Duarte Leopoldo e Silva

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Dom Duarte Leopoldo e Silva (Taubaté, 4 de abril de

1867 — São Paulo, 13 de novembro de 1938) foi um
Duarte Leopoldo e Silva
sacerdote, segundo bispo de Curitiba, décimo terceiro
bispo de São Paulo e seu primeiro arcebispo. Era conde
Arcebispo da Igreja Católica
romano e assistente ao sólio pontifício.
Arcebispo de São Paulo
Era filho do português Bernardo Leopoldo e Silva e de
Ana Rosa Marcondes Leopoldo.

Índice
Estudos
Presbiterado
Episcopado
Brasão
Atividade e contribuições
Ordenações episcopais
Ligações externas
Dom Duarte (1913), retratado por Henri
Benard (Acervo do Museu de Arte Sacra de
Estudos São Paulo)
Atividade eclesiástica
Realizou seus primeiros estudos na terra natal. Tendo Diocese Arquidiocese de São Paulo
desejado seguir a carreira de Direito, ingressou no curso
Nomeação 18 de dezembro de 1906
preparatório da Faculdade de Direito de São Paulo.
Mudando de ideia, resolveu cursar Farmácia, na Entrada 14 de abril de 1907
solene
Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.
Tendo ficado doente, desistiu do curso e retornou à casa Predecessor Dom José de Camargo
Barros
paterna, a esta altura em Caçapava, quando, então,
manifestou, sua vocação sacerdotal. Tendo procurado o Sucessor Dom José Gaspar d'Afonseca
e Silva
Seminário Episcopal de São Paulo, não foi bem recebido,
mas, insistindo, acabou matriculado em 1887. Como já Mandato 1906 - 1938
possuía uma cultura destacada para a época, tornou-se Ordenação e nomeação
professor. Ordenação 30 de outubro de 1892
presbiteral Capela do Seminário
Episcopal de São Paulo
Presbiterado por Dom Lino Deodato
Rodrigues de Carvalho
Nomeação 10 de maio de 1904
episcopal
Ordenação 22 de maio de 1904
Foi ordenado por Dom Dom Lino Deodato Rodrigues de episcopal Colégio Pio Latino
Carvalho, na Capela do Seminário Episcopal de São Americano, em Roma
por Dom Rafael Cardeal
Paulo, a 30 de outubro de 1892. Sua primeira missa foi Merry del Val y Zulueta
celebrada em Caçapava. Após a ordenação, foi nomeado
Lema IPSE FIRMITAS ET
coadjutor de Jaú, depois, foi o primeiro pároco de Santa episcopal AVCTORITAS MEA
Cecília, em São Paulo. Muito trabalhou para a criação das Ele é a minha força e autoridade
paróquias da Lapa e Água Branca. Foi agraciado com o Nomeado 7 de junho de 1908
título de Monsenhor Prelado Doméstico. arcebispo
Brasão
arquiepiscopal
Episcopado
Foi indicado bispo de Curitiba a 10 de maio de 1904, aos
37 anos. Foi sagrado bispo, no Colégio Pio Latino
Americano, em Roma, no dia 22 de maio de 1904, sendo Dados pessoais
sagrante principal Dom Rafael Cardeal Merry del Val y
Nascimento Taubaté
Zulueta, e como um dos consagrantes Dom Silvério 4 de abril de 1867
Gomes Pimenta, bispo de Mariana. A 2 de outubro de
Morte São Paulo
1904 tomou posse da sua extensa diocese, que abrangia o 13 de novembro de
território de Santa Catarina. Procurou, então, aumentar o 1938 (71 anos)
número de padres, instalou congregações religiosas, criou Nacionalidade brasileiro
paróquias, hospitais e escolas. Por dois anos serviu ele a
Progenitores Mãe: Ana Rosa Marcondes
Igreja de Curitiba, até que a 18 de dezembro de 1906 foi Leopoldo
indicado para a Sé de São Paulo, da qual tomou posse a Pai: Bernardo Leopoldo e
14 de abril de 1907, aos 40 anos. A 7 de junho de 1908 o Silva
Papa São Pio X, atreves da bula Diœcesium nimiam Funções -Bispo de Curitiba (1904-1906)
amplitudinem criou a Província Eclesiástica de São Paulo, exercidas
elevando a sede a arquidiocese. A posse de Dom Duarte dados (http://www.catholic-hierarchy.org/bishop/bleos.h
como arcebispo, foi a 11 de outubro de 1908, na velha sé, tml) em catholic-hierarchy.org
tendo recebido o pálio a 29 de junho de 1909, em Arcebispos
Petrópolis, onde ficava a sede da Nunciatura Apostólica. Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Dom Duarte foi arcebispo de São Paulo até 13 de
novembro de 1938, quando veio a falecer, aos setenta e
um anos.

Brasão
Descrição: Escudo eclesiástico talhado: o 1º de sinopla com o monograma da Virgem Maria,
composto pelas letras M e A sobrepostas, de argente, com resplendor de jalde; o 2º de goles
com um leão de jalde, armado e lampassado de blau – Armas modificadas dos Silvas.
Brocante sobre o traço do talhado, uma barra de blau, perfilada de jalde, carregada de sete
estrelas de cinco pontas, do mesmo. O escudo está assente em tarja branca, na qual se
encaixa o pálio branco com cruzetas de sable. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada,
de dois traços, de ouro, com um coronel de Conde, entre uma mitra de prata adornada de ouro,
à dextra, e de um báculo do mesmo, a senestra, para onde se acha voltado. O todo encimado
pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por dez borlas cada
um, tudo de verde, forrado de vermelho. Brocante sob a ponta da cruz um listel de blau com a
legenda: IPSE FIRMITAS ET AVCTORITAS MEA de jalde.
Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de
sinopla (verde) representa: esperança, liberdade, abundância, cortesia e amizade. O
monograma lembra a Virgem Maria e traduz a confiança e a devoção filial do bispo que
colocou toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Mãe de Deus, sendo de argente (prata)
simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloqüência, virtudes essenciais num
 sacerdote, os resplendor nos lembra que a Virgem é a Aurora da Salvação e sendo de jalde
(ouro) traduz nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. No segundo
estão as armas da família Silva, com seus esmaltes modificados, pois originalmente são de
argente com um leão de púrpura, sendo que por seu campo goles (vermelho) simboliza o fogo
da caridade inflamada no coração do Cardeal pelo Divino Espírito Santo, bem como, valor e
socorro aos necessitados; o leão é símbolo da fortaleza do soldado cristão e sendo de jalde
(ouro) tem o significado já descrito acima. A barra, ou contra-banda, de blau (azul) representa
o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa:
justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; as estrelas representam os sete dons do
Espírito Santo: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de
Deus, com os quais ilumina os bispos no governo da Igreja, sendo de jalde têm o simbolismo
deste metal, já acima descrito. O pálio demonstra a dignidade arquiepiscopal.

O lema: "Ele (Cristo) é a minha força e autoridade", de inspiração agostiniana, traduz a submissão total do
arcebispo à vontade de Nosso Senhor Jesus Cristo, em nome de quem exerce seu ministério sacerdotal.

Atividade e contribuições
Dom Duarte Leopoldo e Silva, de início, procurou dar um governo racional à diocese , dividindo seu extenso
em regiões. Com a criação da arquidiocese em 1908, foram também criadas as dioceses de Botucatu,
Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Taubaté; o que lhe diminuiu muito o território. Tendo sagrado a igreja
de Aparecida ,o arcebispo solicitou, em 1907, à Santa Sé a sua elevação ao grau de basílica, o que foi
concedido pelo Papa Pio X, por breve de 5 de setembro de 1909. Em 1910 mudou-se do antigo Palácio
Episcopal, então instalado no Solar da Marquesa de Santos, para o Palácio São Luís, por ele adquirido. Em 29
de junho de 1913, lançou a pedra fundamental da nova catedral de São Paulo. No auge da riqueza de São
Paulo, o arcebispo pode contar com o apoio dos barões do café, que muito o auxiliaram nesta empreitada. Foi
literato de reconhecida envergadura e grande historiador, tendo publicado diversas cartas pastorais, sermões e
textos diversos. Empreendeu inúmeras visitas pastorais, preocupando-se sempre com a atenção espiritual aos
seus súditos diocesanos. Empenhou-se na fundação de casas religiosas na arquidiocese, sendo que em 1921
inaugurou o convento das carmelitas, em Perdizes, quando também recebeu as freiras sacramentinas. Preparou
e realizou o Primeiro Congresso Eucarístico de São Paulo, em 1915; o Congresso Eucarístico Nacional; de
1922; o Congresso da Mocidade Católica, de 1928; e o Congresso Mariano, de 1929. Criou o Museu da Cúria
de São Paulo que deu origem, mais tarde, ao Museu de Arte Sacra de São Paulo. A 1 de abril de 1918 fundou
o Arquivo Geral da Cúria de São Paulo, que depois tornou-se o Arquivo Metropolitano Dom Duarte
Leopoldo e Silva, sob direção do cabido metropolitano. Dom Duarte construiu o Palácio da Cúria, demolido
em 1972. Preocupado com a liturgia, com a arte sacra e , especialmente com a música, nomeou, em 1908, o
maestro Fúrio Franceschini como mestre de capela da catedral metropolitana. Reformou o cabido, dando-lhe
novos estatutos, que lhe adaptavam à nova condição de "metropolitano". Durante a epidemia de gripe
espanhola de 1918, foi intensa a atuação de Dom Duarte e de parte clero paulista, especialmente dos
beneditinos na atenção às vítimas. Dom Duarte criou, nesta ocasião, quatorze hospitais adaptados na cidade.
Em 22 de maio de 1929 inaugurou o Recolhimento São Pedro para os padres idosos. Em 1938 instalou a obra
da Adoração Perpétua, na igreja de Santa Ifigênia, sob os cuidados dos padres sacramentinos. Procurando
reduzir o tamanho da arquidiocese, para melhor atender as almas, incentivou a criação das novas diocese de
Bragança Paulista e Cafelândia. Tendo se preocupado muito com a formação do seu clero, Dom Duarte
sempre deu muita atenção ao Seminário Menor de Pirapora e ao Seminário Provincial, na Freguesia do Ó, mas
sempre desejou algo mais perfeito, mais condizente com a grandeza da cidade e da arquidiocese. Com muito
esforço pessoal e com o apoio do conde José Vicente de Azevedo, o Seminário Central da Imaculada
Conceição, no bairro do Ipiranga, foi inaugurado no dia 19 de março de 1934.

Ordenações episcopais
Dom Duarte foi o principal sagrante dos seguintes bispos:
 Dom Alberto José Gonçalves
Dom José Carlos de Aguirre
Dom Antonio Colturato OFM Cap
Dom Florentino Simón y Garriga CMF
Dom Vicente Maria Bartolomeu Priante SDB
Dom Gastão Liberal Pinto
Dom José Gaspar d’ Afonseca e Silva
Dom Paulo de Tarso Campos

Dom Duarte foi consagrante dos seguintes bispos:

Dom Joaquim Domingues de Oliveira

Dom Benedito Paulo Alves de Sousa
Dom Basílio Manuel Olimpo Pereira OFM

Ligações externas
Perfil em Catholic Hierarchy (http://www.catholic-hierarchy.org/bishop/bleos.html) (em inglês)]

Precedido por Bispo da Diocese de Curitiba Sucedido por

Dom José de Camargo Barros 1904-1906 Dom João Francisco Braga
Bispo e Arcebispo da Sucedido por
Precedido por
Arquidiocese de São Paulo Dom José Gaspar d'Afonseca e
Dom José de Camargo Barros
1907-1938 Silva

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