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DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Ponte de Wheatstone
14 de Maio de 2012
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1. Objetivos
2. Introdução Teórica
No cotidiano, nos deparamos com resistências muito altas ou muito baixas. Não é de
se esperar quer um único instrumento seja adequado para medir com precisão uma faixa de
valores muito elevada, por isso é interessante a utilização de outros métodos de medição
indireta. Um dos métodos mais simples e eficazes para realizar essas medições é a utilização
de uma ponte de Wheatstone.
Rx R1
= (1)
R2 R 3
Para verificar a validade esta relação utilizamos uma análise simples. Na figura 2 as
correntes que atravessam o circuito na condição de equilíbrio estão nomeadas. O sentido
atribuído às correntes foi feito de modo a concordar com a polaridade da fonte.
Figura 2
U =Ri (2)
U AB =R 1 ∙ i B
{U BC =R x ∙i B (3)
U DC =R2 ∙ i D
U AD=R 3 ∙ i D
U AB=U AD (4 )
{U BC =U DC
R1 ∙ i B =R3 ∙ i D (5)
{ Rx ∙i B =R2 ∙i D
R1 R 3
= ,(6)
Rx R2
Que por uma simples reordenação dos termos implica na equação 1, como queríamos.
Para uma aplicação mais fácil usa-se uma variante da ponte de Wheatstone conhecida
como ponte de fio. Usa-se um resistor com contato deslizante como mostrado na figira 3,
reduzindo para apenas uma resistência fixa conhecida.
Na ponte de fio, o ramo ADC é substituído por um único fio, de forma que R 2 e R3 são
determinados por um corso deslizante. Com isso pode-se variar as resistências até a obtenção
de uma corrente nula no galvanômetro. De todo modo, a relação R 3/R2 continua conhecida.
De fato, sabe-se que a resistência de um condutor filiforme é dada por
L
R=ρ (7)
A
LB
{ R 2= ρ
R 3=ρ
A (8)
LA
A
5
LB
R x =R (9)
LA
LB L' A
R x =R =R ' ( 10 )
LA LB
Pode-se utilizar a relação geométrica L=L A + LB=L ' A + L' B encontrar um valor para Rx
do seguinte modo: da equação 10 temos:
L−L A L'A
= (11)
LA L−L ' A
Como temos uma proporção na equação 11, podemos reordenar os termos, obtendo:
'
L−L A L' A + L−L A L−( L A−L A ) LB
= = = ( 13 )
LA L−L' A + L A L+ ( L A −L' A ) L A
Como queríamos, através das equações 10 e 13, obtemos uma expressão para a
resistência desconhecida:
L−( L A −L' A )
R x =R ∙ .(14)
L+ ( L A −L' A )
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3. Procedimento Experimental
Material utilizado:
Multímetro;
Fonte de tensão;
Resistores;
Reostato;
Régua milimetrada.
Procedimento:
Para esta prática, foi montado o circuito da ponte de fio conforme a figura 3 abaixo:
A estrutura dentro do reostato é como na figura 4. Desse modo, o conector preto à direita na
figura 3 representa o ponto D da figura 2, assim como o conector preto à esquerda representa
os ponto B e D e o conector vermelho representa o ponto C.
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Esta metodologia foi utilizada para dois resistores distintos. Os valores das resistência Rx
também foram tomados utilizando o Ohmímetro e também pelo código de cores (ou
resistência nominal).
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Resultados
Com esses dados, podemos partir para a determinação das resistências. Pelo método da
leitura simples, utilizamos a equação10. Notemos que a equação 10 é uma dupla igualdade.
Substituindo esses valores para o resistor 1, temos:
LB ( 1∗103 Ω )∗( 24 mm )
R x =R = =77,92 Ω
2−1
LA ( 308 mm )
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Para uma análise mais fácil, esses resultados foram agrupados na tabela a seguir, junto
com as outras medições feitas das resistências.
Resistor 1 Resistor 2
Leitura simples com R e Rx
10,07 KΩ 77,92 Ω
não permutados ( R x ¿ n−1
Diante dos possíveis erros, podemos chegar a conclusão que a leitura dupla é mais
precisa, pois leva em conta dados de duas medições independentes. É importante salientar no
entanto que a medição dupla propaga erros de ambas as medições. Mas numa situação
normal, esse inconveniente é superado pelos benefícios da utilização de uma quantidade
maior de dados experimentais.
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Conclusão
Esses circuitos são exemplos típicos da grande utilidade da teoria de circuitos básica.
Com a utilização de um circuito simples (porém bastante engenhoso) se resolveu um grande
problema.
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4. Bibliografia
[2] <http://pt.wikipedia.org>;