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REGIANE CHRISTIAN DOS SANTOS

ANUROS COMO BIOINDICADORES DE QUALIDADE


AMBIENTAL DO CERRADO
REGIANE CHRISTIAN DOS SANTOS

ANUROS COMO BIOINDICADORES DE QUALIDADE


AMBIENTAL DO CERRADO

Belo Horizonte
2019

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Ciências Biológicas

Orientador: Francisco Caires Paulo Junior


REGIANE CHRISTIAN DOS SANTOS

ANUROS COMO BIOINDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL


DO CERRADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Ciências Biológicas.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Belo Horizonte, 26 de Agosto de2019

Belo Horizonte
2019
SANTOS, Regiane Christian. Anuros como Bioindicadores de Qualidade
Ambiental do Cerrado 2019. 36. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Ciências Biológicas) – Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, 2019.

RESUMO

Elemento obrigatório. Consiste em texto condensado do trabalho de forma clara e


precisa, enfatizando os pontos mais relevantes como natureza do problema
estudado; objetivo geral; metodologia utilizada; principais considerações finais sobre
a pesquisa, de forma que o leitor tenha ideia de todo o trabalho. Deverá conter entre
150 e 500 palavras, é escrito em parágrafo único, sem citações, ilustrações ou
símbolos, espaçamento simples e sem recuo na primeira linha.

Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3; Palavra 4; Palavra 5.


(Obs.: São palavras ou termos que identificam o conteúdo do trabalho. Deixe o
espaço entre o resumo e as palavras-chave. Escreva de três a cinco palavras chave,
com a primeira letra em maiúscula e separada por um ponto-e-vírgula.)
SOBRENOME, Nome Prenome do autor. "Anurans as bioindicators of
environmental quality of the cerrado": subtítulo na língua estrangeira (se houver).
Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Ciências Biológicas) – Faculdade Pitágoras, belo Horizonte, 2019.

ABSTRACT

Deve ser feita a tradução do resumo para a língua estrangeira.

Key-words: Word 1; Word 2; Word 3; Word 4; Word 5.

(Obs.: Siga as mesmas considerações do Resumo)


LISTA DE ILUSTRAÇÕES (UTILIZADA SOMENTE QUANDO HÁ ILUSTRAÇÕES
NO TCC – INDEPENDENTE DO NÚMERO DE IMAGENS)

Figura 1 – Localização do bioma Cerrado no Brasil.................................................00


Figura 2 – Título da figura.........................................................................................00
Figura 3 – Título da figura.........................................................................................00
Figura 4 – Título da figura.........................................................................................00
Figura 5 – Título da figura.........................................................................................00
LISTA DE TABELAS (UTILIZADA SOMENTE QUANDO HÁ TABELAS NO TCC –
INDEPENDENTE DO NÚMERO DE TABELAS)

Tabela 1 – Estimativa de espécies endêmicas do Cerrado......................................00


Tabela 2 – Título da tabela........................................................................................00
Tabela 3 – Título da tabela........................................................................................00
Tabela 4 – Título da tabela........................................................................................00
Tabela 5 – Título da tabela........................................................................................00
LISTA DE QUADROS (UTILIZAR SOMENTE SE HOUVER QUADROS NO CORPO
DO TCC – INDEPENDENTE DO NÚMERO DE QUADROS)

Quadro 1 - Níveis do trabalho monográfico .............................................................00


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (UTILIZADA SOMENTE QUANDO HÁ
ABREVIATURAS E SIGLAS NO TCC – INDEPENDENTE DO NÚMERO DE
SIGLAS)

MMA Ministério do Meio Ambente


BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR Norma Brasileira

Além da lista de abreviaturas e siglas, o significado de cada uma deve ser


mencionado por extenso quando aparecer pela primeira vez no texto. Ex: Todo o
trabalho foi elaborado seguindo as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13

2. TÍTULO DO PRIMEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO). .16

3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO). .19

4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)..22

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................23

REFERÊNCIAS...........................................................................................................24

No sumário, os títulos são colocados em negrito e em CAIXA ALTA (todas as


letras em maiúsculo). Dadas as dimensões da Monografia, não indicamos a
fragmentação dos capítulos em subtítulos, entretanto, caso sejam necessários
apresente-os, no sumário, em CAIXA ALTA, contudo, sem destaque de negrito.

Importante: lembre-se de atualizar o número das páginas do sumário antes de


submeter sua atividade para avaliação. Encaminhe um trabalho limpo, enviando
apenas o que a atividade solicita.
13

1. INTRODUÇÃO

O cerrado é um grande bioma que ocupa cerca de um quarto do território do


Brasil, abrigando muito patrimônio de recursos renováveis adaptados às condições
climáticas, edáficas e hídricas que determinam sua existência sendo um dos maiores
biomas brasileiros, perdendo apenas para a Amazônia. Concentra um terço da
biodiversidade nacional e 5% da vegetação e da fauna mundiais. Pode-se encontrar
na região do Cerrado cerca de 4 a 7.000 espécies que habitam a região
(MAUROELLI, 2003).
Com declínio na população de anuros, esses animais correm o risco de
desaparecer por diversos fatores, envolvendo alterações no ambiente que afeta
diretamente girinos, causando deformações morfológicas e destruindo seu habitat, o
que auxilia na sua bioindicação local (VERDADE; DIXO; CURCIO, 2010).
Com a presença desse grupo no Cerrado, consegue-se analisar a qualidade
do bioma embora seja uma ambiente bem impactada devido a aberturas de
pastagens, utilização indiscriminada de agrotóxicos que tem contaminado a água e o
solo. Com isso, é possível realizar uma análise do que pode ser feito para amenizar
essas e outras situações (VERDADE; DIXO; CURCIO, 2010). Como os anuros
contribuem para a bioindicação ambiental?
A partir desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral
descrever a importâncias dos anuros como bioindicador de qualidade ambiental do
cerrado. Os objetivos específicos são 1) caracterizar o Cerrado, destacando as
ameaças que esse bioma tem sofrido; 2) discorrer sobre o uso de espécies de
anuros como bioindicadores; 3) relacionar as espécies de anuros bioindicadores do
Cerrado, ressaltando sua importância para o monitoramento ambiental.
A metodologia empregada na pesquisa foi de revisão bibliográfica, na
intenção de atingir os objetivos propostos, sendo ela descritiva. Para selecionar os
textos que serviram como base bibliográfica, foram realizadas pesquisas nas bases
de dados Scielo, Google Acadêmico e ResearchGate a partir dos descritores
‘ameaças do cerrado’, ‘anuros bioindicadores’, ‘uso de anuros’, ‘caracterização do
cerrado’, ‘cerrado como hotspot’, ‘monitoramento ambiental’ e ‘espécies
bioindicadoras’ publicado no período de 2002 a 2019, somando 37 publicações.
14

CERRADO: PRINCIPAL HOTSPOT BRASILEIRO COMO


BIODIVERSIDADE

Sendo bem antigo, a origem do Cerrado é de desde quando os dinossauros


ainda existiam, e de quando a América do Sul e a África ainda eram conectadas no
continente Gondwana, a mais de 80 milhões de anos atrás. Comparando o Cerrado
que vemos hoje com o de quatro milhões de anos, podemos claramente notar
diferenças, pois ocorreram diversas mudanças ao longo desses anos.
(FERNANDES, et al., 2016).
Em Lagoa Santa MG, foi encontrado registros fósseis na área do Cerrado.
Através dos materiais encontrados, houve a descoberta de que existia colonização
de humanos nessa região há 13 mil anos. São fósseis que nos diz sobre a
colonização do continente americano e da história da humanidade, sendo então
considerada uma descoberta importante. (FERNANDES, et al., 2016).
O Cerrado é um dos cinco grandes biomas brasileiros, cobrindo cerca de 25%
do território do Brasil, ocupa uma área entre 1,8 à 2 milhões de km², e passa pelos
estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais,
Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções do
estado de São Paulo. Ainda há partes de cerrado em outros estados da federação
(PR) ou em áreas disjuntas dentro da Floresta Amazônica. É a segunda maior
formação vegetal do Brasil, depois da Amazônia, concentrando-se também no
Planalto Central Brasileiro (ICMBIO, 2019).
Figura 1 – Localização do bioma Cerrado no Brasil.
15

Fonte: Adaptado de Nunes e Traldi (2015).

O Cerrado é um dos únicos hotspots em que predomina a vegetação


savânica. O seu relevo inclui planaltos, depressões e planícies, cobertos por
diferentes fitofisionomias florestais, savânicas e campestres (OLIVEIRA;
PIETRAFESA; BARBALHO, 2008). A heterogeneidade ambiental deste domínio
fitogeográfico está refletida na sua biota que já foi considerada pobre, mas que
atualmente passou a ser reconhecida mundialmente pelo elevado grau de
endemismo e pressão antrópica a que está sujeita (COLLI et al., 2002).
A biodiversidade do Cerrado está ligada à diversidade de ambientes, onde se
encontra campos aberto, chamado de heliófilos e ambientes florestados chamados
de ombrófilos. É um bioma que abriga mais de 12 mil espécies de plantas
catalogadas cientificamente, 199 espécies de mamíferos, 837 espécies de aves, 180
espécies de répteis, 150 espécies de anfíbios, 90.000 espécies de insetos, 1.200
espécies de peixes e 500 espécies de moluscos (MINISTERIO DO MEIO
AMBIENTE (BR), 2009).
Tabela 1 – Estimativa de espécies endêmicas do cerrado.
16

GRUPO ESPÉCIES ENDÊMICAS ENDEMISMO (%)


PLANTAS 7.000 3.080 44
MAMÍFEROS 199 19 9,5
AVES 837 29 3,4
ANFÍBIOS 150 42 28
PEIXES 1.200 350 29
RÉPTEIS 177 20 17
Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2013.)

Um fator preocupante neste contexto é que apenas 7,44% da área


do Cerrado estão protegidos em unidades de conservação federais, estaduais e
municipais, destes apenas 2,91% está protegido em unidades de proteção integral,
tais como parques nacionais (IBAMA, 2009), o que deixa a vegetação ainda mais
ameaçada pela fragmentação das paisagens.
O solo da maior parte do cerrado é ácido, bem drenando com alto
nível de alumínio (AL). Muitas espécies de plantas nativas são adaptadas a esse
fator, sendo algumas espécies acumuladoras (FURLEY; RATTER, 1988). Esta
combinação possibilita a existência de diferentes formações vegetacionais (RATTER
et al., 1997).
A agricultura e a pecuária são as principais causas do
desmatamento do cerrado. Grande parte do que antes o bioma, vem dando lugar a
monoculturas e a pastagens. Centenas de milhares de hectares foram desmatadas e
destinadas à implantação de pastos, porém, estas elevadas áreas encontravam-se
abandonadas, devido ao uso de técnicas inadequadas de manejo da terra. Sendo,
assim novas áreas foram desmatadas para que o rebanho ocupe outros locais
(NUNES; TRALDI, 2015).
O avanço indiscriminado da fronteira agrícola que realiza produção
de eucalipto, soja e pecuária bovina é a principal ameaça da sobrevivência do
Cerrado. Segundo os resultados do ano de 2013, afirmam que 45,4% da cobertura
vegetal do Cerrado já foram destruídas, sendo essa porcentagem equivalente a 100
milhões de hectares (WWF, 2019).
Áreas de pastagens ocupam 29,5% do território do Cerrado,
anualmente a agricultura representa 8,5% e as culturas perenes 3,1%, totalizando
17

41,1% do uso total da área. Atualmente, o Cerrado responde por 51,9% da área de
soja cultivada no país, quase 16 milhões de hectares do bioma foram para a
produção de grão segundo o relatório “Análise Geoespacial da Dinâmica das
Culturas Anuais no Bioma Cerrado: 2000 a 2014” da Agrosatélite e por quatro em
cada dez cabeças do rebanho bovino do país (WWF, 2019).
Faz-se necessário também mencionar que o fogo natural é um agente
abiótico perturbador na vegetação do bioma, com grande impacto na dinâmica das
populações vegetais (HENRIQUES, 2005). Nesse sentido, o fogo é um elemento de
extrema importância para a formação do bioma, especialmente para aquelas plantas
cujas sementes precisam do calor do fogo para sair do estágio de dormência
(BICALHO; MIRANDA, 2015).
Vários fatores ameaçam a biodiversidade no cerrado, como obras de
infraestruturas, incêndios florestais, construção de Usinas Hidrelétricas e a utilização
de árvores nativas para as indústrias de carvão. Anualmente, são produzidos cinco
milhões de toneladas de carvão vegetal com vegetação nativa do Cerrado. (WWF,
2019).
Técnicas são usadas para a exploração do solo do bioma, o que gera o
esgotamento de recursos naturais existentes. Nos tempos atuais, fertilizantes e
agrotóxicos tem aumentado muito causando grandes danos ao solo e a água. É
destinada a pecuária 60% da área total, mas caracteriza-se por ser atividades de
baixa tecnologia, o que acaba demandando maiores hectares de terra. (WWF,
2019).
Os hotspots são regiões que abrigam uma imensa diversidade de espécies
endêmicas significativamente afetadas e alteradas pelas atividades humanas, tal
conceito apresenta informações fundamentais para a proteção dessas regiões. Nas
áreas consideradas hotspots, onde milhões de pessoas sobrevivem na pobreza,
além do ser humano, diversas espécies partilham a luta pela sobrevivência
(GALINDO-LEAL, 2005).
Segundo BASTO (2007)
Podem ser encontradas atualmente 141 espécies de anfíbios no Cerrado,
como é comum a descrição de novas espécies, esse número pode
aumentar. Nos últimos 10 anos, foram descritas cerca de 20 espécies:
Bokermannohyla ravida, Chiasmocleis mehelyi, Dendropsophus araguaya,
Dendropsophus cerradensis, Dendropsophus cruzi, Dendropsophus
elianeae, Dendropsophus jimi, Dendropsophus rhea, Hypsiboas buriti,
Hypsiboas ericae, Hypsiboas leucocheilus, Hypsiboas phaeopleura,
18

Hypsiboas stenocephalus, Odontophrynus salvatori, Phyllomedusa oreades,


Proceratophrys cururu, Pseudis tocantins, Scinax centralis, Scinax
constrictus e Scinax curicica. Das espécies encontradas no Cerrado, é
possível relacionar cerca de 47 como endêmicas (33,3% do total, o que
reforça a importância da conservação dessa grande área nacional.
19

2. BIOLOGIA DOS ANUROS

Os anfíbios são animais vertebrados, ectodérmicos, apresentam ampla


distribuição geográfica e estão divididos em três grupos distintos: as salamandras
(Caudata) com 502 espécies, distribuídas, no hemisfério norte; as cobras-cegas
(Gymnophiona) com 165 espécies, caracterizadas pela ausência de membros; e os
anuros (Anura) com 4.873 espécies, conhecidas como sapos, rãs e pererecas,
constituindo o principal grupo de anfíbios encontrados no Brasil (GONÇALVES et, al.
2014).
Anuros são hoje reconhecidos como excelente bioindicadores de estresse
ambiental por possuírem um conjunto de atributos morfológicos, fisiológicos e de
história de vida que os tornam particularmente vulneráveis a alterações ambientais.
Dentre estes, pode-se mencionar pele permeável, a presença de ovos desprovido de
casca e o ciclo de vida tipicamente trifásico que condiciona exposição ao estresse
tanto no ambiente aquático quanto terrestre (JIQUIRIÇA, 2010).
Muitas espécies apresentam três fases de desenvolvimento distintas: a fase
de ovo, a vase larval e a fase pós metamórfica. Cada uma dessas fases se
desenvolvem em um substrato. Os ovos podem ser depositados em corpos d’água,
em bromélias, em ocos de bambus, sobre solos ou em tocas subterrâneas. As larvas
(girinos), estão associados água podendo desenvolver em lagos, riachos, bromélias
e paredões rochosos. Já a fase adulta, se desenvolvem exclusivamente dentro da
água, na transição entre corpos d’água e solos secos ou totalmente afastados de
corpos d’água. Desta forma, estão exposto a todos os microambientes encontrados
em ambiente natural. Assim, qualquer que seja a perturbação ambiental, as
populações de anfíbios poderão estar sendo impactadas.
Segundo dissertação de (MARQUES, 2012) Larvas de anuros ocorrem em
diversos tipos de ambientes, como poças permanentes e temporárias, ambientes
artificiais, lagoas, riachos, depressões nos troncos de árvores caídas e água
acumulada em epífitas. Devida a essa grande ocupação há a necessidade de
diferentes adaptações para cada tipo de ambiente, sendo então espécies com
plasticidade fenotípica, que é a habilidade de um genótipo produzir diferentes
fenótipos de acordo com as mudanças ambientais, é bastante comum em girinos,
20

sendo causada principalmente por interações predador-presa o que as torna um


grupo taxonômico adequado para o estudo em eco morfologia que investiga a
relação existente entre a morfologia (i.e. fenótipo) e a ecologia (i.e. variação no uso
de recursos) em comunidades, guildas, populações e indivíduos (Peres-Neto 1999).

Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a habitar o meio terrestre,


evolutivamente eles estão entre os peixes e os repteis, isto porque sua estrutura
fisiológica e estrutural lhes permitem uma transição do meio aquático para o meio
terrestre.Os anuros possuem pulmões adaptáveis capacitando-os de respirar o ar,
modificações na epiderme para permitir a exposição ao ar e o desenvolvimento da
coluna vertebral e da musculatura permitindo assim que eles possam se manter fora
do ambiente aquático.
Os anfíbios enfrentam um desafio hídrico particularmente pungente em
ambiente terrestre, dada à necessidade de manutenção de uma alta permeabilidade
de seu tegumento, que representa um importante órgão de troca de gases
respiratórios neste grupo. A alta permeabilidade tegumentar característica da maior
parte das espécies de anfíbios acarreta em taxas de perda de água também
particularmente elevadas destes, quando comparados a outros tetrápodes, e expõe
estes animais a um alto risco de desidratação em ambiente terrestre (JUNIOR,
2010).

2.1 Reprodução e Desenvolvimento Dos Anuros:


Os anuros são animais dioicos, ou seja, cada indivíduo possui um sexo, ou
masculino, ou feminino se desenvolvem indiretamente passando por uma
metamorfose completa, a primeira fase é a larval popularmente conhecida como
girino passando então por cerca de 46 fases desde a fecundação do ovulo até a
transformação da larva em adulto.
Os anuros geralmente se utilizam do canto para atrair as fêmeas em uma
função interespecífica o que ajuda no isolamento dos organismos específicos
(WELLS, 1977; DUELLMAN & TRUEB 1994; MARTINS & JIM, 2003). E isto
Consequentemente torna-se um fator importantíssimo na identificação de espécies
nos estudos taxonômicos (POMBAL JUNIOR & BASTOS, 2003; LIGNAU et al.,
2008), Além do canto de anúncio, a partilha temporal dos períodos de reprodução
21

anuais e diários entre os anuros é um mecanismo que também tem uma função
importante no isolamento reprodutivo das espécies (WELLS, 1977). Existem
diversos fatores que influenciam a atividade reprodutiva das espécies como, fatores
climáticos (p. ex. temperatura, pluviosidade e umidade) (DUELLMAN & TRUEB,
1994; HÖDL, 1990; HADDAD & PRADO, 2005).
Dados mostram que as espécies de anuros do Cerrado apresentam pelo
menos uma das seguintes características: (a) a reprodução ocorre na estação
chuvosa; (b) indivíduos formam densas agregações em corpos de água, (c) são de
reprodução prolongada e (d) são territoriais. Algumas espécies, como Hypsiboas
raniceps, podem apresentar todas as características (GUIMARÃES & BASTOS,
2003). Basicamente, essas características são comuns a várias outras espécies de
anuros de outros biomas brasileiros (e.g. BASTOS & HADADD, 2).
Como muitas espécies de anuros tem fecundação externa e é
energeticamente custoso restringir o acesso de outros machos à fêmea, sistemas
poliândricos são relativamente comuns, de modo a existir vantagens para os machos
que investirem na competição por esperma (Halliday & Verrel 1984; Halliday 1998).
Segundo PASCHOAL, (1997 ),Os anuros são animais que sempre estão em
evolução, entre varias formas bem adaptadas ao meio terrestre e aquático. Essa
transição é importante para á sobrevivência, reprodução e desenvolvimento no
ambiente novo.
Por exemplo, Kusano et al. (1991) comparou a massa do testículo entre 19
espécies de Rhacophorideos japoneses e mostrou que espécies que possuem
sistema poliândrico de acasalamento tem o testículo relativamente maior em
comparação com espécies não-poliândricas. A mesma relação foi encontrada por
Jennions & Passmore (1993), com Rhacophorideos africanos, e por Emerson
(1997), com Phyllomedusineos.
Na fase larval os anuros vivem em ambientes aquáticos respirando através
das brânquias e se alimentando de partículas orgânicas, apresentam uma calda
alongada que gradativamente desaparecem para dar lugar às pernas.
Neste momento se inicia também o desenvolvimento pulmonar que ocorre
gradativamente até que ao chegar à fase jovem os anuros são capazes de realizar a
respiração cutânea.
22

A pele dos anfíbios é nua, sem escamas, pelos ou penas, mas possuem
glândulas que secretam veneno e muco lubrificante, sua língua protrátil lhe permite
capturar suas presas e suas pálpebras e glândulas ajudam a proteger a córnea
mantendo-a umedecida. São heterotermicos isto é ele possuem temperatura
corporal variável que depende da oscilação térmica do ambiente que habita.
Os anfíbios em geral possuem uma considerável sensibilidade à perda de
líquido e, portanto mesmo na fase adulta precisam viver em lugares úmidos,
geralmente eles saem á procura de alimento á noite momento em que as
temperaturas são mais frias o que auxilia na redução da perda de água.

Fonte: https://planetabiologia.com/

Segundo FIGUEIREDO ( 2014, p.38), deslocamento de caracteres pode ser


muito importante na divergência das espécies, e para anuros, tem sido documentado
para aspectos reprodutivos, mas raramente para outros aspectos relevantes.
Dendropsophus nanus e D. sanborni são espécies intimamente relacionadas e
similares em morfologia e ecologia, e ambas podem ocorrer ao se no reproduzir
mesmos habitat.
23

3. ANUROS COMO BIOINDICADORES DE INTEGRIDADE AMBIENTAL


Para mensurar a magnitude dos impactos ambientais ocasionados pelo ser
humano, inúmeros indicadores de impactos ambientais têm sido utilizados incluindo
os seres vivos, os chamados bioindicadores (Silva 2010). Os bioindicadores são
seres vivos ou materiais produzidos por organismos vivos, que são usados como
estimadores da biodiversidade de um ecossistema ou na verificação e
monitoramento de alterações ambientais (Giovani & Carneiro 2011). Os organismos
utilizados como bioindicadores devem ser sensíveis às alterações ambientais, que
podem afetar a fisiologia, morfologia e comportamento de indivíduos, a densidade
populacional ou mesmo a riqueza, diversidade e composição de comunidades
biológicas (Arias et al. 2007). Existem bioindicadores para a degradação de recursos
hídricos, para ecossistemas terrestres e de poluição atmosférica (Silva 2010).
O prejuízo gerado pela diminuição da diversidade biológica é um grande
problema enfrentado na atualidade (IUCN, 2016) e para tentar minimizar esse efeito,
a forma mais eficiente é a preservação in situ das espécies em áreas protegidas
(HADDAD et al., 2005). No Brasil foram criadas as Unidades de Conservação (UCs),
regidas pela Lei No 9.985 de 18 de julho de 2000, do Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza (SNUC). Tendo essas UCs a função de conservar e
proteger as espécies, principalmente, as endêmicas, ameaçadas ou em situação
vulnerável (BRAZ & CAVALCANTI, 2001).
A ordem anura é representada pelos grupos de sapos, rãs e pererecas.
Enquanto anfíbios apresentam características sedentárias, são mais susceptíveis às
atividades de impacto e, portanto, seriam melhores indicadores de qualidade
ambiental (GONÇALVES, et. al, 2010)
Os anfíbios, devido a sua morfologia peculiar são considerados como
bioindicadores da qualidade ambiental e desta forma tem se tornado foco de muitos
estudos. Pesquisas relatam que o uso de defensivos agrícolas que possuem
agentes de contaminação ambiental e que podem potencialmente atuar como
desreguladores endócrinos em muitas espécies animais e desta maneira podem
alterar a sinalização hormonal normal durante o desenvolvimento embrionário e
modificar a anatomia, comportamento e função do sistema reprodutivo de muitos
vertebrados, incluindo os anfíbios. (REZENDE, et. AL 2015).
24

Os parâmetros morfométricos testiculares e a presença de melanócitos


também nos testículos demonstram que contaminantes agrícolas podem exercer
ações danosas ao sistema reprodutor dos anuros e que este órgão pode ser
utilizado para análises da qualidade ambiental no qual os animais estão inseridos.
Assim, baseados nestes resultados reforça-se também a importância da
preservação de áreas de proteção e reserva ambiental para a manutenção da fauna
local e regional (REZENDE, et. AL 2015).
Dentre os ações que provocam movimentação do bioma e sua degradação
está o desmatamento que provoca a fragmentação dos ambientes naturais, o que
diminui a capacidade de dispersão devido às alterações na matriz, reduz as áreas
disponíveis para sobrevivência e reprodução, além de causar alterações na
qualidade do habitat, prejudicando a manutenção das espécies. Todas essas
consequências do desmatamento provocam o isolamento de populações em
ambientes pouco favoráveis ou circundados por ambientes pouco propícios, e
alteram os ambientes naturais, influenciando na forma com que os organismos
utilizam o ambiente após esses eventos. (TORRES, 2012).
As principais causas de ameaças ao grupo são doenças infecciosas e
parasitárias, radiação ultravioleta, poluentes químicos, introdução de predadores,
alterações climáticas e a destruição de habitats como consequência do
desmatamento, inclusive para a urbanização, sendo essa última, apontada como a
principal ameaça à conservação dos anfíbios (TORRES, 2012).

Segundo FROST, ( 2009 SBH), O Brasil é hoje considerado o país com a


maior diversidade de anuros no mundo chegando a possuir 849 espécies o que
exige grande responsabilidade, pois cerca de 500 espécies delas são endêmicas,
por ser, portanto espécie exclusiva do nosso território concluiu que se alguma delas
sofrer extinção seria uma perda mundial.
Nas ultimas décadas o cerrado tem se tornado uma grande fronteira agrícola
do país e esta expansão ocorre na maioria das vezes sem nenhum planejamento e
de forma indiscriminada, ou seja, sem preocupação com a diversidade de espécies
existentes nestas áreas. Os recursos naturais renováveis do cerrado são outro
problema enfrentado, pois existem diversas construções de barragens estradas,
mineração e as construções urbanas.
25

As pressões sofridas pela fauna e flora do cerrado estão intimamente ligadas


à transformação de áreas naturais em áreas de influencia urbanas, o fenômeno das
erosões e do assoreamento de curso d’água é extremamente prejudicial ao meio
ambiente, mas que mesmo assim acontecem deliberadamente.
HENRIQUES (2003) ressaltou que o megaprograma do governo Federal
denominado avança Brasil (plano plurianual de desenvolvimento 2002/2003) já
previa desde sua projeção catastrófica no impacto ambiental, mas que mesmo assim
não houve nenhuma analise especializada para se analisar os impactos no cerrado.
Segundo KLUGE, 1981; BASTOS E HADDAD, a historia natural dos anuros
neotropicais é muito fragmentado possuindo poucos dados concretos dados
importantes como a distribuição, endemismo, diversidade populacional etc.
A ausência de anuros pode causa uma forte desestabilidade no restante da
comunidade ecológica, a ligação existente entre estes anfíbios e o ambiente precisa
ser analisada identificando quais as espécies possuem maior resistência ao impacto
causado pelo homem e quais necessitam de um ambiente restrito para
sobreviverem.
O declínio populacional destes anuros pode ocorrer sob qualquer alteração da
paisagem por se tratar de anfíbios extremamente sensíveis a estas variações do
bioma, isso ocorre por possuírem um extinto comportamental e fisiológico muito
diferenciado como pele permeável, pouca mobilidade, complexidade no ciclo vital,
diversidade de modo reprodutivo, mudanças na dieta girinos e adultos.
Como mencionado anteriormente os anfíbios são muito dependentes dos
ambientes úmidos e qualquer mudança em seu ambiente irá afetar, as variações do
bioma ao afetar sua permanência em determinado local causa também um
desequilíbrio em todo ecossistema, isso porque eles são responsáveis pelo controle
populacional dos insetos, aracnídeos e artrópodes em geral ao passo que servem
também de alimento para diversas espécies.
A presença dos anuros irá servir de norteadores para os indicadores de saúde
de um determinado ecossistema, a partir da observação da sua ausência ou sua
variação em um local podem-se determinar os fatores de desequilíbrio ambiental.
Segundo o site PLANETA BIOLOGIA (2012)

Os anfíbios são animais de extrema importância para o equilíbrio da


natureza. Agindo como predadores, eles controlam a população de insetos
26

e de outros animais invertebrados. Indiretamente, acabam por ajudar no


controle de doenças transmitidas por picadas de insetos, como a dengue, a
febre amarela e a malária. Eles também são importantes para o controle da
quantidade de pragas que atacam as plantações, como os gafanhotos e as
moscas das frutas.

O aquecimento global é considerado um dos precursores que causam


impactos na vida e na biologia da maioria das espécies (COSTA, 2012), tendo
efeitos mais graves para grupos de animais exotérmicos, como os anfíbios, sendo
estes animais dependentes de uma fonte externa de calor para manter sua
temperatura corporal (OLIVEIRA & OLIVEIRA, 2014). Estas restrições para
termorregulação faz da temperatura do corpo uma variável extremamente importante
que modula a fisiologia, ecologia e evolução deste táxon (SINERVO et al., 2010). O
crescimento explosivo da população humana tem aumentando a degradação do
ambiente em velocidades alarmantes, conseguinte levando ao aquecimento global
(TOLEDO; ZINNA; HADDAD, 2003).
Estes bioindicadores também tem sua importância na economia e
principalmente nos setores da agricultura, pois quando há os extermínios destas
espécies o aumento populacional de insetos é grande e pode trazer grande
devastação nos setores agrícolas, alem de aumentar a frequência de doenças no
local.
De acordo com Haddad (1997) os declínios e expansões, são um exercício
especulativo, não tendo nenhum embasamento comprovado. O que nos discorre da
afirmação de que para o Brasil, pode se afirmar que as retiradas de florestas são
prejudiciais e faz com que os anfíbios sofram com a diminuição populacional e
alguns chegam a deixar de existir, com essa seleção causada pelo homem, acaba
favorecendo algumas espécies que vivem em áreas abertas e que invadem áreas
ocupadas de florestas. Algumas das espécies que sobrevivem e se adaptam ás
condições novas, por isso é importante relatar que de fato pode ter inúmeras
espécies chegando ao seu declínio e outra que já não existem ou foram extintas
antes mesmo de sua descoberta.
A preocupação existente com a redução destes anfíbios tem aumentado haja
vista que hoje existe uma constatação do declínio sofrido desde a metade da
década de 80 tendo como principal causa desta degradação aqui no Brasil as
mudanças nos habitat.
27

Isso em decorrência de diversas alterações causadas pelo ser humano no


meio ambiente. Vale ressaltar a alta vulnerabilidade por diversos fatores como, a
própria fisiologia dos organismos, alteração e destruição das paisagens naturais,
introdução de espécies exóticas, o aumento da radiação ultravioleta, a poluição, o
aquecimento global, chuva ácida, comércio ilegal de animais silvestres e doenças
infecciosas causadas pelos fungos do grupo Chytridiomycota (HEYER et al., 1994;
YOUNG et al., 2001; STUART et al., 2004; SILVANO & SEGALLA, 2005; VERDADE
et al., 2010; AMPHIBIANWEB, 2016), atuando esses fatores em sinergismo (HAYES
et al. 2010). Características biológicas apresentadas pelo grupo dos anuros, bem
como por todos os componentes da classe Amphibia, os tornam bons indicadores de
alterações ambientais (ANDREANI et al., 2003; BERTOLUCI et al., 2009; TOLEDO
et al.,
28

4. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)

Para auxiliar seu entendimento sobre a formatação do trabalho,


seguem algumas normas da ABNT atualizadas para o ano de 2018.
A fonte do texto deve ser Arial, com tamanho 12. Exceto nas
legendas de figura relativas à Fonte, e nas citações diretas com mais de 3 linhas,
onde utiliza-se o tamanho 10. Não pule linhas entre os parágrafos.
Você deve fazer uma revisão bibliográfica do seu tema, assim, é importante
utilizar várias fontes de pesquisas, reforçando que em um trabalho acadêmico as
informações devem se fundamentar em conteúdo cientifico. Para tal, orienta-se que
utilize o máximo de referências possíveis, dialogando com autores de sua área de
conhecimento específico, colocando as devidas referências de citações nas normas
da ABNT.
No livro de Metodologia disponível no AVA, você encontra as
instruções detalhadas para a inserção dos diferentes tipos de citação.
Sobre a forma de fazer as citações esclarece-se que:
Citação é a menção no texto de informação extraída de outra fonte
para esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado (NBR 10520/2002).
Para auxiliar seu entendimento sobre a formatação do trabalho, seguem algumas
dicas de como realizar cada um dos tipos de citações, de acordo com as normas da
ABNT. As citações podem ser:

• diretas (transcrição literal de um texto ou parte dele);


• indiretas (redigidas pelo autor do trabalho com base nas ideias
dos autores pesquisados).

Citações diretas curtas são aquelas que possuem até três linhas. Quando
utilizadas devem ser colocadas entre aspas duplas (“ ”) como parte do texto
produzido pelo autor do trabalho e digitadas no mesmo tipo e tamanho da fonte do
texto (12 pt.) com indicação de referência autor-data-página (AUTOR, ANO, p. ??).
Exemplos:

Ex. 1: De acordo com Freitas “os indivíduos representam a realidade a partir


das condições em que vivem e das relações que estabelecem uns com os outros”
29

(2002, p. 75). Ao realizar uma citação direta curta, é importante inserir conteúdo
autoral no mesmo parágrafo, relacionando suas ideias com a citação exposta.

Ex. 2: Assim, foi mencionado que “os indivíduos representam a realidade a


partir das condições em que vivem e das relações que estabelecem uns com os
outros” (FREITAS, 2002, p. 75). Ao realizar uma citação direta curta, é importante
inserir conteúdo autoral no mesmo parágrafo, relacionando suas ideias com a
citação exposta.

 Observação: o autor tanto pode aparecer no início quanto no final da


citação, entretanto, observem a maneira como está escrito.
LEMBRANDO QUE DEVE SER O SOBRENOME DO AUTOR, quando
citar o autor pela primeira vez em seu texto é indicado que insira seu
nome por extenso, exemplo: Conforme apresenta Lilia Moritz Schwarcz
(ANO).

Algumas regras importantes para realizar citações diretas curtas:


1) quando o sobrenome do autor constar no início da citação, o
sobrenome vem fora dos parênteses e deve ser escrito somente com a
primeira letra em maiúscula, devido ao fato de ser nome próprio e de
obedecer a regra da língua portuguesa, o ano e a página vêm dentro
dos parênteses;
2) quando o nome do autor vier entre parênteses, deve ser redigo todo
em CAIXA ALTA, “(AUTOR)”, para estar em concordância com as
normas da ABNT;
3) nos casos em que existem aspas “” no texto original que você utilizou
na citação direta curta, é necessário realizar um ajuste normativo,
substituindo as aspas “” do texto original por apóstrofos ‘’, passando
para o seguinte padrão – “[...] desta era que se convencionou com
razão chamar ‘descobrimentos’, articulam-se num conjunto que não é
senão um capítulo da história do comércio europeu” (PRADO JÚNIOR,
1972, p. 22).

A citação direta longa ocorre quando o texto utilizado ultrapassar três linhas
e, neste caso, ela deverá: ser destacada do texto em parágrafo distinto; deve ser
digitada com recuo de 4cm, sem aspas, em espaçamento entrelinhas simples, com
fonte (tipo de letra) menor que a do texto normal, ou seja em tamanho 10 pt., tal qual
pode ser observado na Figura 3.
30

Figura 3 – Normas de formatação para o corpo da citação longa.

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Exemplos de citação direta longa:


No que tange as pesquisas pautas no princípio de revisão bibliográfica, é
relevante atentar-se ao fato de que:

Não é raro que a pesquisa bibliográfica apareça caracterizada como


revisão de literatura ou revisão bibliográfica. Isto acontece porque
falta compreensão de que a revisão de literatura é apenas um pré
requisito [sic.] para a realização de toda e qualquer pesquisa, ao
passo que a pesquisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado
de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo,
e que, por isso, não pode ser aleatório (LIMA; MIOTO, 2007, p. 38).

 Observação: no caso das citações diretas longas, o mais


recomendável é que as indicações de referência sejam apresentadas
após a transcrição do texto (AUTOR, ANO, p. ??). Quando utilizar leis
na citação sempre coloque (BRASIL, ano)
31

A citação indireta reescreve a ideia do autor com suas palavras e deve-se


obrigatoriamente referenciar o autor. Ou seja, você explica com suas palavras as
ideias e o que você compreendeu da leitura do texto do autor. Note que no TCC,
grande parte das ideias são retiradas de autores base ou que realizaram trabalhos
semelhantes ao seu, logo, muitas vezes, deve-se referenciar o dono da ideia,
mesmo que seja feita alguma observação acerca desta obra.
Caso não sejam necessárias muitas alterações no texto original, dê
preferência em manter a citação direta, deixando as citações indiretas para os
momentos em que são oportunas a apresentação de suas interpretações dos
trabalhos de outros autores. Não confunda citação indireta com explicações de
citações diretas, pois neste caso você está apresentando a sua interpretação de um
trecho já apresentado.

 Importante: para dar originalidade a sua pesquisa, escreva com suas


palavras textos que expliquem as citações e contextualizem as
diferentes ideias dos autores frente ao seu trabalho.
 Observação: O autor tanto pode aparecer no início ou no final da
citação, entretanto, observem a maneira como está escrito, seguindo o
mesmo padrão indicado nas observações para citação direta curta.

Algumas regras gerais para citações:

1) Na realização de citações diretas (longas e curtas) pode ocorrer a


transcrição de apenas uma parte do texto original, removendo o início
ou o fim de uma frase, ou suprimindo um trecho que separa as duas
partes transcritas, se utiliza de colchetes com reticências [...], indicando
as partes que foram apagadas.
2) Ao realizar citações diretas é importante que você copie exatamente
como o autor publicou, inclusive mantendo os possíveis equívocos de
grafia, sendo que neste caso o erro deve ser acompanhado da
expressão sic, entre colchetes e em itálico [sic], com isso você indica
que o possível erro orto-gramatical não é seu, mas do autor de onde a
citação foi retirada – “indicamos este ezemplo [sic] para ilustrar a forma
correta de transcrição e utilização da ferramenta” (AUTOR, ANO,
p. ??).
3) Se necessário, é possível acrescentar destaque a certos trechos
empregando o negrito ou sublinhado, entretanto ao final das
informações de referência é importante trazer a seguinte informação
“grifos nossos”, após o número de página separado por vírgula –
(AUTOR, ANO, p. ??, grifos nossos).
32

4) Há diferentes formas de indicar as referências de autoria, quando as


obras possuem dois ou mais autores. Vide exemplos abaixo:
* Um autor: De acordo com Silva (2016) ou (SILVA, 2016)
* Dois autores: Segundo Silva e Santos (2016) ou (SILVA; SANTOS,
2016)
* Três autores: Segundo Silva, Santos e Pereira (2016) ou (SILVA;
SANTOS; PEREIRA, 2016)
* Mais que 3 autores: Silva et al. (2016) ou (SILVA et al., 2016)
5) O apud se refere a “citação de citação”, isto é, quando você referencia
um autor que foi mencionado por outro autor. De forma geral, não é
recomendado a utilização do apud em textos acadêmicos. Você só
deve utilizá-lo para citar obras difíceis de serem encontradas ou raras.
Exemplo: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser […]
6) Ao citar documentos oficiais (Leis/ decretos/ declarações de entidades
institucionais/ entre outros), é necessário inserir as especificações –
PAÍS/ ESTADO/MUNICÍPIO, ano.

Regras gerais do corpo do texto:

 A formatação do tamanho da fonte é diferente para cada um dos


elementos que aparecem no seu trabalho: corpo do texto (12 pt),
citação direta longa (10 pt) e notas de rodapé (10 pt). Lembre-se que
revisar a formatação antes de enviar a sua atividade.
 O itálico deve ser utilizado apenas em termos em língua estrangeira.
 Quanto a formatação dos títulos e subtítulos
 Títulos (Introdução, Capítulos, entre outros.): Recuo à
esquerda em 0,0. Espaçamento entre linhas de 1,5 Adicionar espaço
depois do parágrafo. Fonte Arial 12. Texto em CAIXA ALTA. Com
negrito. Lembre-se de verificar se a numeração está correta antes de
enviar o seu arquivo. Exemplo:

1 TÍTULO DO CAPÍTULO

 Subtítulos primários (Subseções – 1.1, 1.2, 2.1, 2.2, entre


outras.): Recuo à esquerda em 0,5. Espaçamento entre linhas de 1,5
Adicionar espaço depois do parágrafo. Fonte Arial 12. Texto em CAIXA
ALTA. Sem realce de negrito. Exemplo:
2.1 SUBTÍTULO DO CAPÍTULO

 Subtítulos secundários (Subseções – 1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, etc.):


Recuo à esquerda em 1,0. Espaçamento entre linhas de 1,5 Adicionar
espaço depois do parágrafo. Fonte Arial 12. Primeira letra em
maiúsculo. Sem negrito. Evite fazer esse tipo de divisão, ela torna o seu
texto cansativo e fragmenta o desenvolvimento das ideias. Exemplo:
2.1.1 Subtítulo do capítulo
33

Importante: enfatiza-se que este é um trabalho científico de revisão


bibliográfica, assim não deve ser escrito em primeira pessoa; deve ser escrito
principalmente com citações indiretas e evite ao máximo o uso de apud.
Utilize fontes científicas e confiáveis como livros, artigos e trabalhos
acadêmicos. Não serão aceitos como fontes fidedignas sites de baixa credibilidade
como blogs, repositórios de trabalhos prontos, Wikipédia, Slideshared, entre outros,
mesmo se o conteúdo estiver devidamente referenciado (MANUAL DO PLÁGIO,
2018, p. 10), uma vez que não têm comprometimento acadêmico.
Para o levantamento bibliográfico virtual, são indicados os seguintes sites de
pesquisa:
http://www.scielo.br/
https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/
https://scholar.google.com.br/
34

5. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)

Seguem neste capítulo, algumas dicas fundamentais para que você


consiga desenvolver as atividades propostas para a elaboração do TCC.
É essencial que você leia o “Manual do Aluno” e o “Manual
Antiplágio” para que compreenda cada etapa da realização de seu trabalho e as
atividades previstas. Cada atividade entregue deve conter todos os itens que foram
desenvolvidos nas tarefas anteriores, sendo corrigidas de acordo com as
orientações da tutoria.
IMPORTANTE: conforme previsto no Manual, os documentos
devem estar no formato .doc ou .docx editáveis, utilizados pelos principais editores
de texto, como o Word ou Libre. Fique atento à forma correta de nomeação do seu
arquivo de acordo com a etapa de desenvolvimento de cada atividade
(SEU_NOME_ATIVIDADE?), exemplo: FULANO_DE_TAL_ATIVIDADE3. Arquivos
que não estejam em consonância com as diretrizes expostas, correrão o risco de
serem invalidados.
Faça pesquisa, leia, interprete, e traga citações e fontes referenciais
consideráveis e confiáveis. Cite um bom número de autores, e dê preferência a
livros, além de artigos e outros documentos desde que de cunho científico. Busque
enfocar-se o máximo possível em um levantamento bibliográfico de autores da sua
área do conhecimento específico.
35

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As considerações finais devem levar a reflexão dos leitores quanto


aos objetivos propostos para o seu trabalho, se os mesmos foram alcançados e,
caso não o tenha sido, explique o porquê de não ter sido possível.
Deve-se escrever de forma sintética, clara e ordenada os principais
pontos abordados ao longo do trabalho. Você deve ficar atento para não apresentar
dados quantitativos, muito menos dados novos que não foram discutidos ao longo
dos capítulos.
Neste item, você pode indicar propostas de trabalhos futuros. Faça
pelo menos 3 parágrafos bem elaborados (não faça parágrafos com menos de 4
linhas), concluindo o seu trabalho cada parágrafo falando de um capítulo, não
coloque referências neste item.
36
37

REFERÊNCIAS
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Sociedade Brasileira de Herpetologia. Goiás; 2007.

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2004.

CAMPOS, Helena C.; MIRANDA NETO, Aurino; PEIXOTO, José C.; GODINHO,
Leandro B.; SILVA, Elias. Contribuição da fauna silvestre em projetos de
restauração ecológica no Brasil. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 32, n. 72, p. 429-
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GARCÍA-MUÑOZ, Enrique; GUERRERO, Francisco; PARRA, Gema. Larval escape


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38

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Irrigada, área de concentração Planejamento Estratégico).

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