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1. Introdução
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Plinio de Arruda Sampaio Jr., professor do Instituto de Economia da
Universidade Estadual de Campinas (IE-UNICAMP).
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Baquero, F.S. y Klein, E., Política de mercado de trabajo y pobreza
rural en América Latina. Tomo 1, CEPAL/FAO/OIT, capítulo 2, 2012.
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A origem histórica e a natureza do problema agrário brasileiro, cuja
essência permanece inalterada, foi examinado por Caio Prado Júnior, em
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Lígia Osório Silva examina, com grande profundidade, o processo
histórico de consolidação do latifúndio como regime de terras do Brasil
em seu livro Terras devolutas e latifundio, Campinas, Ed. Unicamp,
1996.
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A relação de condicionamento recíproco entre posição subalterna no
sistema capitalista mundial, latifúndio e segregação social que
caracteriza a formação econômica e social do Brasil tem a sua origem no
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A propósito, ver Prado, C.P.Jr., A revolução brasileira, São Paulo,
Brasiliense, 1966.
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Para um exame detalhado do caráter do capitalismo dependente ver
Sampaio, P.S.A. Jr., Entre a nação e a barbárie : os dilemas do
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Prado, Jr., C. – A questão agrária no Brasil, p. 89.
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. PRADO, JR. C. A Revolução Brasileira, 1966, p. 209.
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. A crítica à modernização mimética dos padrões de consumo constitui
a quinta-essência da teoria do subdesenvolvimento de Celso Furtado. A
propósito ver, Furtado, C., Pequena introdução ao desenvolvimento, São
Paulo, Ed. Nacional, 1980.
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15 scs, p. 192-193
12
17 SCS, p. 210-211
.
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Prado Jr., C., A revolução brasileira, p. 2-3.
19
Prado, Jr., C., A revolução brasileira, p. 302-303.
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Para um exame do problema, consultar Silva, L.O., REVISTA SEADE,
emilia viotti
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Este último aspecto, embora evidente no cotidiano da política
brasileira, sempre foi negado pelos teóricos da modernização.
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. Sobre o caráter do padrão de dominação burguesa no Brasil, ver
Fernandes, F., A Revolução burguesa no Brasil, .....
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Para uma interpretação sobre o desenvolvimento do capitalismo no
campo ver : Delgado, G. ;
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A tendência de longo prazo de evolução do emprego e do desemprego
estrutural é objeto da análise de Rodriguez, O., « «
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O processo de urbanização é examinado por Maricato, E. .....
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Sobre o significado e as implicações da Nova República e do processo
Constituinte, ver Fernandes, F., “ Nova República?”, Editora Zahar, Rio
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Delgado, G., p. 12.
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« (...) à dinâmica de crescimento da produtividade física da
agropecuária nas zonas consolidadas ou nas zonas de nova incorporação
fundiária, não há evidência de correspondência com aumentos de salário,
nem tampouco de elevação do emprego de trabalhadores não qualificados,
vinculados ao crescimento da produção. Expansão agrícola e expansão do
emprego e da massa salarial são fenômenos de outros contextos
históricos – a expansão cafeeira em diversos ciclos de economia
primário exportadora até o final dos anos 60 do século passado. [...]
Alguma dinâmica local de criação de novos empregos nas cadeias
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[...]
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Ver Ramos, P., op. cit. p. 22. O documento da CNBB adverte : « a MP
458 de 2008, convertida em Lei, legalizou 67,4 milhões de há de terras
públicas a grileiros, autodenominados empresários rurais, que ocupam
ilegalmente terras da União ». A força dos ruralistas fica evidente
quando se leva em consideração que « A MP 458 foi antecedida por várias
iniciativas governamentais que gradativamente foram elevando a área
máxiam de alienação : Artigo 118 da Lei No. 11.196/05, elevou para
550ha ; a MP 422, emitida em março e aprovada em julho de 2008,
permitiu ao INCRA titular diretamente, sem licitação, propriedades na
Amazônia Legal com até 15 módulos rurais ou 1.5000 hectares ; MP 458
autoriza a União a licitar áreas excedentes às regularizáveis (15
módulos fiscais) até o limite de 2500 hectares, dando preferência de
compra a seus ocupantes », CNBB, p. 10
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Delgado, G., « Especialização primária como limite ao
desenvolvimento , Mimeo, 2012, p. 6. A aprovação do novo Código
Florestan é uma das medidas concretas mais recentes que tem com
objetivo básico abrir novas fronteiras para o capital.
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brasileiro:
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Delgado, G., p. 13.
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Delgado, G., p. 9.
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CNBB, Igreja e problemas da terra, documento aprovado pela 18o.
Assémbleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Itaici, 14 de
fevereiro de 1980.
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Stedile, J.P. (coord.) – A questão agrária hoje, Porto Alegre,
Editora da Universidade, UFRG, p. 12 e p.13. O autor atribui o
embasamento científico do documento da CNBB ás contribuições de Jose de
Souza Martins e Ivo Poleto.
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II PNRA
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Juca e Ariovaldo - entrevistas
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. Em texto recente, Questão agrária no Brasil atual, a CNBB esclarece
o problema das terras disponíveis para a reforma agrária : "(...) para
se ter noção do tamanho das terras devolutas, considere-se a totalidade
do território nacional fisicamente identificado pelo IBGE no Censo (851
milhões de hectares). Há inscritos sob todos os critérios legais de
registro os seguintes títulos : a) toal dos estabelecimentos
recenseados ; b) as terras indígenas ; c) as unidades de conservação
ambientais ; d) as superfícies aquáticas ; e_) as zonas urbanas ; f) os
assentamentos rurais ; g) as terras de orgãos públicos registradas
etc., perfazendo uma totalidade de 541 milhões de hectares. Verifica-se
a sobra, por diferença, de uma vasta área definida comom ‘outras
ocupações’, de aproximadamente 310 milhões de hectares. Ou seja, mais
de um terço das terras do país foram aparentemente griladas ou estão
cercadas, mas não pertencem a quem a cercou, pois são terras públicas
devolutas ou não. São, portanto, terras que, pela Constituição de 1988,
deveriam ser destinadas à Reforma Agrária".
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No documento preparado para o IV Congresso do MST, realizado em
Brasília, no ano 2000, no seu momento de maior radicalismo, o movimento
reitera a importância de “condicionar de fato a propriedade da terra a
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agrária.
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Para maiores detalhes consultar Ramos, P. História e questão agraria
brasileira : Do início do Brasil Império ao Governo Lula (1822-2010),
p. 23. Mimeo preparado para III Congresso Latino-Americano de História
Econômica – CLADEHE-III -, Mesa geral No. 6, História Agrária. Em
esclarecedora entrevista, Ariovaldo Umbelino, um dos formuladores do II
Plano Nacional de Reforma Agrária – II PNRA - do governo Lula, faz um
severo balanço do resultados efetivos da política agrária do período
Lula : “No primeiro mandato, por pressão social dos movimentos sociais,
foi elaborado o 2º Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), em que a
proposta de assentamento era de um total de 520 mil famílias. Na
realidade, assentou-se em torno de 220 mil famílias apenas, embora o
governo divulgasse dados de mais de 500 mil. Esses dados não
correspondem à realidade porque eles somaram como assentamentos novos
áreas de regularização fundiária, áreas de reconhecimento de
assentamentos antigos e reassentamentos de atingidos por barragens.
Além disso, no segundo mandato não foi elaborado o 3º Plano Nacional de
Reforma Agrária. Então, o governo se descompromissou em fazer a Reforma
Agrária e passou a adotar uma política de contra-Reforma Agrária,
porque enviou duas medidas provisórias (MPVs) ao Congresso. Uma em
2008, a MPV 422, e outra em 2009, a MPV 458, elevando a área passível
de regularização na Amazônia Legal de 100 mil hectares para 2500
hectares e só passou no Congresso até 1500 hectares. Isso quer dizer
que nesse segundo mandato o governo fez uma política de legalização da
grilagem. Isso que dizer que, ao invés de se fazer Reforma Agrária, se
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Stedile, J.P., « El MST y las disputas por las alternativas en
Brasil », IN : Observatório Social de América Latina – OSAL – Año V,
No. 13, enero-abril 2004, Buenos Aires, CLACSO, p. 31.
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Para uma crítica do Programa Democrático Popular ver Iasi, M. Secco,
L.
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Sobre o assunto, consultar Fernandes, F., “Movimento Socialista e
Partidos Políticos”, Hucitec, São Paulo, 1980; e “Brasil: em compasso
de espera”, Hucitec, São Paulo, 1980.
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A interpretação sobre a autodeterminação do capitalismo brasileiro
encontra-se elaborada nos trabalhos da chamada Escola de Campinas,
principalmente nos trabalhos de João Manuel Cardoso de Mello, “O
capitalismo tardio”, Brasiliense, São Paulo, 1982; Luiz Gonzaga M.
Belluzzo, Desenvolvimento Capitalista no Brasil, Brasiliense, São
Paulo, 1982/1983, 2v.; e Maria Conceição Tavares: “Acumulação de
capital e industrialização no Brasil”, Campinas: UNICAMP, 1974; “Ciclo
e Crise”, Rio de Janeiro, FEA/UFRJ, 1978; e “Problemas de
Industrialización avanzada en capitalismos tardios y periféricos”,
Economia de América Latina. Revista de Información y Análises de la
Región, México, n. 6, s.p., 1981. Mimeo. A interpretação sobre o raio
de manobra político das sociedades latino-americanas é sistematizada
por Fernando Henrique Cardoso em alguns capítulos de “O modelo político
brasileiro”, Difusão Européia do Livro, 1872. A crítica teórica a idéia
da autodeterminação do capitalismo brasileiro está desenvolvida em
Sampaio Jr., P.S.A., “ Entre a Nação e a Barbárie”, Vozes, Petrópolis,
1999, pp. 17 a 34.
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Prado Jr., C., Formação do Brasil Contemporâneo, p. 25.
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Prado Jr., C., Formação do Brasil contemporâneo, p. 26.
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Nas palavras de Caio Prado: “É certo que a colonização da maior
parte, pelo menos, destes territórios, inclusive o Brasil, lançada e
prosseguida em tal base, acabou realizando alguma coisa mais que um
simples ‘contato fortuito’ dos europeus com o meio, na feliz expressão
de Gilberto Freyre, a que destinava o objetivo inicial dela; e que em
outros lugares semelhantes a colonização européia não conseguiu
ultrapassar: assim na generalidade das colônias tropicais da África, da
Ásia e da Oceania, nas Guianas e algumas Antilhas, aqui na América.
Entre nós foi-se além no sentido de constituir nos trópicos uma
‘sociedade com características nacionais e qualidades de permanência, e
não se ficou apenas nesta simples empresa dos colonos brancas distantes
e sobranceiros”, op. cit. p. 24.
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