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Uma diminuta quantidade


de antimatéria é roubada do Centro
Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN).
Objetivo: usá-la para destruir o Vaticano.
Esse é o mote de Anjos e Demônios,
do escritor norte-americano Dan Brown,
também autor do sucesso Código
Da Vinci. O livro – transformado
recentemente em filme – é apenas
uma das repercussões artísticas
de uma grande descoberta da física:
a existência da antimatéria,
tema ainda hoje intensamente
debatido na comunidade científica.
Cerca de oito décadas depois
da detecção da primeira antipartícula,
os físicos ainda se perguntam:
por que o universo observado
atualmente tem somente matéria?
Por que a antimatéria desapareceu?

ignacio Bediaga
Coordenação de Física experimental de Altas Energias (Lafex)
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (RJ)

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A ANTIMATÉRIA
e o UNIVERSO
No início do universo, matéria e antimatéria foram criadas na mesma proporção. Basicamen­
te, para cada partícula havia sua antipartícula correspondente, ou
seja, para cada elétron foi criado um pósitron; para cada quark, um
antiquark e assim por diante. Esse cenário dominou o universo logo
depois da ‘explosão’ primordial, comumente denominada Big Bang.
Quando uma partícula encontra sua antipartícula correspondente (um
elétron interage com um pósitron, por exemplo), as duas se aniquilam,
transformando­se em energia. Esta, por sua vez, se transforma, de novo,
em um par de matéria e antimatéria. Essa ideia, baseada nas atuais teo­
rias das partículas elementares (reunidas no chamado modelo padrão),
nos permite criar uma imagem dinâmica daquele cenário inicial: um
imenso movimento frenético de criação e aniquilação, envolvendo bilhões
de bilhões de pares de partícula e antipartícula. Tudo isso a temperatu­
ras altíssimas, expressa por números com cerca de 30 zeros.
Depois de passar por um período de expansão muito rápida, o uni­
verso esfriou com mais intensidade, e o processo de criação de matéria
e antimatéria ficou dificultado. A aniquilação passa a dominar comple­
tamente o cenário: a energia (luz) criada nesse momento paira até hoje
no universo. Denominada radiação cósmica de fundo, ela pode ser en­
tendida como um ‘eco’ daquele cenário inicial.
Décimos de milésimos de segundo depois do Big Bang, parte das
partículas, os quarks, passa a se combinar, formando os bárions (com­
postos por três quarks, como os prótons e os nêutrons) e os mésons (um
par quark­antiquark). Formaram­se também os antibárions, como anti­
prótons e antinêutrons. Léptons e antiléptons (elétron, múon, tau, neu­
trino e suas respectivas antipartículas) ainda seguem se movimentando
reuterS/reuterS/latiNStocK

Artefato em que
a antimatéria livremente (figura 1). Matéria e antimatéria continuam se aniquilando
(ponto luminoso) furiosamente. Átomos – e antiátomos – têm ainda dificuldade em se
é armazenada
no filme formar, em função do alto estado de agitação de seus componentes
Anjos e Demônios básicos (elétrons e quarks; pósitrons e antiquarks). 

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E aqui nossa história começa a ficar mais interes­ Energia negativa?


sante. Uma pequena parte da matéria sobrevive a Depois de muitas especulações, o próprio Dirac
esse processo de aniquilação. É essa porção ínfima teve a coragem de afirmar que aquela solução estava
que hoje forma todo o universo conhecido, com indicando a existência de uma partícula com a mes­
bilhões de galáxias, cada uma com bilhões de estre­ ma massa do elétron, mas com carga elétrica oposta.
las, com planetas e todo o resto. Portanto, nós, hu­ Ou seja, um elétron positivo, mais tarde denomina­
manos, temos nossa origem naquela mínima fração do pósitron. Seis meses depois, ainda em 1931, o
de matéria que sobreviveu no início do universo. físico norte-americano Carl Anderson (1905-1991)
A visão esquemática da história contada até aqui observou o pósitron em um experimento. Era a pri­
pode ser vista na figura 2. meira evidência da realidade da antimatéria.
Após este preâmbulo, surgem duas perguntas: Uma das principais características do elétron,
i) O que é a antimatéria? além de sua pequena massa e carga elétrica, é o spin,
ii) O que aconteceu com a antimatéria do que, para o propósito deste artigo, pode ser imagi­
universo? nado como a rotação do elétron. Embora Dirac tenha
Sabemos a resposta para a primeira. Mas ainda escrito a equação dele para o elétron, na verdade ela
não temos como responder à segunda, embora expe­ servia para todas as partículas que tivessem spin
rimentos que começam agora prometam resulta­dos semelhante ao do elétron (no linguajar da física, spin
que talvez nos ajudem a entender essa questão. igual a 1/2). Consequentemente, se todas as partícu­
las com esse spin obedeciam à equação de Dirac,
elas necessariamente tinham que ter também uma

Energia negativa? antipartícula correspondente. E assim aconteceu.


Desde a descoberta do pósitron até hoje, todas as
A descoberta da existência da antimatéria é um dos partículas de spin 1/2 detectadas têm sua antipar­
capítulos mais surpreendentes da física do século tícula. E não foram poucas: o próton, o nêutron, o
passado. Em 1928, o físico inglês Paul Dirac (1902- múon, o tau (estes dois últimos, são parentes pesa­-
1984) apresentou uma teoria para o comportamento dos do elétron), o lambda, entre dezenas de outras
do elétron com base nas duas grandes teorias da fí­ – inclusive os quarks, que obedecem a essa surpre­
sica moderna: a mecânica quântica, que trata dos endente consequência da equação de Dirac.
fenômenos no universo atômico e subatômico, e Outro resultado importante: sempre que fazemos
da relatividade restrita, que lida com fenômenos uma colisão em um acelerador de partículas, criamos,
envolvendo velocidades próximas à da luz no vácuo na exata proporção, o mesmo número de partículas
(300 mil km/s). e de antipartículas. Essa simetria na produção de
A equação de Dirac – como ficou conhecida – matéria e antimatéria nunca foi violada em nenhu­-
tinha uma solução que descrevia, com precisão, o ma das centenas de experiências, com milhões de
comportamento do elétron. Mas outra apontava para colisões produzidas, em média, nos experimentos
algo completamente inusitado: um elétron com em aceleradores de partículas. Esses resultados,
energia negativa. E isso não fazia – e ainda não faz! aliados ao desenvolvimento das teorias sobre as três
– o menor sentido. forças fundamentais que regem o mundo das par­
tículas elementares (a força forte, a fraca e a eletro­
magnética), nos levou à convicção de que, no início
Figura 1. do universo, a quantidade de partículas elementa­-
Quarks, res era idêntica à de antipartículas elementares.
léptons e suas
respectivas
antipartículas
E a antimatéria
do universo?
Se o universo foi criado dessa maneira (ou seja, com
a mesma quantidade de matéria e antimatéria), o que
aconteceu, no meio do caminho, que fez com que hoje
só exista matéria? Como desapareceu a antimatéria?
Essas questões seguramente são difíceis de serem
Divulgação

respondidas pelos cientistas. Temos somente pistas


de como isso aconteceu, mas nada definitivo. Algo

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realmente revolucionário terá que aparecer nas valor de 20 bilhões de fótons. É justamente essa Figura 2.
Particle Data Group, LBNL (2000) / DOE and NSF

próximas experiências e no desenvolvimento das razão que nos permite pensar que o universo já História
próximas teorias para dar conta desse mistério. teve uma massa imensamente maior que a atual. do universo,
Na realidade, temos que fazer uma importante da origem aos
dias de hoje
ressalva: no início, antes que houvesse o rápido
processo de resfriamento do universo, o número
de partículas de matéria e de antimatéria era imen­
Condições
samente superior ao existente hoje. Ou seja, nosso
universo atual tem massa infinitamente inferior
de Sakharov
aquela do universo primordial. O testemunho Para tentar explicar essa pequena ‘sobra’ de maté­
disso é a igualmente imensa quantidade de fótons ria após a grande aniquilação, o físico russo Andrei
observados atualmente no espaço, produzidos, Sakharov (1921-1989), prêmio Nobel da Paz de
como dissemos, por meio da aniquilação entre 1975, por seu papel como dissidente pacifista e
partículas e suas antipartículas. defensor dos direitos humanos na antiga União
Depois da criação desses fótons, o universo Soviética, propôs duas condições necessárias para
continuou se expandindo, o que perdura até hoje. que houvesse a sobrevivência da matéria:
Por um lado, essa expansão foi reduzindo a tem­ i) o próton e o antipróton teriam que se desin­
peratura do universo; por outro, fez com que esses tegrar, ou seja, se transformarem em outras
fótons ficassem igualmente distribuídos no espaço partículas;
e dotados de energias muito parecidas. Essas con­ ii) essa desintegração teria que ocorrer com mais
sequências do modelo de criação do universo se frequência para as antipartículas que para as
confirmaram experimentalmente de forma espeta­ partículas, ou seja, deve haver uma assimetria
cular: observou-se que a radiação cósmica de entre matéria e antimatéria.
fundo tem energia praticamente homogênea que, No artigo original, Sakharov chama a atenção
traduzida em temperatura, corresponde a uma para o seguinte: o fato de nenhuma das duas
variação extremamente pequena, entre 2,7248 condições terem até então sido observadas experi­
kelvin e 2,7252 kelvin (zero kelvin corresponde a mentalmente (o artigo foi publicado em 1967)
273 graus celsius negativos). poderia ser consequência de que elas só ocorrem
Experimentos de grande precisão estimaram em uma transição de fase – fenômeno semelhante
também que, para cada partícula de matéria no àque­les sofridos pela água ao mudar de fase. Sabe-
universo de hoje (ou seja, para cada próton, nêutron se hoje que o universo primordial sofreu forte
ou elétron existentes), temos o impressionante transição de fase. 

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Violação de CP se o filme está ao contrário ou não. Por


fim, a paridade tem a ver com a imagem
poderia seguir o caminho inverso, ou seja,
não poderia ser reconstruído a partir dos
dos eventos refletida em um espelho. fragmentos gerados em sua desintegração.
A observação da assimetria entre o modo O teorema CPT é um tipo de Santo Em resumo: o processo era irreversível.
como a matéria e a antimatéria decaem Graal da física, algo como a conservação Esses resultados com os káons podem
criou grande desconforto no mundo dos de energia. No caso, essa tríade de gran- parecer pouco importantes em nosso
físicos de partículas, devido a um impor- dezas deve, em conjunto, ser conservada. dia a dia, em que estamos acostumados
tante teorema conhecido como CPT, no qual Se, por exemplo, ocorrer violação na con- a processos irreversíveis (por exemplo,
C representa a conjugação de carga; P, a servação de carga e de paridade, ela uma xícara que se despedaça no chão não
chamada conservação de paridade; e T, a de­ve ser ‘compensada’ por uma violação volta à forma original). Mas, no mundo da
reversibilidade temporal. Posto de modo da reversibilidade temporal na propor­- física envolvendo poucos corpos elementa-
simples, o C significa uma operação que ção inversa. Isso fará com que C, P e T se res, essa era a primeira vez que isso ocorria
transforma a partícula em sua antipartícu- conservem, e o teorema seja válido. – nem a mecânica clássica, nem o eletro-
la ou vice-versa. Exemplo: um elétron se Em 1964, foram publicados resultados magnetismo e nem mesmo a mecâ­nica
transformando em um pósitron. A reversi- de um experimento com mésons K (ou quântica tinham apresentado até então
bilidade temporal pode ser entendida como káons), que contêm um quark do tipo violação da reversibilidade temporal.
a impossibilidade de dizer qual a ordem strange. Nessa experiência, mostrou-se Essa situação causou enorme agitação
dos acontecimentos. Exemplo: filme uma haver violação de CP e, consequentemen- no meio científico. Por quase 10 anos,
bola de bilhar ricocheteando contra a late- te, de T. Em termos práticos, a violação da centenas de trabalhos foram feitos sem
ral de uma mesa de bilhar e passe o filme reversibilidade temporal significa que o sucesso para tentar entender essa singu-
ao contrário. Ninguém seria capaz de dizer processo de desintegração dos káons não laridade no conhecimento. Em uma solução

Em busca de respostas
A assimetria matéria-antimatéria observada até hoje
nos experimentos continua insuficiente para explicar
a ausência de antimatéria no universo. Estimativas
indicam que essa assimetria teria que ser pelo me­
nos um bilhão de vezes maior. Experiências
que começam agora no acelerador LHC (figura
3), do CERN, pretendem buscar novas fontes

Figura 3. Visão esquemática do LHC,


com os quatro detectores principais

A primeira condição, embora procurada em um


grande número de experimentos, não foi detectada
até este momento. Mas, naquela época, a segunda
condição já havia sido observada (ainda que em
pequena quantidade) em experiências feitas em Figura 4.
O detector
aceleradores. Mas, no artigo, Sakharov não faz LHCb,
menção ao fato (provavelmente, devido ao isola­ principal
mento científico em que vivia). responsável
Embora necessária para explicar a assimetria pelo estudo
matéria-antimatéria no universo, a observação da assimetria
entre matéria
dessa assimetria na desintegração da matéria e e antimatéria
antimatéria, em 1964, foi enorme surpresa para a nos experimentos
CERN

comunidade científica (ver ‘Violação de CP’). do LHC

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Explicação das transformações


de C, P e CP, usando a xilogravura
coM BaSe eM DeSeNHo De M. c. eScHer

Night, do artista gráfico


Day and Night
holandês M. C. Escher (1898-1972).
Supondo que os pássaros negros são
partículas e os brancos antipartículas,
vemos que, por uma transformação
de paridade (P), ou seja,
espelhando-se o quadro, os pássaros
trocam de direção. Na transformação
surpreendente – e um tanto ousada –, um também físico japonês anthony Sanda e pelo de conjugação de carga (C),
estudante de doutorado e um pós-doutoran- alemão ikaros Bigi, de que a violação de cP as partículas se transformam
do, ambos japoneses, respectivamente, seria muito mais intensa na desintegração em antipartículas e vice-versa.
Ao aplicarmos uma transformação
Makoto Kobayashi e toshihide Maskawa, das partículas contendo o recém-descober- conjunta de C e P, o quadro deveria
resolveram o problema, postulando a exis- to quark bottom do que naquela observada voltar ao normal. Mas podemos
tência de mais dois quarks (top e bottom), na desintegração dos mésons constituídos notar que isso não ocorre, pois,
além dos quatro que, na época, se conheciam por quarks strange. essa nova previsão nas transformações aqui sofridas
(up, down, strange e charm). também foi confirmada recentemente. pelo quadro, houve uma pequena
violação de CP. No destaque,
esses dois quarks foram descobertos, um em 2008, Kobayashi e Maskawa ganha- mostramos a transformação
em 1976 (bottom) e o outro em 1996. uma ram, juntamente com o físico teórico japonês de uma partícula em uma
consequência importantíssima dessa nova Yoichiro Nambu, o Nobel de Física. Mereci- antipartícula por meio
teoria com seis quarks foi a descoberta, pelo damente. da aplicação da simetria de CP

para o estudo dessa assimetria. Para isso, há várias contenham o quark bottom, para que sejam ana­
hipóteses a serem testadas. Uma das mais simples lisadas minuciosamente todas as possíveis de­
especula sobre a existência de novos quarks, além sintegrações dessas partículas. O primeiro objeti­
dos seis conhecidos hoje. Se isso for confirmado, vo é medir com precisão todos os parâmetros re­
seguramente teremos mais pares partícula­antipar­ lativos a uma possível diferença entre a taxa de sugestões
tícula em que a assimetria matéria­antimatéria decaimento do bottom e do antibottom, para de­ para leitura
poderá surgir com maior intensidade. pois buscar anomalias no modo como essas par­
QuiNN, H. r.; Nir,
Os quatro grandes experimentos do LHC – cada tículas interagem entre si e com as outras, com­ Y. The mystery
um deles contando com seu próprio detector – irão parando esses resultados com aqueles obtidos of the missing
para partículas formadas por outro tipo de quark, antimatter
estudar a assimetria matéria­antimatéria. Mas um
(Princeton:
deles, o LHCb (o ‘b’ da sigla refere­se ao quark o charm. Princeton
bottom), tem um programa quase que exclusi­ Por que essa comparação? Os quarks charmo­ university Press,
2008).
vamente voltado para o tema (figura 4). Para isso, sos, diferentemente do bottom, têm como caracte­ BeDiaga, i.
serão recolhidos, por ano, bilhões de mésons que rística principal não permitir, em quantidade sig­ ‘o colosso criador
e esmagador
nificativa, a assimetria entre matéria e antimatéria
de matéria’.
com base no modelo­padrão. Portanto, o decaimen­ Ciência Hoje

além do modElo-Padrão to de partículas charmosas serve como um bom n. 247,


2008.
laboratório, pois, caso seja detectada essa assime­ BeDiaga, i. (ed. cient.).
Nosso grupo no CBPF, em colaboração com pes- tria em níveis expressivos, isso indicaria que há ‘lHc – o gigante
quisadores dos institutos de física da Pontifícia uma física não prevista pela teoria (ver ‘Além do criador de matéria’.
Série Desafios
Universidade Católica do Rio de Janeiro e da Uni- modelo­padrão’). A experiência LHCb deverá co­ da Física.
versidade Federal do Rio de Janeiro, tem traba- letar milhões de quarks charm em apenas um ano rio de Janeiro:
lhado na busca de sinais experimentais da assi- cBPF, 2008.
de tomada de dados. Disponível em
metria entre matéria e antimatéria em partículas
Os físicos estão esperançosos em relação aos formato pdf em:
que contêm tanto o quark charm quanto o quark http://mesonpi.
resultados do LHC, principalmente os do LHCb, cat.cbpf.br/
bottom. No momento, estamos desenvolvendo
na questão relativa a assimetria entre matéria e desafios/
novos métodos experimentais de detecção de
antimatéria. É provável que saia da maior e mais
fenômenos dessa natureza, que são usualmente Na internet
chamados ‘fenômenos além do modelo-padrão’. complexa máquina construída pelo ser humano a aventura das partículas
resposta para uma das mais intrigantes perguntas (em português):
O autor deste artigo trabalha no experimento www.sprace.org.br/
LHCb, no CERN, onde passa seu ano sabático. científicas de todos os tempos: Afinal, o que acon­ aventuraDasParticulas/
teceu com a antimatéria? 

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