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Proporcionamento do Concreto

Princípios básicos
Dosagem não experimental
O traço é fixado em bases arbitrárias, definidas pela
experiência ou tradição, utilizado, principalmente, em obras
de pequeno porte.

O traço de concreto pode ser estabelecido empiricamente para


o concreto das classes C10 e C15, com consumo mínimo de
300 kg / m3 (NBR 12655).
“Tabelas”

Eng. Abílio de Azevedo Caldas Branco

Eng. Gildasio da Silva


Manual de Traços de
Concreto
Eng. Gildasio da Silva
Editora Solivro,1975.
Dosagem experimental
Processo racional para determinação da
proporção dos diversos constituintes.
• Cimentos
• Agregados miúdos
• Agregados graúdos
• Água
• Aditivos
• Adições

Diversos métodos para os concretos comuns


ABCP, ACI, IPT/IBRACON
Traço unitário
A proporção em massa dos diversos constituintes em
relação à massa de cimento, determinada por um método
de dosagem qualquer.

1: unidade de cimento, em massa, por exemplo 1kg;


adição: massa de adição pozolânica tipo escória granulada e moída de AF,
metacaulim, sílica ativa, cinza de casca de arroz, etc.
a: massa de agregado miúdo (areia) em relação à massa de cimento;
b: massa de agregado graúdo (brita) em relação à massa de cimento;
a/c: relação entre água e cimento, ou entre água e aglomerantes, em massa;
adt %: relação entre massa de aditivo e a massa de cimento, em %
Dosagem – requisitos gerais

Trabalhabilidade

Resistência físico-mecânica

Permeabilidade/Porosidade

Condição de exposição

Custo
Dosagem – resistência especificada

Todos os projetos
• Compressão simples

Projetos especiais
• Tração por compressão diametral
• Tração na flexão
• Módulo de deformação
• Desgaste por abrasão
Dosagem – influência dos materiais
Maior consumo de cimento
• Maior plasticidade;
• Maior coesão;
• Menor segregação;
• Menor exsudação;
• Maior calor de hidratação;
• Maior retração.
• Maior custo
Dosagem – influência dos materiais

Maior consumo de agregado miúdo


• Aumento do consumo de água

• Aumento do consumo de cimento

• Maior plasticidade
Dosagem – influência dos materiais
Agregado graúdo
• Mais arredondado e liso - maior plasticidade e menor
aderência;

• Lamelar - maior consumo de cimento, areia e água e menor


resistência;

• Agregados cúbicos e rugosos são melhores.


MÉTODO DE DOSAGEM ABCP
Fornece uma primeira aproximação da
quantidade dos materiais, devendo-se
realizar uma mistura experimental.

Adaptado do método da ACI (American


Concrete Institute), para agregados do Brasil.

Para concretos de consistência plástica a fluida.


Método ABCP
Determinar
características Cimento Agregados
dos materiais

Calcular o
Estabelecer
Concreto consumo dos
Relação a/c
materiais

Definir o
traço
Método ABCP – Características dos materiais

Cimento

Massa Resistência
Tipo
específica aos 28 dias
Método ABCP – Características dos materiais

Agregados

Análise Massa unitária


Massa específica
granulométrica compactada

Módulo de
finura do
agregado miúdo

Dimensão
máxima do
agregado graúdo
Método ABCP – Características dos materiais

Concreto

Resistência Condições
Consistência
de dosagem de exposição
Resistência de dosagem

Deve atender
• Condições de variabilidade durante a
construção (medida pelo desvio-padrão);

• Resistência característica de projeto (fck).


• fck ≥ 20 MPa
Resistência de dosagem

onde
• fcmj = resistência média do concreto à
compressão, prevista para a idade de j dias,
(MPa);
• fckj = resistência característica do concreto
à compressão, aos j dias, (MPa);
• Sd = desvio-padrão da dosagem (MPa).
Resistência de dosagem – concreto com “sd” desconhecido

ABNT NBR 12655:2015


Condições de preparo do concreto
• CONDIÇÃO A (aplicável a todas as classes de concreto): o cimento e
os agregados medidos em massa, a água de amassamento é medida
em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em função
da umidade dos agregados;
• CONDIÇÃO B (classes C10 a C20): o cimento é medido em massa, a
água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo
dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume;
• CONDIÇÃO C (classes C10 e C15): o cimento é medido em massa,
os agregados são medidos em volume, a água de amassamento é
medida em volume e a sua quantidade é corrigida em função da
estimativa da umidade dos agregados da determinação da
consistência do concreto.
ABNT NBR 12655:2015
Concreto com “sd” conhecido

Quando o concreto for elaborado com os mesmos materiais, mediante


equipamentos similares e sob condições equivalentes, o valor
numérico do desvio-padrão deve ser fixado com no mínimo 20
resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias, em período
imediatamente anterior.

Em qualquer caso
sd ≥ 2 MPa.

ABNT NBR 12655:2015


Consistência do concreto
Consistência do concreto
Condições de exposição do concreto

ABNT NBR 12655:2015


Relação a/c
Critérios

Resistência Durabilidade e tipo


mecânica de concreto

Classe de
Curva de Abrams agressividade
do cimento ambiental - NBR
12655
Curva de Abrams

ABCP ET - 67 (1995)
ABNT NBR 12655:2015
ABNT NBR 12655:2015
ABNT NBR 12655:2015
Estimativa do consumo de materiais - Método ABCP
(por m3 de concreto)

Consumo de água (Ca)


Consumo de cimento (Cc)

𝐶𝑎
Cc = 3
(kg/𝑚 )
𝑎/𝑐
Ca = consumo de água
a/c = relação água/cimento

Cc ≥ 260 kg/𝑚3
Consumo de agregado graúdo (Cb)

Cb =Vbc × Muc ( kg/m3)


Vbc = Volume do agregado graúdo (brita) seco por m3 de concreto.
Muc = Massa unitária compactada do agregado graúdo - brita ( kg/m3)
COMPOSIÇÃO COM DOIS AGREGADOS GRAÚDOS

Proporcionar as britas de maneira a obter a maior massa


unitária compactada ou seja o menor volume de vazios.
Consumo de agregado miúdo (Cm)
Onde
Vm - volume de areia;
 Cc Cb Ca  Cc - consumo de cimento;
Vm  1      Cb - consumo de brita;
 c b a  Ca- consumo de água;
Cm - consumo de areia;
c - massa específica do
cimento;

Cm  Vm .  m b - massa específica da brita;


a - massa específica da água;
m - massa específica da areia.
Apresentação do traço

Cc Cm Cb1 Cb 2 Ca
: : : :
Cc Cc Cc Cc Cc

Cimento : areia : brita1 : brita2 : a/c


Correção da água
Adicionar água aos poucos até a obtenção da
consistência desejada.

Caf = consumo de água final


Cai = consumo de água inicial
Ar = abatimento requerido
Ai = abatimento inicial
Observações
• Falta de argamassa: acrescentar areia, mantendo
constante a relação a/c;

• Excesso de argamassa: acrescentar brita, mantendo


constante a relação a/c;

• Agregados com alta absorção de água: acrescentar no


consumo de água.
Consistência, coesão e teor de argamassa

Areia + Cimento + Água

Fonte: Helene, P., Terzian, P., “Manual de Dosagem e Controle do Concreto”, Ed. Pini, 1993.
Exemplo

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