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A FORMAÇÃO DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO

A SITUAÇÃO AS CAPITANIAS
ECONÔMICA EXPEDIÇÕES HEREDITÁRIAS
DE PORTUGAL (1534)
A FORMAÇÃO DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO

Porque as fazendas, em especial os engenhos, estão espalhados e


não juntos, e os que vêm a fazer estes engenhos não vêm como
homens poderosos para resistir, mas para fazerem seus proveitos
e para eu os haver de amparar e defender como cada dia faço (...)
Duarte Coelho
A FORMAÇÃO DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ As capitanias hereditárias se constituíram organismos próprios do processo
de expansão ultramarina do Estado português que transplantados para o
Novo Mundo, substituíram o projeto épico da conquista por uma colonização
planificada

❑ A divisão da empresa colonial com particulares, presente já neste trecho de


carta de Duarte Coelho, vai se constituir uma constante da política
administrativa portuguesa para o Brasil, o que acontece tanto ao nível da
defesa territorial, como na organização burocrática, no sistema produtivo, e
até mesmo na resolução de questões do cotidiano como construção de
edifícios públicos, civis ou religiosos.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)

Este sistema substituiu, no caso


brasileiro, o de Feitorias
distribuídas em alguns pontos da A 10 de Março de 1534 foram
costa, que serviam a princípio assinadas por D. João III as
como armazéns para se estocar doações das Capitanias aos
e embarcar o pau-brasil e que se Donatários Duarte Coelho
transformaram com o tempo em
postos comerciais.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ A Duarte Coelho, como aos demais donatários, D. João III concedeu o que
alguns historiadores entendem como “largos poderes” na administração da
Capitania e que deveriam se concretizar na obediência aos limites impostos pelas
doações.

❑ A exemplo do que se expressa na Carta de Doação da Capitania de


Pernambuco, o rei consignava aos donatários do Brasil em geral que “(...) de juro
e herdade para sempre para ele e seus descendentes e sucessores no modo
sobredito da jurisdição cível e crime da dita terra (...)”.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ As Cartas de Doação e os Forais se constituem fontes privilegiadas para a
compreensão do ordenamento jurídico que moldou a sociedade colonial brasileira
nos primeiros anos de sua existência.

❑ Na aplicação, essas duas peças tradicionais do sistema político-


administrativo português foram adaptadas às circunstâncias locais.

❑ Enquanto as primeiras definiam as doações de bens da Coroa e direitos reais, o


foral supunha a existência prévia da carta de doação, “a qual servia de
complemento, constituindo os dois diplomas o estatuto fundamental da respectiva
capitania”.

❑ Os Forais regiam a relação entre o donatário e o rei, definindo os direitos


políticos e a percepção de rendas dos donatários, assim como as
responsabilidades desses perante a Coroa.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ Administração, jurisdição e rendimentos formam as três ordens que estão na
base do governo dos capitães donatários no Brasil e que lhes são transferidos,
avultando-se a justiça sobre os demais.

❑ (...) dei ordem a se fazerem engenhos de açúcares que de lá trouxe contratados,


fazendo tudo quanto me requereram e dando tudo o que me pediram, sem olhar
proveito nem interesse algum meu, mas a obra ir avante, como desejo.
Duarte Coelho
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ Dizem os cronistas que já em 1535 os engenhos passaram a funcionar na
Capitania de Pernambuco e, junto àquelas que mais tarde denominaram-se suas
anexas e a Capitania da Bahia, Pernambuco manteve-se por mais de dois
séculos, liderando na Colônia a produção e o comércio do açúcar voltado para o
mercado mundial, correspondendo assim às expectativas da lógica do
Mercantilismo português, que pensou sua colônia americana como um mundo
açucareiro ordenado para exportação.

❑ Gabriel Soares de Sousa em 1587 escrevia sobre Pernambuco:


(...) É tão poderosa esta capitania que há nela, mais de cem homens que tem de mil
até cinco mil cruzados de renda, e alguns de oito, dez mil cruzados. Desta terra
saíram muitos homens ricos para estes reinos que foram a ela muito pobres, com os
quais entram cada ano desta capitania quarenta e cinquenta navios carregados de
açúcar e pau-brasil, o qual é o mais fino que se acha em toda a costa (...).
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ Segundo Oliveira Lima, o açúcar que era produzido nas capitanias de
Pernambuco, Itamaracá e Paraíba em 1618, se avaliava em “quinhentas mil
arrobas, levadas anualmente por muito mais de cem naus, todas fretadas por
particulares”.

❑ Em 1537 o donatário Duarte Coelho criou o Conselho ou Câmara da vila de


Olinda e lhe fez doação de terras para constituir o patrimônio do mesmo, para
uso e serviço dos moradores dela, pelo chamado “Foral de Olinda”.

❑ Pernambuco, como Capitania Hereditária, nos seus vários tempos, que


traduzidos em termos numéricos ocupou os anos entre 1535 e 1716, teve sua
história marcada na metrópole pelo reinado de dez monarcas e na própria
Capitania pela posse de apenas quatro donatários: Duarte Coelho, Duarte
Coelho de Albuquerque, Jorge de Albuquerque e Duarte de Albuquerque Coelho,
o último por linha direta de sucessão.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ A história político-administrativa da Capitania Hereditária de Pernambuco
vivenciou no seu processo de desenvolvimento, três fases distintas, embora não
sucessivas, em termos cronológicos.
❑ A primeira dessas fases – 1534/1563 - foi caracterizada por uma estrutura
administrativa bastante simples, na qual o Donatário exercia amplos poderes
jurisdicionais, em sua posição inconteste de delegado régio, cujo exercício do
poder no âmbito da Capitania, limitava-se apenas pelo que as próprias cartas de
Doação e Foral estabeleciam.
❑ A segunda fase – 1563/1624 - foi marcada por uma maior complexidade da
estrutura burocrática, organizada em função do acelerado crescimento da
economia, notadamente da produção açucareira que fez voltar os olhos da
metrópole com mais rigor e cobiça sobre a Capitania, levando ao que se pode
chamar de um primeiro ajuste das estratégias de dominação; isto, se
consubstanciou na adoção de uma política de estreitamento dos limites da
jurisdição donatarial e pela imposição de taxas e tributos exorbitantes sobre a
população.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ O período foi também assinalado por uma quase total ausência dos donatários na
administração da Capitania, o que lhes era facultado. Entretanto, lhes foi cobrado
pelas autoridades portuguesas, quando do fracasso da resistência à invasão
holandesa.

❑ Depois do interregno holandês, veio uma terceira fase – 1654 - 1716 - que
consolidou na Capitania de Pernambuco o poder da Coroa portuguesa nos rumos
da sua administração, revertendo-se em benefício dos soberanos todos os
direitos jurisdicionais e rendimentos do Capitão-Governador sobre a Capitania,
embora, até o término deste período, ela ainda fosse legalmente uma Capitania
Hereditária.

❑ No que se refere à administração holandesa de Pernambuco, ainda que por um


período curto (1630-1654) quando confrontado com a extensão temporal do
domínio lusitano, ela não pode deixar de ser referenciada quando se trata da
história de Pernambuco, daí a referência mais adiante na parte específica sobre o
tema.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
❑ O período foi também assinalado por uma quase total ausência dos donatários na
administração da Capitania, o que lhes era facultado. Entretanto, lhes foi cobrado
pelas autoridades portuguesas, quando do fracasso da resistência à invasão
holandesa.

❑ Depois do interregno holandês, veio uma terceira fase – 1654 - 1716 - que
consolidou na Capitania de Pernambuco o poder da Coroa portuguesa nos rumos
da sua administração, revertendo-se em benefício dos soberanos todos os
direitos jurisdicionais e rendimentos do Capitão-Governador sobre a Capitania,
embora, até o término deste período, ela ainda fosse legalmente uma Capitania
Hereditária.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
1. Duarte Coelho (10 de março de 1534 a 18 de abril de 1553)
2. Brites de Albuquerque (18 de abril de 1553 30 de julho de 1553):
Regente, durante viagem de seu marido, Duarte Coelho. Torna-se a
primeira governante das Américas.
3. Duarte Coelho (30 de julho de 1553 a 27 de fevereiro de 1554)
4. Brites de Albuquerque (27 de fevereiro de 1554 10 de março de 1561)
:Regente, após a morte de seu marido, o primeiro donatário, durante a
menoridade de seu filho
5. Duarte Coelho de Albuquerque (10 de março de 1561 16 de fevereiro
de 1572)
6. Brites de Albuquerque (16 de fevereiro de 1572 a 22 de abril de 1575):
Regente, em nome de seu filho
7. Duarte Coelho de Albuquerque (22 de abril de 1575 a 30 de dezembro
de 1575)
8. Jorge de Albuquerque Coelho (30 de dezembro de 1575 a 4 de janeiro de
1576)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
9. Duarte Coelho de Albuquerque (4 de janeiro de 1576 a 5 de maio de 1576)
10. Jerônimo de Albuquerque (5 de maio de 1576 a 21 de janeiro de 1577)
11. Duarte Coelho de Albuquerque (21 de janeiro de 1577 a 13 de abril de 1578)
12. Jorge de Albuquerque Coelho (13 de abril de 1578 a 10 de setembro de
1577)
13. Christovão de Mello (10 de setembro de 1577 a 9 de janeiro de 1579):
Interino de Jerônimo de Albuquerque
14. Jerônimo de Albuquerque (9 de janeiro de 1579 a 1° de abril de 1580)
15. Simão Rodrigues Cardoso (1° de abril de 1580 a 5 de abril de 1584)
16. Jorge de Albuquerque Coelho (5 de abril de 1584 a 6 de fevereiro de 1588)
17. Felippe de Moura (6 de fevereiro de 1588a 18 de abril de 158)
18. Jorge de Albuquerque Coelho (18 de abril de 1588 a 11 de novembro de
1892)
19. Pedro Homem de Castro (11 de novembro de 1892 a 19 de dezembro de
1596)
20. Jorge de Albuquerque Coelho (19 de dezembro de 1596 a 5 de outubro de
1597)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO (XVI AO XIX)
AS CÂMARAS MUNICIPAIS
❑ Os privilégios concedidos aos senhores rurais desempenharam uma função
essencial na política da capitania, a tal ponto que, pouco a pouco, conduziram os
seus destinos para as mãos de uma oligarquia que vai permanecer no poder até
quando as rendas dos engenhos passem a pesar menos na receita das
arrecadações do reino, do que as provenientes do mercantilismo, cujos
representantes passaram a exigir a participação na vida política da capitania.

❑ Os fins do século XVII e começos do seguinte foram marcados por posturas


animosas entre a câmara de Olinda e o governador de Pernambuco.

❑ Até ínfimos problemas de conveniência de tratamento de cortesia eram


discutidos na corte.
AS CÂMARAS MUNICIPAIS
❑ Quem lê a correspondência da época, verifica a arrogância com que os
representantes do senado da câmara desafiavam o governador da capitania,
exigindo, através do rei, seus direitos e até a glorificação nos atos públicos e
religiosos, com lugares de honra garantidos ao pé do estandarte (nas procissões
de Olinda), antes da pessoa do governador, e de sentarem-se em cadeiras de
espaldares, quando nas cerimônias em recinto fechado

❑ A partir das recomendações da corte, a câmara de Olinda passou a se comunicar


diretamente com o rei, sem se preocupar com a presença dos seus
representantes na colônia, - os governadores -, e a se comportar, quando muito,
como se fosse igual aos mesmos na hierarquia.
AS CÂMARAS MUNICIPAIS
❑ Excetuando-se a coleta dos dízimos, feita por particulares, detinha a câmara de
Olinda o controle das operações financeiras da capitania.

❑ Alguns dos direitos dos donatários, após a restauração, foram transferidos para
ela.

❑ Um deles, verdadeira “regalia senhorial”, era a taxação sobre as passagens dos


rios e sítios de pescarias, que consistia num tributo cobrado pelo transporte em
barcos para travessia dos rios.

❑ Os oficiais da câmara de Olinda não só queriam manter sob seu controle as


finanças da capitania, mas, também, procuravam eximir-se de suas obrigações,
por exemplo, as de manter as tropas de infantaria, sob a alegação de escassez
de recursos.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ O sistema de dependência da colônia à metrópole teve no fiscalismo uma de
suas principais características.

❑ Os impostos exigidos por Portugal eram tantos – dízima, redízima, vintena, finta,
subsídio, quinta, pedágio, derrama, sisa, donativo, portagem, porção, açougagem
– que a contravenção do fisco sob as vistas grossas de funcionários subornados
generalizou-se na colônia.

❑ Restaurada a Capitania de Pernambuco do poder dos holandeses, a campanha


incessante pela defesa do território colonial por quase 24 anos, agravou o
endividamento dos senhores de engenho.

❑ Os canaviais haviam sido queimados ou abandonados; os escravos tinham


fugido para o sertão; os engenhos precisavam ser reconstruídos; as cobranças
das dívidas eram realizadas impiedosamente pelos oficiais de justiça quando
aceitas pacificamente e, no caso de reação, pelos oficiais de milícia, de maneira
a constranger os devedores “a obedecerem e, com efeito, pagarem”.
A CAPITANIA PORTUGUESA
Relações entre Igreja e Estado
❑ Ao tratar do papel da Igreja na capitania de Pernambuco, não se pode esquecer
as estreitas relações que se estabeleceram no Brasil colonial entre o Trono e o
Altar.

❑ Como expressava Duarte Coelho, as necessidades da Igreja no Brasil colonial,


ainda que obrigação do monarca, não foi suprida por ele; em todos os tempos ou
espaços da colônia, outros agentes deram conta da empreitada.

❑ Quando se procura estudar as relações entre Igreja e Estado e sua repercussão


no cotidiano colonial da capitania de Pernambuco, não se pode deixar de
apresentar em grandes linhas no que consistiram as Ordens religiosas regulares
para essa sociedade, e em especial as quatro que formaram por assim dizer, “a
coluna vertebral” do aparelho eclesiástico no Brasil: a Companhia de Jesus e as
Ordens de São Francisco, de São Bento e do Carmo.
RESOLUÇÃO DE
QUESTÕES
QUESTÃO 1 EP QUESTÕES
Em relação à Capitania de Pernambuco, assinale a alternativa INCORRETA.
A) As capitanias hereditárias se constituíram organismos próprios do processo de
expansão ultramarina do Estado português que transplantados para o Novo Mundo,
substituíram o projeto épico da conquista por uma colonização planificada.
B) A Duarte Coelho, como aos demais donatários, D. João III concedeu o que alguns
historiadores entendem como “largos poderes” na administração da Capitania e que
deveriam se concretizar na obediência aos limites impostos pelas doações.
C) As Cartas de Doação e os Forais se constituem fontes privilegiadas para a compreensão
do ordenamento jurídico que moldou a sociedade colonial brasileira nos primeiros anos
de sua existência.
D) Os Forais regiam a relação entre o donatário e o rei, definindo os direitos políticos e a
percepção de rendas dos donatários, assim como as responsabilidades desses perante
a Coroa.
E) Administração, jurisdição e rendimentos formam as três ordens que não estão na base
do governo dos capitães donatários no Brasil e que lhes são transferidos, avultando-se a
justiça sobre os demais.
QUESTÃO 2 FATEC-SP
Não tendo capital necessário para realizar a colonização do Brasil, pois
atravessava uma série crise econômica, Portugal decidiu adotar o sistema de
capitanias hereditárias. É correto afirmar que:
A) as capitanias foram entregues a capitães-donatários, com o compromisso de
promoverem seu povoamento e exploração; contudo, poucos eram os direitos e os
privilégios que recebiam em troca.
B) o sistema foi adotado devido à presença de estrangeiros no litoral, à péssima
situação econômico-financeira de Portugal e ao seu sucesso nas Ilhas do Atlântico.
C) as capitanias eram pessoais, transferíveis, inalienáveis e não podiam ser passadas
para seus herdeiros.
D) o sistema era regulamentado por dois documentos: a Carta de Doação e o Foral,
sendo que na Carta de Doação vinham detalhados os direitos e deveres dos
donatários, além dos impostos e tributos a serem pagos.
E) a administração política da colônia tornou-se centralizada, assim como a da
Metrópole.
QUESTÃO 3 UNIFESP
Entre os donatários das capitanias hereditárias (1531-1534), não havia
nenhum representante da grande nobreza. Esta ausência indica que:
A) a nobreza portuguesa, ao contrário da espanhola, não teve perspicácia com
relação às riquezas da América.
B) a Coroa portuguesa concedia à burguesia, e não à nobreza, os principais
favores e privilégios.
C) no sistema criado para dar início ao povoamento do Brasil, não havia
nenhum resquício de feudalismo.
D) na América portuguesa, ao contrário do que ocorreu na África e na Ásia, a
Coroa foi mais democrática.
E) as possibilidades de bons negócios aqui eram menores do que em Portugal
e em outros domínios da Coroa.
QUESTÃO 4 FMU
“A sesmaria foi o atrativo utilizado pela Coroa Portuguesa para dispor de
recursos humanos e financeiros no processo colonizador.” Sobre o
sistema de sesmarias, marque a alternativa correta:
A) o sesmeiro não detinha a posse útil da terra, mas apenas o dever de
administrá-la.
B) a doação de sesmarias definiu a colonização nos moldes da pequena
propriedade agrícola.
C) a coroa portuguesa financiou a vinda e instalação dos pequenos
proprietários.
D) a doação de sesmarias substituiu as fracassadas capitanias hereditárias.
E) o sesmeiro tinha posse plena da terra e o dever de torná-la produtiva.
QUESTÃO 5 EP QUESTÕES
Um dos principais problemas brasileiros da atualidade é a questão da
concentração da propriedade da terra. Os meios de comunicação de
massa (rádio, televisão, jornal) trazem, todos os dias, matérias sobre
invasões promovidas por camponeses sem-terra, mas a falta de terra para
quem realmente trabalha nela não é um problema atual. Um instrumento
de distribuição de terra do período colonial que comprova a longa duração
deste problema em Pernambuco é:
A) o Regimento Geral.
B) a Carta de Sesmaria.
C) os Tratados de Saragoça.
D) o Tratado de Tordesilhas.
QUESTÃO 6 UFU
A distribuição de capitanias hereditárias como sistema de povoamento e colonização das
terras do Novo Mundo, desenvolvido por Portugal, foi um empreendimento planejado,
respondendo a uma necessidade nova, decorrente da expansão ultramarina. Sua
montagem obedecia a determinadas prescrições que contavam, essencialmente, com as
cartas de Doação e de Forais, peças básicas da solução das donatarias. Portanto, a
respeito da administração do Estado português na Colônia brasileira, através do sistema de
donatarias, é incorreto afirmar que:
A) interessava à Coroa deixar às mãos de particulares a ocupação das terras, visto que ela não
poderia, sem risco de perder as Índias Orientais, desviar capitais para essa nova empresa
que iniciava.
B) numa perspectiva econômica, as capitanias funcionavam, nos quadros da colonização, como
grandes empresas, tendo à frente o donatário como empresário, diretamente responsável
pelo investimento inicial.
C) a centralização político-administrativa da Colônia, através do sistema de donatarias,
correspondia aos interesses gerais dos donatários.
D) as doações hereditárias de vastas províncias brasileiras, com o seu sistema de sesmaria
gratuitas, faziam parte do próprio sistema colonial. "O Estado doava títulos e terras para
receber divisas".
E) os amplos poderes dados aos donatários não entravam em contradição com a tendência da
política portuguesa, pois importava oferecer condições para o efetivo desenvolvimento da
colonização das terras portuguesas.
QUESTÃO 7 UNICENTRO
Uma das tentativas de colonização do Brasil recém-descoberto foi o
estabelecimento das capitanias hereditárias. Das quinze capitanias,
apenas duas cumpriram sua missão de exploração das novas terras.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, essas capitanias.
A) Itamaracá e Pernambuco.
B) Itamaracá e São Vicente.
C) Pernambuco e São Vicente.
D) Pernambuco e São Tomé.
E) São Tomé e São Vicente.
QUESTÃO 8 UNAERP
Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do
Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar,
simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização
dirigida pelo governo português se deu através da:
A) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
B) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
C) criação das capitanias hereditárias.
D) montagem do sistema colonial.
E) criação e distribuição de sesmarias.
QUESTÃO 9 MACK
“Contudo tornava-se cada dia mais claro que se perderiam as terras americanas
a menos que fosse realizado um esforço de monta para ocupa-las
permanentemente. Este esforço significava desviar recursos de empresas muito
mais produtivas do oriente”. (Celso Furtado)
Para garantir sua presença em terras americanas e contornar os gastos
elevados de uma colonização, o governo português introduziu:
A) o sistema de capitanias, que transferia a particulares, em troca de privilégios
e terras, as despesas da colonização.
B) a centralização administrativa através do governo geral.
C) a emigração maciça de mão de obra livre para a colônia, tendo em vista seu
povoamento e desenvolvimento interno.
D) a criação de um sistema administrativo, totalmente original, baseado em
feitorias que incrementaram o povoamento.
E) o enfrentamento militar com as potências invasoras e a perda de
consideráveis áreas coloniais.
QUESTÃO 10 UFV
Sobre Capitanias Hereditárias no Brasil Colônia, marque a afirmativa
INCORRETA:
A) As Capitanias Hereditárias podiam ser transmitidas por herança e com
isenção tributária.
B) As Cartas de Doações eram concedidas ao Donatário, firmando a posse da
gleba.
C) O chamado Foral era um código de deveres tributários.
D) As Capitanias Hereditárias possibilitaram a efetiva posse da terra.
GABARITO
1.E
2.B
3.E
4.E
5.B
6.C
7.C
8.C
9.A
10.D
GABARITO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.

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