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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho: Regras do funcionamento da língua Portuguesa

Nome do Estudante:
Código do estudante:

Curso: Português

Disciplina: Língua Portuguesa 1

Ano de Frequência: 1º

Beira, Julho de 2020

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Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões
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máxima tutor l
 Capa 0.5

Aspectos  Índice 0.5


Estrutura
organizacionais  Introdução 0.5

 Actividades 0.5

 Organização dos dados


 Indicação correcta da
fórmula
Conteúdo Actividades2porunidade 17.01
 Passos da resolução

 Resultado obtido

 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas

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A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade
2. O número das actividades pode variar em função ao docente ii

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................5

1.1. Contextualização.......................................................................................................................5

1.2. Objectivos.................................................................................................................................5

1.2.1. Geral......................................................................................................................................5

1.2.2. Específicos.............................................................................................................................6

1.3. Métodos e metodologias do trabalho........................................................................................6

1.4. Divisão de trabalho...................................................................................................................6

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................7

2.1. Regra de funcionamento da língua portuguesa.........................................................................7

2.2. Relação da coordenação esuibcoordenação..............................................................................7

2.3. Relações lexicais.......................................................................................................................8

2.4. Processo de formações de palavras...........................................................................................9

2.5. Frases simples (tipos e formas de palavras)...........................................................................10

2.6. Discurso relatado (discurso directo, indirecto e livre)............................................................11

2.7. Níveis de língua (familiar, corrente, cuidado) normas e desvio.............................................12

2.8. Formas de tratamento (pronome de tratamento e formas de cortesias)..................................12

2.9. Texto narrativo oral ou escrito................................................................................................14

2.10. Texto poético........................................................................................................................15

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO....................................................................................................16

Referências bibliográficas.............................................................................................................17

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

O presente trabalho da Língua Portuguesa 1, visa abordar entorno das regras de funcionamento
da língua portuguesa, visto que com conhecimento sobre a língua, designadamente o
conhecimento gramatical, é frequentemente encarado de forma isolada, em relação aos outros
domínios de ensino e aprendizagem da língua (comunicação oral, leitura e escrita). Esta
orientação manifesta-se, desde logo, pela denominação adoptada (funcionamento da língua
análise e reflexão) e pela defesa de um percurso integrado de comunicação oral e escrita e de
reflexão sobre a língua. A dimensão criativa orientou-se para a criação textual e mobilizou
estratégias de jogo, com vista à produção de textos que colocam em relevo determinadas
características linguísticas. Estabeleceu-se, por conseguinte, uma clara ligação entre o domínio
relativo ao estudo do funcionamento da língua e o domínio da produção escrita.

A dimensão pessoal foi activada por meio das escolhas que o sujeito efectua na construção do
texto e por meio da fundamentação dessas escolhas, junto dos colegas com quem trabalhava. As
escolhas e a fundamentação revelam a capacidade de o sujeito se relacionar com a linguagem. A
dimensão meta discursiva, ou seja, a produção de discurso sobre a própria linguagem,
acompanha as outras vertentes ao longo da construção do texto: perante os outros elementos do
grupo, o sujeito refere a linguagem, apresenta propostas, concorda ou discorda de outras
propostas linguísticas, procura e reflecte sobre alternativas, revela os seus argumentos e chega a
decisões sobre a linguagem, que revela nesse processo de escrita.

1.2. Objectivos

1.2.1. Geral

 Resolver diversos itens contido na ficha de exercício no que tange as regras do


funcionamento da língua Portuguesa.

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1.2.2. Específicos

 Identificar os diversos itens contido na ficha de exercício no que tange as regras do


funcionamento da língua Portuguesa;
 Descrever os diversos itens contido na ficha de exercício no que tange as regras do
funcionamento da língua Portuguesa;
 Caracterizar os diversos itens contido na ficha de exercício no que tange as regras do
funcionamento da língua Portuguesa.

1.3. Métodos e metodologias do trabalho

Segundo Piletti (1991), “método é um caminho a seguir para alcançar um fim”. Na visão de Gil
(1999), “Metodologia é um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõem os
problemas específicos”. Para a efectivação do presente trabalho da cadeira de Língua
portuguesa , recorreu-se ao método qualitativo, aquele que busca entender um fenómeno
específico em profundidade. A pesquisa, quanto ao tipo, é qualitativa do estilo exploratória. As
pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores.

1.4. Divisão de trabalho

O presente trabalho da cadeira de Química básica encontra-se dividido em três capítulos, onde no
primeiro esta patente a contextualização do tema, seus objectivos e métodos e metodologias
usada no mesmo. Já no segundo capítulo desvendou-se entorno do desenvolvimento do próprio
tema e por fim no terceiro capítulo fez-se a menção da conclusão.

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Regra de funcionamento da língua portuguesa

A abordagem de factos gramaticais em sala de aula não pode prescindir da análise de dados
linguísticos. De nada adianta o professor dizer que um adjunto abdominal é um termo
modificador de substantivos se não orientar o aluno a reflectir sobre dados concretos que lhe
permitam entender adequadamente o papel desempenhado por esses termos no funcionamento da
língua. A escolha dos dados linguísticos a serem trabalhados nas aulas de gramática deve ser
feita com base em critérios que priorizem o reconhecimento dos fatos gramaticais como
estratégias desencadeadoras de efeitos de sentido. O rigor, qualquer enunciado da língua se
presta a uma análise gramatical, mas nem todo enunciado se apresenta, para fins didácticos,
como um dado rentável às reflexões sobre o papel da gramática na construção do sentido de um
texto.

2.2. Relação da coordenação e subcoordenação

Para compreender a estrutura sintáctica de uma frase, ou seja, a análise em relação à organização
da mesma, que é dividida em coordenação e subordinação; primeiramente deve-se entender o
que é frase; e, de acordo com Mattoso Câmara, nada mais é do que “unidade de comunicação
linguística, caracterizada do ponto de vista comunicativo por ter um propósito definido e ser
suficiente para defini-lo, e do ponto de vista fonético por uma entonação que lhe assinala
nitidamente o começo e o fim”.

Seguindo a linha de definição acerca de frase escrita, Perini diz que se inicia com letra maiúscula
e finaliza com algum sinal de pontuação  (ponto final, ponto de interrogação, ponto de
exclamação etc.), todavia, outros gramáticos não delimitam a necessidade de pontuação para a
constituição de frase.

O vocábulo definido acima ainda pode ser uma oração, mas a última não é sinónimo de frase;
isto é, uma oração possui verbo, mas uma frase não precisa de verbo para ser denominada como
tal, sendo assim, toda oração (ou conjunto de orações = período) é uma frase (exemplo: Abra o

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livro na página 4 e Faça um bolo e entregue a Maria), porém, nem toda frase é uma oração
(exemplo: O caderno amarelo da filha de João da Silva).

Quanto a período (ou enunciado) que é a soma dos elementos estruturais da frase e tem a
necessidade da pontuação, este pode ser simples ou composto; sendo por composição, será
subdividido em coordenação (semântica + sintáctica) e subordinação (“é o emprego de um nível
mais elevado no lugar de outro de nível inferior”, Back). Outro ponto a ser frisado é que
composição por aposição difere-se de composição por coordenação, pois a primeira admite
expressões explicativas (isto é; quero dizer) e expressões rectificadoras (minto; aliás).

Ainda em relação à composição por aposição, Back enumera dois tipos de aposição:
identificadora (“Vasco da Gama,  um almirante português, descobriu o Moçambique.”) e
rectificadora (“Machava,  minto, Mafunga veio até a sala.”), e ambas exercem a mesma função
sintáctica. A locução subordinante também tem duas classificações, podendo ser complexa ou
unitária. A primeira refere-se a uma locução verbal (Ex. Amanhã, todos os alunos irão fazer o
teste), enquanto a segunda, como o próprio nome diz, é composta por um único verbo (Ex.
Ontem, Pedro fez o exame). A explanação de alguns termos, como hipotaxe (subordinação)
estrutura muito complexa que pode ser reduzida e parataxe termo equivalente para a
coordenação, hipertaxe palavra que exerce um grande significado, como, por exemplo, um
substantivo com significado maior é também bastante válida para uma compreensão clara e
coerente. Além disso, vale ressaltar que pronome sempre tem função sintáctica.

2.3. Relações lexicais

Dentro do campos das relações lexicais observa-se que as palavras podem estabelecer


diversas relações, sejam elas por origem, por significado, por som, por área temática etc. No
campo lexical, as palavras se referem a uma mesma realidade. Por não estarem devidamente
diferenciados ou definidos, os conceitos de campo semântico e campo lexical frequentemente
são confundidos. Tanto o campo semântico quanto o campo lexical são utilizados pela linguística
textual a fim do melhor e mais adequado uso das palavras da língua portuguesa. Para entendê-los
melhor propomos alguns esclarecimentos e algumas conceituações.

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Léxico é o conjunto de palavras pertencentes a determinada língua. Por exemplo, temos um
léxico da língua portuguesa que é o conjunto de todas as palavras que são compreensíveis em
nossa língua. Quando essas palavras são materializadas em um texto, oral ou escrito, são
chamadas de vocabulário. O conjunto de palavras utilizadas por um indivíduo, portanto, constitui
o seu vocabulário.

Nenhum falante consegue dominar o léxico da língua que fala, já que o mesmo é modificado
constantemente através de palavras novas e palavras que não são mais utilizadas. Além de
possuir uma quantidade muito grande de palavras, o que impossibilita alguém de arquivar todas
em sua memória. O campo lexical, por sua vez é o conjunto de palavras que pertencem a uma
mesma área de conhecimento, e está dentro do léxico de alguma língua.

2.4. Processo de formações de palavras

Os principais processos de formação de palavras são:

 Derivação

Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva.
Os processos de derivação são:

 Derivação Prefixal

A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são


acrescentados à palavra primitiva.

Ex. re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente.

 Derivação Sufixal

A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são


acrescentados à palavra primitiva.

Ex. realmente, folhagem.

 Derivação Prefixal e Sufixal

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A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra
primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra
contínua tendo significado.

Ex. deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Você pode observar que os dois afixos são
independentes: existem as palavras, desleal e lealmente.

 Derivação Parassintética

A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra


primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados
ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

Ex. Anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e anoitecer,
pois os afixos não podem se separar.

 Derivação Regressiva

A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

Ex. Mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português).

 Derivação Imprópria

A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a


uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

Exemplos: coelho substantivo comum, usado como substantivo próprio Daniel Coelho da Silva.
Verde, geralmente usado como adjectivo comprei uma camisa verde, é usado como substantivo:
O verde do parque comoveu a todos.

2.5. Frases simples (tipos e formas de palavras)

2.5.1. Tipos de frases simples

 Declarativo: quando se informa, refere um acontecimento ou se descreve uma situação;


 Interrogativo: quando se faz uma pergunta;

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 Imperativo: quando se dá um conselho, uma ordem, se formula um desejo ou se faz um
pedido;
 Exclamativo: quando se exprime um sentimento ou emoção

2.5.2. Formas de frases simples

 Afirmativa: exprime uma afirmação;


 Negativa: exprime uma negação;
 Activa: o sujeito pratica a acção;
 Passiva: o sujeito sofre a acção;
 Enfática: contém uma partícula/palavra ou expressão (cá, lá, mesmo, é que) cujo
objectivo é realçar o sentido da frase;
 Neutra: toda a frase que não é enfática considera-se neutra.

2.6. Discurso relatado (discurso directo, indirecto e livre)

Discurso Directo, Discurso Indirecto e Discurso livre são tipos de discursos utilizados no género


narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo
com a intenção do narrador.

 Discurso directo

No discurso directo, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem. O objectivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade.
Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito. Pode ser
também utilizado por questões de humildade para não falar algo que foi dito por um estudioso,
por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.

 Discurso Indirecto

No discurso indirecto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas


palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

 Discurso livre

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No discurso livre há uma fusão dos tipos de discurso (directo e indirecto), ou seja, há
intervenções do narrador bem como da fala dos personagens. Não existem marcas que mostrem a
mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do narrador que sabe tudo o que se
passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.

2.7. Níveis de língua (familiar, corrente, cuidado) normas e desvio

Embora em algumas gramáticas registos e níveis surjam como equivalentes, gostaria de, aqui,
lhes atribuir sentidos um pouco distintos. Assim, imaginemos que, por necessidade de
estruturação, a língua, como a altitude, pode ser medida, tendo como ponto de partida uma linha
zero, que corresponderia ao português padrão ou corrente. Aceitando esta interpretação, teríamos
acima do grau, ou nível, zero a língua cuidada e a literária, como desvio positivo à língua
corrente, e, abaixo do grau zero, eventualmente num mesmo nível, teríamos, por um lado, a
linguagem popular (regionalismos, gíria e calão), por outro, a familiar.

A par desta distinção desnivelada, digamos assim, o discurso, ou linguagem, pode também ser
visto do ponto de vista da formalidade, ou seja, do grau de cuidado que se tem quando se
comunica e que é determinado pelo contexto. Aqui, poderemos falar de registo formal ou
informal, motivado pelo ambiente em que a comunicação decorre e pelas relações sociais
(empregado-patrão; aluno-professor; amigo-amigo, pai-filho, etc.) existentes entre os
interlocutores. Creio que a frase que submete ao nosso apreço pode ser encarada do ponto de
vista do tipo de registo e, claramente, trata-se de um registo informal, produto de uma conversa
entre amigos. As marcas desse registo informal estão presentes na pronúncia um pouco
descuidada, digamos assim, e na simplicidade do vocabulário usado.

2.8. Formas de tratamento (pronome de tratamento e formas de cortesias)

As formas de tratamento se constituem nos modos pelos quais nos dirigimos às autoridades, quer
por meio de correspondência oficial, quer de forma verbal em actos solenes. Inúmeras são as
situações em que devemos nos expor ou apresentar os nossos saberes, perante os outros. O uso
de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na Língua Portuguesa.

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 Formas de Tratamento – Função

Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um nome ou
um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do interlocutor. O
tratamento é um sistema de significação que contempla diversas modalidades de dirigir-se a uma
pessoa. Trata-se de um código social que, quando se transgride, pode causar prejuízo no
relacionamento entre os interlocutores.

Por formas de tratamento designamos tanto os termos que se referem ao par falante/ouvinte,


como os vocativos usados para chamar a atenção do destinatário. As formas de
tratamento abrangem tanto os chamados pronomes pessoais de tratamento quanto as formas
nominais, isto é, o uso de nomes próprios, títulos, apelidos e outras formas nominais que
identifiquem a pessoa referida.

A linguagem é um veículo para a interacção com outras pessoas, por isso é utilizada diariamente
e, muitas vezes, as pessoas não reconhecem o quanto ela é importante. Como não se pode
desvincular a linguagem da sociedade, é preciso conhecer o conjunto de normas que regulam o
comportamento adequado dos membros de um meio social. Por isso cada sociedade estabelece
regras que regulam esses comportamentos.

As formas de tratamento fazem parte dessas regras sociais que sancionam determinados


comportamentos como adequados ou inadequados. Quando duas ou mais pessoas conversam,
uma pode dirigir-se à outra empregando um nome ou um pronome, que cumprirão a função de
apelar ou chamar a atenção do interlocutor. O tratamento é, pois, um sistema de significação que
contempla diversas modalidades de dirigir-se a uma pessoa. Trata-se de um código social que,
quando se transgride, pode causar prejuízo no relacionamento entre os interlocutores.

Por formas de tratamento designamos tanto os termos que se referem ao par falante/ouvinte,
como os vocativos usados para chamar a atenção do destinatário. Com efeito, as formas de
tratamento abrangem tanto os chamados pronomes pessoais de tratamento quanto as formas
nominais, isto é, uso de nomes próprios, títulos, apelidos e outras formas nominais que
identifiquem a pessoa referida. Entendemos por formas de tratamento, palavras ou sintagmas que
o usuário da língua emprega para dirigir-se e/ou referir à outra pessoa.

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2.9. Texto narrativo oral ou escrito

2.9.1. Texto oral

Texto oral é o mesmo que texto falado, texto transmitido através da fala.

2.9.1.1. Características de texto oral

 É natural, fluida, variável e dependente de seu contexto cultural;


 Por ser mais livre, utiliza gírias, palavras menos formais e da moda, neologismos,
contracções, e onomatopeias faladas;
 O texto oral vai contar com recursos extra linguísticos expressões corporais e faciais que
poderão complementar a comunicação no entendimento da mensagem;
 Como o contacto entre emissor e receptor é directo, usa e abusa de entonação, altura e
velocidade de pronúncia e faz pausas que enfatizam o conteúdo, garantindo o tom de
discurso desejado pelo emissor;
 O vocabulário é mais pobre, as palavras podem se repetir, não existe preocupação com a
elaboração estruturada de frases, uma vez que o diálogo é mais fluido.

2.9.2. Texto escrito

A Origem da escrita, vocês sabiam que a escrita é um processo simbólico. Graças a isso,
conseguimos expandir nossas mensagens além de nosso tempo e espaço. Tudo indica que teve
originado dos desenhos de ideogramas.

Um desenho de pernas poderia representar tanto o conceito de andar ou ficar de pé. Desde então,
com evolução dos seres humanos, tornaram-se mais abstractos, evoluindo assim para símbolos
sem relação com os originais.

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2.10. Texto poético

O texto poético apresenta-se, normalmente, em verso e tem como objectivo despertar a


sensibilidade do leitor. Assim, a linguagem é mais expressiva, dando-se especial atenção ao
ritmo e à musicalidade.

 Chamamos poema a um texto escrito em verso.


 Verso é cada uma das linhas de um poema.
 Estrofe é um conjunto de versos. As estrofes são separadas por um espaço em branco.
Uma estrofe pode ter um ou mais versos e um poema pode ter uma ou várias estrofes.
 As estrofes são designadas de acordo com o número de versos que as compõem.

Número de versos Estrofe

2 Dístico ou parelha

3 Terceto

4 Quadra

5 Quintilha ou quinteto

6 Sextilha ou sexteto

7 Septena, septilha ou hepteto

8 Oitava

9 Nona ou noneva

10 Décima

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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

Findo a realização do presente foi unânime constatar que existem textos em que a linguagem não
parece pretender chamar a atenção sobre si própria. Parece antes estar ali para mostrar a
paisagem, e o único efeito que se procura é o de vidro transparente de uma janela, em contraste
com os efeitos sobre os objectos do exterior que se obtêm com as janelas de vidros coloridos,
translúcidos ou trabalhados.

Na comunicação por parte dos alunos, após a realização da tarefa, a explicitação não terá de ficar
confinada aos procedimentos da tarefa, mas poderá mobilizar a dimensão pessoal. Como se
deixou expresso no primeiro capítulo, as actividades adoptadas não esgotam as potencialidades:
são susceptíveis de desenvolvimentos, de reformulações, de adaptações a outros conteúdos, a
outros alunos, a outros professores ou metodologias de aplicação.

Também não são exclusivas, pelo contrário, pretendem complementar e reforçar as


aprendizagens realizadas segundo outras estratégias em relação ao módulo de Funcionamento da
Língua análise e reflexão, com vista a aprofundar a ligação aos outros domínios, por meio da
criatividade, da relação pessoal com a linguagem e da capacidade de explicitação dessa relação.
Estas dimensões podem ter como ponto de partida, não a construção textual, mas o contacto com
textos do património literário, quer de autor quer tradicional, em que determinadas características
linguísticas surjam em relevo. Estes textos podem, por sua vez, servir de modelos ou de fonte de
inspiração para desencadear a construção textual.

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Referências bibliográficas

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Universidade do Minho.

BARBEIRO, Luís (1998). O jogo no ensino e aprendizagem da língua. Leiria: Legenda.

BARBEIRO, Luís (1999). Funcionamento da Língua: as dimensões activadas a partir dos


manuais escolares. Campina. Brasil

CASTRO, Rui Vieira de, et. al. Manuais escolares: estatuto, funções, história. Actas do I
Encontro Internacional sobre Manuais Escolares. Braga: Centro de Estudos de Educação e
Psicologia, Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Portugal.

CASTRO, Rui Vieira de e SOUSA, Maria de Lourdes Dionísio de (1989). A gramática no


ensino do Português.

SEQUEIRA, M.ª de Fátima, et al. O ensino e aprendizagem do Português. Braga: Universidade


do Minho, Centro de Estudos Educacionais e de Desenvolvimento Comunitário.

DUARTE, Inês (1991). Funcionamento da Língua: a periferia dos NPP. Cuiritiba. Brasil.

DUARTE, Inês (1992). Oficina gramatical: contextos de uso obrigatório do conjuntivo.

DELGADO-MARTINS, et al. Para a didáctica do Português: seis estudos de Linguística. Lisboa:


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DUARTE, Inês (1997). Ensinar gramática: para quê e como. Palavras, 11, p. 67-74.

MAS, Maurice, et al. (1993). Comment les é lèves évaluent-ils leurs écrits. Paris: INRP.

SOUSA, Maria de Lourdes Dionísio de (1993). A interpretação de textos nas aulas de


Português. Porto: Edições ASA.

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