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TCC Camila PDF
TCC Camila PDF
Juiz de Fora
2019
Camila Fernandes de Assis
Juiz de Fora
2019
Camila Fernandes de Assis
BANCA EXAMINADORA
The present work describes the implementation of a supervisory system for the control
of an annealed wire drawing plant. The initial objective of the supervisor is to analyze
the annealing performance of drawn wires from a metallurgical industry. Through the
collected data it is possible to observe possible improvements that can be implemented in
the context of energy efficiency, gain of productivity and guarantee of the quality of the
produced material. Indeed, a change in the process, making its operation standardized,
would bring about a 24 % reduction in energy consumption and a 30 % increase in output.
Finally, it can be observed that defect situations can, through the implemented supervisor,
be detected much faster compared to the previous form of operation of the process, in
which several hangings were compromised before the problem was detected and corrected.
EE Eficiência Energética
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1 MOTIVAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 Referencial Teórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1 A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E O CONSUMO DE ENERGIA ELÉ-
TRICA NA INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 QUALIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3 PROCESSO DE RECOZIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3.1 TREFILAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3.2 RECOZIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4 SISTEMA SUPERVISÓRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.1 SISTEMA SUPERVISÓRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2 ANÁLISE DOS DADOS DO SUPERVISÓRIO . . . . . . . . . . . . . . 31
4.2.1 CICLO DE ENFORNAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.2.2 ENFORNAMENTOS ATÍPICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.1 TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
10
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
Este trabalho tem como base um estudo de caso de uma planta de recozimento de
arames trefilados de uma empresa na cidade e Juiz de Fora. Notou-se que, a partir do
início de 2018, houve um aumento significativo de reclamações de clientes dessa empresa
e a devolução de arames recozidos que se encontravam fora do padrão, com camada de
carepa, dureza elevada ou baixa ductibilidade, ou com espiras coladas. A qualidade do
produto que entra no mercado está diretamente ligada com a qualidade do processo, que
por sua vez, não possui um sistema de controle onde é possível verificar se as etapas do
11
1.2 OBJETIVOS
2 Referencial Teórico
Figura 3 – Participação dos setores de atividade industrial no consumo de energia, ano 2017.
Fonte: Elaboração própria segundo dados da EPE, Balanço Energético Nacional 2018.
2.2 QUALIDADE
2.3.1 TREFILAÇÃO
2.3.2 RECOZIMENTO
será animado no modo Runtime, que é o ambiente onde se mostra a janela animada e no
qual se dará a operação integrada com o CLP, durante a automação da planta em tempo
real (AMARAL, 2014).
O conhecimento do processo é de fundamental importância para o desenvolvimento
de um sistema de supervisão, e é recomendado que se sigam nove etapas para desenvolver
um supervisório (MORAES, 2010). As etapas são:
• Entendimento do processo;
• Variáveis do processo;
• Planejamento de alarmes;
• Gráfico de tendências;
Zona Superior
Zona Média
Zona inferior
A planta de recozimento conta com uma estrutura de rede que data de aproxima-
damente 1994, composta por um sistema Alnet II para comunicação dos CLPs e Alnet I
para a permitir o acesso às informações do supervisório. Basicamente a operação pode ser
resumida a cinco etapas principais, como descritas a seguir, as quais podem ser observadas
na Figura 11. A operação da planta de recozimento é feita através de uma programação
no sistema supervisório, como pode ser resumida no fluxograma ilustrado na Figura 12.
800
topen, Topen
750 tset,Tset
Temperatura (oC)
700
650
toff,Tset
600
550
Zona Superior
500 Zona Média
t0,T0 ton,Ton Zona Inferior
450
Panela
7100 7200 7300 7400 7500 7600 7700
Tempo (minutos)
INÍCIO
CONEXÃO
TERMOPAR
TERMOPAR N SETPOINT N
CONECTADO? PANELA?
S S
DESLIGA
RESET DO
ZONAS
CICLO
RESET DO CICLO
N SUPERIOR MÉDIA INFERIOR
REALIZADO?
S
SETPOINT ZONA
N SETPOINT ZONA
N SETPOINT ZONA N
INICIO DO SUPERIOR? MÉDIA ? INFERIOR?
CICLO
S S S
SETPOINT N DESLIGA ZONA DESLIGA ZONA DESLIGA ZONA
TEMPO? SUPERIOR MÉDIA INFERIOR
S
DESLIGA
CICLO
FIM
Além disso, vale destacar que o recozimento acontece em atmosfera inerte com
a injeção de gás nitrogênio, no momento em que o operador liga o forno, para que não
haja oxidação do material que se manifesta com a formação da camada de carepa. Após
decorrido o tempo de encharque, as resistências se desligam automaticamente e a panela
pode ser retirada do forno e alocada em lugares específicos para seu resfriamento.
No recozimento em estudo, as variáveis do processo, tempo de aquecimento, en-
charque, temperatura, tempo e vazão de nitrogênio são definidos conforme Tabela 2. Os
valores de temperatura da tabela não fora exibidos por se tratarem de informações restritas
da empresa cenário do estudo.
29
3.1 PROBLEMAS
4 RESULTADOS
Parâmetro Descrição
topen Instante em que a panela é retirada/Fim do enfornamento
t0 , Instante em que a carga é inserida no forno
ton Instante de acionamento resistências
tset Instante de início de Setpoint "Encharque"
tof f Instante em que as Resistências são desligadas
Topen Temperatura em que a panela é retirada/Fim do enfornamento
T0 Temperatura em que a carga é inserida no forno
Ton Temperatura de acionamento resistências
Tset Temperatura de Setpoint "Encharque"
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Os intervalos de tempo que envolvem a ação direta do operador, ou seja, ∆t1 , ∆t2
e ∆t5 , apresentaram grandes variações entre seus valores máximo e mínimo. Embora, em
alguns momentos o tempo entre a inserção de uma carga e outra fosse menor que um minuto,
esse período chegou a alcançar 161 minutos, o qual significa perda em tempo disponível
para produção. O intervalo de tempo entre o fechamento do forno e o acionamento das
resistências, embora tenha apresentado um valor bem pequeno em alguns enfornamentos,
chegou a atingir um valor máximo de 71 minutos. Esse intervalo significa que o material
ficou submetido durante 71 minutos à uma temperatura elevada sem injeção de nitrogênio,
ocasionando a formação de carepa, o que reduz a qualidade do produto e é o responsável
33
por uma significativa parcela das devoluções, além de perda de disponibilidade do forno.
Além disso, em alguns casos o operador retirou a carga do forno imediatamente após o
desligamento das resistências, porém, esse intervalo já alcançou um valor máximo de 231
minutos, tempo em que o próximo enfornamento estaria quase alcançando seu setpoint.
O consumo de energia elétrica da área de recozidos em kWh foi retirado do sistema
de medição da empresa. A Tabela 6 apresenta os valores adquiridos no mês.
Consumo (kW h)
Consumoef etivo = (4.1)
P rodução (ton)
(∆t4 )(298)
Consumoencharque = (kW h) (4.2)
122
Com base nas metas estabelecidas, as melhorias previstas podem ser observadas na
Tabela 8.
34
Atual Meta
Tempo Forno ligado 375 282
Tempo total de enfornamento (min) 477 312
Consumo kWh 960 735
Consumo efetivo kWh/ton 240 183
Enfornamentos por dia 3 4
Produção por mês (ton) 332 480
800
750
Temperatura (oC)
700
650
600
550
Zona Superior
500 Zona Média
Zona Inferior
450 Panela
2300 2400 2500 2600 2700 2800 2900
Tempo (minutos)
Esse tipo de falha afeta a dureza e a resistência à tração do arame, gerando produtos
com baixa ductilidade.
35
∆T3
T axaaq = (4.3)
∆t3
850
800
750
Temperatura (oC)
700
650
600
550
500
Em uma análise da curva da zona inferior, observa-se que ela alcança a temperatura
definida porém só no fim do enfornamento. O interior da panela, por sua vez, não atinge
36
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABNT. Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado; especificação.
Rio de Janeiro: NBR 7480, 2007.
BEN. Balanço energético Nacional 2018: Ano base 2017. Rio de Janeiro, 2018. Acessado
em 24/04/2019. Disponível em: <http://www.epe.gov.br>.
BOYER, H. E. Cold finished steel bars. American society for metals, Comitee on Carbon
and Alloy Steel, Metals Handbook, n. 9, p. 215–251, 2002.
KRUG, F. Estudo dos Fenômenos que ocasionam quebras do arame cultura aérea derivados
do aço SAE 1057B trefilado e galvanizado. Dissertação (Programa de pós graduação em
Engenharia de Minas, Metalurgia e de Materiais) — Universidade Federal do Rio Grande
do sul, Porto Alegre, 2013.