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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

Evolução do Pensamento Geográfico

Trabalho de primeira cessão

Mostalina Feliciano Semente, Código: Código: 708200131


Curso: Ensino de Geografia
Disciplina: Evolução do Pensamento
Ano de Frequência: 1o ano

Nampula, Abril, 2020


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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

Evolução do Pensamento Geográfico

Mostalina Feliciano Semente, Código: 708200131

Curso: Ensino de Geografia

Disciplina: Evolução do Pensamento

Ano de Frequência: 1o ano

Nome do Docente: Dr. Asa Floritos Hilario Ilveassa

Nampula, Abril, 2020


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Índice
Introdução................................................................................................................................4

Duas correntes do pensamento geográfico..............................................................................5

A Corrente Possibilista............................................................................................................6

O Retrocesso da Geografia na idade Media............................................................................6

Método Hipotético-Dedutivo..................................................................................................7

O Papel de Ptolomeu no Desenvolvimento da Geografia.......................................................8

Renascimento comercial na Baixa Idade Média...................................................................11

Origens do renascimento comercial......................................................................................11

Emergência da Geografia Regional.......................................................................................14

O contributo do Positivismo na Geografia............................................................................15

Características da Geografia Qualitativa e Qualitativa.........................................................16

Conclusão..............................................................................................................................19

Bibliografia............................................................................................................................20
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Introdução
Refletir sobre geografia e pesquisa constitui um desafio que nos leva a pensar o que
fizemos e o que temos feito desde que a geografia se institucionalizou como ciência no século
XIX. Nas rupturas epistemológicas da ciência geográfica, ou seja, Geografia Tradicional,
(calcada sobre as bases do positivismo), Geografia Pragmática (com ênfase para Geografia
Quantitativa e Geografia Sistêmica ou Modelística) e Geografia Crítica (calcada sobre as
bases do materialismo histórico e dialético), como o método de pesquisa (o uso dos
instrumentos/técnicas) para a coleta de dados foi e tem sido trabalhado para dar respostas às
inquietações que originam a pesquisa? Essas indagações mostram que a escolha do “caminho”
metodológico é de responsabilidade do pesquisador e está em consonância com seus
princípios filosóficos e posturas frente à realidade em que vive.

O processo investigativo suscita olhares diferenciados de acordo com o propósito da


pesquisa. Para responder o( s ) problema (s) proposto (s) em sua pesquisa, o pesquisador pode
escolher como método de pesquisa o paradigma quantitativo ou qualitativo. Assim, o objetivo
desse texto é estabelecer uma relação entre a geografia e a pesquisa qualitativa, considerando
sua importância e retomada, mais especificamente, após a década de 1980. Para cumprir esse
objetivo, organizamos o texto em três partes, além da introdução e considerações finais. Na
primeira parte, o objetivo é mostrar como o conhecimento, a ciência e a pesquisa contribuem
para desvendar a realidade. Na segunda, abordar a pesquisa qualitativa e sua retomada no pois
1980 nos trabalhos das ciências sociais e humanas. E na terceira parte, estabelecer uma
relação entre a geografia e a pesquisa qualitativa e sua importância nos trabalhos científicos.

O presente trabalho esta organizado da seguinte maneira:

 Índice
 Introdução
 Desenvolvimento do trabalho
 Conclusão
 Referencias Bibliográficas

Metodologia
 Para a realização do presente trabalho a autora do trabalhou usou a pesquisa
bibliográfica, usei as obras de: (ALVES-ZZOTTI,2002),(ANDERY,2003),(CERVO,1991).
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1. Duas correntes do pensamento geográfico


 Determinismo geográfico

Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um pensador alemão, considerado como um dos


principais teóricos clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo
Geográfico. Vale lembrar que a expressão “determinismo” não era empregada pelo próprio
Ratzel, tratando-se de uma atribuição conceitual que foi dada a partir das leituras sobre o seu
pensamento. Sua principal obra publicada foi a Antropogeografia.

A Ratzel deve-se a ênfase dos estudos geográficos sobre o homem. Entretanto, a teoria
ratzeliana via o ser humano a partir do ponto de vista biológico (não social) e que, portanto,
não poderia ser visto fora das relações de causa e efeito que determinam as condições de vida
no meio ambiente.

A essa concepção deu-se o nome de Determinismo geográfico, em que o homem


seria produto do meio, ou seja, as condições naturais é que determinam a vida em sociedade.
O homem seria escravo do seu próprio espaço.
Esse pensador foi bastante influenciado pela obra de Charles Darwin, que defendia o
postulado de que a evolução se basearia na luta entre as diferentes espécies, de forma que
aquelas que possuíssem as características de melhor adaptação ao meio sobreviveriam. Ratzel,
de certa forma, aplicou essas ideias à espécie e sua vida em sociedade. Os seres humanos,
raças e etnias mais aptos venceriam e dominariam os povos considerados inferiores.

Tais ideais basearam e justificaram teoricamente a dominação dos povos europeus,


que se colocaram como uma civilização mais evoluída e desenvolvida, com a missão de
dominar os povos inferiores e impor sobre eles a sua cultura e o seu modo de vida. Suas ideias
também influenciaram aquilo que mais tarde veio a ser denominado por Nazismo. Ratzel foi
também um profundo estudioso do conceito e comportamento do Estado moderno. Para ele, o
Estado seria a sociedade organizada para construir, defender ou expandir o seu território.
Também considerava que essa era uma forma de organização que aconteceria de forma
natural em qualquer sociedade avançada. O Estado, para Ratzel, era um organismo vivo.

A partir dessa concepção, elaborou o conceito de espaço vital, que seria as condições
espaciais e naturais para a manutenção ou consolidação do poder do Estado sobre o seu
território. Seriam as condições naturais disponíveis para o fortalecimento de uma dada
sociedade ou povo. Aquelas populações que dispusessem de melhor espaço vital estariam
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mais aptas a se desenvolver e a conquistar outros territórios.Tal noção foi fundamental diante
do contexto histórico da Alemanha, que havia acabado de passar pelo seu processo de
reunificação e necessitava de uma base para justificar e se afirmar enquanto Estado, com
capacidade de crescimento, expansão e dominação.
Apesar de se considerar o “pai da Geopolítica”, Ratzel jamais utilizou essa expressão,
que foi elaborada por um de seus discípulos, o pensador sueco Rudolf Kjellen. Pode-se dizer,
no entanto, que as suas ideias foram constitutivas de uma verdadeira Geografia do Poder.

A Corrente Possibilista
A escola francesa de geografia (em francês: école française de géographie),
conhecida também como escola "possibilista", foi criada por Paul Vidal de la Blache e
acreditava na possibilidade de haver influências recíprocas entre o homem e o meio natural.
Ela traz o termo possibilismo, que foi elaborado pelo historiador Lucien Febvre para
diferenciar a geografia francesa dos trabalhos influenciados pelo determinismo ambiental,
da escola alemã.
Assim, o termo passou a designar uma escola de pensamento geográfico que encara na
natureza constante movimento ambiente natural (muitas vezes referido como Natureza) como
um mero fornecedor de possibilidades para a modificação humana, não determinando a
evolução das sociedades, sendo o homem o principal agente geográfico. Como corolário,
o gênero de vida não é uma consequência inevitável das condições ambientais, mas um acervo
de técnicas, hábitos e instituições que permitem a um grupo social utilizar os recursos
naturais disponíveis.

O primeiro a elaborar essa concepção das relações homem-natureza foi Paul Vidal de


la Blache, de quem Febvre foi aluno. Mesmo que admita a influência do meio sobre o homem,
a escola possibilista afirma que o homem, como ser racional, é um elemento activo e,
portanto, tem condições de modificar o meio natural e adaptá-lo segundo suas necessidades.

2. O Retrocesso da Geografia na idade Media


O fervor intelectual que havia favorecido a reflexão sobre a forma e a configuração da
Terra desapareceu. O Estoicismo deixou de apoiar-se na hipótese geocêntrica e na imagem de
um mundo harmonioso que daí emanava. A deslocação progressiva da administração tornou
inúteis os levantamentos de informações tão procuradas na época de Augusto.
As formas de construção social que triunfaram na Idade Média assentam em relações
pessoais: é através de notáveis locais que o poder se exerce à distância; como tal, não é
necessário formalizar o saber geográfico nesta sociedade: o conhecimento das pessoas é
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suficiente. (CLAVAL, 1996, p. 17-8).


O desenvolvimento da ciência ou da religião depende do homem e do tipo de respostas
que ele procura. Assim, a ciência progride quando o homem se preocupa com o mundo que o
rodeia e ela pode responder de forma satisfatória às perguntas formuladas sobre o mundo
físico. Com a difusão do cristianismo foram problemas de ordem religiosa, ou problemas que
obtinham respostas na religião, que passaram a interessar ao homem.
A adoção dos conhecimentos geográficos bíblicos tornou-se evidente na cartografia.
Utilizam-se mapas circulares romanos, nos quais introduziram caracteres teológicos, e não
geográficos. Assim, Jerusalém, a Cidade Santa, ocupava o centro do mapa; o Paraíso,
localizado a leste, ocupava a parte superior do mapa; o Mediterrâneo tinha uma posição
mediana (veja mapa). Foi esquecido que a Terra era esférica e reapareceu o conceito de Terra
plana: um disco circundado de água. (FERREIRA; SIMÕES, 1990, p.45-46).

3. Método Hipotético-Dedutivo
O Método hipotético-dedutivo consiste na construção de conjecturas, ou seja,
premissas com alta probabilidade e que a construção seja similar, baseada nas hipóteses, isto
é, caso as hipóteses sejam verdadeiras, as conjecturas também serão. Por isso as hipóteses
devem ser submetidas a testes, os mais diversos possíveis, à crítica intersubjetiva, ao controle
mútuo pela discussão crítica, à publicidade (sujeitando o assunto a novas críticas) e ao
confronto com os fatos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas
resistindo às tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas.

É um método com consequências, que leva a um grau de certeza igual ao das hipóteses
iniciais, assim o conhecimento absolutamente certo e demonstrável é dependente do grau de
certeza da hipótese.

De acordo com Marconi e Lakatos (2017), Mario Bunge cita as seguintes etapas


desse método:

a) Colocação do problema:
 Reconhecimento dos fatos
 Descoberta do problema
 Formulação do problema
b) Construção de um modelo teórico:
 Seleção dos fatores pertinentes
 Invenção das hipóteses centrais e das suposições auxiliares
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c) Dedução de consequências particulares:


 Procura de suportes racionais
 Procura de suportes empíricos
d) Teste das hipóteses:
 Esboço da prova
 Execução da prova
 Elaboração dos dados
 Inferência da conclusão
e) Adição ou introdução das conclusões na teoria:
 Comparação das conclusões com as predições e retrodições
 Reajuste do modelo
 Sugestões para trabalhos superiores

4. O Papel de Ptolomeu no Desenvolvimento da Geografia


Geografia era uma obra feita pelo famoso astrônomo grego Cláudio Ptolomeu, que viveu
nos séculos I e II d.C. Era um conjunto de oito volumes com conhecimentos científicos greco-
romanos que incluíam conhecimentos de geografia como localização por coordenadas, ou
seja longitude e latitude.

A obra foi traduzida e conservada pelos árabes durante a Idade Média e posteriormente


impulsionou o desenvolvimento da cartografia. A primeira tradução para o árabe ocorreu
no século IX e para o latim no ano de 1406.

 Aspectos históricos e biográficos


Cláudio Ptolomeu viveu entre o século I e II da era cristã, nasceu em Ptololemaida, no
Egito. Foi geógrafo, astrônomo e Matemático, pelas anotações de seus trabalhos, alguns
foram desenvolvidos em Alexandria, no Egito, entre os anos de 127 e 150. Viveu na época do
Imperador Marco Aurélio, Egito era província do Império Romano que passava por um
período conhecido como “Pax romana”, onde a população passava por uma certa dominação
política. Era adotada então a política do pão e circo, época da paz romana pelo controle de
conflitos civis. Grandes construções foram feitas para entretenimento da plebe e da nobreza,
como a construção do coliseu, teatros e bibliotecas. Ptolomeu, diferentemente de Euclides,
reconheceu as realizações de seus antecessores generosa e precisamente, de maneira que
nosso conhecimento sobre astronomia pré-ptolomaica é rico e mais firme do que a matemática
pré-euclidiana.
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As contribuições de Ptolomeu para ciência foram muitas, nas quais se destacam seu
trabalho mais importante, o tratado “Almagestos”, que expõe seu estudo sobre
astronomia. Suas ideias dominaram por mais 1400 anos.
Desenvolvendo o modelo, Ptolomeu percebeu que se os corpos se movem em órbitas
circulares ao redor da Terra, um observador sempre veria os planetas se movendo na mesma
direção e isto não concorda com as observações, porque os planetas, em certas épocas,
parecem parar e se mover na direção oposta (laçada).
Para explicar esta laçada, Ptolomeu colocou cada planeta movendo-se num pequeno
círculo (epiciclo), cujo centro C move-se ao longo de uma circunferência maior (círculo
condutor ou deferente) com seu centro na figura abaixo. O centro do epiciclo move-se com
velocidade constante ao redor do ponto Q, o qual é colocado sobre o lado oposto ao centro do
círculo condutor (deferente) em relação à Terra. O movimento retrógrado é produzido quando
o planeta está dentro da deferente.
Ptolomeu reproduziu o movimento observado dos planetas e forneceu meios de se
prever a posição futura deles, “facilmente”. (CANALLE, 1998).
Ptolomeu chega à conclusão, partindo de fatos observáveis, que o céu e a Terra são esféricos,
estando esta imóvel no centro geométrico do céu; e admite serem os corpos celestes esferas
sólidas homogêneas compostas de éter que se movem circular e regularmente, pois,
“naturalmente, os matemáticos que faziam astronomia estavam submetidos a certos princípios
físicos que não eram de sua competência questioná-los. Estes princípios tão só delimitavam o
marco no qual se desenvolvia a investigação astronômica. No início do livro Sintaxe
Mathematica, mais conhecido como Almagesto, Ptolomeu apresenta a divisão do saber
teórico, de tradição aristotélica, em três ramos: o teológico, que se preocupa com as coisas
imateriais, o físico, que trata das coisas sujeitas à geração e a corrupção; e o matemático, que
investiga a natureza das formas e dos movimentos que possuem os corpos materiais. Sendo
este, do qual faz parte a astronomia ao se ocupar das coisas divinas e celestes ao investigar o
que não sofre mudança, intermediário entre os outros ramos, pois participa de qualidades
que os outros possuem.
Para descrever os movimentos dos astros celestes, desenvolve modelos geométricos,
detalhadamente apresentados abaixo, cuja atual compreensão é dificultada pelo uso numérico
de base sexagesimal 2 e pela diferença existente entre as modernas funções trigonométricas e
o uso de cordas da antiga trigonometria plana empregada. (BARROS-PEREIRA, 2011,
p.2602-4).
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4.1 Síntese das contribuições de Ptolomeu para o modelo geocêntrico: Possíveis


implicações no Ensino de Física
De certa forma Ptolomeu atribui suas descobertas a seus antecessores, pois sem o
conhecimento do passado nada se pode fazer no presente. Contribuição de Aristóteles,
Aristarco e Hiparco foi fundamental e impulsionou a ciência de Ptolomeu.
Sintetizando o material estudado e referenciado nos tópicos anteriores, a Tabela 1
apresente de maneira resumida as contribuições de Ptolomeu para a evolução da mecânica e
das ideias de Física.
Contribuição para evolução da Referencias
Ideias de Ptolomeu Geografia Física

Sistema Geocêntrico: A Terra Inquietações científicas e


consolidara-se como o centro filosóficas a qual é a base do
estático do universo: em torno desenvolvimento de pensamentos e Almagesto,
dela giravam planetas e críticos. 1998
estrelas, fixos em imaginárias
esferas giratórias de cristal

Movimento dos planetas: Despertou em seus


Quanto ao movimento dos contemporâneos o interesse
astros, propôs uma explicação por desvendar os mistérios do
muito simplista para o universo e alavancar uma Almagesto,
problema do movimento verdadeira saga de futuros gênios. 1998
aparente dos planetas: em
determinados pontos de suas
órbitas eles parecem deter-se,
inverter seu movimento, deter-
se novamente, finalmente
mover-se na direção primitiva. Inspirou o desenvolvimento de
Esses fenômenos devem-se, na instrumentos para observação do
realidade, ao fato de a Terra e céu, tal como prazer pelo estudo
os planetas moverem-se com dos astros.
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velocidades diferentes em
órbitas aproximadamente Canalle,
concêntricas de cristais e 1998
circulares. Todas essas esferas
girariam com velocidades
diferentes, o que explicava as
diferentes velocidades médias
com que se moviam os
diversos planetas.

5. Renascimento comercial na Baixa Idade Média


O renascimento comercial na Baixa Idade Média foi resultado do crescimento
populacional e da produção agrícola e gerou dois grandes eixos comerciais importantes.

Renascimento comercial é o nome que se dá ao processo de crescimento comercial


pelo qual a Europa passou a partir do século XI. Esse renascimento aconteceu a partir do
desenvolvimento de um excedente comercial e resultou no surgimento de rotas comerciais por
toda a Europa.

5.1. Origens do renascimento comercial


O crescimento comercial da Europa medieval a partir do século XI foi resultado
do desenvolvimento demográfico e agrícola. Ambos possibilitaram o surgimento de um
excedente agrícola, que pôde ser comercializado, principalmente para as cidades.
O crescimento urbano resultou em uma demanda maior por produtos que somente o
comércio poderia proporcionar. Como a produção local era, na maioria das vezes, bastante
limitada, passou a ser necessário recorrer ao comércio para obter determinados tipos de
mercadoria (a necessidade variava de região para região).
Com isso, estabeleceu-se um comércio que dependia, sobretudo, das conexões de
longa distância para obter mercadorias. Os mercadores que não possuíam conexões com o
mercado de longa distância, em geral, não foram bem-sucedidos. Assim, o desenvolvimento
comercial levou ao surgimento de uma nova classe social, que não dependia mais da
itinerância (alteração frequente de local) para sobreviver. O comércio europeu na Baixa Idade
Média dependia bastante das rotas marítimas, que transportavam de maneira mais ágil e
barata as mercadorias por longas distâncias.
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 Eixos do comércio medieval


O renascimento do comércio na Europa medieval levou ao desenvolvimento de dois
grandes eixos de comércio. Um deles era o eixo mediterrânico, que era controlado pelas
cidades italianas de Gênova e Veneza. O segundo era o eixo nórdico e era controlado por
uma liga de cidades do norte da Europa chamada de Liga Hanseática.
O historiador Hilário Franco Júnior atribuiu a vocação comercial de Gênova e Veneza
ao fato de ambas as cidades não poderem sobreviver da sua própria produção agrícola. A
geografia das regiões impedia uma grande produção. Assim, em defesa de seus interesses, as
duas cidades italianas fizeram o possível para ampliar a sua influência econômica sobre o
Mediterrâneo e regiões do Império Bizantino.
As duas cidades apoiaram a convocação da Primeira Cruzada para estender sua
influência sobre as regiões conquistadas pelos cristãos e obter mercadorias orientais
(consideradas mercadorias de luxo na Europa Ocidental), como perfumes, a seda chinesa etc.
Além disso, Veneza garantiu o controle sobre regiões do Império Bizantino durante algumas
décadas no século XIII e isso lhe possibilitou ter acesso às mercadorias locais.
O comércio no norte da Europa era controlado pela Liga Hanseática, que exercia
influência desde o leste europeu até a Islândia e comercializava inúmeros tipos de
mercadorias. O sucesso da Liga Hanseática era tão grande que, em 1130, os mercadores
hanseáticos possuíam uma casa de negócios em Londres, na Inglaterra.
Além disso, havia um ponto de encontro entre mercadores do eixo mediterrânico e do
eixo nórdico. Esse ponto de encontro eram as feiras da região de Champagne, na França.
Essas feiras aconteciam uma vez por ano em períodos predeterminados. Atribui-se o
desenvolvimento das feiras na região ao fato de os senhores locais terem uma postura mais
aberta ao desenvolvimento do comércio, ou seja, não cobravam pedágios e concediam
determinados tipos de benefícios aos comerciantes que se instalavam na região.
5.2. Moeda e burguesia
O desenvolvimento comercial impulsionou a utilização das moedas como forma de
pagamento. A cunhagem de moedas foi retomada por Gênova a partir de 1252 e, logo em
seguida, foi copiada em outras regiões da Europa.

O desenvolvimento do comércio também resultou no surgimento de uma nova classe


social, que passou a rivalizar com a nobreza: a burguesia. O enriquecimento dessa classe
levou os comerciantes a terem cada vez mais influência sobre as regiões onde estavam
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instalados. Assim, o poder das cidades e mesmo dos reinos europeus passou cada vez mais a
sofrer a influência dos burgueses.
O Império Muçulmano dominava uma área muito vasta, desde o Afeganistão até o
Atlântico, com excepção da Itália, França, Turquia e Bálcãs. Devido a problemas de ordem
militar e administrativa (tal como nos Impérios Grego e Romano), surgiu a necessidade de
conhecer o mundo. Ao mesmo tempo surgia também a necessidade religiosa de viajar, na
medida em que todo muçulmano tem de ir a Meca, pelo menos uma vez na vida. Assim, as
viagens e o comércio sofreram um novo impulso.
A geografia verificou um novo avanço. Entre os viajantes árabes destacam-se Al-
Biruni, Al-Idrisi (1099-1164) e Ibn Battuta, que escreveram extensos e valiosos relatos sobre
as regiões por onde viajavam. Idrisi, ao serviço do rei da Sicília, desenvolveu a escola de
Palermo e pode elaborar o mapa árabe mais completo que se conhece.
Por outro lado, os monarcas muçulmanos promoveram as ciências e as artes. Foi
traduzida para o árabe a obra de Ptolomeu e desenvolveu-se a geografia, a astronomia, a
astrologia, a matemática e a geometria. Apesar disso, o conhecimento e as descrições
geográficas produzidas são muito imprecisas e as localizações pouco rigorosas. Os Árabes
não se serviam da latitude e da longitude para localizar os lugares à superfície da Terra e
elaborar mapas.
A latitude e a longitude são utilizadas pelos astrônomos (considerados, aliás, como os
melhores do mundo) nas suas observações, mas quem faz os mapas são os geógrafos, que não
se servem dos dados astronômicos. Surge, assim, no mundo árabe uma separação entre
geógrafos e astrônomos que não existia na Antiguidade (FERREIRA; SIMÕES, 1990, p. 48-
49).

6. Emergência da Geografia Regional


Vamos relembrar um pouco sobre o contexto histórico de surgimento da Geografia
Regional? Esta corrente da Geografia, não se deu de forma isolada, e sim na ebulição da
corrente historicista, no século XVIII, expandindo-se ao longo de todo o século XIX. Essa
corrente se anunciava como um movimento de oposição ao Positivismo e ao Naturalismo e
noticiava uma crítica ao modelo epistemológico físico-matemático do Positivismo, o qual era
adequado ao conhecimento dos fenómenos naturais.
O Historicismo se estendeu sob a luz de acontecimentos como a Primeira Guerra
Mundial, a ruína do poder germânico, a Revolução Russa de 1917, a difusão do Marxismo, a
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República de Weimar, o nascimento do fascismo e do nazismo etc. Os intelectuais


não se portaram indiferentemente a tais acontecimentos, e buscaram entendê-los a partir de
muitas correntes filosóficas, tais como: neoidealistas, neocriticistas ou neokantianas,
espiritualistas, uma vez que havia um desencantamento em relação ao modelo naturalista de
cientificidade.
Uma tomada de decisão em relação a esse desencantamento foi o reconhecimento de
que havia a necessidade de fundamentar as ciências da natureza e das ciências do espírito,
tendo como base os conceitos kantianos. Para atingir esse propósito, Windelband classificou
as ciências da experiência em nomotéticas e idiográficas. A primeira, sistemática e
matematizada, determinaria as leis gerais que expressariam a regularidade dos fenômenos.
A segunda, empírica-descritiva e histórica, se preocuparia com o único ou singular,
com os fatos, com as condições circunstanciais no tempo e no espaço, de modo a
compreender a especificidade e individualidade do fenômeno. Apoiadas nessa distinção, as
ciências da natureza são em geral, as homotéticas e as ciências históricas são as idiográficas.
Nesse debate delineava-se a separação entre as ciências naturais e ciências humanas
e na Geografia, tal debate trouxe a dicotomia entre uma Geografia Física, que já tinha uma
forte ligação com a disciplina e a Geografia Humana, que iniciava um rápido
desenvolvimento, após a primeira tentativa de sistematização realizada por Ratzel.
Segundo Capel (1988), esse dualismo entre o físico e o humano seria uma ameaça
para a continuidade da disciplina. Na Geografia Física estudava-se o meio geográfico e as
atividades humanas, o que em outras palavras, era chamado de meio natural, enquanto a
Geografia Humana preocupava-se com a distribuição dos aspectos originados pelas atividades
humanas. Sobre essa dualidade Christofoletti (1982), afirmou que no caso das ciências físicas,
devido ao:
[...] aparato metodológico mais eficiente das ciências físicas e da esplêndida
concatenação teórica elaborada por William Morris Davis, a Geografia Física
rapidamente ganhou a imagem de ser a parte cientificamente mais bem consolidada
e executada. Praticamente, não havia mais necessidade de preocupações
metodológicas e conceituais a seu propósito. (CHRISTOFOLETTI, 1982, p. 13).

Por outro lado, as Ciências Físicas são destituídas de aparato teórico metodológico
para as atividades humanas, e a Geografia Humana sempre se debatia na tentativa de justificar
o seu suporte científico, e em estabelecer a sua definição e as suas finalidades como ciência.
A esta dicotomia se juntava o conflito conceitual de ser a Geografia uma ciência única, ou um
conjunto de ciências.
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Então, de um lado, tínhamos a dicotomia entre a Geografia Geral e a Geografia


Regional e de outro, a dicotomia entre a Geografia Física e a Geografia Humana, fato que
abalava a unidade da disciplina. A Geografia Regional é vista como uma solução visualizada
para sanar tal problema, pois a mesma se configurou como um caminho seguro para a
sobrevivência da disciplina. A tradição geográfica em uma direção, e as vinculações teóricas
do Historicismo em outra, facilitaram e alicerçaram o caminho integrador da disciplina.
Para Christofoletti (1982), a Geografia Regional procurou estudar as unidades
componentes das diversas áreas da superfície terrestre. Em cada lugar, área ou região a
combinação e a interação das diversas categorias de fenômenos refletiam-se na elaboração de
uma paisagem distinta que surgia de modo objetivo e concreto.

7. O contributo do Positivismo na Geografia


Positivismo
Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico, sociológico e político que surgiu
em meados do século XIX na França. A principal ideia do positivismo era a de que
o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro.
O principal idealizador do movimento positivista foi o pensador francês Auguste
Comte (1798-1857), ganhando destaque internacional entre metade do século XIX e começo
do XX. Segundo o positivismo, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos devem
ser ignorados, pois não colaboram para o desenvolvimento da humanidade.
O termo “positivo” surgiu pela primeira vez na obra “Apelo aos Conservadores”, escrita
por Conte em 1855. Ele descreve a Lei dos Três Estados, ou seja, as etapas pelas quais o ser
humano passou (e passa) em relação às suas concepções e valorizações da vida.

 Teológico: é a explicação de fenômenos naturais a partir de crenças sobrenaturais,


busca encontrar o “sentido da vida”, quando o imaginário e a criatividade humana se
sobrepõem à racionalidade.
 Metafísico ou Abstrato: é um meio-termo entre o estado “teológico” e o
“positivismo”, pois o homem continua à procura das mesmas respostas das perguntas
feitas na fase teológica, no entanto, as crenças sobrenaturais passam a ser substituídas
por forças abstratas.
 Positivo: esta etapa não se preocupa com os motivos ou propósitos das coisas, mas
sim como acontecem; o processo.
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8. Características da Geografia Qualitativa e Qualitativa


Para entender a contribuição da pesquisa qualitativa nos trabalhos de Geografia é
importante destacar o cenário mundial da década de 1960 e 1970. Dois acontecimentos
começaram a preocupar os geógrafos: o crescimento desordenado e os custos sociais e
políticos do capitalismo. Isto porque ficou evidenciado que, em escala mundial, o crescimento
não havia beneficiado os países subdesenvolvidos e, em escala nacional e local, não havia
corrigido e nem atenuado as diferenças sociais.
O que ocorreu é que os programas desenvolvimentistas aumentaram as distâncias
entre as condições de vida dos vários países. Em nível nacional, esses programas fizeram
crescer a pobreza e a miséria, sobretudo nos países do Terceiro Mundo, tornando inviáveis as
condições de vida nas grandes cidades. Ao mesmo tempo em que o uso de tecnologias
avançadas aumentava a renda das grandes empresas, esse “progresso” acelerava o processo de
destruição e degradação do meio ambiente (ANDRADE, 1987).
Nesse momento histórico, há uma “crise” na ciência. Na geografia, tivemos o
movimento de renovação (a Geografia Pragmática e a Geografia Crítica), diante da crise da
Geografia Tradicional em meados da década de 1950, crise que se desenvolveu
aceleradamente nos anos seguintes. Ao falar sobre as crises, emergências das teorias
científicas e resposta à crise científica, Khun (1975, p.115) mostra que o “significado das
crises consiste exatamente no fato de que indicam que é chegada a ocasião para renovar os
instrumentos.” Para o autor, “as crises são uma pré-condição necessária para a emergência de
novas teorias” (KHUN,1975, p.107).

Nesse sentido, o autor pergunta: “como os cientistas respondem à sua existência”?


(KHUN, 1975, p.107). A resposta às crises é o surgimento de um novo paradigma. “Decidir
rejeitar um paradigma é sempre decidir simultaneamente aceitar outro e o juízo que conduz a
essa decisão envolve a comparação de ambos os paradigmas com a natureza, bem como sua
comparação mútua” (KHUN, 1975, p.108, grifo do autor). Assim, “uma crise pode terminar
com a emergência de um novo candidato a paradigma e com subsequente batalha para sua
aceitação”(KHUN, 1975, p.116). Sobre a transição e emergência de um paradigma, o referido
autor, em sua análise, faz a seguinte menção:

a transição de um paradigma em crise para um novo, do qual pode surgir uma nova
tradição de ciência normal, está longe de ser um processo cumulativo obtido do
velho paradigma. É antes uma reconstrução da área de estudos a partir de novos
princípios, reconstrução que altera algumas das generalizações teóricas mais
elementares do paradigma, bem como muitos de seus métodos e aplicações [...] Um
novo paradigma emerge [...] antes que uma crise esteja bem desenvolvida ou tenha
sido explicitamente reconhecida. (KHUN, 1975, p.116-117).
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A análise de Khun (1975) serve para refletir sobre a mudança de paradigmas que
ocorreu na ciência geográfica. A Geografia Tradicional, cujas análises eram feitas com base
na observação, descrição e representação dos fatos, não conseguia mais explicar a realidade
tanto mundial, quanto brasileira face às mudanças que estavam ocorrendo no campo político,
econômico, social e educacional, conforme já destacado.
As principais mudanças podem ser assim definidas: a expansão do capitalismo
monopolista; o planejamento econômico e o territorial já se definiam sob a ação do Estado,
interferindo na organização do espaço; a urbanização se expandia de forma acelerada; no
campo, a industrialização e a mecanização das atividades agrícolas em várias partes do mundo
se concretizavam no fenômeno da modernização da agricultura; o êxodo rural, em função da
modernização do campo, contribuía para o crescimento das cidades.
Diante desse quadro, o instrumento de pesquisa da Geografia tornou-se desfasado
implicando em uma crise das técnicas tradicionais de análise. Estas não davam mais conta
nem da descrição, nem da representação dos fenômenos da superfície terrestre. Com isto,
surgiu também uma crise de linguagem, isto é de metodologia de pesquisa. (MORAES, 1981).
Novos instrumentos como o sensoriamente remoto, as imagens de satélite, o
computador substituíram os trabalhos de campo, característicos da Geografia Tradicional.
Portanto, havia uma “crise” tanto no método de interpretação quanto no método de pesquisa.
A resposta a essa crise, conforme apontou Khun (1975), foi a emergência de um novo
paradigma. Assim, a Geografia Tradicional, fundamentada no positivismo clássico, não mais
respondia às inquietações que a realidade apresentava. A resposta a essa “crise” científica foi
o movimento de Renovação da Geografia. Consideramos, no movimento de Renovação da
Geografia, dois paradigmas importantes, já destacados: a Geografia Pragmática e a Geografia
Crítica.
A renovação pragmática na Geografia, mais conhecida como Nova Geografia (New
Geography), utilizou-se da quantificação, apoiada no uso de métodos matemáticos, o uso dos
modelos de representação e explicação ao trabalhar temas geográficos e a aplicação da Teoria
dos Sistemas. No Brasil, a Nova Geografia, como foi denominada, se consolidou como um
novo paradigma para atender aos interesses políticos do país a partir do Golpe Militar de 1964
até a abertura política que se iniciou em 1978.
Nessa ótica de análise, a nova proposta para explicar a realidade brasileira se legitimou
como verdade e a partir daí o pesquisador em geografia passou a se preocupar mais com a
“aparência” do que com a “essência” dos fatos. Entretanto, ao final da década de 1970, a
preocupação apenas com a “aparência”, ou seja, o “visível, a variabilidade das formas, o lugar
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– preocupações eminentemente geográficas” (ABREU, 1989, p.20) não era mais suficiente
para explicar a realidade. Foi necessário ir “mais a fundo” na busca de respostas aos
problemas detectados, ou seja, a “essência” da realidade política, social, econômica e
educacional teria que ser desvendada. Rompia-se com o paradigma da Geografia Pragmática
para dar lugar à Geografia Crítica.
Assim, a procura por “novos caminhos” teórico-metodológicos levou o geógrafo a
redefinir o método de pesquisa (MORAES; COSTA, 1984). Em seus trabalhos, o geógrafo
retomou técnicas de pesquisas já utilizadas, como por exemplo, o trabalho de campo e a
observação e acrescentou outras como a entrevista, a história oral, a pesquisa-participante, a
pesquisação, o estudo de caso, a análise do discurso, o diário de campo. “Novas trilhas”
surgiram para a investigação geográfica. Um “novo” olhar metodológico possibilitou ao
geógrafo compreender “as causas da crise e procurar caminhos que fossem à raiz dos
problemas” (ANDRADE, 1987, p.112).
Para interpretar a realidade com esse “novo” olhar teórico, a fenomenologia e a
dialética serão as orientações filosóficas que permitirão o uso da pesquisa qualitativa nos
trabalhos como reação ao enfoque positivista. Portanto, o domínio do conteúdo e das técnicas
são importantes para a construção desse conhecimento. O pesquisador, ao apresentar os
resultados de sua pesquisa à sociedade, mostra que esta se torna um importante instrumento
de disseminação do conhecimento. Por meio dos resultados alcançados, será possível
compreender a realidade e se posicionar criticamente frente a ela; propor a transformação da
sociedade porque é parte de seu compromisso político; propor discussões e até mesmo
soluções para o problema que originou a pesquisa; fazer com que as ideias e conclusões sejam
ouvidas por um número significativo de pessoas.

Conclusão
Durante a realização do presente trabalho fui concluir que, ao longo do processo
histórico da ciência, as transformações sociais, políticas e econômicas contribuíram para gerar
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as “crises”. Estas, dentre elas, a científica, são importantes porque permitem refletir sobre o
sujeito, o objeto, o conteúdo, as técnicas usadas nas pesquisas. A opção teórico-metodológica
e o tipo de pesquisa, qualitativa ou quantitativa, refletem a postura filosófica do pesquisador.
A busca por “novos” caminhos mostra que a ciência é dinâmica e que o conhecimento se
produz a partir da interdisciplinaridade/multidisciplinaridade com as áreas afins. Essa
integração entre diferentes conhecimentos possibilita criar saberes diferenciados e importantes
para a construção do conhecimento.
Na Geografia, a “revolução” teórico-metodológica, iniciada na década de 1960,
marcou a ruptura com a Geografia Clássica. “Novos” olhares surgiram para trabalhar a
realidade, quer do ponto de vista do conteúdo, quer do ponto de vista das técnicas. A
interdisciplinaridade muito contribuiu para esse momento de transformações. A essência da
realidade passou a ter um outro viés interpretativo à luz de posicionamentos filosóficos e
políticos do pesquisador. Esse movimento de renovação abriu novas perspectivas para o
geógrafo trabalhar o seu objeto de estudo e uma busca constante por linhas teóricas e
procedimentos que pudessem explicar as contradições do desenvolvimento desigual da
sociedade.

Dificuldades:
 No período da realização do presente trabalho tive dificuldades, em matérias
didácticos, porque os outros manuais que eu encontrava na plataforma da
internet eram codificados.
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Bibliografia

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Tombo. Consultado em 28 de janeiro de 2012
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