é necessário que seja deliberado por meio de
convênio entre os Estados e o DF. Logo, é possível, mas não depende
unicamente do Estado. Isto é, não há ampla liberdade para isentar ou
conceder benefícios fiscais sem a aquiescência dos demais Estados. Questão
correta.

Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Legislação estadual pode estabelecer a base de cálculo do ICMS, mesmo que


contrarie norma geral constante de lei complementar federal.

Comentário: Conforme art. 155, § 2º, XII, i, cabe à lei complementar fixar a
base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na
importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. Questão errada.

Questão 30 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Somente por deliberação entre os estados e o Distrito Federal é que se pode


fazer uso de crédito no caso de isenção tributária.

Comentário: De acordo com o inciso II, do § 2º, do art. 155, da CF/88, a


isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação não
implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações
seguintes e acarretará anulação do crédito relativo a operações anteriores.

Diante do exposto, percebe-se que a legislação estadual (e não a deliberação


entre os Estados e DF) é apta para fazer uso do crédito em caso de isenção
tributária. Questão errada.

Questão 31 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Norma estadual não pode estabelecer o não aproveitamento do crédito relativo


ao imposto do ICMS, mesmo havendo tratamento diferenciado, como, por
exemplo, isenção de tributo.

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Comentário: Conforme estudamos, a norma estadual pode sim estabelecer o


aproveitamento do crédito relativo ao ICMS, mesmo em caso de isenção.
Questão errada.

Questão 32 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Não incide ICMS sobre as prestações de serviço de comunicação nas


modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e
gratuita.

Comentário: Trata-se de imunidade relativa ao ICMS, prevista no art. 155, §


2º, X, d, da CF/88. Questão correta.

Questão 33– CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

A base de cálculo do ICMS compreende o montante do IPI, quando a operação,


realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização
ou à comercialização, configure simultaneamente fato gerador de IPI e de
ICMS.

Comentário: Na realidade, o que foi determinado no art. 155, § 2º, XI, é que
o ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto
sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos. Questão errada.

Questão 34 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Esse imposto é o único tributo incidente sobre operações relativas a energia


elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e
minerais do Brasil.

Comentário: Sobre as operações relativas a energia elétrica, serviços de


telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais, não pode
incidir nenhum outro imposto além do ICMS, II e IE. Destaque-se que
não há vedação quanto à incidência de outras espécies tributárias. Portanto, a
questão está errada.

Questão 35 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

É facultado ao Senado Federal, mediante resolução de iniciativa da maioria


absoluta de seus membros e aprovada por dois terços deles, o estabelecimento
das alíquotas mínimas nas operações internas.

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Comentário: Essa questão fica fácil de ser resolvida se o aluno entender o


esquema que ensinamos. A aprovação por dois terços do Senado é a mais
rigorosa, sendo aplicável, portanto, às alíquotas máximas das operações
internas relativas ao ICMS. Na dúvida, leia novamente esse trecho da aula. A
questão está errada.

Questão 36 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Incide ICMS sobre as operações de importação e as que destinem mercadorias


para o exterior.

Comentário: O ICMS incide sobre as operações de importação, mas não sobre


as que destinem mercadorias para o exterior. A imunidade relativa à
exportação é total a partir da EC 42/03. Questão errada.

Questão 37 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Na operação de importação de mercadorias do exterior, somente é devido o


ICMS quando da entrada do produto importado no estabelecimento comercial
do importador.

Comentário: O ICMS passa a ser devido no momento do desembaraço


aduaneiro, conforme previsão no art. 12, IX, da LC 87/96 e com base na
Súmula 661 do STF. Questão errada.

Questão 38 – CESPE/DPE-RO/2012 - Adaptada

Quando a mercadoria destinar-se a consumidor final que se localize em outro


estado e não seja contribuinte do ICMS, a alíquota praticada será a interna, do
estado de origem.

Comentário: Conforme estudamos e esquematizamos durante a aula, no caso


apresentado, a alíquota praticada não será a interna do Estado de origem, já
que a após a EC 87/2015, mas sim a alíquota interestadual, cabendo ao Estado
de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual. Questão
errada.

Questão 39 – CESPE/DPE-RO/2012

O contribuinte poderá creditar-se do ICMS pago quando da aquisição de


matéria-prima, ainda que a saída seja isenta do pagamento, desde que o
tributo tenha sido efetivamente pago.

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Comentário: Como vimos, a isenção, salvo determinação em contrário da


legislação, acarretará a anulação do crédito de ICMS relativo às operações
anteriores. Questão errada.

Questão 40 – CESPE/DPE-RO/2012

O ICMS é imposto não cumulativo, de competência da União, cobrado pelo


estado, sendo parte do produto de sua arrecadação destinada ao município da
localização do contribuinte.

Comentário: Questão muito simples de ser resolvida. O ICMS é tributo de


competência estadual, e não da União. Questão errada.

Questão 41 – CESPE/DPE-RO/2012

A não cumulatividade do ICMS pode ser afastada a critério do ente tributante


para efetuar a cobrança por meio de estimativa do total de vendas.

Comentário: A não cumulatividade é requisito obrigatório ao ICMS,


diferentemente da seletividade, que é facultativa. Portanto, a questão está
errada.

Questão 42 – CESPE/AGU/2012

Os municípios podem conceder incentivos fiscais referentes ao ICMS.

Comentário: Somente os Estados podem conceder incentivos fiscais


referentes ao ICMS, sempre mediante convênio entre eles. Questão errada.

Questão 43 – CESPE/AGU/2012

Os estados e o DF podem estabelecer alíquotas internas de ICMS inferiores às


previstas para as operações interestaduais.

Comentário: Salvo deliberação em contrário dos Estados e do DF, por meio


de convênio estabelecido entre eles, as alíquotas internas não podem ser
inferiores às alíquotas interestaduais. Questão errada.

Questão 44 – CESPE/AGU/2012

O Senado Federal pode fixar a alíquota máxima do ICMS.

Comentário: É facultado ao Senado Federal estabelecer as alíquotas mínimas


e máximas relativas às operações internas do ICMS. Questão correta.

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Questão 45 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCE-BA/2010

Ao Estado é permitido cobrar o ICMS sobre o valor da tarifa de energia elétrica


correspondente à demanda de potência efetivamente disponibilizada ao
consumidor.

Comentário: Conforme Súmula 391 do STJ, O ICMS incide sobre o valor da


tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente
utilizada, e não apenas disponibilizada. Questão errada.

Questão 46 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O ICMS tem como fato gerador o deslocamento de mercadorias, inclusive de


um estabelecimento para outro do mesmo contribuinte.

Comentário: Consoante a Súmula 166 do STJ, não constitui fato gerador do


ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro
estabelecimento do mesmo contribuinte. Questão errada.

Questão 47 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

Acerca do ICMS, segundo a CF e o CTN, assinale a opção correta.


a) O tributo é de competência estadual e municipal.
b) O tributo pode ser cobrado considerando a essencialidade das mercadorias
objeto da operação comercial.
c) O tributo é classificado como direto, pois é pago pelo consumidor final.
d) Benefício fiscal poderá ser concedido em relação à sua cobrança, por meio
de lei ordinária estadual, independentemente de acordo no Conselho Nacional
de Política Fazendária.
e) A alíquota interna do ICMS, via de regra, será inferior às alíquotas
interestaduais.

Comentário:

Alternativa A: A competência para instituição do ICMS é dos Estados e do


Distrito Federal, não sendo extensiva aos Municípios. Item errado.

Alternativa B: De fato, a seletividade em função da essencialidade das


mercadorias é uma característica que pode estar presente no ICMS. Item
correto.

Alternativa C: O tributo é considerado indireto, pois quem sofre o ônus


tributário não é a mesma pessoa que efetua o recolhimento do imposto. Item
errado.

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Alternativa D: Os benefícios fiscais somente podem ser concedidos mediante


acordo celebrado entre os Estados e o DF, no âmbito do CONFAZ. Item errado.

Alternativa E: De acordo com a Constituição Federal, salvo deliberação em


contrário dos Estados e do DF, por meio de convênio estabelecido entre eles,
as alíquotas internas não podem ser inferiores às alíquotas interestaduais.
Item errado.

Gabarito: Letra B

Questão 48 – FGV/Senado Federal – Consultor Legislativo/2008

É facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas do imposto sobre


circulação de mercadorias incidente nas operações internas, mediante
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus
membros.

Comentário: Trata-se de previsão estabelecida no art. 155, § 2º, V, “a”, da


CF/88. A questão está correta.

Questão 49 – FGV/Senado Federal – Consultor Legislativo/2008

O princípio da não-cumulatividade do ICMS opera a compensação do tributo


pago na entrada da mercadoria com o valor devido por ocasião da saída,
impedindo que, nas diversas fases da circulação econômica de uma
mercadoria, o valor do imposto seja maior que o percentual correspondente à
alíquota prevista na legislação.

Comentário: De fato, essa é a ideia do princípio da não cumulatividade,


aplicável ao ICMS. O valor pago de imposto corresponderá àquele aplicável
sobre o valor final da mercadoria, graças ao mecanismo de créditos e débitos.
Questão correta.

Questão 50 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que em


relação à tributação dos programas de computador, ou software, o Supremo
Tribunal Federal já decidiu que, nas operações relativas ao “licenciamento ou
cessão de direito de uso”, não cabe aos Estados a instituição do ICMS, posto
não estar caracterizada uma circulação de mercadoria; por outro lado, em se
tratando dos chamados “software de prateleira”, produzidos em série e
comercializados no varejo, vigora entendimento positivo quanto à possibilidade
de tributação por meio do aludido tributo uma vez materializado o corpus
mechanicum da criação intelectual do programa, caracterizando, assim, o
conceito de mercadoria.

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Comentário: Realmente, o entendimento do STF é o de que o ICMS só incidirá


sobre os denominados softwares de prateleira, por serem caracterizados como
mercadoria. Questão correta.

Questão 51 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que o ICMS


será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
em atendimento à não-cumulatividade a isenção ou não-incidência, implicarão
direito a crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes, salvo determinação em contrário da legislação.

Comentário: Conforme determina o art. 155, § 2º, da CF/88, a isenção ou


não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação não implicará
crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes e acarretará a anulação do crédito relativo às operações
anteriores. Questão errada.

Questão 52 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que de


acordo com o texto constitucional vigente, o ICMS incidirá sobre a entrada de
bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade, cabendo o imposto ao Estado onde ocorrer o desembaraço
aduaneiro, independentemente da localização do destinatário do bem ou
mercadoria.

Comentário: A assertiva está em desacordo com a CF/88, ao afirmar que o


imposto cabe ao Estado onde ocorrer o desembaraço aduaneiro, já que na
verdade cabe ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento
do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. Questão errada.

Questão 53 – ESAF/AFRFB/2012

Assinale, entre as hipóteses abaixo, a única que constitui hipótese de


incidência do ICMS – imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação.
a) Fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou estabelecimento
similar, sem a previsão na respectiva lei estadual.
b) Saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato.

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c) Comercialização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em


fitas de videocassete.
d) Alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
e) Operações de industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à
utilização direta em processo subsequente de industrialização.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com a Súmula 574 do STF, sem lei estadual que a
estabeleça, é ilegítima a cobrança do imposto de circulação de mercadorias
sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou
estabelecimento similar. Item errado.

Alternativa B: Nos termos da Súmula 573 do STF, não constitui fato gerador
do imposto de circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios
e implementos a título de comodato. Item errado.

Alternativa C: Novamente com base na jurisprudência do STF, a Súmula 662


afirma que é legítima a incidência do ICMS na comercialização de exemplares
de obras cinematográficas, gravados em fitas de videocassete. Item correto.

Alternativa D: Conforme prevê a Súmula Vinculante 32, o ICMS não incide


sobre a alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. Item errado.

Alternativa E: Esse item também está correto, com base na jurisprudência do


STF (ADI 4.389-MC). Contudo, a banca não alterou o gabarito, mesmo diante
da interposição dos recursos. Dispensamos os comentários, pois iria gerar mais
confusão do que aprendizado. Item considerado errado.

Gabarito: Letra C

Questão 54 – ESAF/ACE-MDIC/2012 - Adaptada

Na entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou


jurídica, pode-se afirmar que há operação relativa à circulação de mercadoria
sujeita à incidência do ICMS em operação de arrendamento mercantil
contratado pela indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o uso,
pelas companhias de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas.

Comentário: Não há incidência de ICMS sobre as operações de leasing


internacional de aeronaves. Questão errada.

Questão 55 – ESAF/AFRFB/2014

A desoneração do ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de


Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e

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Intermunicipal e de Comunicação – das exportações, cuja finalidade é o


incentivo a estas, desonerando as mercadorias nacionais do seu ônus
econômico, de modo a permitir que as empresas brasileiras exportem
produtos, e não tributos – imuniza as operações de exportação e assegura a
manutenção e o aproveitamento do montante do imposto (ICMS) cobrado nas
operações e prestações anteriores.
Consoante entendimento do STF sobre tal dispositivo, podemos afirmar,
exceto, que:
a) o aproveitamento dos créditos de ICMS, por ocasião da saída imune para o
exterior, gera receita tributável por parte da Cofins e da Contribuição para o
PIS.
b) adquirida a mercadoria, a empresa exportadora pode creditar-se do ICMS
anteriormente pago, mas somente poderá transferir a terceiros o saldo credor
acumulado após a saída da mercadoria com destino ao exterior.
c) sob o específico prisma constitucional, receita bruta pode ser definida como
o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição de elemento
novo e positivo, sem reservas ou condições.
d) o aproveitamento de créditos de ICMS, por ocasião da saída imune para o
exterior, constitui mera recuperação do ônus econômico advindo do ICMS,
assegurada expressamente pela Constituição Federal.
e) o conceito de receita, acolhido pela Constituição Federal, não se confunde
com o conceito contábil.
Comentário:

Alternativa A: O STF foi claro, no sentido de que o aproveitamento dos


créditos de ICMS por ocasião da saída imune para o exterior não gera receita
tributável. Item errado.

Alternativa B: No momento da aquisição, a empresa exportadora pode


creditar-se do valor que já foi pago nas demais operações, a título de ICMS. No
entanto, a transferência dos créditos acumulados só pode ocorrer após a saída
da mercadoria com destino ao exterior. Item correto.

Alternativa C: Sob a ótica da Constituição Federal, receita bruta pode ser


definida como o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição
de elemento novo e positivo, sem reservas ou condições. Item correto.

Alternativa D: O aproveitamento de créditos de ICMS constitui recuperação


do valor que já foi pago nas etapas anteriores, estando constitucionalmente
assegurado pelo art. 155, § 2º, X, a. Item correto.

Alternativa E: O conceito de receita, acolhido pelo art. 195, I, b, da CF/88,


não se confunde com o conceito contábil. Como vimos, sob o prisma
constitucional, receita bruta pode ser definida como o ingresso financeiro que
se integra no patrimônio na condição de elemento novo e positivo, sem
reservas ou condições. Item correto.

Gabarito: Letra A

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Questão 56 – FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

Com relação às isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, julgue a


assertiva a seguir: podem ser concedidos ou revogados, unilateralmente, por
lei ordinária do Estado.

Comentário: Somente se pode conceder isenções, incentivos e benefícios


fiscais para o ICMS, por meio de convênios, os quais devem ser regulados por
lei complementar (LC 24/75). Questão errada.

Questão 57 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ICMS deverá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos


serviços.

Comentário: O ICMS poderá ou não ser seletivo, em função da essencialidade


das mercadorias e dos serviços (CF, art. 155, § 2º, III). Questão errada.

Questão 58 – ESAF/PGDF/2007

A concessão e revogação de isenções do ICMS pelos Estados-membros


independe de Lei Complementar à Constituição Federal.

Comentário: A concessão de benefícios relativos ao ICMS só pode ocorrer


mediante deliberação dos Estados e do DF, no âmbito do CONFAZ, fazendo-se
necessário a edição de lei complementar para regulamentar a forma como tais
benefícios serão concedidos e revogados. Atualmente, é a LC 24/75 que exerce
esse papel. Portanto, a questão está errada.

Questão 59 – ESAF/PGDF/2007

A concessão de isenções do ICMS só é admitida quando existir, a respeito,


deliberação dos Estados-membros e do DF, mediante convênio.

Comentário: Conforme estudamos, somente se admite a concessão de


isenções para o ICMS quando houver deliberação dos Estados e do DF,
mediante convênio. Questão correta.

Questão 60 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada


operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito

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Federal, sendo que, em casos de isenção ou não incidência, salvo


determinação em contrário da legislação, não ocorrerá a anulação do crédito
relativo às operações anteriores.

Comentário: Conforme está previsto no inciso II, do § 2º, do art. 155, da


CF/88, a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da
legislação, acarretará anulação dos créditos relativos às operações anteriores.
Questão errada.

Questão 61 – FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

Com relação às isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, julgue a


assertiva a seguir: exigem a edição de convênio entre os Estados e o Distrito
Federal, para sua concessão e revogação.

Comentário: Para a concessão e revogação de isenções, incentivos e


benefícios fiscais relativos ao ICMS, deve haver convênio entre os Estados e o
Distrito Federal. Questão correta.

Questão 62 – ESAF/AFTM-Natal/2005

O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS é tributo real.

Comentário: De fato, o ICMS é um tributo que incide sobre “coisas”,


independentemente das características pessoais das pessoas envolvidas na
operação que constitui o fato gerador do imposto. Portanto, é considerado
tributo real. Questão correta.

Questão 63 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

Compete ao Senado Federal, mediante Resolução, aprovada pela maioria


absoluta de seus membros: Estabelecer as alíquotas do imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços -
ICMS, aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação.

Comentário: Vimos que as alíquotas aplicáveis às operações e prestações


interestaduais e de exportação (não há mais incidência do ICMS sobre as
exportações) são estabelecidas por Resolução do Senado Federal, mediante
iniciativa do Presidente da República, ou de um terço dos Senadores, e
aprovada pela maioria absoluta dos membros do Senado. Questão correta.

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Questão 64 – ESAF/AFRE-MG/2005

O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações


de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação -
ICMS está sujeito ao princípio da não-cumulatividade, em função da
essencialidade do produto.

Comentário: De fato, o ICMS estão sujeito ao princípio da não


cumulatividade. Contudo, a questão tenta confundir o candidato com a
seletividade, que é definida em função da essencialidade do produto. A não
cumulatividade, por seu turno, é caracterizada pela compensação do imposto
devido nas operações anteriores com o montante cobrado nas operações
subsequentes. Questão errada.

Questão 65 – ESAF/APOFP-SP/ 2009

Não exige prévia celebração de convênio entre os Estados membros e o


Distrito Federal a instituição, por Lei Complementar Estadual, de Programa de
Incentivo destinado a fomentar a implantação, ampliação e modernização de
empreendimentos industriais e agroindustriais no Estado mediante concessão
de crédito presumido e redução da base de cálculo do ICMS.

Comentário: Devemos nos lembrar que a concessão de crédito presumido


também está sujeita à restrição aplicável às isenções relativas ao ICMS, ou
seja, deve haver previsão em convênio, por meio da deliberação entre os
Estados e o DF. Questão errada.

1.2 - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação

Conforme foi dito na aula anterior, quando estudamos o ITBI, na época


da edição do CTN, a competência para instituir imposto sobre transmissão era
apenas estadual. Com a CF/88, a competência foi dividida, ficando a cargo
dos Estados tributar a transmissão ocorrida a título gratuito (causa
mortis e doação). Surge, assim, o ITCMD (ou ITCD).

Trata-se de imposto com finalidade arrecadatória (fiscal), ficando


sujeito ao princípio da legalidade, anterioridade e noventena de forma
integral. Logo, as alterações de alíquotas do ITCMD devem obedecer às
limitações ao poder de tributar.

O ITCMD, conforme previsão no art. 155, I, da CF/88, é um imposto que


incide sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos.

Assim, por exemplo, incidiria ITCMD sobre a doação de um imóvel


localizado em Minas Gerais, sendo que o doador reside no Rio de Janeiro e o

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donatário, em São Paulo. E aí fica a dúvida: qual Estado é competente para


tributar essa transmissão?

A fim de evitar que essa situação criasse conflitos entre os Estados


brasileiros, o legislador constituinte regulamentou o assunto no próprio texto
constitucional.

Portanto, em se tratando de bens imóveis e respectivos direitos,


compete ao Estado da situação do bem ou ao Distrito Federal. Veja que
nesse caso específico não importa se a transmissão é causa mortis ou
doação.

No que se refere aos bens móveis, títulos e créditos, importa-nos


saber a que título ocorreu a transmissão, se foi por sucessão causa mortis ou
por doação. No primeiro caso (causa mortis), o imposto cabe ao Estado onde
se processar o inventário ou arrolamento. No segundo (doação),
compete ao Estado onde tiver domicílio o doador.

A CF/88 (art. 155, § 1º, III) também prescreve que o ITCMD terá a
competência para sua instituição regulada por lei complementar se o doador
tiver domicilio ou residência no exterior ou se o de cujus possuía bens,
era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no
exterior.

Observação: A referida lei complementar ainda não foi instituída, de sorte


que os Estados têm utilizado a permissão prevista no art. 24, § 3º da CF/88,
para exercer a competência legislativa plena.

Quando você ler na questão as palavras “ITCMD” e


“exterior”, lembre-se de que deve haver lei
complementar.

Vamos esquematizar isso para facilitar a sua memorização:

Bens imóveis e Estado onde se localiza o imóvel.


respectivos direitos
Estado onde se
Causa mortis processar o arrolamento
ou inventário
Bens móveis,
títulos e créditos
Estado onde tiver
Doação domicílio o doador

Casos relacionados
ao exterior Definição em lei complementar

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1.2.1 – Fato Gerador

Lembre-se de que a regulamentação do fato gerador no CTN inclui


também a competência municipal. Portanto, o dispositivo deve ser interpretado
com cautela.

O fato gerador do ITCMD é a transmissão, por causa mortis ou por


doação, de quaisquer bens ou direitos. No caso de sucessão causa mortis,
considera-se ocorrido o fato gerador do ITCMD no momento da abertura da
sucessão, que se dá no momento exato da morte.

Seguindo esse entendimento, vejamos o que diz a antiga Súmula 112 do


STF:

Súmula STF 112 - O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela


alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.

Com a abertura da sucessão, a herança transmite-se


automaticamente e imediatamente aos herdeiros legítimos e
testamentários.

De acordo com o direito das sucessões, aberta a sucessão, a herança se


transmite imediatamente e automaticamente aos herdeiros legítimos bem
como aos testamentários. É basicamente o que se extrai da redação do art.
1.784, do Código Civil.

Isso significa que não depende da prática de qualquer ato para que ocorra a
referida transmissão. Contudo, não obstante a transferência seja imediata,
depende-se da conclusão do processo de inventário (ou arrolamento) para
verificar o que será transmitido, momento em que ocorrerá a partilha dos
bens.

Deve-se acrescentar o fato de que, para o STF, ocorre o fato gerador


também no caso de inventário por morte presumida:

Súmula STF 331 - É legítima a incidência do imposto de transmissão causa


mortis no inventário por morte presumida.

No entanto, o ITCMD não incide sobre os honorários do advogado


contratado pelo inventariante:

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Súmula STF 115 - Sobre os honorários do advogado contratado pelo


inventariante, com a homologação do juiz, não incide o imposto de
transmissão "causa mortis".

Com a ocorrência do fato gerador, faz-se necessária a avaliação dos bens


do espólio (bens deixados pelo falecido), o cálculo do imposto devido e a
homologação deste cálculo. No que se refere ao valor dos bens, o STF entende
o seguinte:

Súmula STF 113 - O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado


sobre o valor dos bens na data da avaliação.

Relativamente ao momento de exigência, a Suprema Corte entende que


o ITCMD não é exigível antes da homologação do cálculo:

Súmula STF 114 - O imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível


antes da homologação do cálculo.

Destaque-se que o parágrafo único do art. 35 do CTN estabelece que,


nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos
quantos sejam os herdeiros ou legatários. Logo, se, por exemplo, houver
3 herdeiros, haverá a ocorrência de três fatos geradores distintos, cada qual
com o respectivo contribuinte.

Ainda sobre o ITCMD, observe o seguinte entendimento do STF:

”A escolha do valor do monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária


encontra óbice no art. 145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que
contenha bens imóveis é também base de cálculo do imposto de
transmissão causa mortis e inter vivos."

(STF, Plenário, ADI 2.040-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, Julgamento em


15/12/1999)

Observação: Monte-mor significa o valor total dos bens a partilhar deixados


por pessoa falida.

Sendo assim, a existência do ITCMD impede que se utiliza o valor do


monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária.

No que se refere às transmissões por doação, quando se tratar de bens


imóveis, a transmissão ocorrerá mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis. Tratando-se, por outro lado, de bens móveis, a
transmissão se dá com a tradição, que é a entrega do bem.

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O ITCMD não incide sobre transmissões originárias ( em


que não há relação jurídica de transmissão a outra
pessoa).

Exemplo: Usucapião.

1.2.2 – Base de Cálculo e Alíquota

Sabemos que o ITCMD incide sobre transmissões a título gratuito. Nesse


caso, não há um preço pago na operação, o que fez com que o legislador
estipulasse, no art. 38 do CTN, que a base de cálculo do ITCMD seria o
valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

No tocante às alíquotas, em primeiro lugar, deve-se ressaltar que o


ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal, conforme
preceitua o art. 155, § 1º, IV, da CF/88.

Sobre essa regra, o STF já decidiu que não é possível aos Estados
fixar suas alíquotas, de forma a criar vinculação ao teto estabelecido
por Resolução do Senado Federal:

TRIBUTA - FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA X TETO - IMPOSTO DE TRANSMISSÃO


CAUSA MORTIS - LEI Nº 10.260/89, DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Não se
coaduna com o sistema constitucional norma reveladora de
automaticidade quanto à alíquota do imposto de transmissão causa
mortis, a evidenciar a correspondência com o limite máximo fixado
em resolução do Senado Federal.

(STF, RE 213.266/PE, Plenário, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em


20/10/1999)

Assim, por exemplo, não seria possível estabelecer em lei que a alíquota
do ITCMD seria o teto estipulado pelo Senado, de maneira que, se o teto é
alterado, automaticamente estaria alterada a alíquota vigente no Estado.

Por fim, um aspecto importante sobre as alíquotas do ITCMD diz respeito


à possibilidade de serem progressivas.

Aprendemos até o momento que, via de regra, os impostos reais não


podem ser progressivos, salvo quando houver permissão expressa no texto
constitucional. Correto?

É por esse motivo que o ITBI não pode ser progressivo (Súmula STF
656), e também é pela mesma razão que a progressividade fiscal do IPTU
somente se fez possível após a EC 29/00 (Súmula STF 668).

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Com base nesse raciocínio, e partindo do pressuposto que não há


nenhuma autorização constitucional expressa para que o ITCMD seja
progressivo, não haveria tal possibilidade.

Contudo, embora tido como imposto real, o STF entende que o ITCMD
possui características que tornam possível graduá-lo conforme a
capacidade contributiva de cada um. Observe o julgado a seguir:

“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.


LEI ESTADUAL: PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE
TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS.
CONSTITUCIONALIDADE. ART. 145, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. PRINCÍPIO DA IGUALDADE MATERIAL TRIBUTÁRIA.
OBSERVÂNCIA DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.”.
(...)
Transcrição parcial do voto da Min. Ellen Gracie:
“Por revelar efetiva e atual capacidade contributiva inerente ao acréscimo
patrimonial, o imposto sobre transmissão “causa mortis”, também conhecido
como imposto sobre heranças ou sobre a sucessão, é um imposto que bem
se vocaciona à tributação progressiva.”

(STF, RE 562.045/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em


06/02/2013, publicado em 27/11/2013)

O STF entende que o ITCMD pode ser tributado com


base em alíquotas progressivas, por ser possível
graduá-lo conforme a capacidade contributiva de cada
um.

Agora que já estudamos tudo sobre a progressividade (cada trecho em


seu devido momento, para ficar mais compreensível), vamos entender como
resolver questões de prova, versando sobre progressividade de impostos reais.

O candidato deve decorar as Súmulas 656 (ITBI) e 668 (IPTU) do


STF, bem como o entendimento do STF sobre a progressividade do
ITCMD. Caindo qualquer um desses itens de forma literal – ou quase literal,
você pode marcar CORRETO!

Por outro lado, se a questão disser genericamente que os impostos reais,


via de regra, não podem ser progressivos, você também deve considerar
CORRETO.

Por fim, se a assertiva disser que nenhum imposto real é progressivo,


obviamente estará INCORRETA.

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1.2.3 – Contribuintes

O CTN previu o seguinte sobre os contribuintes do ITCMD:

Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação


tributada, como dispuser a lei.

Percebe-se, pois, que ficou a critério de cada Estado, ao instituir o


tributo, definir quem será o contribuinte, devendo necessariamente ser
uma das partes envolvida na transmissão gratuita de bens ou direitos.

1.2.4 – Lançamento

Registre-se que o lançamento do ITCMD é realizado por declaração,


tendo em vista que a autoridade administrativa lança o tributo com base em
informações prestadas pelo próprio contribuinte.

1.2.5 – Síntese do ITCMD

Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação


Fato Gerador: transmissão, por causa mortis ou por doação, de quaisquer
bens ou direitos.
Base de Cálculo: Valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

Alíquota: Limite máximo fixado pelo Senado Federal


Contribuinte: Qualquer das partes na operação tributada.

Questão 66 – FCC/PGE-RN-Procurador do Estado/2014

Em relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de


quaisquer bens ou direitos:
a) terá suas alíquotas máximas reguladas por Convênio entre os Estados e o
Distrito Federal.
b) na doação de bens imóveis, compete ao Estado onde tiver domicílio o
doador.
c) terá suas alíquotas mínimas fixadas por Resolução do Congresso Nacional.
d) na doação de bens móveis, a competência para a sua instituição deverá ser
regulada por lei complementar no caso em que o donatário tenha domicílio no
exterior.
e) incidirá sobre doações realizadas por pessoas jurídicas.

Comentário:

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Alternativa A: As alíquotas máximas do ITCMD são fixadas pelo Senado


Federal. Alternativa errada.

Alternativa B: na doação de bens imóveis, o ITCMD compete ao Estado da


situação do bem, ou ao Distrito Federal. Alternativa errada.

Alternativa C: Não previsão constitucional sobre a fixação das alíquotas


mínimas do ITCMD. Alternativa errada.

Alternativa D: A competência para sua instituição deve ser regulada por lei
complementar quando o doador tiver domicílio no exterior, independentemente
de se tratar de bem móvel ou imóvel. Alternativa errada.

Alternativa E: Não há que se falar em imunidade sobre as doações realizadas


por pessoas jurídicas. Portanto, o ITCMD incidirá normalmente. Alternativa
correta.

Gabarito: Letra E

Questão 67 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com a Constituição Federal, o ITCMD, relativamente a bens imóveis


e respectivos direitos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal.

Comentário: O ITCMD, relativamente a bens imóveis e respectivos direitos,


compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal. Questão
errada.

Questão 68 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com a Constituição Federal, o ITCMD terá suas alíquotas mínimas


fixadas pelo Senado Federal.

Comentário: Ao contrário do que foi afirmado na questão, de acordo com o


art. 155, § 1º, IV, da CF/88, terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado
Federal. Questão errada.

Questão 69 – FCC/TJ-PE- Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2013

O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação incidente sobre bens e


direitos - TCMD tem por fato gerador a
a) abertura da sucessão, que se dá com a morte.

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b) partilha ou adjudicação do bens deixados pelo de cujus em inventário ou


arrolamento.
c) aceitação da herança pelos sucessores a qualquer título.
d) lavratura da escritura de doação, quando se concretiza a transferência do
domínio ao donatário.
e) partilha de bens comuns, ou seja, quando é atribuído ao cônjuge supérstite
sua meação.

Comentário: O fato gerador do ITCMD é a transmissão dos bens e direitos,


que ocorre com a abertura da sucessão, no momento da morte.

Gabarito: Letra A

Questão 70 – FCC/PGE-BA-Analista de Procuradoria/2013

Lei X de um determinado Estado-membro majorou a alíquota do Imposto de


Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), entrando em vigor na data de
sua publicação. É certo que referido tributo poderá ser cobrado
a) no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, desde que
decorridos 90 dias da publicação, já que o ITCMD observa a noventena e a
anterioridade anual.
b) no mesmo exercício financeiro ao da publicação da lei, mas antes de
decorridos 90 dias já que o ITCMD não observa a noventena e a anterioridade
anual.
c) no mesmo exercício financeiro ao da publicação da lei e após decorridos 90
dias da publicação já que o ITCMD observa a noventena e é exceção à
anterioridade anual.
d) antes de decorridos 90 dias e no exercício financeiro seguinte ao da
publicação da lei, já que o ITCMD é exceção à noventena, mas observa a
anterioridade anual.
e) após decorridos 90 dias e após dois exercícios financeiros ao da publicação
da lei, já que o ITCMD observa a noventena e a anterioridade anual.

Comentário: Não obstante tal norma majoradora tenha entrado em vigor na


data de sua publicação, não pode produzir efeitos em virtude dos princípio
constitucionais da anterioridade anual e nonagesimal. Assim sendo, a cobrança
do ITCMD só poderá ocorrer no exercício financeiro seguinte ao da publicação
da lei, desde que decorridos 90 dias da publicação.

Gabarito: Letra A

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Questão 71 – FCC/TJ-AP-Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2011

Na transmissão causa mortis, o de cujus deixou bens imóveis localizados em


diversos municípios do país, em especial em São Paulo, Rio de Janeiro,
Fortaleza, Macapá, Porto Grande e Serra do Navio. O inventário foi processado
no lugar da abertura da sucessão, ou seja, em São Paulo. O imposto incidente
sobre a transmissão causa mortis - ITCMD, em razão da competência
constitucional, é devido ao
a) Município da situação do bem imóvel.
b) Município do lugar do inventário.
c) Município da situação do bem imóvel e ao Estado do lugar do inventário, em
partes iguais.
d) Estado do lugar do inventário.
e) Estado da situação do bem imóvel.

Comentário: O ITCMD, relativamente aos bens imóveis, cabe ao Estado da


situação do bem, ou ao Distrito Federal.

Gabarito: Letra E

Questão 72 – CESPE/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2014

A respeito do imposto sobre transmissão causa mortis e da doação, assinale a


opção correta.
a) Caso o doador tenha domicílio ou residência no exterior, a instituição do
imposto será regulada por decreto legislativo.
b) As alíquotas mínimas referentes aos impostos em questão serão fixadas
pelo Congresso Nacional.
c) A instituição desse imposto implica crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações seguintes.
d) Em função da essencialidade dos bens, o imposto deverá ser seletivo.
e) No que diz respeito a títulos e créditos, o referido imposto compete ao
estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o
doador, ou ao DF.

Comentário:

Alternativa A: Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior, a


instituição do ITCMD será regulada por meio de lei complementar, e não por
decreto legislativo. Alternativa errada.

Alternativa B: De acordo com o art. 155, § 1º, da CF/88, são as alíquotas


máximas do ITCMD que serão fixadas pelo Poder Legislativo. Além disso, sua

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fixação não se dará pelo Congresso Nacional, mas sim pelo Senado Federal.
Alternativa errada.

Alternativa C: Não se trata de imposto plurifásico. Portanto, não há que se


falar na escrituração de créditos para compensação com o montante devido
nas operações ou prestações seguintes. Alternativa errada.

Alternativa D: O imposto que deve ser seletivo em função da essencialidade


dos bens é o IPI, sendo o ICMS facultativamente seletivo, mas não o ITCMD.
Alternativa errada.

Alternativa E: Conforme previsão no art. 155, § 1º, II, da CF/88,


relativamente a bens móveis, títulos e créditos, o ITCMD compete ao Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal. Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

Questão 73 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013

O imposto de transmissão causa mortis, que será devido pela alíquota vigente
na data da sentença do processo de inventário, não é exigível antes da
homologação do cálculo.

Comentário: Mais uma questão versando sobre a jurisprudência do STF. A


questão cobra simultaneamente o conhecimento das Súmulas 112 e 114 do
STF. Ou seja, o imposto é devido pela alíquota vigente na data da abertura da
sucessão (e não na data da sentença do processo de inventário). Além disso, e
quanto a isso a questão estava correta, o imposto não é exigível antes da
homologação do cálculo. Questão errada.

Questão 74 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCE-BA/2010

Considere a seguinte situação hipotética. Certa pessoa faleceu em 2/12/2009,


deixando bens móveis e imóveis a partilhar entre os herdeiros. Ocorre que o
ITCMD só passou a ser cobrado, efetivamente, em maio de 2010, quando sua
alíquota já havia sido majorada, em abril de 2010. Nessa situação, o ITCMD
será devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.

Comentário: Conforme a jurisprudência do STF pacificada na Súmula 112, O


imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao
tempo da abertura da sucessão. Questão correta.

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Questão 75– FCC/ICMS-SP/2013

Em relação à sujeição ativa dos tributos, o Imposto sobre Doações e


Transmissão de bens causa mortis, relativamente aos direitos sobre imóveis,
competirá ao Estado de localização do bem, e, relativamente a créditos,
competirá ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento.

Comentário: Em se tratando de bens imóveis, o ITCMD cabe ao Estado de


localização do imóvel. No que se refere aos créditos, juntamente com os bens
móveis, como se trata de operação causa mortis (infere-se por ter sido dito
inventário), o imposto compete ao Estado onde se processar o inventário ou
arrolamento. Questão correta.

Questão 76 – FGV/Senado Federal – Consultor Legislativo/2008

Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas máximas do imposto de


transmissão causa mortis e incidente sobre doação de quaisquer bens e
direitos, cabendo aos estados-membros definir a alíquota interna exigível,
mediante lei.

Comentário: De fato, a definição da alíquota interna relativa ao ITCMD é de


competência de cada estado, não obstante esteja limitada ao limite
estabelecido pelo Senado Federal. Questão correta.

Questão 77 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que os


Estados possuem competência para instituição do imposto sobre transmissão
causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, cujas alíquotas máximas
serão fixadas por lei complementar.

Comentário: Na realidade, as alíquotas máximas do ITCMD, imposto de


competência tributária estadual, são fixadas pelo Senado Federal. Questão
errada.

Questão 78 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o imposto de transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou


direitos, de competência dos Estados e do Distrito Federal, assinale a opção
incorreta.
a) Sua incidência é legítima no caso de inventário por morte presumida.
b) Não incide sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante,
com a homologação do juiz.
c) Sua existência não obsta que se utilize o valor do monte-mor como base de
cálculo da taxa judiciária.

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d) Não é exigível antes da homologação do cálculo do valor do bem


transmitido.
e) É calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação.

Comentário:

Alternativa A: De acordo com a Súmula 331 do STF, é legítima a incidência


do imposto de transmissão causa mortis no inventário por morte presumida.
Item correto.

Alternativa B: De acordo com a Súmula 115 do STF, não incide ITCMD sobre
os honorários do advogado contratado pelo inventariante. Item correto

Alternativa C: O entendimento do STF é o de que a existência do ITCMD


impede que se utiliza o valor do monte-mor como base de cálculo da taxa
judiciária. Item errado.

Alternativa D: Em relação ao momento de exigência do referido imposto, o


STF entende que o imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes
da homologação do cálculo. Item correto.

Alternativa E: Conforme prevê a Súmula 113 do STF, O imposto de


transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da
avaliação. Item correto.

Gabarito: Letra C

Questão 79 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas por resolução do Confaz.

Comentário: Na realidade, o ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo


Senado Federal, conforme preceitua o art. 155, § 1º, IV, da CF/88. Questão
errada.

Questão 80 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ITCMD terá a competência para sua instituição regulada por lei


complementar, caso o doador tenha domicílio ou residência no exterior.

Comentário: A CF/88 (art. 155, § 1º, III) estabelece que o ITCMD terá a
competência para sua instituição regulada por lei complementar se o doador
tiver domicilio ou residência no exterior ou se o de cujus possuía bens, era
residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior.
Questão correta.

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Questão 81 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

O ITCMD deve ter a característica de não-cumulatividade, podendo ser seletivo


em função de critério de essencialidade.

Comentário: A banca substituiu o ICMS pelo ITCMD. Trata-se de


características próprias do ICMS. Questão errada.

Questão 82 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

Compete ao Senado Federal, mediante Resolução, aprovada pela maioria


absoluta de seus membros: Autorizar os Estados a darem caráter de não-
cumulatividade ao imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens e
direitos.

Comentário: Não há qualquer previsão nesse sentido na CF/88. O princípio da


não cumulatividade somente foi previsto para o ICMS e IPI. Portanto, a
questão está errada.

1.3 - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

Conforme vimos, ao estudar o tema competência tributária, na época de


edição do CTN, não havia previsão constitucional para o IPVA (CF/1946).

Como hoje existe a previsão constitucional, não havendo, contudo,


normas gerais editadas pela União sobre o IPVA, o STF entendeu que se aplica
o disposto no art. 24, § 3º, da CF/88. Portanto, os Estados estão autorizados a
exercer competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

O IPVA é considerado um tributo com finalidade arrecadatória


(fiscal). Ainda assim, é de se destacar que as alterações na base de cálculo
(e não alíquotas) estão excepcionadas do princípio da noventena.

A majoração de alíquotas do IPVA sujeita-se ao princípio


da noventena e anterioridade.

1.3.1 – Fato Gerador, Base de Cálculo, Alíquota e Contribuintes

Embora a União não tenha disciplinado o fato gerador, a base de cálculo


e os contribuintes do IPVA, por meio de lei complementar, no que se refere ao
fato gerador, não há muita liberdade para os Estados, pois, conforme consta
no art. 155, III, da CF/88, o imposto deve incidir sobre a propriedade de
veículos automotores. Logo, o fato gerador é a propriedade de tais bens.

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O STF já decidiu que o IPVA não incide sobre


embarcações e aeronaves.

A base de cálculo, por sua vez, é o valor do veículo, conforme suas


características particulares, como marca, modelo e ano. Lembre-se de que as
alterações na base de cálculo do IPVA estão excetuadas do princípio da
noventena.

No que se refere às alíquotas, vejamos o que diz o § 6º do art. 155, da


CF/88:

§ 6º O imposto previsto no inciso III (IPVA):

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e


utilização.

Note que o objetivo de se estabelecer alíquotas mínimas é evitar a


guerra fiscal, tendo em vista que os Estados tenderiam aplicar alíquotas cada
vez menores como forma de atrair contribuintes de outros Estados brasileiros.

Ademais, observe que o inciso II permite que o IPVA tenha alíquotas


diferenciadas em função do tipo (utilitário ou passeio) de veículo ou de sua
utilização (uso particular ou transporte de passageiros).

Para o STF, essa permissão não se confunde com a progressividade de


alíquotas. De acordo com a Suprema Corte (RE 466.480-AgR), “não há
tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas segundo
critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva”.
Vale relembrar que o STF considera inconstitucional a progressividade dos
impostos reais, quando não prevista na própria CF/88. Quanto a este tema, é
importante observar as novas decisões do STF sobre o tema, já que no
julgamento do RE 562.045, a Suprema Corte permitiu a progressividade do
ITCMD, típico imposto real.

No entanto, destaque-se que o princípio da não discriminação com base


na procedência ou destino, previsto no art. 152 da CF, veda a aplicação de
alíquotas diferenciadas para veículos nacionais e importados.

Ademais, a vedação à tributação diferenciada entre veículos nacionais e


importados também encontra guarida no princípio do tratamento nacional,
consubstanciado no GATT, tratado internacional do qual o Brasil faz parte
(vimos isso em aula anterior).

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Pode haver alíquotas diferenciadas em função do tipo e


utilização, mas não para veículos importados e nacionais.

Por fim, cumpre comentar que o contribuinte do IPVA é o


proprietário do veículo automotor.

1.3.4 – Lançamento

O lançamento do IPVA é realizado de ofício, já que a autoridade


administrativa não depende de informações do sujeito passivo para apurar a
base de cálculo do imposto. Tudo é feito com base no próprio banco de dados,
utilizando-se tabelas de valores para cada veículo, com base em dados como
marca, modelo e ano de fabricação.

1.3.5 – Síntese do IPVA

Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores


Fato Gerador: Propriedade de veículos automores (não incide sobre
aeronaves e embarcações).
Base de Cálculo: Valor do veículo.
Alíquota: Limite mínimo fixado pelo Senado Federal.
Contribuinte: Proprietário do veículo.

Questão 83 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com a Constituição Federal, o IPVA terá suas alíquotas mínimas


fixadas mediante Lei Complementar.

Comentário: A fixação das alíquotas mínimas do IPVA cabe ao Senado


Federal, e não à lei complementar. É o que estabelece o art. 155, § 6º, da
CF/88. Questão errada.

Questão84 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Resolução do Senado Federal estabelecerá as alíquotas mínimas para a


cobrança do IPVA instituído pelos Estados e pelo Distrito Federal.

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Comentário: Realmente, é competência do Senado Federal, por meio de


resolução, estabelecer as alíquotas mínimas para a cobrança do IPVA instituído
pelos Estados e pelo Distrito Federal. Questão correta.

Questão 85 – FCC/PGE-MT-Procurador do Estado/2011

Sobre o IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é correto


afirmar que.
a) tem seu fato gerador, base de cálculo e contribuintes definidos no Código
Tributário Nacional.
b) a majoração de alíquota não se submete à regra da anterioridade
nonagesimal.
c) terá alíquotas mínimas fixadas por resolução do Senado Federal.
d) considera-se veículo automotor, para fins de incidência do IPVA, apenas os
de circulação terrestre.
e) segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, pode ter alíquotas
progressivas em razão do valor venal do veículo automotor.

Comentário:

Alternativa A: Na época de edição do CTN, não havia previsão constitucional


para o IPVA (CF/1946). Por esse motivo, não consta na redação do CTN.
Alternativa errada.

Alternativa B: A majoração da alíquota do IPVA submete-se ao princípio da


anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.

Alternativa C: Deveras, o IPVA tem suas alíquotas mínimas fixadas por


resolução do Senado Federal. Alternativa errada.

Alternativa D: Nesta questão, a FCC considerou esta alternativa incorreta,


com base na legislação estadual do Mato Grosso. A Lei Estadual 7.301/2000,
define que o IPVA incide sobre a propriedade de veiculo automotor aéreo,
aquático ou terrestre. Vimos durante a aula que este não é o posicionamento
do STF sobre o tema. Alternativa errada.

Alternativa E: O STF possuía entendimento pacífico acerca da


inconstitucionalidade dos impostos reais progressivos, cuja progressividade
não era expressamente prevista na CF/88. Com o julgamento do RE 562.045,
ficou claro que a Suprema Corte está alterando o seu posicionamento, razão
pela qual devemos ficar atentos à jurisprudência do STF, bem como ao
comportamento das bancas em relação ao tema nos próximos concursos.
Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

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Questão 86 – FCC/TRF - 2ª REGIÃO – Analista Judiciário/2012

Dentre outros, são impostos do Distrito Federal e da União, respectivamente,


aqueles
a) sobre propriedade de veículos automotores e sobre transmissão causa
mortis, de bens ou direitos.
b) sobre operações de crédito e câmbio e sobre prestação de serviços de
comunicações.
c) sobre doação de quaisquer bens ou direitos e sobre operações relativas a
títulos ou valores imobiliários.
d) referentes ao exercício da competência residual e sobre operações relativas
a prestação de serviço de transporte interestadual.
e) sobre produtos industrializados e sobre doação de bens móveis, imóveis ou
de direitos.

Comentário: Para responder esta questão com tranquilidade, é necessário,


antes, se lembrar de que o Distrito Federal é competente para instituir os
impostos estaduais e municipais, conforme previsão no art. 147, da CF/88.
Analisemos cada uma das alternativas:

Alternativa A: IPVA é imposto de competência do Distrito Federal, mas o


ITCMD não é imposto de competência da União. Alternativa errada.

Alternativa B: IOF não é imposto de competência do Distrito Federal, e o


ITCMD não é imposto de competência da União. Alternativa errada.

Alternativa C: ITCMD é imposto de competência do Distrito Federal, e o IOF é


imposto de competência da União. Alternativa correta.

Alternativa D: Impostos residuais não são impostos de competência do


Distrito Federal, e o ICMS (incide sobre a prestação de serviço de transporte
interestadual) não é imposto de competência da União. Alternativa errada.

Alternativa E: IPI não é imposto de competência do Distrito Federal, e o


ITCMD não é imposto de competência da União. Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

Questão 87 – FCC/INFRAERO-Advogado/2011

Considere:
I. ITCMD (Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de bens ou
direitos).
II. ISS (Imposto sobre serviços de qualquer natureza).
III. ITBI (Imposto sobre a transmissão intervivos de bens imóveis e direitos a
eles relativos)

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IV. IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores)


V. IPI (Imposto sobre produtos industrializados)
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir os impostos indicados
APENAS em
a) II e III.
b) I e IV.
c) I.
d) II, III e V.
e) II.

Comentário: São impostos de competência dos Estados do Distrito Federal os


seguintes: ICMS, ITCMD e IPVA.

Gabarito: Letra B

Questão 88 – FCC/PGE-AM-Procurador do Estado/2010

Em relação às alíquotas do IPVA, a legislação tributária do Estado poderá


estabelecer
a) apenas valores venais distintos, não podendo alterar as alíquotas.
b) alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a
alíquota mínima fixada pelo Senado Federal.
c) apenas a base de cálculo, devendo adotar a mesma alíquota dos demais
Estados, em função do princípio da uniformidade geográfica.
d) alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a
alíquota máxima fixada pelo Senado Federal.
e) alíquotas em função do tipo, utilização e marca, aplicando- se apenas os
limites estabelecidos na Lei Orgânica do Estado.

Comentário:

Alternativa A: Não há qualquer previsão constitucional que impeça os Estados


de alterarem as alíquotas do IPVA. Alternativa errada.

Alternativa B: De fato, a CF/88 permite que o Estado estabeleça alíquotas


diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a alíquota mínima
fixada pelo Senado Federal. Alternativa correta.

Alternativa C: O princípio da uniformidade geográfica da tributação é


aplicável à União, não aos Estados. Por essa razão, nada impede que se
apliquem alíquotas distintas nos diferentes Estados. Alternativa errada.

Alternativa D: O que a CF/88 permite é que o Estado estabeleça alíquotas


diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a alíquota mínima
fixada pelo Senado Federal. Alternativa errada.

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Alternativa E: A CF/88 permite que o Estado estabeleça alíquotas diferentes


em função do tipo e utilização, mas não em função da merca. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra B

Questão 89 – FCC/SEFAZ-SP-APOFP/2010

Sobre o IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, é


correto afirmar que
a) é de competência dos Municípios e Distrito Federal.
b) é de competência da União.
c) haverá isenção em relação aos veículos de domínio dos Estados e Distrito
Federal.
d) haverá imunidade em relação aos veículos de domínio dos entes federados.
e) incide sobre os veículos das pessoas jurídicas de direito público e privado.

Comentário:

Alternativa A: O IPVA não é de competência dos Municípios, mas sim dos


Estados e do DF. Alternativa errada.

Alternativa B: O IPVA não é de competência da União, mas sim dos Estados e


do DF. Alternativa errada.

Alternativa C: Não há que se falar em isenção, mas sim em imunidade. Além


disso, todos os entes federativos gozam da referida imunidade, em relação ao
seu patrimônio, no qual estão inseridos os veículos de sua propriedade,
conforme previsão no art. 150, VI, “a”, da CF/88. Alternativa errada.

Alternativa D: Conforme comentado, o caso se trata de imunidade,


alcançando os veículos de propriedade de todos os entes federados. Alternativa
correta.

Alternativa E: Quanto à incidência do IPVA sobre os veículos de propriedade


das pessoas jurídicas de direito público, pode haver imunidade, o que não
ocorre, via de regra, quanto às pessoas jurídicas de direito privado. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra D

Questão 90 – CESPE/ANTAQ/Especialista em Regulação/2014

Os impostos sobre a propriedade de veículos automotores, conforme


jurisprudência do STF, incidem sobre a propriedade de aeronaves e
embarcações.

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Estudamos durante a aula que o STF já decidiu que o IPVA não incide sobre
embarcações e aeronaves. Questão errada.

Questão 91 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013

Constitui fato gerador do imposto sobre propriedade de veículos automotores


(IPVA) a propriedade de veículos automotores, incluindo-se a de embarcações
e aeronaves.

Comentário: Como vimos, é entendimento do STF que o IPVA não incide


sobre embarcações e aeronaves. Questão errada.

Questão 92 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O IPVA, cobrado anualmente, submete-se, no que tange à alteração de sua


base de cálculo, ao princípio da anterioridade, inclusive a nonagesimal.

Comentário: A alteração da base de cálculo do IPVA fica sujeita ao princípio


da anterioridade, mas constitui exceção ao princípio da noventena. A questão,
portanto, está errada.

Questão 93 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que o


imposto incidente sobre a propriedade de veículos automotores não poderá ter
alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização.

Comentário: De acordo com o art. 155, § 6º, II, da CF/88, o IPVA poderá ter
alíquotas diferenciadas em função do tipo ou utilização do veículo. Questão
errada.

Questão 94 – ESAF/ACE-MDIC/2012

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, de


competência dos Estados e do Distrito Federal, possui como fato gerador a
propriedade de veículos automotores. Sobre ele, podemos afirmar que no caso
de um sinistro, havendo a perda total do veículo, não se pode falar em
propriedade que permita a exação, não sendo, portando, devido o IPVA.

Comentário: Ora, se há perda total do veículo, não há que se falar em


propriedade de veículo automotor, não havendo, portanto, incidência do IPVA.
Questão correta.

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Questão 95 – FGV/AFRE-RJ/2010

Em razão de expressa disposição constitucional e atendimento ao princípio da


capacidade contributiva, o IPVA não poderá ter alíquotas diferenciadas em
função do tipo e utilização dos veículos.

Comentário: Conforme está previsto no art. 155, § 6º, II, da CF/88, o IPVA
poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. Questão
errada.

Questão 96 – ESAF/AFTE-RN/2005

Não se admite a fixação de alíquotas diferenciadas do IPVA em função do tipo


e utilização de veículo automotor.

Comentário: Conforme previsão no art. 155, § 6º, II, o IPVA poderá ter
alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. Questão errada.

Questão 97 – ESAF/PGE-DF/2004

O campo de incidência do IPVA inclui embarcações e aeronaves.

Comentário: Trata-se de questão bastante recorrente em provas de concurso


público, abordando a jurisprudência do STF, que entende que não há incidência
de IPVA sobre embarcações e aeronaves. Questão errada.

Questão 98 – FGV/ICMS-RJ/2008

É incorreto afirmar que, em relação aos tributos de sua competência, o Estado


do Rio de Janeiro:
(A) pode acordar com um Município para que este proceda à respectiva
cobrança.
(B) é o sujeito ativo, exclusive quanto à contribuição previdenciária devida por
seus funcionários.
(C) é proprietário do total do produto da respectiva arrecadação.
(D) não pode delegá-la a um Município, em hipótese alguma.
(E) pode, por seu Poder Legislativo, conceder isenção, à exceção do ICMS.
Letra C

Comentário:

Alternativa A: Não há óbice para que haja delegação da capacidade tributária


ativa, no sentido de permitir que determinado Município cobre o imposto
estadual. Alternativa correta.

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Alternativa B: Embora tenha sido considerada pela banca como correta,


discordamos disso, já que, havendo a instituição de regime próprio de
previdência no Estado, este será o sujeito ativo, em regra, das referidas
contribuições previdenciárias, ressalvada a possibilidade de delegação da
capacidade tributária ativa para outra pessoa jurídica de direito público.
Alternativa considerada correta.

Alternativa C: O Estado do Rio de Janeiro não é proprietário total do produto


da arrecadação dos impostos Estaduais, já que, em alguns casos, há repartição
das receitas tributárias, a exemplo do que ocorre com o IPVA, em que 50% é
destinado aos Municípios. Este assunto é estudado no tema “Repartição das
Receitas Tributárias”. Alternativa incorreta.

Alternativa D: Entendemos que a banca examinadora referiu-se à


competência tributária, ao dizer “delegá-la”, já que esta é de fato indelegável.
Alternativa correta.

Alternativa E: É possível isentar impostos estaduais, dada a autonomia sobre


tais tributos de sua competência, exceto o caso do ICMS, em que a restrição
advém de norma constitucional.

Gabarito: Letra C

Questão 99 – FGV/ICMS-RJ/2008

Afronta preceito constitucional:


(A) convênio definir regras atinentes à apuração e à destinação do ICMS
incidente nas operações interestaduais e internas com combustíveis e
lubrificantes.
(B) lei ordinária dispor sobre substituição tributária, exceto se aplicável ao
ICMS.
(C) lei complementar regular limitações constitucionais ao poder de tributar.
(D) resolução de o Senado Federal fixar alíquotas máximas aplicáveis ao IPVA.
(E) decreto alterar alíquota de alguns impostos federais de caráter extrafiscal.
Letra D

Comentário:

Alternativa A: Não há regra constitucional restringindo a apuração e a


destinação do ICMS incidente nas operações interestaduais e internas com
combustíveis e lubrificantes. Alternativa errada.

Alternativa B: A CF/88 apenas previu a edição de lei complementar para


substituição tributária, quando esta seja relativa ao ICMS. Portanto, alternativa
errada.

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Alternativa C: É o papel da lei complementar regular as limitações


constitucionais ao poder de tributar. Trata-se de imposição constitucional.
Alternativa errada.

Alternativa D: A resolução do Senado Federal deve fixar alíquotas mínimas


aplicáveis ao IPVA, e alíquotas máximas aplicáveis ao ITCMD. Alternativa
correta.

Alternativa E: Alguns impostos federais de caráter extrafiscal podem ter suas


alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo, isto é, via decreto. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra D

Por hoje, é só!


Se sobrar algum tempo, não deixe de ir revisando as questões que você errou!

Até a próxima aula!

Prof. Fábio Dutra


Email: fabiodutra08@gmail.com
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4 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01– FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

O ICMS
a) terá as alíquotas mínimas estabelecidas pelo Senado Federal, nas operações
interestaduais, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela
maioria absoluta de seus membros, devendo o CONFAZ, por meio de convênio,
fixá-las.
b) não poderá, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, ter alíquotas internas inferiores às previstas para as
operações interestaduais, salvo deliberação em contrário dos Estados e do
Distrito Federal.
c) incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica.
d) compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e
relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure
fato gerador dos dois impostos.
e) incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, desde que seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.

Questão 02 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Com relação ao ICMS cabe à lei complementar dispor sobre substituição


tributária e definir seus contribuintes.

Questão 03 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Não incide ICMS sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,
mas incide sobre serviços prestados a destinatários no exterior.

Questão 04 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Com relação ao ICMS, é correto afirmar que


a) deverá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços.
b) é facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas nas operações
internas mediante resolução.

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c) incidirá nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de


radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção gratuita ou onerosa.
d) os Estados e o Distrito Federal não poderão cobrar tributo na entrada de
mercadorias ou bens importados do exterior, sendo exclusividade da União
tributar as operações de comércio externo.
e) lei complementar não deve tratar da base de cálculo do imposto, sendo esta
uma atribuição exclusiva da lei de cada Unidade da Federação.

Questão 05 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

O princípio da não cumulatividade referente ao ICMS pretende a


a) cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for cobrado
em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante devido nas anteriores pelo mesmo ou outro
Município.
b) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante efetivamente pago nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal.
c) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante efetivamente pago nas anteriores pelo mesmo ou
outro Município.
d) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado
ou pelo Distrito Federal.
e) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores exclusivamente pelo mesmo
Estado ou Distrito Federal.

Questão 06 – FCC/ICMS-SP/2013

O Estado de Santa Catarina por meio das Leis nos 1.212/2001 e 1.214/2001
concedeu incentivos de ICMS de várias espécies (isenção, redução de alíquotas
e de base de cálculo, créditos presumidos, prazo adicional de pagamento e
diferimento) aplicáveis, conforme o caso, a operações internas, interestaduais
e de importação.
Não houve convênio autorizativo celebrado no âmbito do CONFAZ entre os
Estados e o Distrito Federal. Por entender prejudicial aos interesses da
população de seu Estado, o Governador do Estado do Rio Grande do Sul propôs
Ação Direta de Inconstitucionalidade em face do Estado de Santa Catarina a
fim de ver declarados inconstitucionais os dispositivos destas leis que
contrariavam o texto constitucional.

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O Governador do Estado do Rio de Janeiro, por também entender que seria


prejudicial aos interesses da população de seu Estado os aludidos benefícios
fiscais, requereu a sua admissão no feito na qualidade de amicus curiae.
Em face da situação hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente,
considere:

I. Caso o Estado do Rio Grande do Sul tivesse anteriormente concedido


benefícios fiscais de ICMS semelhantes aos concedidos pelo Estado de Santa
Catarina, não haveria vício de inconstitucionalidade, pois na hipótese de
existência de igualdade no ilícito há convalidação do benefício fiscal concedido
posteriormente.

II. A necessidade de deliberação dos Estados e do Distrito Federal no âmbito


do CONFAZ contempla a isenção, a redução de base de cálculo, a concessão de
créditos presumidos e a redução a 12% na alíquota do ICMS nas operações
internas praticadas por contribuintes catarinenses.

III. No que concerne ao ICMS, cabe ao Senado Federal regular a forma como,
mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

IV. Não obstante haver atribuição constitucional de competência tributária ao


Estado de Santa Catarina para legislar sobre ICMS, a concessão dos benefícios
fiscais depende da celebração de convênio autorizativo celebrado no âmbito do
CONFAZ, razão pela qual a falta de convênio ofende as disposições
constitucionais.

V. Os princípios fundamentais consagrados pela Constituição da República, em


tema de ICMS, realçam o perfil nacional de que se reveste esse tributo e
legitimam a instituição, pelo poder central, de regramento normativo unitário
destinado a disciplinar, de modo uniforme, essa espécie tributária,
notadamente em face de seu caráter não cumulativo.

Está correto o que se afirma APENAS em :

a) I e II.
b) I e V.
c) II e III.
d) III e IV.
e) IV e V.

Questão 07 – FCC/ICMS-SP/2013

Em relação à sujeição ativa dos tributos, o ICMS, nas operações com


lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, competirá a dois estados,
sendo repartido entre os Estados de origem e de destino.

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Questão 08 – FCC/ICMS-SP/2013

Em relação à sujeição ativa dos tributos, o ICMS, nas operações que destinem
mercadorias para exterior, caberá ao Estado de origem da mercadoria, não
importando a Unidade da Federação em que se localiza o porto em que foram
despachadas.

Questão 09 – FCC/TJ-GO-Juiz/2012

Lei estadual que prevê recolhimento antecipado, pelo fabricante/montadora de


veículos, de ICMS incidente sobre a venda de veículos automotores disponíveis
para a venda em concessionária de veículos é considerada
a) constitucional, por se tratar de substituição tributária para frente,
expressamente autorizada pela Constituição Federal.
b) inconstitucional, por se tratar de fato gerador presumido, ainda não
consumado.
c) inconstitucional, por não caber a incidência de ICMS na operação de venda
de veículos automotores pelo fabricante/montadora para a concessionária de
veículos.
d) constitucional, por se tratar de substituição tributária para trás, com fato
gerador consumado quando da saída dos veículos do pátio do
fabricante/montadora de veículos.
e) constitucional, já que o fabricante/montadora de veículos realizou o fato
gerador do ICMS quando operou a venda de veículos automotores para a
concessionária.

Questão 10 – FCC/TJ-PE-Juiz/2011

O art. 155, § 2º , inciso X, letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o


ICMS “não incidirá” sobre prestação de serviços de comunicação nas
modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o
dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito,
a) hipótese de não-incidência tributária.
b) imunidade tributária.
c) isenção de nível constitucional.
d) isenção pura e simples.
e) remissão fiscal.
Resposta: b

Questão 11 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a prestação onerosa de serviço de comunicação, por


qualquer meio.

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Questão 12 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte interestadual e


intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

Questão 13 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal e


intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

Questão 14 – FCC/SEFIN-RO-Auditor Fiscal de Tributos


Estaduais/2010

O ICMS incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior


por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento importador.

Questão 15 – FCC/ICMS-SP/2009

Uma empresa de produtos de luxo sediada em São Paulo adquire mercadoria


de importadora situada no Estado de Santa Catarina. Considerando
hipoteticamente que a alíquota do ICMS no Estado de Santa Catarina para este
tipo de mercadoria é de 25% e que no Estado de São Paulo é de 18%, a
empresa sediada em São Paulo se credita de ICMS incidente sobre este tipo de
operação amparada especificamente no princípio constitucional da
a) seletividade, em razão da essencialidade do produto.
b) legalidade, porque deve haver previsão expressa em lei autorizando este
mecanismo contábil de crédito-débito.
c) isonomia, que assegura mesmo tratamento tributário para contribuintes que
estejam numa mesma situação, independentemente
do lugar da ocorrência do fato gerador.
d) vedação ao confisco, impedindo a bitributação sobre uma mercadoria.
e) não-cumulatividade, na qual é assegurada a dedução correspondente aos
montantes cobrados nas operações anteriores.

Questão 16 – FCC/ICMS-SP/2009

Segundo o princípio da não-cumulatividade do ICMS, é correto afirmar:


a) A isenção, salvo determinação em contrário da legislação, implicará crédito
para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes.

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b) A não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não


acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.
c) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
d) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
e) Compensa-se o que for restituído em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

Questão 17 – FCC/ICMS-SP/2006

O Senado Federal, através de resolução, poderá estabelecer as alíquotas do


imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.

esqueça, entretanto, que as operações de exportação foram imunizadas pelo


art. 155, § 2º, X, a. Questão correta.

Questão 18 – FCC/ICMS-SP/2006

Em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), é


correto afirmar que
a) será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e relevância dos
serviços, de acordo com critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, através
de decreto ou portaria.
b) cabe à resolução do Congresso Nacional regular a forma como, mediante
deliberação dos Estados e Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios
fiscais serão concedidos e revogados.
c) não incidirá sobre operações com ouro comercializado no território nacional,
em barra ou em jóias, e nas prestações de serviços de comunicação de
qualquer natureza.
d)) a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da
legislação, não implicará crédito para compensação com o montante devido
nas operações ou prestações seguintes e acarretará a anulação do crédito
relativo às operações anteriores.
e) incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica.

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Questão 19 – CESPE/TJ-SE-Analista Judiciário/2014

Suponha que determinado órgão público federal tenha contratado empresa


para execução de obra de construção que preveja a produção de mercadorias
no local da prestação do serviço. Nesse caso, há incidência de imposto sobre
serviços de qualquer natureza (ISS) sobre os bens produzidos, sem cobrança
concomitante do imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (ICMS).

Questão 20 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

A venda de bens do ativo fixo da empresa enseja a cobrança de ICMS na


operação, pois corresponde a uma operação de comércio.

Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

Os descontos incondicionais nas operações mercantis devem ser incluídos na


base de cálculo do ICMS.

Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

Segundo entendimento do STF, a alienação de salvados não integra a própria


operação de seguro, constituindo, por conseguinte, fato gerador autônomo do
ICMS.

Questão 23 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

Não incide ICMS sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à


demanda de potência efetivamente utilizada.

Questão 24 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013

A Em regra, o ICMS é considerado um imposto plurifásico, mas a própria CF


prevê hipótese excepcional de incidência monofásica do ICMS.

Questão 25 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012

A CF concede imunidade em relação ao ICMS apenas às operações que


destinem ao exterior produtos industrializados.

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Questão 26 – CESPE/JUIZ-TJ-AC/2012

As alíquotas de ICMS aplicáveis às operações interestaduais e de exportação


de mercadorias e sobre prestação de serviços são estabelecidas por resolução
do Senado Federal.

Questão 27 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013

Conforme o entendimento do STF, o ICMS incide sobre a aquisição de


software, ainda que a compra seja feita mediante transferência eletrônica de
dados, sem que haja uma base física que caracterize o corpus mechanicum da
criação intelectual.

Questão 28 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Legislação estadual pode estabelecer tratamento tributário mais benéfico


referente ao ICMS, desde que haja acordo nesse sentido entre os estados e o
Distrito Federal.

Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Legislação estadual pode estabelecer a base de cálculo do ICMS, mesmo que


contrarie norma geral constante de lei complementar federal.

Questão 30 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Somente por deliberação entre os estados e o Distrito Federal é que se pode


fazer uso de crédito no caso de isenção tributária.

Questão 31 – CESPE/PROMOTOR-MP-RO/2013

Norma estadual não pode estabelecer o não aproveitamento do crédito relativo


ao imposto do ICMS, mesmo havendo tratamento diferenciado, como, por
exemplo, isenção de tributo.

Questão 32 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Não incide ICMS sobre as prestações de serviço de comunicação nas


modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e
gratuita.

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Questão 33– CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

A base de cálculo do ICMS compreende o montante do IPI, quando a operação,


realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização
ou à comercialização, configure simultaneamente fato gerador de IPI e de
ICMS.

Questão 34 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Esse imposto é o único tributo incidente sobre operações relativas a energia


elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e
minerais do Brasil.

Questão 35 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

É facultado ao Senado Federal, mediante resolução de iniciativa da maioria


absoluta de seus membros e aprovada por dois terços deles, o estabelecimento
das alíquotas mínimas nas operações internas.

Questão 36 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Incide ICMS sobre as operações de importação e as que destinem mercadorias


para o exterior.

Questão 37 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Na operação de importação de mercadorias do exterior, somente é devido o


ICMS quando da entrada do produto importado no estabelecimento comercial
do importador.

Questão 38 – CESPE/DPE-RO/2012 - Adaptada

Quando a mercadoria destinar-se a consumidor final que se localize em outro


estado e não seja contribuinte do ICMS, a alíquota praticada será a interna, do
estado de origem.

Questão 39 – CESPE/DPE-RO/2012

O contribuinte poderá creditar-se do ICMS pago quando da aquisição de


matéria-prima, ainda que a saída seja isenta do pagamento, desde que o
tributo tenha sido efetivamente pago.

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Questão 40 – CESPE/DPE-RO/2012

O ICMS é imposto não cumulativo, de competência da União, cobrado pelo


estado, sendo parte do produto de sua arrecadação destinada ao município da
localização do contribuinte.

Questão 41 – CESPE/DPE-RO/2012

A não cumulatividade do ICMS pode ser afastada a critério do ente tributante


para efetuar a cobrança por meio de estimativa do total de vendas.

Questão 42 – CESPE/AGU/2012

Os municípios podem conceder incentivos fiscais referentes ao ICMS.

Questão 43 – CESPE/AGU/2012

Os estados e o DF podem estabelecer alíquotas internas de ICMS inferiores às


previstas para as operações interestaduais.

Questão 44 – CESPE/AGU/2012

O Senado Federal pode fixar a alíquota máxima do ICMS.

Questão 45 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCE-BA/2010

Ao Estado é permitido cobrar o ICMS sobre o valor da tarifa de energia elétrica


correspondente à demanda de potência efetivamente disponibilizada ao
consumidor.

Questão 46 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O ICMS tem como fato gerador o deslocamento de mercadorias, inclusive de


um estabelecimento para outro do mesmo contribuinte.

Questão 47 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

Acerca do ICMS, segundo a CF e o CTN, assinale a opção correta.


a) O tributo é de competência estadual e municipal.
b) O tributo pode ser cobrado considerando a essencialidade das mercadorias
objeto da operação comercial.
c) O tributo é classificado como direto, pois é pago pelo consumidor final.

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d) Benefício fiscal poderá ser concedido em relação à sua cobrança, por meio
de lei ordinária estadual, independentemente de acordo no Conselho Nacional
de Política Fazendária.
e) A alíquota interna do ICMS, via de regra, será inferior às alíquotas
interestaduais.

Questão 48 – FGV/Senado Federal – Consultor Legislativo/2008

É facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas do imposto sobre


circulação de mercadorias incidente nas operações internas, mediante
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus
membros.

Questão 49 – FGV/Senado Federal – Consultor Legislativo/2008

O princípio da não-cumulatividade do ICMS opera a compensação do tributo


pago na entrada da mercadoria com o valor devido por ocasião da saída,
impedindo que, nas diversas fases da circulação econômica de uma
mercadoria, o valor do imposto seja maior que o percentual correspondente à
alíquota prevista na legislação.

Questão 50 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que em


relação à tributação dos programas de computador, ou software, o Supremo
Tribunal Federal já decidiu que, nas operações relativas ao “licenciamento ou
cessão de direito de uso”, não cabe aos Estados a instituição do ICMS, posto
não estar caracterizada uma circulação de mercadoria; por outro lado, em se
tratando dos chamados “software de prateleira”, produzidos em série e
comercializados no varejo, vigora entendimento positivo quanto à possibilidade
de tributação por meio do aludido tributo uma vez materializado o corpus
mechanicum da criação intelectual do programa, caracterizando, assim, o
conceito de mercadoria.

Questão 51 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que o ICMS


será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
em atendimento à não-cumulatividade a isenção ou não-incidência, implicarão
direito a crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes, salvo determinação em contrário da legislação.

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Questão 52 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que de


acordo com o texto constitucional vigente, o ICMS incidirá sobre a entrada de
bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda
que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade, cabendo o imposto ao Estado onde ocorrer o desembaraço
aduaneiro, independentemente da localização do destinatário do bem ou
mercadoria.

Questão 53 – ESAF/AFRFB/2012

Assinale, entre as hipóteses abaixo, a única que constitui hipótese de


incidência do ICMS – imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação.
a) Fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou estabelecimento
similar, sem a previsão na respectiva lei estadual.
b) Saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato.
c) Comercialização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em
fitas de videocassete.
d) Alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
e) Operações de industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à
utilização direta em processo subsequente de industrialização.

Questão 54 – ESAF/ACE-MDIC/2012 - Adaptada

Na entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou


jurídica, pode-se afirmar que há operação relativa à circulação de mercadoria
sujeita à incidência do ICMS em operação de arrendamento mercantil
contratado pela indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o uso,
pelas companhias de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas.

Questão 55 – ESAF/AFRFB/2014

A desoneração do ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de


Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – das exportações, cuja finalidade é o
incentivo a estas, desonerando as mercadorias nacionais do seu ônus
econômico, de modo a permitir que as empresas brasileiras exportem
produtos, e não tributos – imuniza as operações de exportação e assegura a
manutenção e o aproveitamento do montante do imposto (ICMS) cobrado nas
operações e prestações anteriores.
Consoante entendimento do STF sobre tal dispositivo, podemos afirmar,
exceto, que:

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a) o aproveitamento dos créditos de ICMS, por ocasião da saída imune para o


exterior, gera receita tributável por parte da Cofins e da Contribuição para o
PIS.
b) adquirida a mercadoria, a empresa exportadora pode creditar-se do ICMS
anteriormente pago, mas somente poderá transferir a terceiros o saldo credor
acumulado após a saída da mercadoria com destino ao exterior.
c) sob o específico prisma constitucional, receita bruta pode ser definida como
o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição de elemento
novo e positivo, sem reservas ou condições.
d) o aproveitamento de créditos de ICMS, por ocasião da saída imune para o
exterior, constitui mera recuperação do ônus econômico advindo do ICMS,
assegurada expressamente pela Constituição Federal.
e) o conceito de receita, acolhido pela Constituição Federal, não se confunde
com o conceito contábil.

Questão 56 – FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

Com relação às isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, julgue a


assertiva a seguir: podem ser concedidos ou revogados, unilateralmente, por
lei ordinária do Estado.

Questão 57 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ICMS deverá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos


serviços.

Questão 58 – ESAF/PGDF/2007

A concessão e revogação de isenções do ICMS pelos Estados-membros


independe de Lei Complementar à Constituição Federal.

Questão 59 – ESAF/PGDF/2007

A concessão de isenções do ICMS só é admitida quando existir, a respeito,


deliberação dos Estados-membros e do DF, mediante convênio.

Questão 60 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada


operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal, sendo que, em casos de isenção ou não incidência, salvo
determinação em contrário da legislação, não ocorrerá a anulação do crédito
relativo às operações anteriores.

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Questão 61 – FGV/Advogado-BADESC/2010-Adaptada

Com relação às isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, julgue a


assertiva a seguir: exigem a edição de convênio entre os Estados e o Distrito
Federal, para sua concessão e revogação.

Questão 62 – ESAF/AFTM-Natal/2005

O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS é tributo real.

Questão 63 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

Compete ao Senado Federal, mediante Resolução, aprovada pela maioria


absoluta de seus membros: Estabelecer as alíquotas do imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços -
ICMS, aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação.
Questão 64 – ESAF/AFRE-MG/2005

O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações


de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação -
ICMS está sujeito ao princípio da não-cumulatividade, em função da
essencialidade do produto.

Questão 65 – ESAF/APOFP-SP/ 2009

Não exige prévia celebração de convênio entre os Estados membros e o


Distrito Federal a instituição, por Lei Complementar Estadual, de Programa de
Incentivo destinado a fomentar a implantação, ampliação e modernização de
empreendimentos industriais e agroindustriais no Estado mediante concessão
de crédito presumido e redução da base de cálculo do ICMS.

Questão 66 – FCC/PGE-RN-Procurador do Estado/2014

Em relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de


quaisquer bens ou direitos:
a) terá suas alíquotas máximas reguladas por Convênio entre os Estados e o
Distrito Federal.
b) na doação de bens imóveis, compete ao Estado onde tiver domicílio o
doador.
c) terá suas alíquotas mínimas fixadas por Resolução do Congresso Nacional.

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d) na doação de bens móveis, a competência para a sua instituição deverá ser


regulada por lei complementar no caso em que o donatário tenha domicílio no
exterior.
e) incidirá sobre doações realizadas por pessoas jurídicas.

Questão 67 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com a Constituição Federal, o ITCMD, relativamente a bens imóveis


e respectivos direitos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal.

Questão 68 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com a Constituição Federal, o ITCMD terá suas alíquotas mínimas


fixadas pelo Senado Federal.

Questão 69 – FCC/TJ-PE- Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2013

O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação incidente sobre bens e


direitos - TCMD tem por fato gerador a
a) abertura da sucessão, que se dá com a morte.
b) partilha ou adjudicação do bens deixados pelo de cujus em inventário ou
arrolamento.
c) aceitação da herança pelos sucessores a qualquer título.
d) lavratura da escritura de doação, quando se concretiza a transferência do
domínio ao donatário.
e) partilha de bens comuns, ou seja, quando é atribuído ao cônjuge supérstite
sua meação.

Questão 70 – FCC/PGE-BA-Analista de Procuradoria/2013

Lei X de um determinado Estado-membro majorou a alíquota do Imposto de


Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), entrando em vigor na data de
sua publicação. É certo que referido tributo poderá ser cobrado
a) no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, desde que
decorridos 90 dias da publicação, já que o ITCMD observa a noventena e a
anterioridade anual.
b) no mesmo exercício financeiro ao da publicação da lei, mas antes de
decorridos 90 dias já que o ITCMD não observa a noventena e a anterioridade
anual.
c) no mesmo exercício financeiro ao da publicação da lei e após decorridos 90
dias da publicação já que o ITCMD observa a noventena e é exceção à
anterioridade anual.

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d) antes de decorridos 90 dias e no exercício financeiro seguinte ao da


publicação da lei, já que o ITCMD é exceção à noventena, mas observa a
anterioridade anual.
e) após decorridos 90 dias e após dois exercícios financeiros ao da publicação
da lei, já que o ITCMD observa a noventena e a anterioridade anual.

Questão 71 – FCC/TJ-AP-Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2011

Na transmissão causa mortis, o de cujus deixou bens imóveis localizados em


diversos municípios do país, em especial em São Paulo, Rio de Janeiro,
Fortaleza, Macapá, Porto Grande e Serra do Navio. O inventário foi processado
no lugar da abertura da sucessão, ou seja, em São Paulo. O imposto incidente
sobre a transmissão causa mortis - ITCMD, em razão da competência
constitucional, é devido ao
a) Município da situação do bem imóvel.
b) Município do lugar do inventário.
c) Município da situação do bem imóvel e ao Estado do lugar do inventário, em
partes iguais.
d) Estado do lugar do inventário.
e) Estado da situação do bem imóvel.

Questão 72 – CESPE/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de


Registros/2014

A respeito do imposto sobre transmissão causa mortis e da doação, assinale a


opção correta.
a) Caso o doador tenha domicílio ou residência no exterior, a instituição do
imposto será regulada por decreto legislativo.
b) As alíquotas mínimas referentes aos impostos em questão serão fixadas
pelo Congresso Nacional.
c) A instituição desse imposto implica crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações seguintes.
d) Em função da essencialidade dos bens, o imposto deverá ser seletivo.
e) No que diz respeito a títulos e créditos, o referido imposto compete ao
estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o
doador, ou ao DF.

Questão 73 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013

O imposto de transmissão causa mortis, que será devido pela alíquota vigente
na data da sentença do processo de inventário, não é exigível antes da
homologação do cálculo.

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Questão 74 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCE-BA/2010

Considere a seguinte situação hipotética. Certa pessoa faleceu em 2/12/2009,


deixando bens móveis e imóveis a partilhar entre os herdeiros. Ocorre que o
ITCMD só passou a ser cobrado, efetivamente, em maio de 2010, quando sua
alíquota já havia sido majorada, em abril de 2010. Nessa situação, o ITCMD
será devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.

Questão 75– FCC/ICMS-SP/2013

Em relação à sujeição ativa dos tributos, o Imposto sobre Doações e


Transmissão de bens causa mortis, relativamente aos direitos sobre imóveis,
competirá ao Estado de localização do bem, e, relativamente a créditos,
competirá ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento.

Questão 76 – FGV/Senado Federal – Consultor Legislativo/2008

Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas máximas do imposto de


transmissão causa mortis e incidente sobre doação de quaisquer bens e
direitos, cabendo aos estados-membros definir a alíquota interna exigível,
mediante lei.

Questão 77 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que os


Estados possuem competência para instituição do imposto sobre transmissão
causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, cujas alíquotas máximas
serão fixadas por lei complementar.

Questão 78 – ESAF/AFRFB/2012

Sobre o imposto de transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou


direitos, de competência dos Estados e do Distrito Federal, assinale a opção
incorreta.
a) Sua incidência é legítima no caso de inventário por morte presumida.
b) Não incide sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante,
com a homologação do juiz.
c) Sua existência não obsta que se utilize o valor do monte-mor como base de
cálculo da taxa judiciária.
d) Não é exigível antes da homologação do cálculo do valor do bem
transmitido.
e) É calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação.

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Questão 79 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas por resolução do Confaz.

Questão 80 – FGV/AFRE-RJ/2010

O ITCMD terá a competência para sua instituição regulada por lei


complementar, caso o doador tenha domicílio ou residência no exterior.

Questão 81 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

O ITCMD deve ter a característica de não-cumulatividade, podendo ser seletivo


em função de critério de essencialidade.

Questão 82 – ESAF/Agente Tributário-MT/2002

Compete ao Senado Federal, mediante Resolução, aprovada pela maioria


absoluta de seus membros: Autorizar os Estados a darem caráter de não-
cumulatividade ao imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens e
direitos.

Questão 83 – FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

De acordo com a Constituição Federal, o IPVA terá suas alíquotas mínimas


fixadas mediante Lei Complementar.

Questão84 – FCC/AL-PB-Procurador/2013

Resolução do Senado Federal estabelecerá as alíquotas mínimas para a


cobrança do IPVA instituído pelos Estados e pelo Distrito Federal.

Questão 85 – FCC/PGE-MT-Procurador do Estado/2011

Sobre o IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é correto


afirmar que.
a) tem seu fato gerador, base de cálculo e contribuintes definidos no Código
Tributário Nacional.
b) a majoração de alíquota não se submete à regra da anterioridade
nonagesimal.
c) terá alíquotas mínimas fixadas por resolução do Senado Federal.
d) considera-se veículo automotor, para fins de incidência do IPVA, apenas os
de circulação terrestre.

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e) segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, pode ter alíquotas


progressivas em razão do valor venal do veículo automotor.

Questão 86 – FCC/TRF - 2ª REGIÃO – Analista Judiciário/2012

Dentre outros, são impostos do Distrito Federal e da União, respectivamente,


aqueles
a) sobre propriedade de veículos automotores e sobre transmissão causa
mortis, de bens ou direitos.
b) sobre operações de crédito e câmbio e sobre prestação de serviços de
comunicações.
c) sobre doação de quaisquer bens ou direitos e sobre operações relativas a
títulos ou valores imobiliários.
d) referentes ao exercício da competência residual e sobre operações relativas
a prestação de serviço de transporte interestadual.
e) sobre produtos industrializados e sobre doação de bens móveis, imóveis ou
de direitos.

Questão 87 – FCC/INFRAERO-Advogado/2011

Considere:
I. ITCMD (Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de bens ou
direitos).
II. ISS (Imposto sobre serviços de qualquer natureza).
III. ITBI (Imposto sobre a transmissão intervivos de bens imóveis e direitos a
eles relativos)
IV. IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores)
V. IPI (Imposto sobre produtos industrializados)
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir os impostos indicados
APENAS em
a) II e III.
b) I e IV.
c) I.
d) II, III e V.
e) II.

Questão 88 – FCC/PGE-AM-Procurador do Estado/2010

Em relação às alíquotas do IPVA, a legislação tributária do Estado poderá


estabelecer
a) apenas valores venais distintos, não podendo alterar as alíquotas.
b) alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a
alíquota mínima fixada pelo Senado Federal.
c) apenas a base de cálculo, devendo adotar a mesma alíquota dos demais
Estados, em função do princípio da uniformidade geográfica.

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d) alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, desde que observe a


alíquota máxima fixada pelo Senado Federal.
e) alíquotas em função do tipo, utilização e marca, aplicando- se apenas os
limites estabelecidos na Lei Orgânica do Estado.

Questão 89 – FCC/SEFAZ-SP-APOFP/2010

Sobre o IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, é


correto afirmar que
a) é de competência dos Municípios e Distrito Federal.
b) é de competência da União.
c) haverá isenção em relação aos veículos de domínio dos Estados e Distrito
Federal.
d) haverá imunidade em relação aos veículos de domínio dos entes federados.
e) incide sobre os veículos das pessoas jurídicas de direito público e privado.

Questão 90 – CESPE/ANTAQ/Especialista em Regulação/2014

Os impostos sobre a propriedade de veículos automotores, conforme


jurisprudência do STF, incidem sobre a propriedade de aeronaves e
embarcações.

Estudamos durante a aula que o STF já decidiu que o IPVA não incide sobre
embarcações e aeronaves. Questão errada.

Questão 91 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013

Constitui fato gerador do imposto sobre propriedade de veículos automotores


(IPVA) a propriedade de veículos automotores, incluindo-se a de embarcações
e aeronaves.

Questão 92 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O IPVA, cobrado anualmente, submete-se, no que tange à alteração de sua


base de cálculo, ao princípio da anterioridade, inclusive a nonagesimal.

Questão 93 – FGV/ICMS-RJ/2009

Em relação aos tributos de competência estadual, é correto afirmar que o


imposto incidente sobre a propriedade de veículos automotores não poderá ter
alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização.

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Questão 94 – ESAF/ACE-MDIC/2012

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, de


competência dos Estados e do Distrito Federal, possui como fato gerador a
propriedade de veículos automotores. Sobre ele, podemos afirmar que no caso
de um sinistro, havendo a perda total do veículo, não se pode falar em
propriedade que permita a exação, não sendo, portando, devido o IPVA.

Questão 95 – FGV/AFRE-RJ/2010

Em razão de expressa disposição constitucional e atendimento ao princípio da


capacidade contributiva, o IPVA não poderá ter alíquotas diferenciadas em
função do tipo e utilização dos veículos.

Questão 96 – ESAF/AFTE-RN/2005

Não se admite a fixação de alíquotas diferenciadas do IPVA em função do tipo


e utilização de veículo automotor.

Questão 97 – ESAF/PGE-DF/2004

O campo de incidência do IPVA inclui embarcações e aeronaves.

Questão 98 – FGV/ICMS-RJ/2008

É incorreto afirmar que, em relação aos tributos de sua competência, o Estado


do Rio de Janeiro:
(A) pode acordar com um Município para que este proceda à respectiva
cobrança.
(B) é o sujeito ativo, exclusive quanto à contribuição previdenciária devida por
seus funcionários.
(C) é proprietário do total do produto da respectiva arrecadação.
(D) não pode delegá-la a um Município, em hipótese alguma.
(E) pode, por seu Poder Legislativo, conceder isenção, à exceção do ICMS.
Letra C

Questão 99 – FGV/ICMS-RJ/2008

Afronta preceito constitucional:


(A) convênio definir regras atinentes à apuração e à destinação do ICMS
incidente nas operações interestaduais e internas com combustíveis e
lubrificantes.

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(B) lei ordinária dispor sobre substituição tributária, exceto se aplicável ao


ICMS.
(C) lei complementar regular limitações constitucionais ao poder de tributar.
(D) resolução de o Senado Federal fixar alíquotas máximas aplicáveis ao IPVA.
(E) decreto alterar alíquota de alguns impostos federais de caráter extrafiscal.
Letra D

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5 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 Letra B 34 Errada 67 Errada


2 Correta 35 Errada 68 Errada
3 Errada 36 Errada 69 Letra A
4 Letra B 37 Errada 70 Letra A
5 Letra D 38 Errada 71 Letra E
6 Letra E 39 Errada 72 Letra E
7 Errada 40 Errada 73 Errada
8 Errada 41 Errada 74 Correta
9 Letra A 42 Errada 75 Correta
10 Letra B 43 Errada 76 Correta
11 Correta 44 Correta 77 Errada
12 Errada 45 Errada 78 Letra C
13 Errada 46 Errada 79 Errada
14 Letra E 47 Letra B 80 Correta
15 Letra E 48 Correta 81 Errada
16 Letra C 49 Correta 82 Errada
17 Correta 50 Correta 83 Errada
18 Letra D 51 Errada 84 Correta
19 Correta 52 Errada 85 Letra C
20 Errada 53 Letra C 86 Letra C
21 Errada 54 Errada 87 Letra B
22 Errada 55 Letra A 88 Letra B
23 Errada 56 Errada 89 Letra D
24 Correta 57 Errada 90 Errada
25 Errada 58 Errada 91 Errada
26 Correta 59 Correta 92 Errada
27 Correta 60 Errada 93 Errada
28 Correta 61 Correta 94 Correta
29 Errada 62 Correta 95 Errada
30 Errada 63 Correta 96 Errada
31 Errada 64 Errada 97 Errada
32 Correta 65 Errada 98 Letra C
33 Errada 66 Letra E 99 Letra D

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