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Vinicius Nepomuceno

Os “bons motivos” ou; Introdução deslocada.

Anotação e registros do “caderno de campo” / Interseção entre o


cotidiano e a pesquisa.
Registros realizados no “caderno de campo” durante encontros
do grupo de desenho na horta do PACUCA em março de 2016.
Conjunto de desenhos realizado na horta do PACUCA du-
rante os encontros para prática no local, que ocorreram em
meio às atividades de construção e de manutenção do es-
paço. O convívio despertou o interesse dos voluntários que
trabalhavam ali, e algumas das pessoas falaram de suas
práticas com o desenho e/ou com arte; outro fez fotografias
do grupo de desenhistas.
O motorhome do projeto Común Tierra estacionado à Vila
Harmonia em março de 2016.
A vinda de Letícia e Ryan à Florianópolis, oportunizou o
contato com práticas de construção coletiva e instrumen-
tos para estas ações. Nossa relação de vizinhança criou
a intimidade necessária para troca de conhecimentos na
questão alimentar e da cultura de alimentos através de
procedimentos agroflorestais.
Seu envolvimento com a horta comunitária do PACUCA
foi imediato. A finalização dos canteiros contou com ma-
terial doado pelo Común Tierra, e a aproximação de Ryan
e Luís Gustavo criou o contexto de construção da horta
em minha casa, além do contato com o conceito de “micro
organismos eficientes” na prática da agricultura.
Os canteiros são construídos com materias disponíveis no entorno:
madeira de caixarias, baldes, bambu, e até um carrinho de mão sem a
roda e já oxidado, registrado em dois desenhos.
É principalmente a partir da ação de um dos voluntários, que se faz a
aplicação deste tipo de construção de canteiros. Luís apresenta uma
postura de grande comprometimento com a criação de hortas comu-
nitárias no uso de técnicas de aproveitamento dos recursos materiais
do entorno: descartes, restos de obras ou de demolição, etc.
Os bambus, utilizados nos canteiros de milho e posteriormente em
cercas, é facilmente encontrado na região.
Conheci um outro residente do bairro que tem se dedicado a estudar
os usos do bambu na construção de estruturas em sua casa. Um dia
o encontrei colhendo varas no início da rua, em um dos terrenos ainda
sem casas.
Duas das desenhistas do grupo sentadas ao lado de um
canteiro suspenso, que contém mudas de alface crespa.
À uma delas foi pedido um desenho para o projeto de
área de construção de um barraco para materiais e caixa
d’água.
Plano Barraco;
- instalação/ocupação no campo da parque cultural do Campeche.
- tática para escuta e captação = encontros e narrativas locais.
Mapa de ambiências do Campeche: os roteiros psicogeografados (linhas pontilhadas) são resultado de desvios no percurso
entre zonas de concentração de migrantes. As áreas (hachuradas) são zonas de convivência contatadas no cotidiano.
Mapa de vias para não ser visto [camuflagem de proteção comunitária]. Sobreposição dos territórios de duas localidades
conhecidas pelo nome de Campeche; uma delas onde reside o propositor.
Psicogeografia das práticas colaborativas e das ocupações imobiliárias no Campeche, incluindo os fluxos de água.
Imagens do Morro do Lampião, visto;
desde uma duna na praia,
da rua da Gu, Flá e Tito,
pela Avenida Campeche,
na avenida Pequeno Príncipe
ao lado da Rua da Capela,
na escada da Capela S. Sebastião,
desde o antigo campo de aviação da
Aero Postale.
Vinícius Nepomuceno. Campeche, Florianópolis
primavera de 2017.

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