Você está na página 1de 15

Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

1. Do GPS à descrição do movimento (E) Afirmação falsa. O declive da reta tangente


1.1.1. ao gráfico posição-tempo é numericamente
O sistema de GPS pode ser utilizado na nave- igual ao valor da velocidade. Assim, através do
gação e na localização de um objeto. sinal do declive da reta tangente ao gráfico po-
1.1.2. demos concluir qual o sinal da velocidade
Identificar a velocidade com que o sinal se nesse instante. Quando o valor da velocidade
propaga. é positivo, a partícula move-se no sentido po-
Os sinais emitidos pelo satélite são ondas ele- sitivo e quando é negativo move-se no sentido
tromagnéticas, pelo que a velocidade com que negativo da trajetória. No intervalo de tempo
se propaga no ar é aproximadamente igual à [0 ; 4[ s o valor da velocidade é positivo e de
velocidade de propagação da luz no vazio, ou ]4 ; 10] s, é negativo. Deste modo, no primeiro
seja, 3 * 108 m s-1. intervalo de tempo referido a partícula move-
Identificar a expressão da velocidade. se no sentido positivo da trajetória e no se-
O valor da velocidade pode ser determinado gundo intervalo de tempo move-se no sentido
d
por: v = negativo.
Dt
(F) Afirmação falsa. O espaço percorrido pela
Determinar do intervalo de tempo de via-
partícula pode ser determinado pela expres-
gem do sinal.
são s = |Dx1| + |Dx2| sendo |Dx1| o espaço
d
d = c * Dt § Dt = percorrido até que inverte o sentido do movi-
c
mento (isto é, instante t = 4 s) e |Dx2| o es-
d 20 000 000 m
Dt = § Dt = § paço percorrido desde que inverte o sentido do
c 3 * 108 m s-1
movimento até t = 10 s. Assim,
§ Dt = 0,067 s = 67 ms s = |Dx1| + |Dx2| §
Um sinal enviado por um satélite chega ao re-
§ s = |x4 - x0| + |x10 - x4| §
cetor que está na sua vertical em cerca de
§ s = |50 - 0| + |0 – 50| = 100 m
67 ms.
O espaço percorrido pela partícula é 100 m.
1.2. (A) Afirmação verdadeira. O módulo do deslo-
(G) Afirmação verdadeira. No instante t = 4 s,
camento pode ser dado por |Dx| = |xf - xi|
o valor da velocidade é nulo. Em instantes an-
Para o intervalo de tempo [0 ; 10[ s, teremos:
teriores a t = 4 s o valor da velocidade é posi-
|Dx| = |x10 - x0| § |Dx| = |0 - 0| = 0 m
tivo e nos instantes seguintes a t = 4 s o valor
Assim, o módulo do deslocamento é nulo.
da velocidade é negativo. Assim, para passar
(B) Afirmação falsa. O declive da reta tan-
de uma velocidade positiva para uma veloci-
gente ao gráfico posição-tempo num dado ins-
dade negativa teve de ocorrer inversão do sen-
tante é numericamente igual ao valor da
tido do movimento. Esta ocorreu no instante
velocidade nesse instante. No instante t = 2 s,
t = 4 s.
o declive da reta tangente ao gráfico posição-
tempo é positivo e no instante t = 4 s o declive (H) Afirmação falsa. Traçando tangentes ao
é nulo. Assim, no instante t = 2 s o valor da ve- gráfico dado em diferentes instantes do inter-
locidade é superior ao valor da velocidade no valo de tempo ]6 ; 10] s, verifica-se que o de-
instante t = 4 s. clive dessas tangentes não é constante. Assim,
(C) Afirmação falsa. Os gráficos posição- o valor da velocidade nesse intervalo de tempo
tempo não dão qualquer informação sobre a não é constante.
forma da trajetória. Assim, apenas com base 1.3.1.1.
no gráfico posição-tempo não podemos con- Partícula A, B ou D. Se o movimento é acele-
cluir qual é a forma da trajetória. rado até ao instante t1, o módulo da velocidade
(D) Afirmação verdadeira. No instante t = 0 s, tem de estar a aumentar desde t = 0 s até t1.
x = 0 m. Assim, no instante inicial do movi- Nos gráficos relativos às partículas referidas,
mento, a partícula está no ponto escolhido o módulo da velocidade está a aumentar
para origem da trajetória. nesse intervalo de tempo.

© Edições ASA 1
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

1.3.1.2. 1.3.2.2.
Partícula C. Se o movimento é retardado, o Identificar a equação deste tipo de movi-
módulo da velocidade tem de estar a diminuir mento.
e se se move no sentido negativo, o valor da Nos primeiros 10 segundos, a partícula tem
velocidade tem de ser negativo. movimento uniformemente variado (inicial-
Assim, a análise dos gráficos permite concluir mente retardado e depois acelerado). A equa-
que de t = 0 s até t1, apenas a partícula C pos- ção geral deste tipo de movimento é
1
sui movimento retardado no sentido negativo x = x0 + v0t + at2
2
da trajetória.
Determinar o valor da aceleração.
1.3.1.3.
Dv -20 - 10
Partícula D. Entre os instantes t = 0 s até t1 a a= §a= § a = -2,0 m s-2
Dt 15 - 0
variação da velocidade não é constante. Se a
Obter a equação do movimento para este
variação da velocidade não é constante é por-
movimento.
que a resultante das forças que atuaram na Substituindo valores, obtém-se:
partícula nesse intervalo de tempo não foi 1
constante. x = 20 + 10t + (-2,0)t2 §
2
1.3.1.4. § x = 20 + 10t - t2 (SI)
Partícula C ou E. Se a resultante das forças Esboçar o gráfico correspondente à equa-
tem sentido contrário à velocidade, o movi- ção.
mento tem de ser retardado nesse intervalo Esboçando o gráfico verifica-se que a partícula
de tempo. Para as partículas C e E, o módulo inverte o sentido do movimento no instante
do valor da velocidade está a diminuir nesse t = 5 s e passa na origem da trajetória no ins-
intervalo de tempo. Assim, o movimento é re- tante t = 11,7 s.
tardado entre t = 0 s e t1. 1.4.1.
1.3.2. Determinar o valor da força gravítica.
M*m
x0 = 20 m; v0 = 10 m s-1, v2 = - 20 m s-1, Fg = G
r2
t1 = 5 s e t2 = 15 s
6 * 1024 * 100,0
1.3.2.1. Fg = 6,67 * 10-11 §
(6,4 * 106)2
Determinar o valor do deslocamento.
§ Fg = 997,1 N
Partindo da área definida no gráfico veloci-
Caracterizar a força gravítica.
dade-tempo podemos obter o valor do deslo-
A força gravítica a que o corpo está submetido
camento da partícula no intervalo de tempo
tem a direção da reta que passa pelo corpo e
considerado. Assim: pelo centro de massa da Terra, sentido do
Dx = A1 + (- A2), sendo A1 a área definida no corpo para o centro da Terra, aplicada no
gráfico no intervalo de tempo [0 ; t1] s e A2 a corpo e intensidade 997,1 N.
área correspondente ao intervalo de tempo 1.4.2.
[t1 ; t2] s. (B)
b*h 5 * 10 Determinar a expressão da força gravítica
A1 = § A1 = § A1 = 25
2 2 em X.
b*h 10 * 20 M*m mX * m
A2 = § A2 = § A2 = 100 Fg = G § Fg(X) = G §
2 2 r 2
rX2
2mT * m
Dx = 25 + (-100) = -75 m § Fg(X) = G §
(2rT)2
Determinar a posição final.
1 mT * m
Dx = xf - xi § xf = Dx + xi § § Fg(X) = G §
2 rT2
§ xf = -75 + 20 § xf = -55 m
1
No instante t = 15 s a partícula E estava na po- § Fg(X) = Fg(Terra)
2
sição -55 m.

2 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar a expressão da força gravítica Na célula B:


em Y. 2r 2 * 1,50 * 10-2
v(B) = § v(B) = §
tB 13,20 * 10-3
M*m mY * m
Fg = G § Fg(Y) = G § § v(B) = 2,27 m s-1
r 2
rY2
Determinar o valor da aceleração, que é a
mT * m
§ Fg(Y) = G 2
§ aceleração gravítica.
h1 k v = v0 + a t § 2,27 = 0,304 + a * 0,2151 §
r
j 2 Tm
2,27 - 0,304
mT * m §a= § a = 9,14 m s-2
§ Fg(Y) = 4 G § Fg(Y) = 4Fg(Terra) 0,2151
rT2
O valor da aceleração gravítica determinada
Por análise das deduções anteriores, verifica-
pelos alunos foi 9,14 m s-2.
se que as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
1.5.3.
Atendendo às opções dadas, a correta é a (B).
O uso de um cronómetro manual não é ade-
1.5.1.
quado já que os tempos que se medem são tão
O desvio de uma medida é dado pela diferença
curtos que o tempo de reação do experimen-
entre a média dos valores das medições e o
valor dessa medida. tador não permite que este acione e desligue
Determinar o valor médio das medições. o cronómetro no intervalo de tempo que se
t1 + t2 + t3 pretende medir.
tmédio = §
3
2. Movimento de planetas e em torno deles
98,72 + 98,58 + 98,45
§ tmédio = §
3 2.1.1.
§ tmédio = 98,58 ms (B)
Determinar os desvios. Determinar a expressão da força gravítica
Desvio 1 = 98,58 - 98,72 = -0,14 ms para a situação descrita.
Desvio 2 = 0 ms M = 6 * 106 m (M – massa do Sol; m – massa
Desvio 3 = 0,13 ms de Mercúrio)
Identificar o maior desvio. M*m
Fg = G §
O maior desvio é -0,14 ms. r2
1.5.2. 6 * 106 m * m
Na queda, o movimento da esfera é uniforme- § FG = G §
d 2SM
mente variado.
m2
Identificar a equação das velocidades para § FG = 6 * 106 * G
d 2SM
este tipo de movimento.
v = vo + a t 2.1.2.
Determinar o tempo de passagem da esfera Determinar o valor da força gravítica a que
na célula B. Mercúrio está submetido devido ao Sol.
t1 + t2 + t3 m2
tmédio = § FG = 6 * 106 * G 2 §
3 d SM
(3,29 * 1023)2
13,00 + 13,41 + 13,18 § FG = 6 * 106 * 6,67 * 10-11 §
§ tmédio = § (5,7 * 1010)2
3
§ FG = 1,33 * 1032 N
§ tmédio = 13,20 ms = 13,20 * 10-3 s
Caracterizar a força gravítica.
Determinar a velocidade com que a esfera A força gravítica a que Mercúrio está subme-
de raio 1,50 cm passa nas células. tido devido ao Sol tem a direção da reta
Na célula A: que passa pelos centros de massa do Sol e de
2r 2 * 1,50 * 10 -2
Mercúrio, sentido de Mercúrio para o Sol e
v(A) = § v(A) = §
tA 98,58 * 10-3 aplicada no planeta. A intensidade da força é
§ v(A) = 0,304 m s-1 1,33 * 1032 N.

© Edições ASA 3
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

2.2.1. para as três partículas, então, também o valor


Para um satélite ser estacionário deverá orbitar da velocidade angular será igual para as três
no plano do equador de Júpiter, ter um período partículas.
orbital igual ao período de rotação do planeta e (C) Afirmação falsa. Justificação similar à da
mover-se no sentido da rotação de Júpiter. afirmação (B).
Como o período de rotação de Júpiter é 9,9 (D) Afirmação falsa. O valor da velocidade li-
horas, um satélite “Júpiter-estacionário” deverá near é diretamente proporcional ao raio da ór-
ter um período orbital de 9,9 horas. Só deste bita da partícula em estudo, v = w r. Como
modo se manterá “estacionário” em relação a r(B) < r(A) e w(A) = w(B), então, v(B) < v(A).
um dado ponto da superfície de Júpiter. (E) Afirmação falsa. O valor da aceleração
2.2.2. v2
centrípeta é dado por ac = . Como v = w * r,
Deduzir a expressão do valor da velocidade r
orbital. pode substituir-se na expressão da aceleração
(w * r)2
Júpiter orbita em torno do Sol. A resultante centrípeta e obtém-se: ac = §
r
das forças que atuam em Júpiter pode consi- ac = w2 * r. Desta equação, verifica-se que a
derar-se que é igual à força gravítica que o Sol
aceleração centrípeta é diretamente propor-
exerce no planeta. Como o planeta tem apro-
ximadamente movimento circular e uniforme, cional ao raio da trajetória. Como r(B) > r(C),
a força resultante é uma força centrípeta. então, ac(B) > ac(C), já que w(B) = w(C).
Assim, (F) Afirmação falsa. Ver justificação dada na
» =F
F » , pelo que F = F afirmação (A).
r g r g
v2 M*m G*M (G) Afirmação falsa. Como os períodos são
m =G § v2 = §
r r 2
r iguais, também as frequências são iguais.

V
G*M 2.5.1.
§v= Determinar o valor de Fg que atua na caixa
r
Substituir os dados na equação deduzida. quando está na superfície de Marte.
M*m
V V
G*M 6,67 * 10-11 * 2 * 1030 Fg = G §
v= §v= r2
r 7,8 * 1011
v = 1,31 * 10 m s = 13,1 km s-1
4 -1 6,42 * 1023 * 40,0
§ Fg = 6,67 * 10-11
O valor da velocidade orbital de Júpiter em torno (3,4 * 106)2
do Sol é 1,31 * 104 m s-1, ou seja, 13,1 km s-1. Fg = 148,2 N
2.2.3. Determinar o valor de Fg que atua na caixa
Na alínea anterior consideramos que a traje- quando está na superfície de Saturno.
tória de Júpiter em torno do Sol é circular, M*m
Fg = G §
quando na realidade tem a forma de uma r2
elipse. 5,70 * 1026 * 40,0
§ Fg = 6,67 * 10-11
2.3. (C) A velocidade é tangente à trajetória, a ace- (6 * 107)2
leração e a força centrípeta têm a direção ra- Fg = 422,4 N
dial e ambas são dirigidas do centro de massa Concluir com base nos cálculos.
da Terra para o centro de massa do Sol. A caixa fica sujeita a uma força gravítica mais
2.4. (A) Afirmação verdadeira. O período de rota- intensa quando se encontra à superfície de Sa-
ção dos pontos A, B e C coincide com o período turno.
de rotação de Júpiter. Assim, todos esses pon- 2.5.2.
tos têm o mesmo período de rotação. Como a (A) Na expressão do valor da força gravítica, a
frequência é o inverso do período, então, se variável distância aparece no denominador e
todos esses pontos têm o mesmo período ao quadrado. Assim, quando a distância entre
também vão ter a mesma frequência. o centro de massa dos corpos que interagem
(B) Afirmação verdadeira. O valor da veloci- passa para o dobro, mantendo-se as outras
dade angular é diretamente proporcional à variáveis, a força gravítica diminui para um
frequência, w = 2p f . Se a frequência é igual quarto do valor inicial.

4 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

2.6.1. 2.7. (B) O movimento da Lua em torno da Terra


À altitude a que se encontra o telescópio o tem uma trajetória aproximadamente circular
valor da aceleração centrípeta é igual ao valor e o valor da velocidade é constante. Por outro
da aceleração gravítica. Por outro lado, o raio lado, a resultante das forças é a força gravítica
da órbita é: (que é radial e centrípeta) e a velocidade é tan-
r = rT + h (sendo h a altura a que se encontra o gente à trajetória no ponto em que Lua se en-
telescópio.) contra. Deste modo, os dois vetores referidos
r = 6,40 * 106 + 5,89 * 105 = 6,99 * 106 m, têm de ser perpendiculares.
M*m M
m*g=G §g=G §
r 2
(rT + h)2 3. Combate a incêndios
6 * 1024
3.1.1.
§ g = 6,67 * 10-11 §
(6,40 * 10 + 5,89 * 10 )
6 5 2
No intervalo de tempo [0 ; 6[ s, o veículo A tem
§ g = 8,19 m s . -2 movimento retilíneo e uniforme já que o grá-
A aceleração gravítica nesse local tem a dire- fico traduz uma proporcionalidade direta entre
ção radial, sentido dirigido para o centro de a posição e o instante, pelo que esse veículo
massa da Terra e valor 8,19 m s-2. percorre espaços iguais em intervalos de
2.6.2. tempo iguais. O veículo B tem movimento uni-
Deduzir a expressão do período orbital. formemente acelerado porque a sua equação
Para o telescópio, verifica-se que a força re- do movimento é a de um movimento uniforme-
sultante é uma força centrípeta e que esta mente acelerado com aceleração de módulo
coincide com a força gravítica. Assim, 5 m s-2.
v2 m*M G*M 3.1.2.
Fc = Fg § m =G § v2 =
r r r 2
(B) Para o veículo A, a velocidade terá valor
como v = w * r, a equação anterior pode tomar Dx 120 - 0
constante e igual a v = §v= §
G*M G*M Dt 6-0
a forma: (w * r)2 = § w2 = . Por § v = 20 m s . -1
r r3
2p O veículo B tem movimento uniformemente
outro lado, w = , obtém-se:
T acelerado, partindo de uma velocidade inicial
h 2p k G * M 4p2 G * M
2

= § 2 = § nula. Ao fim dos 6 s terá uma velocidade de


jTm r 3
T r3 valor: v = v0 + a t § v(t = 6 s) = 0 + 5 * 6 §

V V
4p2r 3 r3 § v = 30 m s-1.
§T= § T = 2p
G*M G*M Analisando os gráficos velocidade-tempo, ve-
Calcular o período orbital expresso em uni- rifica-se que o único que contempla os valores
dades SI. de velocidade é o (B).
Substituindo na equação anterior, obtém-se 3.2. h = 150 cm = 1,50 m e v0 = 40 m s-1.

V
(6,99 * 106)3 3.2.1.
T = 2p §
6,67 * 10-11 * 6 * 1024 Cada gota comporta-se como um projétil lan-
§ T = 5801,5 s çado horizontalmente.
Exprimir o tempo determinado em horas. Identificar as equações do movimento.
1h T (h) Equações do movimento:
= § T (h) = 1,61 h x = x0 + v * t (na horizontal)
3600 s 5802 s
1
O período do movimento expresso em horas é y = y0 + v0t + at 2 (na vertical)
1,61 h. 2
2.6.3. Determinar o tempo de voo de cada gota de
(D) Tanto a força gravítica como a velocidade água.
manterão o seu valor constante, apesar de va- Dado que a superfície é horizontal, o alcance
riarem em direção. Dado que o módulo dessas será a posição x no instante em que a gota de
grandezas é constante porque as massas são água chega ao solo. Verticalmente, a gota de
constantes e o raio da órbita também, a única água “desceu” 1,50 m, já que era a altura da
opção correta é a (D). saída de água da agulheta e quando chegar ao

© Edições ASA 5
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

solo, y = 0 m. Admitindo o referencial orien- som emitido pela sirene é uma onda mecânica
tado verticalmente para cima, a aceleração e longitudinal. Onda mecânica porque necessita
gravítica terá sentido contrário ao positivo do de um meio material para se propagar e longi-
referencial, pelo que o seu escalar nesse refe- tudinal porque as partículas do meio oscilam na
rencial será negativo. Assim, mesma direção em que a onda se propaga.

V
1,5 3.3.2.
0 = 1,50 + (-10)t2 § t = § t = 0,39 s
10 (B) A equação geral de um movimento harmó-
Determinar o alcance de cada gota de água. nico sinusoidal é x = A sin (w.t) (m)
x = 0 + 40 t § x(t = 0,39 s) = 40 * 0,39 § Identificar a amplitude.
§ x(t = 0,39 s) = 15,6 m Por comparação com a equação dada, concluí-
O alcance médio de cada gota de água é cerca mos que a amplitude é 2 * 10-3 m.
de 15,6 m (desprezando a resistência do ar). Determinar a frequência, o período e o com-
3.2.2. primento de onda.
Identificar o sistema como um sistema con- Por outro lado, w = 2p f § 2p f = 2,0p * 103 §
servativo. § f = 103 Hz.
Desprezando a resistência do ar, durante o 1 1
Como T = §T= § T = 0,0010 s
movimento das gotas de água, a única força f 1000
que atua é o peso da gota e esta força é con- l
Dado que v = § l = 343 * 0,0010 §
servativa. Tal significa que essa força mesmo T
realizando trabalho não faz variar a energia § l = 0,343 m.
mecânica do sistema. Com base nos cálculos realizados e na análise
Determinar o valor da velocidade pela con- feita, conclui-se que a única opção correta é a
servação de energia mecânica. (B).
Em(inicial) = Em(final) § 3.3.3.
§ Ec(i) + Ep(i) = Ec(f) + Ep(f) § (C) A intensidade do som é tanto maior quanto
1 1 maior for a amplitude de vibração e o som é
§ mv2i + mghi = mv2f + mghf §
2 2 oo tanto mais grave quanto menor for a frequên-
0 cia de vibração. Assim, a amplitude terá de au-
1 1 mentar e a frequência de diminuir.
§ m * 40,02 + m * 10 * 1,50 = mv2f §
2 2 3.4.1.
§ vf = 40,4 m s-1 Obtém-se uma estimativa da altura da coluna
O valor da velocidade das gotas de água ao atin- de líquido que a esfera atravessa, calculando
girem o solo é aproximadamente 40,4 m s-1. a área definida no gráfico velocidade-tempo.
3.2.3. Calcular a área de cada quadrícula.
Dado que o alcance de um projétil lançado ho- Nesse gráfico, cada quadrícula tem uma área
rizontalmente é tanto maior quanto maior for o de 0,05 * 1,0 = 0,05
tempo de voo e este também aumenta com a Calcular a área total.
altura de que é lançado o projétil, uma sugestão Contando o número de quadrículas subjacen-
que poderia ser dada ao bombeiro é que subisse tes ao gráfico, determina-se a área total apro-
para cima do depósito da água do carro. Assim, ximada
a água estaria a ser lançada de uma altura su- n.° de quadrículas ] 13
perior pelo que o tempo de voo aumentaria e, Área total ] 13 * 0,05 = 0,65
consequentemente, a água atingiria um maior Estimar a altura da coluna de líquido.
alcance, podendo já chegar ao foco de incêndio. A altura da coluna de líquido é aproximada-
3.3. As ondas obtidas a partir do “pirilampo lumi- mente 0,65 m ou seja, 65 cm.
noso” são eletromagnéticas e transversais. São 3.4.2.
ondas eletromagnéticas porque não necessitam (A) Afirmação falsa. Durante o movimento da
de um meio material para se propagarem e esfera no líquido além do peso da atua tam-
transversais porque a oscilação ocorre na dire- bém a força de resistência do líquido (força de
ção perpendicular à propagação da onda. Já o viscosidade).

6 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

(B) Afirmação verdadeira. No instante t = 4,0 s 4. O farol de Leça


o movimento já é uniforme, pelo que a resul- 4.1.1.
tante das forças é nula, ou seja, (C) A força elétrica é dada por F » = q * E. »
el 0
» =P
F »+R » =0»±R =P
r líquido líquido Assim, quando qo é positiva, os dois vetores
Rlíquido = m * g § Rlíquido = 5,00 * 10-2 * 10 § têm a mesma direção e sentido e quando qo é
§ Rlíquido = 0,50 N negativa, F» eE » têm a mesma direção mas
el
(C) Afirmação falsa. Nos primeiros 3,0 s, a lei sentidos opostos.
da inércia não é válida porque a resultante das 4.1.2.
forças não é nula e como consequência a esfera (A) No ponto X, o campo magnético gerado
não está em repouso nem tem movimento reti- pelo íman da esquerda tem sentido de X para
líneo e uniforme. A partir do instante t = 3,0 s, o a esquerda e para o criado pelo íman da direita
movimento obedece à lei da inércia. também tem sentido de X para a esquerda.
(D) Afirmação verdadeira. Até ao instante Assim, a soma desses dois campos magnéti-
t = 3,0 s, o módulo do peso é superior ao mó- cos dará origem a um campo magnético resul-
dulo da força de viscosidade, dado que o mo- tante com direção horizontal e sentido da
vimento é acelerado no sentido do peso da direita para a esquerda.
esfera. 4.1.3.
(E) Afirmação falsa. A força que constitui par Oersted verificou que uma corrente gera um
ação-reação com a força de viscosidade que o campo magnético já que uma agulha magné-
líquido exerce na esfera está aplicada no lí- tica se desvia quando passa corrente num fio
condutor que está nas suas proximidades. Au-
quido viscoso.
mentando a intensidade da corrente que passa
(F) Afirmação falsa. O movimento não é uni-
no fio, aumenta o desvio da agulha, e se se in-
formemente acelerado por que a variação do
verter o sentido da corrente, o desvio da agu-
valor da velocidade não é diretamente propor-
lha é feito em sentido contrário.
cional ao intervalo de tempo em que tal ocor-
Faraday verificou que uma variação de campo
reu. É um movimento acelerado, mas não
magnético nas proximidades de um fio condu-
uniformemente acelerado (a aceleração não
tor, induz-lhe uma corrente elétrica. Assim,
tem valor constante).
movimentando um íman no interior de um bo-
(G) Afirmação falsa. A 2.a lei de Newton é vá-
bina, gera-se nesta uma corrente elétrica. Do
lida em qualquer instante do intervalo de
mesmo modo, se uma bobina percorrida por
tempo [0 ; 3,0[ s. Contudo, como o valor da uma corrente for movimentada no interior de
aceleração não é constante, também o valor uma outra bobina maior, nesta cria-se, tam-
da força resultante não é constante nesse in- bém, uma corrente elétrica.
tervalo de tempo. 4.2. (A) Afirmação falsa. São de baixa frequência,
3.4.3. ou seja, elevado comprimento de onda.
(C) Ao abrir o paraquedas aumenta a resistên- (B) Afirmação falsa. As ondas de rádio fazem,
cia do ar e diminui bruscamente a velocidade também, parte da radiação eletromagnética.
de queda, ou seja, a 2.a velocidade terminal (C) Afirmação falsa. O primeiro cientista a pro-
será muitíssimo inferior à primeira velocidade duzir ondas de rádio foi Hertz.
terminal. Por outro lado, ao fletir as pernas au- (D) Afirmação verdadeira. Como as ondas de
menta o intervalo tempo de colisão dos pés rádio têm frequência inferior à das micro-
com o solo. ondas, então, as ondas de rádio têm maior
Dv comprimento de onda.
Fr = m a e a = .
Dt (E) Afirmação falsa. As ondas de rádio tam-
Dv bém sofrem reflexão e refração.
Assim, Fr = m .
Dt (F) Afirmação verdadeira. As ondas de rádio
Deste modo, diminui a intensidade da força de como têm grande comprimento de onda so-
impacto pés-solo, tornando o contacto com o frem mais facilmente difração ao encontrar
chão menos “agressivo”. obstáculos.

© Edições ASA 7
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

(G) Afirmação verdadeira. Por exemplo, os sa- A tensão no cabo do elevador no instante
télites de GPS emitem sinais que são de t = 10 s é 8010 N e no instante t = 50 s é 8000 N.
micro-ondas. Usam-nas por estas atravessa- 4.4.1.
rem facilmente a atmosfera terrestre. O aluno que tem razão é o A.
(H) Afirmação falsa. No vazio, toda a radiação Deduzir a expressão do tempo de voo.
eletromagnética se propaga à mesma veloci-
1
dade. Assim, micro-ondas e ondas de rádio y = y0 + v0t + at2
2
propagam-se à mesma velocidade, quando no
Na vertical não há velocidade inicial para ne-
vazio.
nhum dos berlindes (tanto o lançado horizon-
4.3.1.
Verifica-se a lei da inércia ou 1.ª lei de Newton talmente como o que é deixado cair).

quando a velocidade é nula ou quando a velo- Verifica-se que, quando os berlindes atingirem
cidade é constante. o solo, y = 0 m. Como a única força que atua
Como a trajetória do elevador é retilínea e no nos berlindes é o peso, a aceleração dos ber-
intervalo de tempo ]20 ; 80[ s, o valor da velo- lindes é a aceleração gravítica. Considerando
cidade é constante, pode afirmar-se que nesse o referencial vertical orientado positivamente
intervalo de tempo se verifica a lei da inércia. para cima, verifica-se que a = g < 0.

V
4.3.2. 1 2h
(B) No intervalo de tempo [0 ; 20[ s o movi- 0=h+ (-g)t2 § -2h = -gt2 § t =
2 g
mento é uniformemente acelerado e no inter-
Concluir com base na expressão deduzida.
valo ]20 ; 80[ s é uniforme. Por outro lado, o
A expressão do tempo de voo dos berlindes
valor da aceleração no primeiro intervalo de
apenas depende da altura de que é deixado
tempo é 0,0125 m s-2 e no segundo intervalo
cair e do valor da aceleração gravítica. Como
de tempo o valor da velocidade é 0,5 m s-1.
os berlindes verticalmente são “deixados cair”
4.3.3.
da mesma altura e no mesmo local, atingirão
(A) O módulo do valor da aceleração no arran-
que [0 ; 20[ s é igual ao módulo do valor da o solo no mesmo instante. Assim, o aluno A é
aceleração no intervalo de tempo de travagem o aluno que tem razão.
]80 ; 100[ s. Se o módulo da aceleração é 4.4.2.
igual, também o módulo da força resultante é (D) A componente vx da velocidade vai perma-
igual, já que Fr = m * a. necer constante e igual ao valor da velocidade
4.3.4. de lançamento. Já na vertical, a velocidade vai
Determinar a massa total do sistema. variar linearmente com o tempo, dado que se
m(total) = 680,0 + 2 * 60,0 § despreza a resistência do ar. Considerando o
§ m(total) = 800,0 kg eixo de referência (na vertical) orientado posi-
Determinar o módulo da resultante das for- tivamente para cima, o valor da velocidade se-
ças na cabine para t = 10 s e t = 50 s. gundo OY será negativo.
Para t = 10 s: Fr = m * a §
4.5.1.
§ Fr = 800 * 0,0125 § Fr = 10,0 N
(A) O ângulo de incidência é 50° e é igual a q1.
Para t = 50 s: uma vez que a velocidade é cons-
Por outro lado, q2 e q3 são ângulos comple-
tante, a resultante das forças é nula.
mentares, pelo que têm a mesma amplitude e
Determinar o módulo da tensão que atua na
terá de ser menor que 50° já que q2 é o ângulo
cabine para t = 10 s e t = 50 s.
» =T
Para t = 10 s: F »+P»±F =T-P§ de refração de um ângulo incidente de 50°,
r r
§ T = P + Fr § T = 800 * 10 + 10,0 § quando a luz passa do ar para o vidro. Por úl-
§ T = 8010 N timo, q1 = q4 porque q1 é igual ao ângulo de in-
» =T
Para t = 50 s: F »+P
»±F =T-P§ cidência e o raio que emerge do vidro para o ar
r r
§ 0 = T - P § T = P § T = 800 * 10 § é paralelo ao raio que incide no vidro e que dá
§ T = 8000 N origem à refração.

8 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

4.5.2. 5.1.2.
Aplicar a lei de Snell-Descartes. De acordo com Aristóteles, a velocidade de um
nvidro sin q3 = nar sin 90 ° § corpo em queda livre era constante. Assim, o
§ 1,5 sin q3 = 1,1 § gráfico seria:
1 v
§ sin q3 = ± q3 = 41,8°
1,5
Concluir com base nos cálculos t

O ângulo q3 deverá ter no mínimo a amplitude


De acordo com Galileu, o movimento é unifor-
de 41,8°.
memente variado. Assim, o gráfico velocidade-
4.6.1.
-tempo será:
Determinar o período.
0,10 ms T v
= § T = 0,40 ms
1 div 4 div
Determinar o erro experimental associado t

ao aparelho de medida.
5.1.3.
Cada divisão corresponde 0,10 ms. Como cada
Uma frase do texto que pode evidenciar que a
uma destas está dividida em 5 partes, a menor Ciência é um processo em construção é:
divisão da escala é 0,02 ms. Como se trata de “Estas ideias andavam já no ar, sim, Galileu
um aparelho de medida analógico, o erro é teve predecessores”.
metade da menor divisão, ou seja, 0,01 ms. 5.2.1.
Exprimir o período atendendo ao erro expe- A velocidade é uma grandeza vetorial. Para
rimental. ficar totalmente caracterizada será necessário
T = (0,40 ¿ 0,01) ms ter em conta o seu módulo, a sua direção e o
4.6.2. seu sentido. Como a velocidade é um vetor com
Determinar a tensão pico a pico. direção tangente à trajetória, não é possível um
A tensão pico a pico será 5 div * 2 V/ div = 10 V corpo mover-se numa trajetória curvilínea e ter
Determinar a tensão eficaz. velocidade constante, já que se não varia em
Upp 10 módulo, varia, pelo menos, em direção.
Uef = § Uef = = 7,1 V
V√2 V√2 5.2.2.
A tensão nos extremos da lâmpada é cerca de Situação A: o corpo está inicialmente em mo-
7,1 V. vimento e a força resultante tem a mesma di-
reção e sentido contrário à velocidade. Como
4.6.3.
têm a mesma direção, a trajetória do corpo vai
(C) A alteração da escala não afeta o sinal.
ser retilínea. Dado que a força tem sentido con-
Assim, continuará a ter o mesmo período.
trário à velocidade inicial, o movimento começa
5. Nada vem do nada por ser uniformemente retardado no sentido da
velocidade e depois inverte o sentido do movi-
5.1.1.
mento e passa a ter movimento uniforme-
No âmbito do texto, o termo “salto” significa mente acelerado no sentido da força exercida.
evolução. Assim, a frase referida traduz que a Situação B: O corpo está inicialmente em mo-
Ciência entre Aristóteles e Galileu sofreu uma vimento e força aplicada não tem a direção da
evolução muito considerável. Por exemplo, o velocidade inicial. Assim, a força exercida fará
conceito de movimento foi clarificado com os com que a trajetória seja curvilínea e por outro
contributos de Galileu. Aristóteles considerava lado fará o valor da velocidade diminuir, já que
que um corpo em queda livre tinha movimento a componente da força na direção da veloci-
uniforme e Galileu admitia que nessa situação dade tem sentido contrário a esta.
o valor da velocidade do corpo aumenta cons- Situação C: O movimento será retilíneo e uni-
tantemente com o tempo (movimento unifor- formemente acelerado no sentido da força
memente variado). aplicada, já que o corpo parte do repouso.

© Edições ASA 9
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

5.3. (B) Determinar a reação normal para os cor- Na direção horizontal, a resultante das forças
pos A e B. será igual à componente horizontal de F » , ou
1
Corpo A: seja,
» =T
F »+N » +P»+F» F1 cos 20°
r 1
» =F
F » ± ma = F cos 20° § a =
»
A força F pode ser decomposta na direção ho- r 1x 1
m
1
rizontal e na direção vertical, pelo que: Corpo B:
F1y » =N
F » +P»+F »
» =F
F » +F» y, sendo que: sin 20° = § r 2
1 1x 1
F Na direção horizontal, a resultante das forças
F1x será igual à componente horizontal de F » , ou
2
§ F1y = F1 sin 20° e cos 20° = §
F1 seja,
§ F1x = F1 cos 20° F2 cos 20°
» =F
F » ± ma = F cos 20° § a =
r 2x 2
Assim, a equação da resultante das forças m
pode tomar a forma: Concluir com base nas deduções realizadas.
»= T
F »+N » +P
»+F » +F» Os dois corpos vão passar a mover-se com
1x 1y
Na direção vertical, a resultante das forças é acelerações de igual módulo, mas com sentido
nula pelo que a soma das forças e componen- contrários.
tes de forças nesta direção terá de ser nula, 5.3.2.2.
isto é, Determinar o valor da aceleração do bloco
» +P
N »+F» =0 »§N-P–F =0§ B.
1y 1y
§ N = P + F1y § N(A)= P + F1 sin 20° F2 cos 20° 50 * cos 20°
Corpo B: a(B) = § a(B) = §
m 4,0
» =T
F »+N» +P »+F»
r 2 § a(B) = 11,7 m s-2
»
A força F pode ser decomposta na direção ho-
2 O valor da aceleração do bloco B é 11,7 m s-2.
rizontal e na direção vertical, pelo que: Determinar o valor da reação normal.
F2y N(B) = P - F2 sin 20° §
» =F
F » +F» , sendo que: sin 20° = §
2 2x 2y
F § N(B) = 40,0 - 50 sin 20° § N(B) = 23 N
F2x O valor da reação normal que atua é 23 N.
§ F2y = F2 sin 20° e cos 20° = §
F2 5.4.1. (C)
§ F2x = F2 cos 20° 5.4.2.1.
Assim, a equação da resultante das forças A força F» representa a reação normal da su-
1

pode tomar a forma: » re-


perfície da mesa sobre o bloco e a força F 2
» =T
F »+N» +P»+F » +F » presenta o peso do bloco.
r 2x 2y
Na direção vertical a resultante das forças é 5.4.2.2.
nula pelo que a soma das forças e componentes A força que constitui para ação-reação com F »
1

de forças nesta direção terá de ser nula, isto é, está aplicada no tampo da mesa, tem direção
» +P
N »+F » =0 »§N+F -P=0 »§ vertical e sentido da mesa para o solo.
2y 1y
§ N = P - F1y § N(B) = P - F2 sin 20° De acordo com a figura, |F » | = |F
» |, sendo F
»
1 2 2

Concluir com base nas deduções feitas. o peso do corpo. Assim, a força que é par ação-
Como as forças F » eF» têm a mesma intensi- reação com F » terá valor igual ao peso do
1 2 1

dade e o peso dos blocos é igual, pode con- corpo.


cluir-se que a normal que atua em A é mais 5.5.1.
intensa do que a que atua em B. Uma fotografia estroboscópica consiste no re-
5.3.2.1. gisto da posição de um corpo de instante em
(D) Se o fio que liga os corpos for cortado instante constante. No caso do exemplo dado,
deixa de existir a tensão do fio é feito o registo segundo a segundo.
Determinar o módulo da aceleração de cada 5.5.2.
corpo. Uma vez que o movimento é uniformemente
Corpo A: acelerado, no instante t = 2 s a velocidade e a
» =N
F » +P»+F » resultante das forças têm a mesma direção e
r 1

10 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

sentido. Numa trajetória retilínea, um movi- menor que o valor da componente tangencial
mento só é acelerado se a resultante das for- do peso, o bloco desceria o plano com movi-
ças tiver o mesmo sentido da velocidade. mento uniformemente acelerado.
5.5.3. Por outro lado, o valor da reação normal será
m = 400,0 g § m = 0,4000 kg igual à componente normal do peso (compo-
Determinar o valor da aceleração do movi- nente na direção perpendicular à superfície do
mento com base na imagem estroboscópica. plano inclinado). Assim, terá uma intensidade
1 menor que o peso.
x = x0 + v0t + t2
2 5.6.2.
Para o intervalo de tempo [0 ; 3[ s: Dado que é dado o gráfico velocidade-tempo
1 pode-se determinar o espaço percorrido atra-
1,80 = 0 + 0 + a32 § a = 0,40 m s-2 vés da área definida nesse gráfico. Assim, a
2
distância percorrida sobre o plano inclinado
Determinar a resultante das forças que
nas condições referidas corresponde à área no
atuam no carrinho
intervalo de tempo [0 ; 3[ s.
» = m»
F a ± Fr = ma § Fr = 0,4000 * 0,40 §
r
B*h 3 * (0,8 - 0,2)
§ Fr = 1,6 N A= §A= § A = 0,9
2 2
O valor da força resultante é 1,6 N.
5.5.4. Assim, o espaço percorrido, s, será 0,9 m.
Determinar o valor da velocidade no ins- 5.6.3.
tante t = 3,0 s. (C)
» = ma
F » ± Fr = ma
v = v0 + at § v = 0 + 0,40 * 3,0 § r

§ v = 1,2 m s-1 vf - vi
Como a = , a equação da resultante das
Identificar o tipo de movimento a partir de Dt
forças pode ser escrita na forma:
t = 3 s.
De acordo com a Lei da Inércia, quando a re- vf - vi 0,2 - 0,8
Fr = m § Fr = m
sultante das forças é nula, o corpo possui mo- Dt 3-0
vimento retilíneo uniforme ou está em Atendendo a que o módulo da velocidade está
repouso. a diminuir, a força resultante deverá ter sen-
Nesta situação, como estava em movimento, tido contrário à velocidade.
a partir do instante em que a resultante das
6. Em torno da velocidade do som
forças passa a ser nula, o corpo continuará a
mover-se com velocidade igual à que tinha no 6.1. Identificar a velocidade do som a 20 °C e a
instante em que a força deixou de atuar, ou velocidade da luz.
seja, no instante t = 3 s. A velocidade do som no ar a 20 °C é 343 m s-1
Traçar o gráfico velocidade-tempo e a velocidade da luz no ar é aproximadamente
v/m s–1
3,0 * 108 m s-1.
Determinar a razão entre a velocidade da
1,2 luz e a velocidade do som.
vluz no ar 3,0 * 108
= = 8,7 * 105
vsom (20 °C) 343
Identificar a ordem de grandeza do número
0 3,0 6,0 t/s
obtido.
5.6.1. Dado que o primeiro algarismo do número que
(C) Para o bloco estar a mover-se com movi- identifica a razão entre as velocidades é 8, ou
mento uniforme terá de existir atrito, já que seja, superior a 5, então, a ordem de grandeza
será essa força que compensará a compo- é a potencial de base 10 com o expoente au-
nente tangencial do peso (paralela à superfície mentado de uma unidade. O valor determi-
do plano inclinado). Caso não existisse atrito nado está mais próximo de 106 do que de 105.
ou se a intensidade da força de atrito fosse Assim, a ordem de grandeza é 106.

© Edições ASA 11
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

6.2. De acordo com o texto, a velocidade do som 6.5.2.


no ar depende da densidade e da temperatura Comparar a amplitude das duas ondas.
do ar. As ondas A e B têm a mesma amplitude.
6.3. O som no ar propaga-se através de ondas me- Comparar a frequência das duas ondas.
cânicas longitudinais, gerando-se zonas de A frequência da onda A é inferior à frequência
elevada densidade de partículas e zona de da onda B.
baixa densidade. As zonas de elevada densi- Comparar a intensidade do som A e B.
dade de partículas são zonas de elevada pres- Para sons com a mesma amplitude, quanto
são e designam-se zonas de compressão. As maior for a frequência do som maior é a inten-
zonas de reduzida densidade são zonas de sidade. Como A e B têm a mesma amplitude,
baixa pressão e designam-se zonas de rarefa- o de maior frequência é o de maior intensi-
ção. É nesta sequência de compressões e ra- dade. Assim, o som B é mais intenso que o
refações que consiste a propagação de um som A.
som no ar. 6.6. Determinar a velocidade do som no ar à
6.4.1. temperatura de 35 °C.
Um sinal puro ou simples é representado em vsom(ar) = (331 + 0,606 * q)
termos temporais ou espaciais por uma fun- vsom(35 °C) = 331 + 0,606 * 35 §
ção sinusoidal. É possível determinar com cla- § vsom(35 °C) =352 m s-1
reza o comprimento de onda ou o seu período. Determinar o comprimento de onda da onda
6.4.2. sonora a 35 °C.
(A) f = 1100 Hz
f = 440 Hz v 352
1 1 v = lf § l = §l= §
f 1100
§T= § T = 2,27 * 10 s §
-3
T=
f 440 § l =0,320 m § l = 320 mm
§ T = 2,27 ms A 35 °C, o comprimento de onda da onda so-
No gráfico A, 2T = 4,54 ms § T = 2,27 ms. nora é 320 mm.
Este é o gráfico que traduz corretamente o pe- 6.7.
ríodo de som. Relacionar o intervalo de tempo de propa-
6.5.1. gação com a velocidade.
Analisar a representação gráfica da figura. d d
A representação gráfica traduz a variação v= § Dt =
Dt Dt
temporal de duas ondas, A e B. Destes gráfi-
dgranito
cos podemos obter o período do movimente e Dtgranito =
vgranito
consequentemente a frequência.
dcobre
Comparar o período e a frequência das Dtcobre =
vcobre
ondas A e B
TA > TB ± fA < fB Comparar as distâncias percorridas.
Comparar os comprimentos de onda de A e A leitura no gráfico de barras permite concluir
B. que a velocidade do som no cobre é 6000 m s-1
As duas ondas propagam-se no mesmo meio, e no granito 3600 m s-1.
assim, têm a mesma velocidade de propaga- dgranito dcobre
Dtgranito = Dtcobre § = §
ção. vgranito vcobre
l dgranito
v= § l = vT § dcobre = * vcobre
T vgranito
Dado que a velocidade de propagação é a dgranito
dcobre = * vcobre §
mesma, quanto maior for o período maior é o vgranito
comprimento de onda. Assim, como a onda A 1,00
tem maior período, terá maior comprimento de § dcobre = * 6000 § dcobre =1,67 m
3600
onda.

12 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

No intervalo de tempo em que o som percorre de forma contínua, mas antes parece ser uma
1,00 m no granito, percorre 1,67 m no cobre. representação com base num código binário.
7.4.2.
6.8.1.
Ao contrário dos sinais analógicos, nos sinais
Determinar o valor médio do intervalo de
digitais é mais fácil eliminar ruídos e é possível
tempo medido.
copiá-los um elevado número de vezes sem
5,71 + 5,97 + 5,45 + 5,60
√ t=
D §D
√ t =5,68 ms que percam qualidade relativamente ao sinal
4 inicial.
Exprimir o intervalo de tempo médio em 7.5.1.
unidades SI, ou seja, segundo. 1 – Sinal ou mensagem que se pretende trans-
√Dt =5,68 ms § √Dt = 5,68 * 10-3 s mitir
Determinar o valor da velocidade do som no 2 – Onda portadora
ar. 3 – Sinal modulado
d 2,00 7.5.2.
v= § vsom = §
√Dt 5,68 * 10-3 A modulação representada na figura da direita
§ vsom = 352 m s-1 corresponde a uma modulação em frequência
A velocidade do som determinado nestas con- (FM), já que a onda modulada relativamente à
dições experimentais é 352 m s-1. onda portadora sofre alteração a nível da fre-
6.8.2. quência, mantendo-se a amplitude.
Se as mãos estiverem alinhadas com os mi- 7.5.3.
crofones, o intervalo de tempo que é registado A modulação FM como não é sensível a alte-
corresponde ao tempo que o som resultante rações de amplitude é, por isso, pouco afetada
da palmada demora a ir de um microfone ao pelo ruído.
outro, ou seja, de A a B. Se a palmada não for 7.6.1.1.
dadas em linha com os microfones, o intervalo O campo elétrico criado por uma carga pontual
de tempo obtido pode não corresponder ao positiva num ponto à distância d da carga cria-
tempo que pretendemos. dora tem direção radial e sentido do ponto para
6.8.3. o exterior. Se a carga for negativa, o campo
Uma das alterações que se observaria é que o criado por esta carga nesse ponto é também ra-
intervalo de tempo que o som demora de A a dial mas dirigida do ponto para a carga. Assim,
B ia aumentar. Por outro lado, como o micro- no esquema A, o campo criado no ponto X vai
fone B está mais afastado haverá maior perda ser a soma do campo criado pela carga positiva
de intensidade do som ao chegar a este micro- e do campo criado pela carga negativa. Como
fone e como consequência os picos observa- os vetores que representam estes campos têm
dos deverão ter menor amplitude. a mesma direção se sentido, o campo em X terá
a direção da reta que une as cargas e sentido
7. Descobrindo a rádio do ponto X para a carga negativa.
7.1. O pensamento pioneiro de Maxwell foi escre- 7.6.1.2.
ver quatro equações que unificam o campo No esquema A, os vetores que representam o
elétrico com o campo magnético. campo criado pelas cargas têm a mesma di-
7.2. A experiência de Hertz foi a primeiro processo reção e sentido. Assim, nesse esquema, o
experimental para gerar em laboratório ondas valor do campo em X é a soma do valor do
de rádio. Assim, deu-se início ao desenvolvi- campo criado pela carga positiva e negativa.
mento da tecnologia que veio a permitir as co- No esquema B, os vetores que representam o
municações a grandes distâncias. campo têm a mesma intensidade, mas senti-
7.3. (A) dos opostos. Assim, o campo no ponto Y será
7.4.1. » = 0.
nulo, isto é, E(Y) »
O sinal representado é digital já que a variação Como consequência, a intensidade do campo
da grandeza representada no eixo vertical, habi- elétrico em X é superior à intensidade do
tualmente a diferença de potencial (U), não varia campo em Y, já que neste ponto é nulo.

© Edições ASA 13
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

7.6.1.3. f = N B A cos q (sendo q o ângulo entre o campo


O campo criado por duas cargas simétricas é magnético e a normal ao plano da espira.
o representado na figura da direita. Determinar a área de cada espira.
As linhas de campo do campo criado por duas Espira circular: A = pr2 §
cargas elétricas simétricas são orientadas de A = p(5 * 10-2)2 § A = 8,5 * 10-3 m2
uma carga para a outra (da carga positiva para Determinar a força eletromotriz induzida no
a carga negativa), sendo linhas “fechadas” de intervalo de tempo [0 ; 2[ s.
uma carga até à outra. Como neste intervalo de tempo o módulo do
7.6.2.1. campo magnético é constante, não há varia-
Esquema C. A orientação das linhas de campo ção de fluxo magnético nas espiras, pelo que
do campo magnético gerado por uma corrente a força eletromotriz é nula.
num fio condutor longo, é dada pela regra da Determinar a força eletromotriz induzida no
mão direita. Quando o polegar aponta no sen- intervalo de tempo [2 ; 6[ s.
tido da corrente, os restantes 4 dedos ao f(t = 2 s) = 100 * 0,002 * 8,5 * 10-3 §
“agarrarem” o fio movimentam-se no sentido § f(t = 2 s) = 1,7 * 10-3 Wb
das linhas de campo. Como no esquema A, a f(t = 6 s) = 100 * 0 * 8,5 * 10-3 §
corrente tem sentido descendente, as linhas § f(t = 2 s) = 0
de campo serão orientadas em sentido contrá-
rio ao representado na figura.
|e| =∆
| |
Df
Dt
§e=
|
0 - 1,7 * 10-3
6-2 |§

As linhas de campo do campo magnético § e = 4,3 * 10 V -3

orientam-se do pólo norte para o pólo sul. O módulo da força eletromotriz induzida no in-
Assim, no esquema B o sentido das linhas de tervalo de tempo [2 ; 6[ s foi de 4,3 * 10-3 V.
campo está errado. 7.6.3.4.
7.6.2.2. Um microfone de indução é fundamental-
(D) As linhas de campo num ponto têm por mente constituído por uma bobina móvel, a
tangente o vetor campo magnético. Este tem que está acoplada uma membrana e um íman
o sentido das linhas de campo. A unidade SI da que permanece fixo dentro do micofone.
intensidade do campo magnético é o tesla (T). Quando ondas sonoras atingem a membrana,
7.6.3.1. esta oscila e a bobina que lhe está associada
Faraday descobriu que o movimento de um move-se no campo magnético gerado pelo
íman nas proximidades de um fio condutor íman. Como há variação do fluxo magnético nas
gera uma corrente elétrica nesse fio condutor. espiras da bobina, é gerada uma força eletro-
7.6.3.2. motriz induzida. Como a diferença de potencial
Movimentando o íman no interior de uma bo- criada é muito pequena, o sinal é amplificado e
bina nos sentidos indicados fará com que haja depois enviado para os altifalantes.
variação do fluxo magnético através das espi-
ras e, como consequência, gerar-se-á uma 8. Comunicar com radiação
força eletromotriz induzida que origina uma eletromagnética
corrente elétrica. Assim, o ponteiro do micro- 8.1.1.
amperímetro movimentar-se-á num sentido (C) Pela leitura direta da tabela verifica-se que
quando o íman se aproxima da bobina e em quanto maior é o comprimento de onda, menor
sentido contrário quando o íman se afasta do é o índice de refração de um dado meio para
enrolamento de fio metálico. cada radiação.
7.6.3.3. Na opção C, refere-se que quanto maior for a
Identificar o processo de determinar a força frequência maior é o índice de refração. A ve-
eletromotriz induzida. locidade de propagação, o comprimento de
O módulo da força eletromotriz (e) é dado por: onda e a frequência relacionam-se através da
|e| =∆
| |
Df
Dt
. O fluxo magnético (f) para N espi- expressão: v = lf. Como num dado meio,
quanto maior for a frequência menor é o com-
ras é determinado através da expressão
primento de onda, opção C é a correta.

14 © Edições ASA
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

8.1.2. Pela definição de índice de refração, quanto


O índice de refração de uma radiação num maior for a velocidade de propagação num
c meio menor é o índice de refração desse meio.
dado meio é dado por n = , em que v é a ve-
v Assim, o vidro da lâmina A tem menor índice
locidade da luz nesse meio e c a velocidade da
de refração que o da lâmina B.
luz no vazio. 8.3. (B)
c c Expressar o índice de refração em função
n= §v=
v n da velocidade da luz no vazio e no líquido
Como c é uma constante (velocidade da luz no transparente.
vazio), quanto maior for o índice de refração, c
menor é a velocidade da luz nesse meio. n(líquido) =
vlíquido
Assim, para o mesmo comprimento de onda,
Exprimir a velocidade da luz num dado meio
o meio que tem maior índice de refração é o
em função da distância e o intervalo de tempo.
vidro B, pelo que é neste meio que a luz se pro-
dA
paga com menor velocidade. No vazio: c =
Dt
8.1.3. dB
O índice de refração do revestimento do núcleo No líquido transparente: vlíquido =
Dt
de uma fibra ótica deverá ser menor do que o Deduzir a expressão do índice de refração:
valor do índice de refração do núcleo. Só deste dA
modo poderá ocorrer reflexão total quando luz c Dt
n(líquido) = § n(líquido) = §
que se propaga no núcleo incide na superfície de vlíquido dB
separação núcleo-revestimento. O princípio de dA Dt
funcionamento das fibras óticas baseia-se no fe- § n(líquido)=
dB
nómeno de reflexão total. Assim, o revestimento 8.4. O declive da reta traçada no gráfico traduz o
do núcleo da fibra deverá ser feito com vidro A.
índice de refração do meio B em relação ao
8.1.4.
meio A.
Identificar o índice de refração do vidro A e nB
nA sin i = nB sin r § sin i = sin r
da água para radiação de comprimento de nA
onda 800 nm. Comparando esta equação com y = k x, assim,
n(l = 800 nm para o vidro A) =1,511 nB
sin i será y, a constante de proporcionali-
n(l = 800 nm para a água) = 1,328 nA
Aplicar a lei de Snell-Descartes. dade e x será sin r.
n1sinq1 = n2sinq2 § 1,511 sinq1 = 1,328 sin 53° 8.5.1.
1,328 sin 53° As ondas em A e B antes de sofrerem difração
sinq1 = § sinq1 = 0,702 ±
1,511 têm igual comprimento de onda, podendo ser
± q1 = 45° geradas pela mesma fonte, no mesmo meio.
O ângulo de incidência é de 45°. 8.5.2.
8.1.5. Ocorre difração quando a ordem de grandeza
(B) O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de do comprimento de onda das ondas que en-
incidência. Como a luz está a passar de um contram obstáculos ou fendas é aproximada-
meio menos denso para um meio mais denso, mente igual ou maior que as dimensões
o raio refratado vai ter menor velocidade que desses obstáculos ou fendas.
o raio incidente, pelo que se aproxima da nor- Na figura A, a dimensão da fenda é muito
mal. Assim, o ângulo de refração será menor
maior que o comprimento de onda das ondas
que o ângulo de incidência e, como tal, menor
que a atravessam. Assim, a difração é pouco
que o ângulo de reflexão.
significativa. Já no esquema B é bem visível a
8.2. O índice de refração de uma radiação num
c ocorrência de difração. Neste esquema, a di-
dado meio é dado por: n = . mensão da fenda através da qual as ondas
v
Na lâmina A, o ângulo de refração é maior que passam é da ordem de grandeza do compri-
na lâmina B. Assim, a velocidade de propagação mento de onda das ondas. Deste modo, ocorre
se luz na lâmina A é maior que na lâmina B. difração apreciável.

© Edições ASA 15

Você também pode gostar