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Orientação para Preparo de Esboço de Sermão (Noturno) PDF
Orientação para Preparo de Esboço de Sermão (Noturno) PDF
Animais
1. Aves
a. Pombas
b. Falcões
2. Cães
a. Buldogues
b. Dálmatas
Como você analisaria e apresentaria a seguinte lista: ensinar, frutos, paz, pregador,
estudar, amor, funções? Qual é a ideia principal ou o termo mais genérico? Quais são os
pontos principais, ou seja, quais termos são coordenados entre si e subordinados ao termo
mais genérico? Quais são os subpontos, aqueles termos coordenados entre si e subordinados
aos pontos principais? A lógica dos termos resulta no seguinte esboço:
Pregador
1. Funções
a. Estudar
b. Ensinar
2. Frutos
a. Amor
b. Paz
Vamos retornar ao salmo 13, que já concluímos ter três estrofes baseadas em mudanças
de modo gramatical em seus versos. Sem se preocupar neste momento em tornar poética a
sua apresentação, mas mantendo o foco na lógica dos seus pensamentos sobre o texto e da
sua apresentação dele, como você poderia esboçar esse salmo? Antes de continuar lendo,
tente produzir seu esboço sozinho.
Algo que serve para coordenar todas as três estrofes é que elas estão expressando os
sentimentos e pensamentos de Davi em um momento de profunda aflição. Os versos 1-2[2-3]
expressam as questões atormentadoras de Davi, questões sobre Deus (observe o “te” no
v.1[2]), sobre si mesmo (observe o “eu” e “minha” no v.2a[3a]) e sobre outros (observe o
“inimigo” no v.2b[3b]). Os versos 3-4[4-5] expressam os pedidos de Davi, aquilo que ele deseja
que Deus faça (“atenta” e “responde” no v.3a[4a]) por ele (“[meus] olhos” e “eu não durma”
no v.3b[4b]) em relação aos outros (“inimigo” e “adversários” no v.4[5]). Os versos 5-6[6]
expressam a resolução de Davi de confiar no amor e na bondade do Senhor e sua resolução de
louvar ao Senhor. Um esboço analítico simples que demonstre a coordenação e a
subordinação lógicas das ideias nesse poema poderia ser assim:
Embora você possa achar que seu trabalho acabou após ter produzido um esboço lógico,
você ainda precisa considerar um passo final, que é a linguagem do seu esboço.
1
Sobre o uso da linguagem universal na pregação, vd. Hendrik Krabbendam, “Hermeneutics and preaching”, em: The
preacher and preaching: reviving the art in the twentieth century (Phillipsburg: P & R, 1986), p. 239-245.
2
Sobre o uso de uma linguagem na segunda pessoa na pregação, vd. John F. Bettler, “Application”, em: The
preacher and preaching: reviving the art in the twentieth century (Phillipsburg: P & R, 1986), p. 331-349.
3
Krabbendam, “Hermeneutics and preaching”, p. 239.
4
Bettler, “Application”, p.332.
5
Krabbendam, “Hermeneutics and preaching”, p. 239.
6
Ibidem, p. 241.
ou poderíamos dizer que ele apresenta promessas para todos os crentes em sua jornada pela
vida. A linguagem expositiva cativa o coração e a mente desde o início.
A linguagem expositiva também deve ser na segunda pessoa. Expressões na segunda
pessoa (...) cativam imediatamente a audiência e aplicam o texto aos ouvintes. Poderíamos
dizer que Filipenses 1.1-11 trata de como o Espírito Santo encoraja a unidade por meio do
serviço; ou poderíamos dizer que se trata de como o Espírito Santo encoraja você a buscar
unidade na igreja por meio do serviço mútuo.7 Mesmo se nenhuma outra aplicação for
apresentada, você já aplicou o texto ao comunicar o que o Espírito Santo deseja que sua
audiência faça. Poderíamos dizer que o salmo 29 convida os anjos à adoração em reação à
presença teofânica de Deus; ou poderíamos dizer que ele o convida à adoração quando você
percebe o poder e a glória de Deus na criação. Afirmar que a linguagem expositiva deve ser na
segunda pessoa não é afirmar que não há espaço na pregação para um discurso na primeira ou
na terceira pessoa. Ao se acrescentar o discurso na primeira pessoa (“eu” e “nós”) na
linguagem expositiva, obtém-se o benefício de se criar uma identificação do pregador com a
audiência e, por conseguinte, de se evitar uma crítica condescendente à congregação. A
questão em foco aqui é que um uso equilibrado do discurso na segunda pessoa, especialmente
nos níveis mais altos do esboço, imediatamente cativará a audiência e aplicará o texto.
Com essa linguagem expositiva em vista, nosso esboço do salmo 13 poderia ser assim:
7
Bettler, “Application”, p. 340.
II. Modelo de esboço a ser adotado nos sermões de prova
Nome do aluno
Data da pregação
Ideia exegética
Ideia homilética
Introdução (Não redigir neste esboço a Introdução. Apenas uma oração que informe seu
conteúdo. Ela estará inteira no sermão escrito que os professores também receberão)
Conclusão (Não redigir neste esboço a Conclusão. Apenas uma oração que informe seu
conteúdo. Ela estará inteira no sermão escrito que os professores também receberão)
Cláudio Marra