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CURSO DE DIREITO
VIÇOSA - MG
ANO
ii
SUMÁRIO
7. CUSTOS....................................................................................................................9
8. CRONOGRAMA.......................................................................................................9
9. REFERÊNCIAS.......................................................................................................10
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Conforme narrado acima, este estudo tem como intuito demostrar a não
aplicabilidade do princípio da solidariedade no poder familiar no tocante a pais que
abandonam seus filhos, deixando de prestar qualquer auxílio, seja ele material ou
afetivo.
A solidariedade familiar está prevista na Constituição Federal em seus
arts. 3º, inciso l, 226 e 230, os quais garantem a prestação de amparo e cuidados a
família, seja ela composta por criança, adolescente ou pessoa idosa. Não obstante,
o art. 229, impõe aos pais o dever de assistir, educar e criar os filhos menores e aos
filhos cabe o dever de amparar e ajudar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Nota-se, que em todo momento a Constituição federal trata a relação familiar com
reciprocidade de obrigações e deveres.
Este trabalho não possui finalidade de discordar do entendimento
constitucional acerca do assunto, isso pois o princípio da solidariedade é de fato
uma garantia aos cuidados de pessoas que por alguém motivo se estejam em
condições de vulnerabilidade.
O intuito da pesquisa é demostrar a não incidência absoluta deste
princípio nas relações familiares, isso porque o abandono é ato capaz de romper o
poder familiar, essa é a previsão expressa do artigo 1638 inciso II do Código Civil,
ou seja, não havendo poder familiar não haveria que se falar em obrigação do filho
abandonado em prestar auxílio de qualquer natureza a pessoa que deixou-lhe de
prestar.
Noutro giro, o artigo 1708 do Código Civil estabelece que a obrigação
alimentícia cessa se houver por parte do credor procedimento indigno em relação ao
devedor. Não seria o abandono um ato indigno? Deixar de prestar ao filho
assistência básica e necessária a sua formação, privá-lo de amor, carinho e
cuidado? Sim, todas estas condutas podem e devem ser tidas como indignas, razão
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pela qual não haveria necessidade aos filhos que foram abandonados em prestar
alimentos a seus genitores.
Nos casos que serão analisados, o genitor, apesar de não contribuir para
subsistência, criação e necessidades básicas do filho, abandonando- o durante toda
sua vida, por meio do princípio da solidariedade nas relações familiares ingressa
judicialmente solicitando assistência financeira do filho.
Porém, conforme narrado acima o princípio da solidariedade familiar não
é absoluto, esse também é o entendimento do TJDFT, uma vez que no processo
sob nº 2016061005187APC a 2° turma cível confirmou a sentença da 1° vara cível
do município de Sobradinho e julgou improcedente o pedido de alimentos de uma
mãe em face seus três filhos por ela abandonados. Após averiguar os autos,
constataram que a ocorrência de abandono por parte da mãe em relação aos filhos,
material e afetivamente, e por esse motivo, baseando- se no fato de que a autora
não cumpriu os deveres constitucionais provendo educação, guarda, afeto e
sustento entenderam que apenas o parentesco não seria motivo suficiente para
postular algo que não ofereceu aos filhos.
Nesse diapasão, conforme apreciação do caso acima, o princípio da
solidariedade não é de fato absoluto, sendo de suma importância a análise do caso
concreto, a fim de averiguar sua real aplicabilidade.
2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
3. HIPÓTESE
4. OBJETIVOS
6. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
7. CUSTOS
8. CRONOGRAMA
Exemplo:
9. REFERÊNCIAS
HOBBES, Thomas. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro, Maria Beatriz Nizza
da Silva e Claudia Berliner. 1.ed. São Paulo: Marlins Fontes, 2003. 615p.