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Ducado de Parma e Placência

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O Ducado de Parma e Placência (em italiano Ducato di


Parma e Piacenza) foi um Estado que existiu na península Ducato di Parma e Piacenza
Itálica, de 1545 a 1859. Foi criado em 1545 pelo papa Paulo Ducado de Parma e
III, para doá-lo a seu filho Pedro Luís Farnésio, cujos Placência
descendentes, por via masculina, o governaram até 1751.
Ocupava o território das atuais províncias de Parma e
Placência, na atual região italiana de Emília-Romanha. Ducado dos
Durante o período ducal, conheceu uma fama particular pela Estados Pontifícios
sua escola de pintura, com artistas do nível de Correggio. O
apoio dos duques favoreceu a realização de obras ← 1545–1802 (1808) →
arquitetônicas que transformaram Parma de capital de um 1814–1859
pequeno ducado, nascido sob o nepotismo papal, a uma
grande cidade.

Em 1731, o duque António Farnésio morreu sem deixar


descendentes. O ducado passou assim à sobrinha Isabel
Farnésio a qual, tendo desposado em 1714 Filipe V de
Espanha, o transmitiu aos Bourbons: seu filho Filipe I de
Parma foi o primeiro duque Bourbon e fundador da Casa de Bandeira Brasão
Bourbon-Parma.
Lema nacional
Dirige me Domine! (Guia-me Senhor)
O período bourbônico durou até o fim do ducado, mas foi
interrompido por dois períodos de regência dos Habsburgos e
uma anexação ao Império Francês de 1808 a 1814.

Índice
História
O período farnesiano, nascimento do ducado
O fim do ducado
Ver também
Referências
Ligações externas

História
Localização do Ducado de Parma e Placência na
Itália
O período farnesiano, nascimento do
Continente Europa
ducado Capital Parma
Em 1545, o papa Paulo III criou o ducado de Parma e Língua oficial italiano, Latim
Placência para destiná-lo a seu filho Pedro Luís Farnésio. Governo ducado
Naquela época, Parma era considerada uma cidade de médias História
dimensões com 19 592 habitantes, enquanto em todo o • 23 de setembro
Fundação
condado se contavam 97 123 habitantes.[1] de 1545
• 5 de dezembro União ao Reino de
Pedro Luís Farnésio tomou posse de seu estado em 23 de de 1859 Sardenha
setembro de 1545, permaneceu em Parma uns poucos meses
e depois transferiu-se a Placência, escolhendo-a como capital e sede da corte. Não mostrou nenhuma gratidão
ao Papa, considerando a formação do ducado como mérito totalmente seu, e buscou deixar de ser vassalo dos
Estados Pontifícios e tornar-se vassalo do Sacro Império Romano-Germânico, mas o próprio imperador Carlos
V o recusou. Os primeiros empreendimentos que fez foram: a abertura de numerosas escolas (onde se
ensinavam a medicina, o direito, a literatura grega e latina); a construção de novas vias de comunicação para
favorecer o comércio; a reforma do sistema administrativo seguindo o modelo milanês; a reforma do sistema
judiciário de forma mais justa: os juízes deviam justificar as prisões.

Deu forte avanço à agricultura, abolindo a taxa sobre os animais,


reparando estradas rurais, reconstruindo ou restaurando pontes e
melhorando o regime de águas. Para a indústria e o comércio,
melhorou as comunicações entre as várias regiões do ducado e
desenvolveu o serviço postal.

Para reequilibrar o balanço, sujeitou todos os habitantes ao


pagamento de taxas e suspendeu as exceções injustificadas. Para
poder alcançar tal objetivo, ordenou aos padres de fazer o censo de
todos os paroquianos dos 10 aos 70 anos de idade; de cada
paróquia foram eleitos três representantes, um rico, um de modesta
fortuna e um pobre; estes deviam fazer o censo dos bens móveis,
imóveis e os animais de cada paroquiano. Com tal método, o
duque tomou conhecimento da riqueza de cada habitante e estava
em condições de repartir igualmente a carga pública e de taxas.

O Ducado de Parma (em vermelho) no


final do século XVIII

Para garantir a segurança do Estado, Pedro Luís criou as legiões


compostas de cinco companhias de 200 infantes cada e uma
guarda pessoal. Pedro Luís sabia bem que os nobres o odiavam e
que o povo não tinha por ele grande simpatia. Assim, para melhor
controlar a situação, decidiu que quem tivesse uma renda superior O Ducado de Parma em 1639
a 200 escudos devia residir na cidade, sob pena de perda dos bens.
Todas estas precauções eram necessárias porque Carlos V, que
nesse meio-tempo havia se tornado hostil ao papa, não tinha gratidão pela cessão do ducado a Pedro Luís.
Devido a esta hostilidade, havia recomeçado a formação da facção dos guelfos com o papa, a França, Veneza,
Parma e Ferrara e da facção gibelina com o imperador, Espanha, Gênova, os Médici e os Gonzaga. Foi
Ferrante I Gonzaga, governante de Milão que, tendo descoberto que o imperador queria apoderar-se do
ducado de Parma e Placência com a morte do papa, decidiu atacar os Farnese aos quais dedicava um ódio
mortal.
O fim do ducado
Em 9 de junho de 1859, Luísa de Bourbon, duquesa regente, e seu
filho, o duque Roberto I, foram obrigados a abandonar o ducado
não antes de ter escrito uma carta de protesto. Em 15 de setembro
de 1859, foi declarado fim da dinastia dos Bourbon-Parma e o
território passou a fazer parte da então província de Emília (hoje
região da Emília-Romanha).

Em 5 de março de 1860 o ducado passou, mediante plebiscito, ao


Reino da Sardenha, e depois ao Reino de Itália.

Atualmente, embora o ducado não exista há mais de um século,


continua ainda a existir um duque simbólico. Desde 1977, este
título simbólico está a cargo de Carlo Ugo, descendente dos
Bourbon-Parma. Moeda do Ducado de Parma e
Placência

Ver também
Lista dos duques de Parma e Placência
Risorgimento

Referências
1. Censo feito por Pier Luigi Farnésio em 1545 e relatado no livro de Luigi Alfieri Parma la vita e
gli amori - edição Battei

Ligações externas
http://www.borboneparma.it/

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