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INTRODUÇÃO
Segundo Besanko & Braeutigam (2004) a teoria dos jogos é o ramo da microeconomia
que se preocupa com a análise da tomada de decisão óptima em situação de concorrência, em
que as acções de cada tomador de decisão possuem um impacto significativo sobre a situação
dos tomadores de decisão concorrentes.
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Mestrando em Economia Monetária e Financeira, na Faculdade de Economia da Universidade Agostinha Neto,
6ª Edição, 2020. Grupo A.
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Para além desta teoria ser aplicada à Economia, ela também é aplicada em áreas como
Ciências políticas, Sociologia e Estratégia militar.2
Segundo Vasconcellos (2002) no estudo da teoria dos jogos podemos considerar como
um jogo como um conjunto de regras em que estão presentes os seguintes elementos: os
jogadores ou agentes económicos; o conjunto de acções disponíveis para cada um dos
jogadores; as informações disponíveis que são relevantes aos resultados dos jogos; e os
resultados, que são comumente denominados de payoffs.
O EQUILÍBRIO DE NASH
Para Besanko & Braeutigam (2004) a teoria dos jogos busca responder a seguinte
questão: qual é o resultado mais provável de um jogo? Para tal muitas vezes os teóricos de jogos
utilizam o conceito de Equilíbrio de Nash, no qual cada jogador escolhe uma estratégia que o
dá o maior payoff, em função das escolhas dos outros jogadores.
Para melhor se perceber o conceito de Equilíbrio de Nash é utilizado um exemplo de
jogo estático denominado por “Dilema dos prisioneiros”.
O Dilema dos prisioneiros foi enunciado pela primeira vez em 1950 por Merrill flood
e Melvin Drescher durante os anos 1950, mas só algum tempo depois o problema foi
devidamente formulado e foram incluídos os anos de prisão que cada um dos prisioneiros
deveria cumprir em cada caso por Albert Tucker na mesma década3.
Albert W. Tucker, por sua vez concebeu a versão final da ilustração, durante um
seminário na Universidade de Stanford, onde era docente4.
Considere a seguinte situação: dois Prisioneiros (A e B) cometeram determinados
crimes juntos. Para obter a confissão o agente da polícia separa os dois, tomando-os
incomunicáveis e propõe as seguintes alternativas para cada um:
Alternativa 1: se um prisioneiro confessar e o outro não, o que confessou obtém a
liberdade imediata e o outro é “condenado” a 10 anos de prisão;
Alternativa 2: se os dois prisioneiros confessarem, são ambos “condenados” a três anos
de prisão cada um;
Alternativa 3: se ambos não confessarem, cada um é “condenado” a um ano de prisão
apenas.
A figura abaixo represente as alternativas elencadas anteriormente, sendo os números
entre parêntesis o número de anos de prisão com que cada prisioneiro é condenado,
representando o primeiro número entre parêntesis o número de anos com que o prisioneiro A é
condenado e o segundo trata-se do número de anos com que o prisioneiro B é condenado. Usam-
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VASCONCELLOS (2002)
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CARVALHO (2008)
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CARDOSO (2008)
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se números negativos por representarem uma redução nos anos de liberdade para os
prisioneiros.
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VASCONCELLOS (2002)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluindo, a teoria dos jogos estuda situações em que as escolhas dos concorrentes
numa determinada situação são afectadas pelas escolhas dos oponentes, exigindo que cada um
adopte estratégias de maneira que a decisão que tomar não o prejudique.
Segundo o conceito criado por John Nash, existe uma situação em que os agentes
económicos encontram uma alternativa, que os proporciona os melhores resultados
independentemente da escolha dos seus oponentes – a chamada estratégia dominante.
Esta ideia é ilustrada por meio do exemplo do dilema dos prisioneiros, sendo o qual
enquanto dois prisioneiros têm a possibilidade de não confessar um determinado crime e fic8ar
encarcerados apenas 1 ano, eles escolhem confessar o crime e ficar presos durante 3 anos cada,
dada a busca racional pelo interesse individual.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECK, Vinicius Carvalho & AFONSO, Reginaldo Fabiano da Silva. Sobre o dilema do
prisioneiro. XVII Congresso de Iniciação Científica X Encontro de Pós-Graduação, 2008.
Acessado aos 17/10/2020. Disponível em
http://viniciusmatematica.50webs.com/Sobre%20o%20dilema%20do%20prisioneiro.pdf.
BESANKO, David & BRAEUTIGAM, Ronald R. Microeconomia: uma abordagem completa.
Rio de Janeiro: LTD Editora, 2004.
CARDOSO, Roger Maia. Teoria dos Jogos: a aplicação da teoria como ferramenta estratégica
para tomada de decisões em instituições de ensino, Minas Gerais: Faculdades Integradas de
Pedro Leopoldo, Dissertação, 2008.
VASCONCELLOS, Marco A. S. de. Economia Micro e Macro. 4ª edição. São Paulo: Editora
Atlas, 2002.