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Avaliação Psicológica e

Psicodiagnóstico
Silvia Carla Teles Barbosa

INSTRUMENTOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO Ⓔ A análise do WAIS inclui a análise das discrepân-


PSICOLÓGICA cias entre os resultados globais e os resultados dos
sub‐testes.

01 (PSICÓLOGO - MAPA - CONSULPLAN - 2014) As Esca-


las Beck, utilizadas em psicodiagnóstico, in-
cluem 4 medidas escalares: O Inventário de Depres-
GRAU DE DIFICULDADE

são (BDI), o Inventário de Ansiedade (BAI), a Escala ▶ DICA DO AUTOR: Essa questão requer um conheci-
de Desesperança (BHS) e a Escala de: mento detalhado do teste.
Alternativa A: INCORRETA. O teste está padronizado no
Ⓐ Ideação Suicida (BSI). Brasil, tendo obtido em 2004 parecer favorável do
Ⓑ Interesses Pessoais (BPI). SATEPSI para comercialização no Brasil.
Ⓒ Competências Desenvolvidas (BDC). Alternativa B: INCORRETA. O WAIS é composto de sub-
Ⓓ Perfil Motivacional (BMP). testes verbais e de execução, porém no conjunto
Ⓔ Inteligências Múltiplas (BMI). avalia-se um QI Total, um QI Verbal e um QI de Exe-
cução.
GRAU DE DIFICULDADE Alternativa C: INCORRETA. O QI verbal contém, além dos
itens citados na alternativa, os seguintes subtestes:
Alternativa A: CORRETA. As Escalas de Beck estão sub- vocabulário, dígitos, sequência de números e letras.
divididas em Inventário de Depressão (BDI), Inven- Alternativa D: INCORRETA. O QI de execução contém
tário de Ansiedade (BAI), Escala de Desesperança
(BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI).
Alternativas B, C, D e E: INCORRETAS. Essas categorias não
fazem parte das Escalas de Beck. 03 (PSICÓLOGO - TRT 15ª REGIÃO - FUNDAÇÃO CARLOS
CHAGAS - 2014) O psicólogo, para avaliar um
indivíduo, optou pela técnica projetiva de desenho
da Casa-Árvore-Pessoa (House-Tree-Person, H-T-P).

02 (PSICÓLOGO - ALBA - FGV - 2014) A respeito da


Escala Wesler de Inteligência para Adultos
(WAIS), um dos testes mais utilizados para medir fa-
Realizou as 4 fases da aplicação do teste. Na 2ª fase,
na qual há um inquérito posterior ao desenho bem
estruturado (em que o psicólogo faz uma série de
tores de inteligência, assinale a afirmativa correta. perguntas relativas às associações do indivíduo),
e na 4a fase, em que o examinador faz perguntas
Ⓐ O WAIS não está padronizado para o Brasil. adicionais sobre os desenhos coloridos, o indivíduo
Ⓑ O WAIS é comporto de um QI verbal e de um QI recusou-se a fazer comentários. Esta recusa do indi-
de execução. víduo de fazer qualquer comentário é considerada,
Ⓒ O QI verbal é composto pelos itens informação, no manual do teste;
compreensão, aritmética e semelhanças.
Ⓓ O QI de execução é composto pelos itens com- Ⓐ limitação intelectual.
pletar figuras, cubos e armar objetos. Ⓑ fruto de timidez.
Ⓒ resistência. Alternativa C: INCORRETA. A entrevista totalmente pa-
Ⓓ patológica. dronizada consta de tópicos/perguntas preestabe-
Ⓔ rebeldia. lecidas que são feitas pelo entrevistador e que não
podem ser alteradas ou reformuladas.
GRAU DE DIFICULDADE Alternativa D: INCORRETA. Segundo o enunciado as per-
guntas estão a critério do entrevistador excluindo a
▶ DICA DO AUTOR: A questão requer conhecimentos opção de uma entrevista padronizada na pergunta.
detalhados acerca do teste relacionados à interpre- Alternativa E: CORRETA. O enunciado descreve essa
tação de uma das etapas do teste – a 4ª fase – con- modalidade de entrevista.
forme descrito no enunciado.
Alternativas A, B, C e E: INCORRETAS. Conforme apresen-
tado na página 41 do manual4, a atitude de recusa
deve ser considerada patológica.
Alternativa D: CORRETA. Segundo o manual (p.41)4,
05 (PSICÓLOGO - TRT 18ª REGIÃO - FCC - 2013) No Ma-
nual de Elaboração de Documentos Escri-
tos produzidos pelo psicólogo (Resolução CFP No
como protocolo de interpretação do teste, essa re- 007/2003) consta que, no relatório psicológico,
cusa deve ser considerada patológica. Todavia, não deve ser colocado no identificador Autor/Relator:
são demonstrados os motivos que justificam esse
direcionamento na análise dos dados. Ⓐ a razão e o autor da solicitação da avaliação.
Ⓑ o nome do autor do pedido de avaliação.
Ⓒ o motivo do pedido de avaliação.
ENTREVISTAS Ⓓ o nome do psicólogo que realizou a avaliação.
Ⓔ o documento de identificação do avaliado.

04 (PSICÓLOGO - TRT 19ª REGIÃO - FUNDAÇÃO CARLOS


CHAGAS - 2014) A entrevista que determina o
tipo de resposta desejada, mas não especifica as
GRAU DE DIFICULDADE

questões, ou seja, deixa as perguntas a critério do Alternativa A: INCORRETA. A razão da solicitação deve
entrevistador, é denominada entrevista: constar no corpo do documento.
Alternativa B: INCORRETA. O identificador Autor/Relator
Ⓐ diretiva. refere-se a quem vai realizar a avaliação psicológica
Ⓑ estruturada. e não a quem solicitou o atendimento.
Ⓒ totalmente padronizada. Alternativa C: INCORRETA. O motivo do pedido de ava-
Ⓓ padronizada somente na pergunta. liação deverá constar no corpo do relatório.
Ⓔ aberta. Alternativa D: CORRETA. Autor/relator, no relatório, re-
fere-se ao profissional que irá realizar a avaliação - o
GRAU DE DIFICULDADE psicólogo ou psicólogos responsáveis.
Alternativa E: INCORRETA. O identificador Autor/Relator
Alternativa A: INCORRETA. A opção sugere algum nível não se refere ao paciente atendido, mas sim ao pro-
de estruturação de perguntas. fissional responsável pelo atendimento.
Alternativa B: INCORRETA. A entrevista estruturada
pressupõe um roteiro prévio de perguntas a serem
feitas na entrevista.
Psicologia do Desenvolvimento e
da Aprendizagem
Cícero Ramon Cunha de Jesus

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CRIANÇA verbais e manipular proposições. Apesar de nesta


idade o ponto de partida ser a operação concreta,

01 (PSICÓLOGO - TJ/PE - FCC - 2012) O modelo piage-


tiano do desenvolvimento humano propõe
períodos que são caracterizados pelo aparecimen-
característica do período anterior, o adolescente
transcende, pois é capaz de elaborar raciocínios hi-
potético-dedutivos e aprende a formular resultados
to de novas qualidades do pensamento, interferin- das operações concretas na forma de proposições14.
do no desenvolvimento global. O período de ope- É ainda neste período que o adolescente manifesta
rações concretas se dá dos: um último tipo de egocentrismo, em que há uma
supervalorização do seu pensamento e ele pensa
Ⓐ 9 aos 14 anos, com o desenvolvimento de um que suas ideias são sempre as mais coerentes15.
egocentrismo intelectual e social. Alternativa B: CORRETA. As operações concretas se ini-
Ⓑ 7 aos 11 ou 12 anos com o início da construção ciam aos 7 ou 8 anos e vão até os 11 ou 12 anos.
lógica, ou seja, a capacidade da criança estabelecer A criança é incapaz de operar com hipóteses e seu
relações que permitam a coordenação de pontos pensamento quase sempre incide sobre objetos
de vista diferentes. reais e acontecimentos concretos presentes no mo-
Ⓒ 6 aos 10 anos, quando deixa de ter dificuldade mento14. É limitada a sua maneira de lidar com obje-
para realizar as operações no plano das ideias sem tos ausentes, e quando o faz, parte de um elemento
necessitar de manipulação ou referências concre- concreto15.
tas. Alternativa C: INCORRETA. Somente a partir dos 7 ou 8
Ⓓ 10 aos 14 anos, quando é capaz de abstrair e ge- anos é que a criança entra no período de opera-
neralizar, criando teorias sobre o mundo, principal- ções concretas. Com 6 anos, a criança está no fim
mente sobre aspectos que gostaria de modificar. do período pré-operatório. Neste período, a criança
Ⓔ 4 aos 7 anos, com o aparecimento da linguagem, atua numa perspectiva egocêntrica, vendo a reali-
incrementando a comunicação e a interação com dade como ela a afeta. As explicações para o que
os demais. acontece nela e à sua volta são dadas em função
das suas experiências, estando de acordo com a
GRAU DE DIFICULDADE realidade14,15.
Alternativa D: INCORRETA. Essa capacidade de abstrair,
▍DICA DO AUTOR: Sensório-motor: 0 a 2 anos; Pen- generalizar e criar idéias sobre o mundo à sua volta
samento pré-operatório: 2 a 6 anos; Pensamento é característica do período das operações formais,
operatório-concreto: 7 a 11 anos; Pensamento ope- que tem início aos 11 ou 12 anos, percorre toda a
ratório-formal: Adolescência em diante14. adolescência e é referência para a vida adulta. No
Alternativa A: INCORRETA. Com 9 anos, a criança lida, denominado período formal, a inteligência é refle-
majoritariamente, com operações concretas, ou xiva e com grande capacidade de raciocínio formal
seja, com objetos reais ou concretos e tem dificul- e lógico14, 15.
dades em lidar com hipóteses. Mas as operações Alternativa E: INCORRETA. Entre os 4 e 7 anos está o pe-
concretas vão até os 11 ou 12 anos. Após este pe- ríodo pré-operacional. Este inicia quando a criança
ríodo, se inicia o período das operações formais encontra-se em torno do segundo ano de vida e
no, qual a criança passa por inúmeras transforma- tem como característica fundamental o surgimento
ções como, por exemplo, raciocinar com hipóteses da linguagem, que acarreta mudanças importantes
em aspectos como a cognição, a afetividade e a Ⓓ processo transferencial.
vida social, uma vez que a linguagem possibilita a Ⓔ fase crítica.
interação entre as pessoas14, 15.
GRAU DE DIFICULDADE

02 (PSICÓLOGO - TJ/RJ - FCC - 2012) A abordagem


winnicottiana apontou a importância de a
criança poder confiar em seus pais (ou pessoas que
Alternativa A: INCORRETA. O espaço potencial é um
conceito desenvolvido pelo psicanalista Winni-
cott. É um campo de mediação responsável pela
a cercam) e de que cada criança gradualmente ad- elaboração e escoamento da tensão psíquica que
quira um senso de segurança e entende que boas surge quando o indivíduo está entre aquilo que ele
condições nos estágios iniciais de desenvolvimen- deseja e o que é possível conseguir em função da
to conduzem a um senso de segurança, que leva: realidade sociocultural. Este campo é considerado
adequado quando o indivíduo considera o meio
Ⓐ ao automerecimento. ambiente bom o bastante53.
Ⓑ à autogestão. Alternativa B: CORRETA. Na fase identidade x confusão
Ⓒ ao autocontrole. de identidade, a sociedade pode ajudar o adoles-
Ⓓ à autoaliança. cente a resolver o embate entre a autonomia e a
Ⓔ à heterocolisão. vinculação através do fornecimento de uma mora-
tória. Esta consiste na liberdade concedida ao ado-
GRAU DE DIFICULDADE lescente para percorrer por vários caminhos e esco-
lhas sem um compromisso imediato para entrar ou
Alternativas A, B, D e E: INCORRETA. O automerecimento, lidar com responsabilidades da vida adulta. É uma
a autogestão, a autoaliança e a heterocolisão não oportunidade experimentar novos conhecimentos
são conceitos da teoria de Winnicott, nem fazem e no fim decidir por um caminho que não seja me-
parte de qualquer outra abordagem psicanalítica. díocre ou indesejado pelo indivíduo28.
Alternativa C: CORRETA. A teoria de Winnicott do ama- Alternativa C: INCORRETA. Winnicott utilizou esse con-
durecimento pessoal aponta que o bebê depende ceito para referir-se ao campo intermediário ou
em alto grau dos cuidados advindos do ambiente classe de experiências humanas entre o mundo
externo, principalmente da mãe, e dos cuidados interno e a realidade externa. É um conceito impor-
suficientemente bons dessa mãe comum. A ideia tante para a compreensão do self, uma vez que este
central da teoria winnicottiana é que com o cres- está situado no contexto dos cuidados da mãe, da
cimento do bebê, este vai amadurecendo progres- família e do mundo1.
sivamente, e na maturidade ele adquire uma in- Alternativa D: INCORRETA. O processo transferencial ou
dependência e um autocontrole relativo devido à transferência trata-se do deslocamento de senti-
desadaptação gradual operada pela mãe29. mentos ou desejos vividos ao longo da história do
sujeito. É a condução, de maneira inconsciente, de
um investimento libidinal a outro objeto, manten-

03 (PSICÓLOGO - TJ/RJ - FCC - 2012) Erik H. Erikson


apontou que a busca pela identidade, na
adolescência, passa por uma crise normativa, e pro-
do sua organização, forma e qualidade1.
Alternativa E: INCORRETA. Não somente a fase da bus-
ca da identidade, mas todos os outros 7 estágios
pôs um diagrama epigenético, apresentando um do desenvolvimento psicossocial propostos por
quadro em que são anunciados os conflitos ou crises Erikson são considerados fases críticas, pois cada
que caracterizam cada uma das etapas do desen- fase envolve uma crise em determinado momento
volvimento humano e preocupando-se em evitar da vida, seja na infância, na adolescência, na vida
os frequentes estigmas em torno das turbulências adulta ou na velhice28.
juvenis, legitimados sobre a forma de diagnósticos
definitivos, inscrevendo a crise adolescente não só
como própria ao processo de desenvolvimento da
identidade, como condição necessária para tanto.
Este momento é chamado de:
04 (PSICÓLOGO - TJ/RO - CESPE - 2012) É fato compro-
vado que a maioria dos adolescentes:

Ⓐ agrupa-se de acordo com a orientação sexual.


Ⓐ espaço potencial. Ⓑ tem expectativas de futuro divergentes das pro-
Ⓑ moratória psicossocial. postas pelo núcleo familiar.
Ⓒ fenômeno transicional.
Ⓒ apresenta novos modelos identificatórios e
idealizações, muitas vezes amparados nos ídolos.
Ⓓ abusa de drogas lícitas e ilícitas.
05 (PSICÓLOGO - MPE/MS - FGV - 2013) Com relação às
novas contribuições para o estudo do desen-
volvimento humano, assinale a afirmativa INCOR-
Ⓔ apresenta comportamentos divergentes do es- RETA.
perado pela norma.
Ⓐ As pessoas não podem ser estudadas sem que
GRAU DE DIFICULDADE se leve em conta o meio ambiente, de acordo com
os contextualistas.
Alternativa A: INCORRETA. A adolescência é uma eta- Ⓑ O principal representante da corrente sócio-cul-
pa da vida em que o jovem busca sua identidade tural é Yuri Brofenbrener.
sexual, mas os adolescentes não formam grupos Ⓒ A perspectiva etológica preocupa-se com as ba-
necessariamente devido à orientação sexual dos ses biológicas e evolutivas do comportamento.
outros e de si. Os adolescentes agrupam-se aos pa- Ⓓ A estampagem é um conceito que diz respeito à
res que apresentam valores, atitudes e comporta- predisposição para aprendizagem.
mentos semelhantes62. Ⓔ A pesquisa etológica valoriza a observação na-
Alternativa B: INCORRETA. Vários adolescentes, muitas turalista, que pode ser combinada com outros mé-
vezes, têm opiniões divergentes da família, mas todos.
em boa parte das vezes suas aspirações e seus pla-
nos de vida são traçados a partir de ideias vagas GRAU DE DIFICULDADE
e com base em normas sociais e expectativas dos
familiares. Depois de um período de experiência, o Alternativa A: CORRETA. Para compreender os com-
jovem começa a adquirir maior autonomia e passa portamentos e o desenvolvimento do indivíduo,
a tomar decisões com maior independência, o que os contextualistas apontam que é fundamental
não implica necessariamente uma divergência de analisar inúmeros aspectos, como os individuais,
expectativas com a família63. os interpessoais e o meio ambiente, pois todos eles
Alternativa C: CORRETA. A adolescência é uma etapa atuam entre si, de maneira dependente e partici-
da vida repleta de escolhas a serem tomadas. Exis- pam do desenvolvimento humano82.
te uma busca por busca autonomia, ocorrem mu- Alternativa B: INCORRETA. O principal representante da
danças identificatórias, novos modelos para serem corrente sócio-cultural é Lev Vygotsky. Por outro
seguidos surgem para além dos pais, como ídolos, lado, Brofenbrenner é conhecido por sua Aborda-
por exemplo64. gem Ecológica do Desenvolvimento.
Alternativa D: INCORRETA. Alguns dados estatísticos Alternativa C: CORRETA. A estampagem ou imprinting
apontam que o número de adolescentes que con- refere-se a um determinismo que é estabelecido
somem drogas lícitas ou ilícitas vem aumentando. pelas crenças, dogmas, ou seja, os elementos cul-
Em pesquisa realizada pelo IBGE em 2012, 9,9% de turais de uma sociedade que orientam e norma-
adolescentes que vivem nas capitais já experimen- tizam as formas de ser e agir dos indivíduos. Esse
taram drogas ilícitas. Com relação às drogas lícitas, determinismo é estabelecido desde o nascimento
24,3% dos adolescentes relataram que já ficaram e marca internamente o indivíduo. Esse fenômeno
bêbados com álcool. Com esses números, é incorre- atua também sobre os processos cognitivos e de-
to afirmar que a maioria dos adolescentes abusa de terminam o conhecimento ou a aprendizagem47.
drogas, apesar dos números serem preocupantes65. Alternativa D: CORRETA. O uso da observação naturalis-
Alternativa E: INCORRETA. Adolescentes antissociais ou ta a fim de estudar os comportamentos humanos é
com transtorno de conduta apresentam compor- recorrente na pesquisa etológica. A descrição deta-
tamentos que vão contra as normas sociais, mas é lhada dos comportamentos também é uma técnica
incorreto afirmar que a maioria dos adolescentes se utilizada com frequência83.
comporta de maneira divergente das normas, ape-
sar de muitos adolescentes apresentarem compor-
tamentos pouco apreciados socialmente66.
Psicologia Jurídica
Diego Solci Toloy

ASPECTOS GERAIS E HISTÓRICOS Alternativa B: INCORRETA. A primeira parte da alterna-


tiva está correta, porém não compete ao psicólogo

01 (PSICÓLOGO - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE


RONDÔNIA - CESPE/UNB - 2012) A atuação do psi-
cólogo jurídico pode abranger:
decidir ou opinar sobre o andamento do processo.
Alternativa C: INCORRETA. Atender conjuntamente ví-
timas de abuso e abusador não só representa um
contrassenso técnico, metodológico e teórico como
Ⓐ Enquanto mediador, uma função interventora, também agrava o sofrimento da vítima.
no intuito de solucionar conflitos, focalizando esta- Alternativa D: INCORRETA. A alternativa estaria corre-
belecimento de acordo entre as partes, mesmo que ta se não vetasse o intercâmbio de conhecimento
o resgate de comunicação não ocorra. técnico, o que pode acontecer desde que o psicó-
Ⓑ A aplicação de questões psicodiagnósticas e a logo, respeitando os limites de sua atuação, não se
elaboração de laudos e pareceres relativos às áreas subordine técnica ou profissionalmente a outras
criminal e civil, podendo o psicólogo decidir e opi- áreas, assim como previsto no Art. 5º da Resolução
nar sobre o andamento do processo judicial. do CFP 017/20121.
Ⓒ A criação de redes de assistência a famílias de Alternativa E: CORRETA. O acompanhamento de fa-
alto risco, com o foco principal em atendimento mílias com a finalidade de proporcionar à criança
conjunto de crianças vítimas de abusos e abusado- um ambiente saudável para seu desenvolvimento
res, pois o trabalho que envolva a família é sempre aparece como atribuição dos profissionais, prin-
mais benéfico. cipalmente àqueles envolvidos em questões das
Ⓓ O desenlace das dificuldades com as quais o Po- Varas de Infância e Juventude e Varas de Família e
der Judiciário, frequentemente, precisa lidar, desde Sucessão.
que relacionadas a seu campo de atuação, sem in-
tercâmbio de conhecimento técnico com outros
campos.
Ⓔ A organização do contexto de referência fami-
liar, a fim de que a criança possa se constituir como
02 (PSICÓLOGO - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
PERNAMBUCO - FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS - 2012)
Sobre a sociedade conjugal, é correto afirmar que:
sujeito e se desenvolver de maneira saudável.
Ⓐ começa a partir do casamento, porém pode ser
GRAU DE DIFICULDADE dissolvida independente deste, através de separa-
ção judicial.
Alternativa A: INCORRETA. A atuação pode abranger Ⓑ é correlata ao casamento, sendo dissolvida so-
a mediação. Entretanto, neste contexto não cabe mente quando ocorre o divórcio civil ou a morte do
uma função interventora e não compete ao me- cônjuge.
diador estabelecer acordos. A função do mediador Ⓒ é correlata à união estável, podendo ocorrer sem
deve restringir-se apenas facilitar a comunicação que seja necessário o casamento civil.
entre as partes, estas sim responsáveis por encon-
trar saídas para seus dilemas e conflitos.
Ⓓ é a relação de convivência entre o homem e a Alternativa D: INCORRETA. Segundo os mesmos crité-
mulher que é duradoura e estabelecida com o ob- rios que tornam falsas as alternativas A e B, a omis-
jetivo de constituição familiar. são das demais consequências faz desta alternativa
falsa.
GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. Segundo o Art. 1.571º do Códi- PSICOLOGIA JURÍDICA EM VARAS DE FAMÍLIA E
go Civil5, a sociedade conjugal termina pela morte SUCESSÃO / ASPECTOS RELACIONADOS À GUARDA
de um dos cônjuges, pela nulidade ou anulação do
casamento, pela separação judicial ou pelo divórcio.
Alternativa B: INCORRETA. Como vimos na alternativa
acima, também pode terminar pela separação judi-
04 (PSICÓLOGO - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA
PARAÍBA - FAPERP - 2012) “(...) responsabilização
conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai
cial e pela nulidade ou anulação do casamento. e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concer-
Alternativa C: INCORRETA. A união estável não altera o nentes ao poder familiar dos filhos comuns” (Lei nº
estado civil, ou seja, a pessoa segue sendo solteira, 11. 698/98). Esta definição diz respeito à:
não configurando sociedade conjugal.
Alternativa D: INCORRETA. Esta é a definição de união Ⓐ guarda alternada.
estável segundo o Art. 1.723º do Código Civil5. Ⓑ guarda compartilhada.
Ⓒ guarda unilateral.
Ⓓ guarda parcial.

03 (PSICÓLOGO - PREFEITURA MUNICIPAL DE BOTUCA-


TU/SP - CAIPIMES - 2014) Considera-se violência
contra o idoso qualquer ação ou omissão praticada
GRAU DE DIFICULDADE

em local público ou privado que lhe cause: ▶ DICA DO AUTOR: A Lei Nº. 11.698/2008 alterou os
Arts. 1.583º e 1.584º da Lei no 10.406, de 10 de ja-
Ⓐ Morte. neiro de 2002 – Código Civil5, que instituía e disci-
Ⓑ Transtorno psicológico. plinava a guarda compartilhada. Em 22 de dezem-
Ⓒ Morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. bro de 2014, uma nova alteração se fez com a Lei
Ⓓ Sofrimento físico. Nº. 13.058/14, modificando os Arts. 1.583º, 1.584º,
1.585º e 1.634º da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de
GRAU DE DIFICULDADE 2002 (Código Civil), para estabelecer o significado
da expressão “guarda compartilhada” e dispor sobre
Alternativa A: INCORRETA. O Art. 19º do Estatuto do Ido- sua aplicação. Com isso, a guarda compartilhada
so9, em seu parágrafo primeiro, assegura que, para deixa de ser uma opção e passa a ser regra, mesmo
os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o em casos em que não exista conciliação entre os
idoso qualquer ação ou omissão praticada em local pais. Esta medida serve para todos os casos, mesmo
público ou privado que lhe cause morte, dano ou os anteriormente sentenciados com outras modali-
sofrimento físico ou psicológico. O que faz desta al- dades de guarda.
ternativa falsa é a omissão das demais consequên- Alternativa A: INCORRETA. Na guarda alternada, o juiz
cias. fixa um período no qual um dos genitores é deten-
Alternativa B: INCORRETA. Segundo o mesmo artigo, tal tor da guarda do filho, respondendo com exclusi-
qual a alternativa A, o que faz desta alternativa falsa vidade sobre todos os atributos do poder familiar,
é a omissão das demais consequências. enquanto ao outro cabe o papel secundário de
Alternativa C: CORRETA. Esta alternativa apresenta to- visitação, invertendo-se os papeis de acordo com
das as consequências de ação ou omissão prati- o período fixado. Esta modalidade de guarda im-
cada contra idosos previstos no Art. 19º, parágrafo plica que a criança migre para o domicílio do ge-
primeiro, do Estatuto do Idoso, o que faz dela ver- nitor que estiver com sua guarda, o que, segundo
dadeira. os especialistas, pode ser danoso, pois a quebra da
continuidade espacial, social e afetiva pode trazer Ⓓ apontar a dinâmica psicológica que subjaz ao
consequências à criança, como a dissociação, a pas- contexto da infração.
sividade e estados de devaneio. Ⓔ impor a institucionalização definitiva do menor
Alternativa B: CORRETA. Na guarda compartilhada, am- infrator, decidindo sobre esta medida.
bos os genitores exercem a totalidade da autorida-
de parental, estando ambos implicados com os cui- GRAU DE DIFICULDADE
dados e tomadas de decisão sobre a vida de seus
filhos, levando em consideração o melhor interesse Alternativa A: INCORRETA. Nenhuma ação advinda de
destes. Nesta modalidade de guarda, a criança con- um profissional de Psicologia deve ser coercitiva,
vive com ambos os genitores independentemente nenhuma ação terapêutica deve ser imposta e sua
do local onde se estipulou sua residência ou sobre oferta deve respeitar os direitos fundamentais pre-
quem detém sua custódia física. vistos na Constituição Federal, no Código Civil, no
Alternativa C: INCORRETA. Na guarda unilateral, o juiz Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como
estabelece a guarda dos filhos a apenas um dos nas Resoluções do CFP e do Código de Ética Profis-
genitores, cabendo a este exercer com exclusivida- sional dos Psicólogos.
de toda a extensão do poder familiar, restando ao Alternativa B: INCORRETA. Ao oferecer subsídio a deci-
outro, o papel de visitação. Diferente da alternada, são judiciária, não cabe ao psicólogo o poder deci-
a guarda não migrará posteriormente de um geni- sório, e sim ao juiz. Além disso, o enunciado é vago
tor para o outro. Vale ressaltar que, historicamente, ao mencionar apenas “reclusão mais apropriada”,
esta foi a modalidade mais aplicada pelos juízes. visto que, tratando-se de medida de internação,
Alternativa D: INCORRETA. Não existe esta modalidade apenas pode ser feita em estabelecimento educa-
de guarda. cional. Ademais, segundo o Art. 123º do ECA21, a in-
ternação deve ser cumprida obedecendo rigoroso
critério de separação por idade, compleição física e
PSICOLOGIA JURÍDICA EM VARAS DA INFÂNCIA E gravidade da infração.
JUVENTUDE: ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS JUNTO ÀS Alternativa C: INCORRETA. Novamente estamos falando
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS de um poder decisório. Durante a perícia, questões
próprias da dinâmica familiar podem surgir e em-

05 (PSICÓLOGO - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA


18º REGIÃO - FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS - 2013) No
Sistema Judiciário, nas Varas Especiais da Infância
basarão a análise pericial, esta sim da alçada dos
psicólogos e que servirão para subsidiar o juiz. En-
tretanto, a remissão e o encaminhamento a abrigo
e Juventude, uma equipe técnica composta por cabe ao juiz.
psicólogos e assistentes sociais subsidiam o juiz em Alternativa D: CORRETA. Faz parte das atribuições do
seu julgamento, por meio de um saber especiali- psicólogo o estudo psicológico que embasará o
zado, nos casos de adolescentes infratores, sendo laudo a ser transmitido ao juiz e que subsidiará suas
que cabe aos psicólogos: decisões.
Alternativa E: INCORRETA. O Estatuto da Criança e do
Ⓐ determinar coercitivamente a psicoterapia que Adolescente é fruto de ampla luta contra a institu-
seja mais indicada ao infrator, para que tenha chan- cionalização excessiva da juventude. Igualmente, a
ce de se ressocializar. Psicologia dentro das instituições se esforça para
Ⓑ decidir por qual reclusão é mais apropriada ao combater os efeitos nefastos provocados pela ins-
infrator, de acordo com sua faixa etária. titucionalização. Sendo assim, esta alternativa está
Ⓒ estabelecer se a família do infrator é responsável repleta de incoerências, além de novamente atri-
por ele ter sido impulsionado aos atos criminosos buir ao psicólogo um poder decisório.
e destiná-lo ao sistema de abrigamento, se neces-
sário.
Ética Profissional e Sistema
Conselhos de Psicologia
Ludmilla Lopes da Fonsêca

PRÁTICAS RECOMENDADAS PELO CÓDIGO DE ÉTICA da singularidade de ação e toda e qualquer gene-
ralização e previsão taxativa seria contraria a esta

01 (PSICÓLOGO - TRT 19º REGIÃO - FCC - 2014) O artigo


20 do Código de Ética Profissional do Psicó-
logo informa como o psicólogo deve agir ao pro-
premissa.
Alternativa B: INCORRETA. O psicólogo, ao promover
publicamente os seus serviços, não utilizará os pre-
mover publicamente seus serviços, por quaisquer ços cobrados por eles como forma de propaganda,
meios, individual ou coletivamente. Dentre as dis- conforme posto no item ‘d’ do Código de Ética Pro-
posições existentes neste artigo, encontra-se que o fissional.
psicólogo: Alternativa C: CORRETA. Em consonância com o item ‘b’
do Código de Ética Profissional do Psicólogo2, para
Ⓐ fará previsão taxativa sobre os resultados do seu promoção pública dos seus serviços é permitido
trabalho. que o profissional se utilize dos seus títulos e quali-
Ⓑ informará o preço do serviço como forma de ficações profissionais.
propaganda. Alternativa D: INCORRETA. É vetado ao psicólogo auto-
Ⓒ fará referência apenas a títulos ou qualificações promoção em detrimento de outros profissionais
profissionais que possua. de quaisquer área de atuação, com vistas em não
Ⓓ utilizará de autopromoção para diferenciar-se infringir o item f do Art. 20º2.
mercadologicamente dos outros profissionais da Alternativa E: INCORRETA. O item 'h' do Art. 20º preco-
área de saúde. niza que o psicólogo não fará divulgação sensa-
Ⓔ relatará casos de sucesso e aproveitará a opor- cionalista das atividades profissionais. Assim, ele
tunidade para apresentar depoimentos de seus não deve utilizar casos de sucesso para promoção
clientes. pública dos seus serviços, o que violaria as orienta-
ções do CFP2.
GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Esta questão aborda um tema rele-


vante, posto que as novas mídias e a tecnologia da
informação e comunicação propõem novas formas
02 (PSICÓLOGO - TRT 15º REGIÃO - FCC - 2013) Segundo
o Código de Ética Profissional do Psicólogo
(Art. 3º), o psicólogo, para ingressar, associar-se ou
de divulgação nos meios digitais. A promoção pú- permanecer em uma organização, considerará a
blica dos serviços do psicólogo também nos meios missão, a filosofia, as políticas, as normas e as prá-
digitais e nas redes sociais deve seguir os princípios ticas nela vigentes e sua compatibilidade com os
preconizados pelo Código de Ética Profissional do princípios e regras deste Código de Ética. Existindo
Psicólogo. Assim, os profissionais devem ficar aten- incompatibilidade, cabe ao psicólogo:
tos, visto que, em função da cibercultura, tendem
a considerar todas as formas de divulgação digital Ⓐ denunciar os colegas, mas manter-se no empre-
factíveis sem observar o que regulamenta o Conse- go para gerar transformações.
lho Federal de Psicologia. Ⓑ manter a prestação de serviços, respeitando as
Alternativa A: INCORRETA. Ao psicólogo é vetado fazer limitações do empregador.
previsões taxativas de resultados do seu trabalho, Ⓒ permanecer calado e subserviente até que pos-
tendo em vista que a Psicologia parte do princípio sa deslocar-se para outro emprego.
Ⓓ recusar-se a prestar serviços e, se pertinente,
apresentar denúncia ao órgão competente.
Ⓔ ficar no emprego para obter informações e de-
03 (PSICÓLOGO - TJ/AM - FGV - 2013) De acordo com
o Código de Ética dos Psicólogos Brasileiros,
assinale a afirmativa correta.
pois advertir o empregador.
Ⓐ O psicólogo deve prestar serviços à comunidade
GRAU DE DIFICULDADE em situações de emergência ou calamidade sem
usufruir benefício pessoal.
Alternativa A: INCORRETA. Cabe ao psicólogo zelar pelo Ⓑ O psicólogo, no exercício da profissão, não pos-
cumprimento do Código de Ética2 e, dentre as prer- sui atribuição de comunicar aos órgãos competen-
rogativas deste, está a de ter respeito, consideração tes irregularidades observadas.
e solidariedade para com outros psicólogos e para Ⓒ O psicólogo não é responsável por arquivar re-
com outros profissionais, não cabendo permanecer sultados de seu trabalho.
na organização para gerar transformações caso a Ⓓ O psicólogo poderá sugerir a derivação de um
missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práti- paciente atendido numa instituição para sua clínica
cas vigentes sejam incompatíveis com os princípios privada sempre que for conveniente.
e regras do Código de Ética Profissional do Psicó- Ⓔ O psicólogo não é obrigado a fornecer os resul-
logo. tados de seu atendimento.
Alternativa B: INCORRETA. Tendo em vista a incompati-
bilidade da missão, filosofia, políticas, normas e das GRAU DE DIFICULDADE
práticas vigentes na organização com os princípios
éticos da profissão, o psicólogo deve respeitar a li- Alternativa A: CORRETA. O item ‘d’ do Art. 1º do Código
mitação do empregador, mas não deve manter-se de Ética dos Psicólogos2 refere ser dever fundamen-
na organização, visto que, ao permanecer, descum- tal do psicólogo prestar serviços à comunidade em
pre o que regulamenta o seu Código de Ética Pro- situações de emergência ou calamidade sem usu-
fissional2. fruir benefício pessoal.
Alternativa C: INCORRETA. O Item ‘c’ do Art. 1º, que trata Alternativa B: INCORRETA. O psicólogo, de acordo com
dos Deveres do Psicólogo2, aponta para importân- o item ‘l’ do Art. 1º do Código de Ética2, tem como
cia de prestar serviços de qualidade em condições dever fundamental comunicar aos órgãos compe-
dignas e apropriadas. Ao permanecer calado e sub- tentes os casos de exercício ilegal da profissão, além
serviente quanto ao fato de perceber incompatibi- de irregularidades e transgressões observadas.
lidade da missão, filosofia, políticas, normas e das Alternativa C: INCORRETA. O psicólogo é responsável
práticas vigentes na organização até que possa por arquivar resultados de seu trabalho. De acordo
deslocar-se para outro emprego, o psicólogo des- com a Resolução do CFP 007/20035, deverão ser
cumpre o que versa o referido artigo. guardados pelo prazo mínimo de 5 anos documen-
Alternativa D: CORRETA. O Parágrafo Único do Art. 3º do tos escritos decorrentes de avaliação psicológica.
Código de Ética Profissional do Psicólogo2 afirma so- Alternativa D: INCORRETA. O item ‘l’ do Art. 2º do Código
bre legitimidade da recusa por parte do psicólogo de Ética2 alude ser vetado ao profissional “desviar
em prestar serviços ao perceber incompatibilidade para serviço particular ou de outra instituição, vi-
da missão, filosofia, políticas, normas e das práticas sando ao benefício próprio, de pessoas ou de or-
vigentes na organização, cabendo, se pertinente, ganizações atendidas por instituição com a qual
apresentar denúncia ao órgão competente. mantenha qualquer tipo de vínculo profissional”.
Alternativa E: INCORRETA. Com vistas ao Art. 3º, que Alternativa E: INCORRETA. É dever fundamental do psi-
aborda o ingresso e permanência em uma organi- cólogo assegurado no o item ‘g’ do Art. 1º do Có-
zação, cabe ao psicólogo saber considerar e avaliar digo de Ética2 que sejam informados a quem de
a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as direito “os resultados decorrentes da prestação de
práticas nela vigentes e sua compatibilidade com serviços psicológicos, transmitindo somente o que
os princípios e regras do Código de Ética2 antes de for necessário para a tomada de decisões que afe-
ingressar e/ou permanecer na organização. Caso tem o usuário ou beneficiário”.
sejam incompatíveis tais fatores observados, cabe
ao psicólogo recusar-se em prestar serviços e não
permanecer, apresentando denúncia ao órgão
competente, se for pertinente.
SIGILO DO PSICÓLOGO interdito, que deverá se dar através da autorização
de pelo menos um dos responsáveis. O § 2° apenas

04 (PSICÓLOGO - TJ/PE - FCC - 2012) Segundo o Códi-


go de Ética Profissional do Psicólogo, o psicó-
logo, quando requisitado a depor em juízo:
versa sobre a responsabilidade dos encaminha-
mentos necessários para garantir a proteção inte-
gral do atendido.
Alternativa D: INCORRETA. O Art. 10º2 versa sobre a que-
Ⓐ não poderá prestar informações, dado que é de- bra de sigilo baseada na decisão do psicólogo quan-
ver do psicólogo respeitar o sigilo profissional (Art. to à busca de menor prejuízo. Em caso de decisão
9º). de quebra de sigilo, o psicólogo prestará apenas
Ⓑ poderá prestar informações, considerando o pre- informações estritamente necessárias e nada disso
visto no Código de Ética Profissional do Psicólogo está relacionado ao fato de ser(em) o(s) “indivíduo(s)
(Art. 11). maior(es) de 18 anos, com antecedente infracional”.
Ⓒ não poderá prestar informações, dado que o psi- Alternativa E: INCORRETA. No atendimento de criança,
cólogo deve garantir a proteção integral do atendi- adolescente e interdito, os responsáveis devem ser
do (Art. 8º parágrafo 2º). comunicados apenas do necessário e essencial que
Ⓓ poderá prestar somente informações se forem venha trazer mudanças em benefício dos atendi-
sobre indivíduo(s) maior(es) de 18 anos, com ante- dos. Desta maneira, há prestação de informações
cedente infracional (Art. 10, parágrafo único). resguardando o sigilo do que não se mostra neces-
Ⓔ não poderá prestar informações no caso de sário de ser compartilhado.
atendimento a crianças e adolescentes, dado que,
para fazê-lo, dependeria da autorização dos pais
do(s) menor(es) por escrito (Art. 13). REGISTROS DOCUMENTAIS

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: As questões que envolvem o si-


05 (PSICÓLOGO - MAPA - CONSUPLAN - 2014) De acor-
do com a Resolução CFP nº 001/2009, que
dispõe sobre a obrigatoriedade do registro docu-
gilo profissional do psicólogo sempre tendem a mental decorrente da prestação de serviços psico-
causar situações de dúvidas quanto ao fato do que lógicos, é dever do psicólogo, EXCETO:
é considerado “quebra de sigilo”. Assim, é impor-
tante ressaltar que dados estritamente relevantes Ⓐ Fica garantido ao usuário ou representante legal
para outros profissionais e àqueles que garantam a o acesso integral às informações registradas pelo
proteção integral do atendido podem ser compar- psicólogo, em seu prontuário.
tilhados, no que tange à sua relevância para o caso, Ⓑ Para atendimento em grupo não eventual, o psi-
e ainda com base no princípio da busca de menor cólogo deve manter, além dos registros dos aten-
prejuízo. dimentos, a documentação individual referente a
Alternativa A: INCORRETA. O Art. 9º 2 versa sobre o sigilo cada usuário.
apenas no que se refere ao princípio da confiden- Ⓒ Quando em serviço multiprofissional, o regis-
cialidade, à intimidade das pessoas atendidas e ao tro deve ser realizado em prontuários individuais,
sigilo profissional como um todo. constando todas as informações necessárias ao
Alternativa B: CORRETA. O Art. 11º 2 legitima o depoi- cumprimento dos objetivos do trabalho.
mento em juízo do psicólogo, ressaltando o cum- Ⓓ O período de guarda deve ser de, no mínimo,
primento do que rege o Código de Ética em outros 5 anos, podendo ser ampliado nos casos previstos
artigos, como no Art. 6º, que trata do relacionamen- em lei, por determinação judicial ou em casos es-
to com profissionais não psicólogos, que é o caso do pecíficos em que seja necessária a manutenção da
juiz de direito. Assim, partindo desta combinação guarda por maior tempo.
de informações do Código de Ética e ainda no que
se refere o Art. 10º, deve o psicólogo depor em juí- GRAU DE DIFICULDADE
zo, compartilhando apenas informações relevantes
ao caso, resguardando informações confidenciais e Alternativa A: CORRETA. A Resolução do CFP nº 001/2009
assinalando a quem receber a informação sobre a torna claro, no Art. 5, a garantia de acesso ao regis-
preservação deste sigilo. tro documental pelo usuário ou por seu represen-
Alternativa C: INCORRETA. O Art. 8º2 versa sobre o aten- tante legal7.
dimento não eventual de criança, adolescente e
Alternativa B: CORRETA. O Art. 5, inciso II da Resolução a descrição e a evolução da atividade e os proce-
do CFP nº 001/20097, alude sobre a manutenção dimentos técnico-científicos adotados, abordando
dos registros dos atendimentos e da documenta- apenas as informações necessárias, de maneira que
ção individual referente a cada usuário quanto à tenhamos, assim, razões suficientes que envolvem
necessidade de haver um registro das informações a restrição do compartilhamento de informações.
decorrentes da prestação de serviços psicológicos Alternativa D: CORRETA. O Art. 4° da Resolução do CFP
que possibilite a orientação e a fiscalização sobre nº 001/20097 versa sobre a guarda do registro do-
o serviço prestado e a responsabilidade técnica cumental e no seu § 1° ratifica que o período de
adotada (Art. 5, inciso II da Resolução do CFP nº guarda deve ser de, no mínimo, 5 anos, podendo
001/2009). ser ampliado nos casos previstos em lei, por deter-
Alternativa C: INCORRETA. Considerando que o psicó- minação judicial, ou ainda em casos específicos em
logo trabalha com base no sigilo, seguindo, inclu- que seja necessária a manutenção da guarda por
sive, o que preconiza o Art. 6º do Código de Ética maior tempo (Art. 4°, § 1° da Resolução do CFP nº
Profissional2, os registros nos prontuários devem 001/2009).
contemplar de forma sucinta o trabalho prestado,
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