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Experimentação no Ensino de Química http://dx.doi.org/10.5935/0104-8899.

20150010

Experimento sobre a Influência do pH na


Corrosão do Ferro

Daltamir Justino Maia, Nádia Segre, Andreza Costa Scatigno e Mercia Breda Stella

A corrosão é um processo que, na maioria das vezes, degrada os materiais, em especial estruturas metálicas,
gerando grande prejuízo. Em ambientes ácidos, que ocorre em grande parte nos ambientes terrestres, esse
processo pode tornar-se ainda mais pronunciado. Esse experimento ilustra o quanto o processo de corrosão
torna-se mais rápido à medida que o valor de pH diminui, isto é, à medida que o meio torna-se mais ácido.

eletroquímica, corrosão, ataque ácido

71
Recebido em 04/09/2013, aceito em 18/05/2014

E
m maior ou menor extensão, a maioria dos materiais começa na superfície do material. O problema da corrosão
experimenta algum tipo de interação com um gran- metálica apresenta proporções significativas. Em termos
de número de ambientes diversos (Callister, 2008). econômicos, foi estimado que aproximadamente 5% da
Com frequência, tais interações comprometem a utilidade receita de um país industrializado são gastos na prevenção
de um material como resultado da deterioração das suas da corrosão e na manutenção ou na substituição de produtos
propriedades mecânicas. Esses efeitos devem ser levados em perdidos ou contaminados como resultado das reações de
consideração na hora da escolha do material mais adequado corrosão. Isso sem falar dos acidentes ou perdas de vidas
para um tipo de projeto a fim de garantir que os componentes humanas provocadas por contaminações, poluição e falta de
não falhem prematuramente (Askeland; Phulé 2008). segurança dos equipamentos (Merçon et al., 2004).
Em seus projetos, um grande desafio para todos os pro- Uma vez que a corrosão é provocada por uma reação
fissionais que empregam metais – além de outros tipos de química, a velocidade com a qual esta se processa depen-
materiais tais como concretos e plásticos – é impedir que derá, até certo ponto, da temperatura e da concentração das
estes sofram ataques corrosivos/destrutivos (Shackelford, espécies envolvidas. Outros fatores, tais como os esforços
2008). Como a prevenção completa é muito difícil, as perdas mecânicos e a erosão, também podem contribuir para a
devem ser minimizadas. Os mecanismos de deterioração são corrosão (Smith, 1998).
muito diversos para os diferentes tipos de materiais, mas, A maioria dos metais é corroída de algum modo por efeito
para os metais, existe uma efetiva perda de material, seja por da água e da atmosfera, portanto, as espécies presentes na
dissolução (corrosão) ou pela formação de uma incrustação água (principalmente espécies iônicas) acabam tendo uma
ou película de material não metálico (oxidação). importância muito grande nos processos de deterioração dos
A corrosão pode ser definida como o ataque destrutivo metais. Por exemplo, a acidez devido à presença de espécies
e não intencional sofrido por um metal, que normalmente na água, que pode ser medida por meio dos valores de pHs,
tem um papel fundamental na corrosão dos metais.
A seção “Experimentação no ensino de Química” descreve experimentos cuja
implementação e interpretação contribuem para a construção de conceitos científicos Atmosfera oxidativa
por parte dos alunos. Os materiais e reagentes usados são facilmente encontráveis,
permitindo a realização dos experimentos em qualquer escola. O ambiente terrestre atual é naturalmente oxidativo

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devido à presença de oxigênio e água (O2 e H2O), portan- corrosão. Quanto mais Fe2O3. H2O, maior a intensidade da
to, espontaneamente, os metais tendem a sofrer oxidação coloração alaranjada ou castanho avermelhada. O Fe(OH)2
quando em contato com essas substâncias. Além disso, à puro é branco, mas em contato com oxigênio, torna-se verde.
medida que substâncias ácidas estão presentes na água, a O Fe(OH)3 puro é marrom. Portanto, dependendo da predo-
velocidade de oxidação dos metais tende a aumentar. A minância de cada uma dessas espécies, temos uma tonalidade
chuva é normalmente ácida (valores de pH menor que 7) mais pronunciada do produto da corrosão.
devido à presença de ácido carbônico (formado pela reação
entre o gás carbônico e a água: CO2 + H2O → H2CO3). O ambiente ácido acelera o processo de oxidação
Quando a água está saturada de gás carbônico, o valor de
pH fica em torno de 5,6. Portanto, até valor de pH = 5,6, não Quanto mais ácido o ambiente (maior concentração de
usamos o termo chuva ácida para esse tipo de precipitação íons H+), maior a velocidade de oxidação das estruturas
(Maia et al., 2005). metálicas. Em um ambiente ácido, o processo predominante
No entanto, a presença de poluentes tais como óxidos de oxidação pode ser representado da seguinte maneira:
de enxofre (SO2 e SO3) e de nitrogênio (N2O, NO e NO2), Redução do O2 por ação dos íons hidrogênio:
presentes na atmosfera, principalmente em atmosferas
poluídas, forma ácidos, aumentando a acidez da chuva. O2 + 4 H+ + 4e- → 2 H2O
Existem registros de chuvas com valor de pH em torno de
2,0, lembrando que a escala de pH é logarítmica, isto é, para Oxidação dos íons metálicos:
cada unidade de pH, temos uma variação de 10 unidades na
concentração de H+. Isso significa que, de 5,6 para 2, temos Fe → Fe3+ + 3e-
um aumento de quase 4 000 vezes na concentração de H+
(Maia et al., 2005). Quanto mais ácido um meio, maior a diferença entre
a concentração de íons H+ em relação aos íons OH- (meio
Considerações eletroquímicas ácido: [H+] > [OH-]). Nesse caso, o produto formado será
72 preferencialmente óxido de ferro (Fe3O4 – coloração preta).
Para os materiais metálicos, o processo de corrosão é
normalmente um processo eletroquímico, isto é, uma rea- Efeito do pH
ção química em que existe uma transferência de elétrons de
uma espécie química para outra (processo denominado de O efeito da acidez na velocidade de corrosão do ferro, em
oxidorredução). Caracteristicamente, os átomos metálicos água aerada e em temperatura ambiente, pode ser verificado
têm seus elétrons retirados, no que é chamada uma reação na Figura 1 (Gentil 2011).
de oxidação. A quantidade de elétrons retirada de um de-
terminado metal é uma característica dele e pode variar de
um metal para outro. Por exemplo, para a prata, o ferro e o
alumínio, podemos ter os seguintes processos de oxidação:

Ag → Ag+ + 1e-
Fe → Fe2+ + 2e-
Al → Al 3+ + 3e-

As espécies que retiram os elétrons do metal sofrem


um processo denominado de redução. Essas espécies, ao
retirarem elétrons e provocarem a oxidação de outras, são
denominadas de agentes oxidantes. O ar atmosférico, devi-
do à presença de gás oxigênio (compõe 20% do ar seco) e Figura 1: Correlação entre o pH e a taxa de corrosão do ferro
água (presente na forma de vapor), é um ambiente propício (Gentil, 2011).
à oxidação.
Por exemplo, ligas de aço, cujo principal metal consti- Verifica-se uma interferência cada vez mais positiva
tuinte é o ferro, quando expostas ao oxigênio e à água (O2 e (aumento da corrosão) quando temos valores de pHs abaixo
H2O), sofrem corrosão com o passar do tempo e formam a de 4. Para valores de pHs entre 4 e 10, a taxa de corrosão
ferrugem, que é uma mistura de óxidos e hidróxidos de ferro independe do pH e depende somente da rapidez com que
hidratados. Dependendo do valor de pH e das concentrações o oxigênio difunde para a superfície metálica. Quando os
de gás oxigênio e água, essa mistura tem proporções dife- valores de pHs são maiores que 10, esse aumento mais
rentes, principalmente, das seguintes espécies: Fe3O4/Fe2O3. pronunciado da alcalinidade do meio faz com que a taxa de
H2O/Fe(OH)2/Fe(OH)3. Quanto maior o teor de Fe3O4 (preto), corrosão diminua, pois o ferro se torna passivo em presença
mais percebemos que o objeto em questão está sofrendo de álcalis e oxigênio dissolvido.

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Experimento

Reagentes e materiais
100 mL de ácido clorídrico (HCl) 0,1 mol L-1 (pode ser
encontrado na forma concentrada em lojas de construção
como ácido muriático); 100 mL de ácido nítrico (HNO3)
0,1 mol L-1; 1 pacote de esponja de aço; água destilada; 14
balões volumétricos de 100 mL; béqueres; balança; pipeta
graduada (10 mL); pisseta; proveta (100 mL); pera de bor-
racha; bomba de aspergir.

Preparo das soluções de HCl e HNO3


A partir da solução 0,1 mol L-1 (pH = 1) de ácido clorí-
drico, por meio de diluições sucessivas, foram preparadas
soluções com valores de pH = 2, 3, 4, 5, 6 e 7. O mesmo
procedimento foi feito na preparação das soluções de ácido
nítrico. A partir da solução estoque desse ácido (0,1 mol L-1
– pH = 1), prepararam-se as outras soluções com valores de
pH = 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

Procedimento
Pesar 14 amostras de esponjas de aço. Se possível, ajus-
tar para que elas tenham aproximadamente a mesma massa Figura 2: Amostras de esponja de aço após um dia de oxidação
para melhor comparação – cada esponja pode ser cortada frente às soluções de ácido clorídrico. I) solução 1,0 x 10-1 mol L-1
em dois pedaços. (pH = 1); II) solução 1,0 x 10-2 mol L-1 (pH = 2); III) solução 73
1,0 x 10-3 mol L-1 (pH = 3); IV) solução 1,0 x 10-4 mol L-1 (pH = 4);
Colocar cada esponja sobre um anteparo (placa de petri
V) solução 1,0 x 10-5 mol L-1 (pH = 5); solução 1,0 x 10-6 mol L-1
ou similar). Colocar a solução de ácido clorídrico (pH = 1) na (pH = 6); solução 1,0 x 10-7 mol L-1 (pH = 7).
bomba de aspergir, regular a saída e borrifar 10 vezes sobre a
esponja. Lavar a bomba de aspergir e repetir o procedimento
para cada uma das outras soluções (pH = 2, 3, 4, 5, 6 e 7).
Repetir o mesmo procedimento utilizando as soluções de
ácido nítrico.
Deixe as 14 amostras em repouso durante 24 horas. Esse
período assegura que a esponja fique completamente seca,
garantindo que o aumento de massa é devido basicamente ao
processo de oxidação. Depois, verifique visualmente o que
ocorreu com cada uma das amostras e pese cada uma com-
parando com a massa inicial. O ácido pode ser descartado
na pia, desde que esteja diluído ou neutralizado.

Resultados

Após um dia de oxidação (24 horas), podemos verificar


visualmente que o processo oxidativo é mais eficaz quando os
valores de pH estão abaixo de 4 (meios mais ácidos): maior
taxa de corrosão tanto para as amostras em contato com
soluções de ácido clorídrico quanto nas amostras em contato
com soluções de ácido nítrico. As Figuras 2 e 3 ilustram as
amostras de esponjas de aço oxidadas. Nos dois casos, as
corrosões em soluções com valores de pH ≤ 3 foram mais
intensas, enquanto em valores de pH = 4, 5, 6 e 7, a diferença
não foi tão evidente (praticamente constante). Visualmente Figura 3: Amostras de esponja de aço após um dia de oxidação
frente às soluções de ácido nítrico. I) solução 1,0 x 10-1 mol L-1
já é possível observar que o processo oxidativo é bem mais (pH = 1); II) solução 1,0 x 10-2 mol L-1 (pH = 2); III) solução
intenso nas amostras com valores de pH =1, de maior acidez, 1,0 x 10-3 mol L-1 (pH = 3); IV) solução 1,0 x 10-4 mol L-1 (pH = 4);
tanto para o ácido clorídrico quanto para o ácido nítrico. Isso V) solução 1,0 x 10-5 mol L-1 (pH = 5); solução 1,0 x 10-6 mol L-1
indica que o maior efeito oxidativo ocorre pela presença dos (pH = 6); solução 1,0 x 10-7 mol L-1 (pH = 7).

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Tabela 1: Massas das esponjas de aço antes e após um dia de oxidação frente às soluções de ácido clorídrico.

Amostra I Amostra II Amostra III Amostra IV Amostra V Amostra VI Amostra VII


pH = 1 pH = 2 pH = 3 pH = 4 pH = 5 pH = 6 pH = 7
Massa inicial (g) 3,858 3,915 3,608 3,438 3,391 3,313 3,458
Massa final (g) 4,076 4,102 3,675 3,450 3,397 3,317 3,464
Aumento de massa (g) 0,218 0,187 0,067 0,012 0,006 0,004 0,006
% do aumento de massa 5,35% 4,56% 1,82% 0,35% 0,18% 0,12% 0,17%

Tabela 2: Massas das esponjas de aço antes e após um dia de oxidação frente às soluções de ácido nítrico.

Amostra I Amostra II Amostra III Amostra IV Amostra V Amostra VI Amostra VII


pH = 1 pH = 2 pH = 3 pH = 4 pH = 5 pH = 6 pH = 7
Massa inicial (g) 3,921 3,714 3,740 3,140 3,679 3,695 3,543
Massa final (g) 4,102 3,852 3,783 3,147 3,684 3,697 3,549
Aumento de massa (g) 0,181 0,138 0,043 0,007 0,005 0,002 0,006
% do aumento de massa 4,41% 3,58% 1,14% 0,22% 0,14% 0,05% 0,17%

íons H+ independente do ácido utilizado.


Em soluções com elevada concentração de íons H+ (valo-
res de pH abaixo de 4), ocorre redução destes (2H+ + 2e- →
H2) e consequente oxidação do ferro (Callister, 2008). No
entanto, quando as soluções são menos concentradas e com
a presença de oxigênio, ocorre preferencialmente o seguinte
74 processo redutivo: O2 + 4H+ + 4e- → 2H2O. A velocidade
de corrosão diminui entre valores de pHs 4 e 7, pois esta
depende somente da rapidez com que o oxigênio difunde
para a superfície metálica.
As Tabelas 1 e 2 apresentam as massas das esponjas
antes e depois de um dia de oxidação, a variação de massa
ocorrida e a porcentagem de aumento de massa. O aumento
de massa é devido à ferrugem que se forma, principalmente Gráfico 1: Correlação entre o pH e a corrosão (porcentagem
na forma de hidróxido de ferro III Fe(OH)3, pois a cor pre- no aumento de massa) do ferro em soluções aquosas de HCl
dominante, conforme pode ser visto pelas Figuras 2 e 3, é e de HNO3.
amarronzada. O maior aumento de massa, à medida que o
valor de pH diminui, é reflexo da maior taxa de corrosão da a quantidade de ferro que sofreu oxidação, considerando
esponja de aço. Esse aumento é mais pronunciado à medida que todo aumento de massa foi em decorrência da reação:
que o meio torna-se mais ácido.
Utilizando os valores de porcentagem do aumento de mas-
sa em função do valor de pH, podemos construir um gráfico
similar ao da Figura 1, tanto para o HCl quanto para o HNO3,
e comprovar a dependência da corrosão com a concentração Nesse caso, as esponjas ficaram preferencialmente na
de H+. Esses resultados estão presentes no Gráfico 1. cor marrom. Para cada aumento de massa de 51 g, ocorre a
O aumento na massa das amostras não fere a Lei de oxidação de 56 g de ferro (1 mol). Desse modo, podemos
Conservação das Massas (Lavoisier), pois esse aumento é determinar a quantidade de matéria que oxidou em cada
em decorrência da incorporação de hidrogênio e oxigênio na amostra. As Tabelas 3 e 4 apresentam os valores de massa
amostra por meio do processo de oxidação. Podemos calcular para cada amostra analisada.

Tabela 3: Massa e quantidade de matéria de ferro que sofreu oxidação após um dia de contato com soluções de ácido clorídrico.

Amostra I Amostra II Amostra III Amostra IV Amostra V Amostra VI Amostra VII


pH = 1 pH = 2 pH = 3 pH = 4 pH = 5 pH = 6 pH = 7
Aumento de massa (g) 0,218 0,187 0,067 0,012 0,006 0,004 0,006
Massa de ferro que oxidou (g) 0,239 0,205 0,074 0,013 0,007 0,004 0,007
Quantidade de matéria (mol) 4,27 x 10 -3
3,66 x 10 -3
1,32 x 10 -3
2,32 x 10 -4
1,25 x 10 -4
7,14 x 10 -5
1,25 x 10-4

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Tabela 4: Massa e quantidade de matéria de ferro que sofreu oxidação após um dia de contato com soluções de ácido nítrico.

Amostra I Amostra II Amostra III Amostra IV Amostra V Amostra VI Amostra VII


pH = 1 pH = 2 pH = 3 pH = 4 pH = 5 pH = 6 pH = 7
Aumento de massa (g) 0,181 0,138 0,043 0,007 0,005 0,002 0,006
Massa de ferro que oxidou (g) 0,199 0,152 0,047 0,008 0,005 0,002 0,007
Quantidade de matéria (mol) 3,55 x 10 -3
2,71 x 10 -3
8,39 x 10 -4
1,4 x 10 -4
8,93 x 10 -5
3,57 x 10 -5
1,25 x 10-4

Conclusões Também é possível trabalhar os conceitos da Lei de


Conservação das Massas de Lavoisier com essas amostras
O experimento comprova o aumento da taxa de corrosão e chamar a atenção para o aumento de massa nas esponjas,
em materiais ferrosos em soluções cada vez mais ácidas, que foi em decorrência da incorporação de hidrogênio e
principalmente quando os valores de pHs tornam-se meno- oxigênio na formação da ferrugem.
res que 4. Isso explica porque os problemas de corrosão de
estruturas metálicas em aço tendem a ser mais intensos em
algumas regiões mais industrializadas e poluídas (devido à Daltamir Justino Maia (daltamir.maia@gmail.com), graduado em química pela
UNICAMP, mestre e doutor pela UNICAMP, é professor titular no grupo
formação da chuva ácida). Anhanguera Educacional. Campinas, SP – BR. Nádia Segre (nsegre@yahoo.
A porcentagem e o comportamento do metal frente à com), bacharel em Química pela UNICAMP, mestre em Físico-Química e
corrosão é praticamente a mesma, independente do tipo de Doutorado em Ciências pelo Instituto de Química da UNICAMP, é professora
ácido, comprovando que o mais importante no aumento da titular na Faculdade Anhanguera. Sorocaba, SP – BR. Andreza Costa Scatigno
(decost@ig.com.br), graduada em Química e em Química Tecnológica pela
corrosão é a concentração de íons H+ no meio. UNESP-Araraquara, mestre em Biotecnologia pela UNESP-Araraquara, doutora
Esse experimento, simples de ser realizado com materiais em Ciências pela USP, é pesquisadora e professora do grupo Anhanguera Edu-
de fácil acesso e descarte, demonstra a influência da acidez cacional, da FACENS e do Pitágoras. Sorocaba, SP – BR. Mercia Breda Stella
na corrosão de um material metálico, podendo auxiliar no (merciabreda@uol.com.br), graduada em biomedicina pela UMC e nutrição 75
aprendizado dos conceitos de oxidorredução. Os alunos pela FESB, mestre em Ciências – Bioquímica pelo Instituto de Química – USP
e Doutora em Bioquímica pelo Instituto de Biologia – UNICAMP, é professora
podem também correlacionar a problemática da corrosão titular de Bioquímica e Biofísica da Faculdade Anhanguera de Campinas – FAC
e a influência do meio ambiente (poluição) nesse processo, III e titular e regente de Bioquímica e Biofísica da Faculdade de Medicina de
principalmente no que diz respeito à chuva ácida. Jundiaí. Campinas, SP – BR.

Referências Escola, n. 19, p. 11-14, 2004.


SHACKELFORD, J.F. Ciência dos materiais. 6. ed. São Paulo:
ASKELAND, D.R.; PHULÉ, P.P. Ciência e engenharia dos Pearson, 2008.
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Para saber mais
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DUTRA, A.C.; NUNES, L.P. Proteção catódica – técnica de
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são: um exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na Paulo: Pearson, 2007.

Abstract: Experiment about the influence of pH on iron corrosion. Corrosion is a process often responsible for materials degradation, in particular for steel
structures, causing significant damages. In acidic environments, which is very common in terrestrial environments, this degradation process can become even
more pronounced. The experiment proposed in this work illustrates that the lower the pH the higher the etching process.
Keywords: electrochemical, corrosion, acid attack

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