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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, NATURAIS E DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

METODO DE MEDIÇÃO DE VELOCIDADE UTILIZANDO TUBO DE PITOT

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I


Prof. Dr. Cristina Paschoalato

Samuel Lucas Ferreira cód.: 821.176

Maria Júlia dos Santos cód.: 821.805

Lucas Castro Gil cód.: 820.672

Leticia San Gregorio cód.: 822.865

Rayanne Figueiredo cód.: 819.506

RIBEIRÃO PRETO – SP

14/08/2019

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Sumário

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................2

2. OBJETIVO......................................................................................................4

3. MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................5

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................8

5. CONCLUSÃO..............................................................................................12

6. REFERÊNCIAS............................................................................................13

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1. INTRODUÇÃO
1.1 Tubo de Pitot

A medida da velocidade de um escoamento é de grande importância


para o acompanhamento de processos industriais. Tendo em vista a
necessidade de obtenção de tal parâmetro, pode-se realizar variados tipos de
experimento, com o auxílio dos instrumentos adequados.

O tubo de pitot foi criado em 1732 pelo físico francês Henri Pitot (1665-
1743). Utilizou o Rio Sena para testar várias das suas teorias e instrumentos,
tendo realizado várias experiências com vista a determinar a velocidade de
escoamento da água em diferentes partes da secção transversal do rio.

Tubo de Pitot é o instrumento que realiza apenas medição da pressão


de estagnação, definida pela soma das pressões estáticas e dinâmicas em
determinado ponto na linha de corrente do fluido, como pode ser visto na
Figura 1 (ÇENGEL; CIMBALA, 2008).

O tubo de pitot foi o primeiro instrumento proposto para medir velocidade


de fluidos. Entretanto o dispositivo não mede diretamente a velocidade, mas
determina uma grandeza mensurável que pode ser relacionada com a mesma.
O tubo de pitot trabalha com base neste princípio e é um método mais precisos
de determinação de velocidade (Streeter, 1982)

Desde seu invento, o Tubo de Pitot recebeu diversos acréscimos de


mecanismos e soluções práticas e tecnológicas, principalmente concernentes à
precisão de medições e medidores. Contudo, o mecanismo básico continua o
mesmo. Sua construção varia de acordo com a sua utilização: comprimento,
diâmetro, formas, medidores de pressão diferencial, material de construção,
proteções, e são todos imprescindíveis para uma boa precisão de medição. O
Tubo de Pitot pode fornecer exatidão de até menos de 1% de erro,
dependendo de seus medidores [ CITATION Fab08 \l 1046 ].

Figura 1 – Tubo de pitot

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2. OBJETIVO

O objetivo do presente experimento foi determinar experimentalmente a


vazão volumétrica e o perfil de velocidade de um tubo em escoamento de ar
através de um tubo de Pitot, e assim comparar as diferentes vazões expressas.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

A seguir lista-se os materiais utilizados ao longo do experimento:


 Duto;
 Fluxímetro;
 Manômetro;
 Régua;
 Soprador;
 Tubo de Pitot;

O procedimento experimental foi realizado utilizando-se um tubo de Pitot


(figura 1), onde o mesmo foi inserido em um tubo cilíndrico, no qual escoava ar
gerado por uma bomba. O ar que escoava pela bomba é regulado por uma
válvula (figura 2 do grupo). O tubo de Pitot estava apoiada em uma haste, na
qual era medida sua posição através de uma régua fixa.
O aparelho utilizado para medição de diferença de pressão era o
manômetro (Figura 3), ajustado proximamente do sistema em questão.
Realizaram-se cinco ensaios com diferentes vazões volumétricas
crescentes, sendo que para cada uma fora utilizado uma diferente posição do
tubo de Pitot, sendo elas partido da parede inferior do duto (0, 11, 19, 24mm) e
assim para a parede superior (56,2mm)

Figura 1. Sistema utilizado em aula.


Figura 2. Sistema utilizado em aula.
Figura 3. Sistema utilizado em aula.

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3.1 Método para determinação dos Raios

O método escolhido para a determinação dos pontos dos raios foi o das
centróides de áreas iguais. Este método consiste em se distribuir os pontos de
medição espaçados de modo que as áreas de influência, em forma de anéis
circulares, sejam iguais. Desse modo, as medições de velocidade possuem o
mesmo peso.
No caso de medição em três pontos ao longo do raio do tubo, as
posições radiais nas quais o centro da abertura do Tubo de Pitot deve ser
posicionado, são (DELMÉE, 1982)

r1 r2 r3
=0 , 9129 =0 , 7071 =0 , 4082
R R R

Tendo por base estes conhecimentos, foram determinados 3 pontos a


serem efetuadas as medidas de velocidade no tubo cilíndrico. Eles são: 24, 19
e 11 mm em relação às paredes superior e inferior do tubo. Para cada ponto foi
realizada a medição de pressão. Foram realizados ao todo 6 ensaios de
medidas de velocidade com o Tubo de Pitot, variando-se em cada um deles
somente a vazão do ar que passa pelo tubo.

3.2 Determinação da velocidade média


Para determinação da velocidade média de escoamento foi feito um
balanço de energia mecânica entre dois pontos, que permite relacionar a
diferença de pressão no Tubo de Pitot com a velocidade no tubo. O balanço de
energia mecânica para fluidos incompressíveis fornece que:

2
ΔV ΔP
+g . ΔZ+ +lwf +η p .Ws=0
2 ρ (1)
5
Onde:

V= Velocidade (m/s).
g= Aceleração da gravidade (m/s²).
ρar= Densidade do ar (kg/m³).
R= Constante universal dos gases ideais (atm.L.mol -1.K-1).
Aplicando esta equação para dois pontos distintos 1 e 2 e sabendo que:
Z2 = Z1
lwf ≃0 , trecho de tubo reto pequeno o suficiente.
η p .Ws=0 , sem bomba entre os pontos.
V2 = 0, ponto de estagnação devido ao impacto com a ponteira do Tubo
de Pitot.

Então, restou da Equação 1:

V ( P 2−P1 )
12
0− + =0
2 ρ (2)

Mas, P1, devido à sua forma de medida, é igual à pressão estática no


tubo de Pitot (Pe) e P2 é igual a pressão total no tubo de Pitot (P t). Sendo assim,
chega-se na Equação 2:

V ( P t −Pe ) V ( Pt −P e )
12 12
0− + =0 =
2 ρ  2 ρ

2 . ( P t −Pe )
V 1=
√ ρ (3)

Para determinação de ρar foi utilizado o principio dos gases ideais que
para este caso isolando ρar está indicado na Equação 3.
P .. M̄
ρar =
R.T
(4)
6
Sendo,
P= pressão atmosférica local de Ribeirão Preto (716 mmHg).
M̄ = massa molar média do ar (28,96 g/mol).
R= constante dos gases ideais (0,082 atm.L.mol -1.K-1).
T= temperatura ambiente (25°C).
ρar= massa especifica do ar (1,12 Kg.m-3).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela 1 apresenta as características do ambiente utilizadas para base


de cálculo.

Tabela 1. Características do ambiente.

Dados para base de cálculos


Pressão Ambiente 714 mmHg
Massa Molar média do ar 28,96 g/mol
Temperatura 26°C
Massa específica do ar 1,1105 kg/m³

Com o Auxilio do material utilizado e do método aplicado através das


suas equações chegou-se nos resultados mostrados nas Tabelas de 2 a 6.

Tabela 2. Dados coletados na primeira medição


Posição r Deslocamento da ponteira Desvi P
(mm) (mm) o (mBar) P (Pa) V (m/s)
Inferior 0,22 0,26 0,26 0,0189 0,2467 24,67 0,022
24 0,49 0,48 0,5 0,0082 0,4900 49,00 0,031
19 0,46 0,47 0,47 0,0047 0,4667 46,67 0,030
11 0,4 0,38 0,4 0,0094 0,3933 39,33 0,028
Superior 0,27 0,26 0,29 0,0125 0,2733 27,33 0,023
24 0,49 0,47 0,51 0,0163 0,4900 49,00 0,031
19 0,47 0,48 0,49 0,0082 0,4800 48,00 0,031
11 0,41 0,4 0,42 0,0082 0,4100 41,00 0,028
    Média desvio 0,0108      

Tabela 3. Dados coletados na segunda medição


Posição r Deslocamento da ponteira Desvi P
(mm) (mm) o (mBar) P (Pa) V (m/s)
Parede
inferior 0,38 0,36 0,37 0,0082 0,370 90 0,042
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24 0,7 0,72 0,71 0,0082 0,710 90 0,042
19 0,67 0,68 0,67 0,0047 0,673 89 0,042
11 0,61 0,58 0,59 0,0125 0,593 91 0,042
Parede
superior 0,39 0,41 0,4 0,0082 0,400 92 0,043
24 0,72 0,71 0,7 0,0082 0,710 90 0,042
19 0,68 0,7 0,71 0,0125 0,697 87 0,041
11 0,61 0,58 0,59 0,0125 0,593 90 0,042
    Média desvio 0,0093      

Tabela 4. Dados coletados na terceira medição


Posição r Deslocamento da ponteira Desvi P
(mm) (mm) o (mBar) P (Pa) V (m/s)
Parede
inferior 0,52 0,53 0,47 Desvio 0,507 192 0,062
24 0,94 0,97 0,97 0,2098 0,960 192 0,062
19 0,91 0,95 0,93 0,0170 0,930 193 0,062
11 0,81 0,82 0,78 0,0726 0,803 192 0,062
Parede
superior 0,57 0,55 0,54 0,1297 0,553 193 0,062
24 0,99 0,98 0,97 0,1934 0,980 189 0,061
19 0,98 0,96 0,95 0,0170 0,963 190 0,061
11 0,82 0,84 0,77 0,0946 0,810 190 0,061
    Média desvio 0,0100      

Tabela 5. Dados coletados na quarta medição


Posição r Deslocamento da ponteira Desvi P
(mm) (mm) o (mBar) P (Pa) V (m/s)
Parede
inferior 0,91 0,98 0,94 Desvio 0,943 94 0,043
24 0,9 0,93 0,92 0,0309 0,917 92 0,043
19 0,88 0,79 0,84 0,0374 0,837 84 0,041
11 0,6 0,55 0,61 0,1122 0,587 59 0,034
Parede
superior 1,05 1 1,04 0,2202 1,030 103 0,045
24 1,9 1,94 1,86 0,3942 1,900 190 0,061
19 1,8 1,82 1,75 0,0818 1,790 179 0,059
11 1,6 1,57 1,69 0,0572 1,620 162 0,057
    Média desvio 0,0150      

Tabela 6. Dados coletados na quinta medição


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Posição r Deslocamento da ponteira Desvi P
(mm) (mm) o (mBar) P (Pa) V (m/s)
Parede
inferior 1,94 2,01 1,76 Desvio 1,903 190 0,061
24 2,69 3,71 3,66 0,7948 3,353 335 0,081
19 3,5 3,54 3,62 0,4611 3,553 355 0,084
11 3 3,08 3,14 0,1799 3,073 307 0,078
Parede
superior 2,02 2,3 2,23 0,3832 2,183 218 0,066
24 3,6 3,71 3,66 0,7163 3,657 366 0,085
19 3,52 3,59 3,57 0,0602 3,560 356 0,084
11 2,98 3,04 3,08 0,2257 3,033 303 0,077
    Média desvio 0,0300      

Relacionando a velocidade de cada ponto dentro do tubo com a


distância em relação ao deslocamento da ponteira, obteve-se o perfil de
velocidade para o ensaio, através de um gráfico comparativo, com todas as
curvas já obtidas, conforme Figura 4.

Figura 4. Perfil de velocidade em todas as coletas.

O perfil de velocidade é descrito como parabólico dentro do tubo, na qual


a velocidade é máxima no centro e nula nas paredes. Com o aumento da
vazão, ocorre um aumento de velocidade do fluído que, dentro do tubo,
encontra certa resistência nas paredes, formando um perfil de velocidade
parabólico onde a velocidade é teoricamente nula nas superfícies (paredes
inferior e superior) e máxima no centro do tubo.

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5. CONCLUSÃO

6. REFERÊNCIAS

Cristine, A., Machado, B., Franca, G. da, Berlim, I., & Nakamoto, V. (2013).
Tubo de pitot. Sorocaba.

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