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João Victor da Silva Almeida - 21454281

O uso das metodologias de desenvolvimento

Com o passar do tempo foi ficando cada vez mais nítido que para que exista
um um produto final que atenda as necessidades de um cliente, a produção de um
software deve ter um planejamento prévio, que contemple desde a elaboração de
documentos, até a codificação dos mesmos. Ter um bom planejamento do
desenvolvimento do software se tornou um dos pontos de mais importância do
projeto, ter um trabalho mal definido pode resultar até mesmo em atrasos de
entrega, a partir daí então surgiram as metodologias de desenvolvimento, que são
os modelos adotados até hoje para organizar a construção de um software.
Muitos são os riscos na hora de se desenvolver, que variam desde alto
consumo de tempo que supera estimativas e cronograma, funcionalidades que não
solucionam os problemas dos usuários ou baixa qualidade dos sistemas
desenvolvidos. Um detalhe, é que no desenvolvimento de software, as partes estão
completamente interligadas entre si, ou seja, erros por menores que sejam, podem
afetar todo o sistema, e na hora de corrigir esse erro, podem acarretar mudanças ao
longo do código, pois como dito antes, tudo tá ligado.

Metodologia Tradicional
Primeiro temos o metodologia tradicional, que foi proposto por Royce em 1970,
surgindo das ideias de produção que ele via em diversas engenharias e ramos da
produção, modelo esse que foi proposto para tentar estabelecer ordem e padrão.
Também é conhecido como modelo cascata, mas ficou mais conhecido como
modelo tradicional por ser base de diversos modelos que são usados há décadas
pela indústria de software.
Esse modelo é considerado um modelo rígido, que não tem uma grande
versatilidade e adaptabilidade, pode ser tranquilamente usado em qualquer tamanho
de projeto, independente do porte. Sua ideia principal é dividir o trabalho entre
partes diferentes e interligadas, na qual uma só pode ser iniciada quando a outra
acabar. Um ponto positivo das etapas serem divididas é o fato que cada parte pode
ser feita por pessoas diferentes, o responsável pode, por exemplo, contratar
especialistas para cada etapa. Porém o projeto é rígido, estabelecem no começo a
documentação a ser seguida e o que tá ali é feito sem mudanças. O que pode trazer
a organização necessária para o projeto.

Metodologia Ágil
Por outro lado, a metodologia ágil surgiu com o intuito de minimizar os riscos
e custos gerados durante o processo de produção de um software. Em 2001 um
grupo de desenvolvedores reconhecidos se reuniram em Utah, nos EUA, para
discutir formas de desenvolvimento modernas e adaptadas para a realidade em que
vivemos hoje, eles assinaram um documento chamado “Manifesto para o
Desenvolvimento Ágil de Software”, que estabeleceu 12 princípios da metodologia
ágil e seus 4 fundamentos. Essas ideias propostas reajustaram ideias antes criadas,
porém um poucos defasadas para alguns casos, esses 4 fundamentos falavam que,
que os indivíduos e as interações estão acima dos processos e das ferramentas,
software funcionando está acima de documentação abrangente, a colaboração com
o consumidor está acima de negociações de contrato e abertura às mudanças e
transformações estão acima do plano anteriormente proposto. E os 12 princípios
falavam basicamente de coisas como, ter como prioridade a satisfação do cliente,
ser receptivo a alterações durante a realização do projeto, realizar entregas
frequentes do projeto, eliminar esforços e trabalhos que não agregam valor ao
produto que não geram valor ao produto, criar equipes auto-colaborativas e que haja
colaboração entre todas as partes envolvidas no projeto e também das aos
desenvolvedores e estrutura e suporte necessário para que eles trabalhem com
confiança, ter uma comunicação direta e clara entre os envolvidos. De certa forma,
podemos ver que a metodologia ágil, faz um trabalho menos automatizado mas sem
perder a qualidade final do produto.

Possibilidade de uso de ambas em conjunto


Levando em consideração o principal aspecto das metodologias, fica difícil
imaginar elas trabalhando juntas, pois uma trata de trabalho definido e fixo e sem
margens para mudanças, por outro lado, a outra trata de trabalho flexível e
mudanças possíveis para um melhor resultado. Mas existem pontos que podem ser
unidos, tudo depende de uma questão de o que é melhor para cada situação. Por
exemplo, um projeto em que tenha um plano prévio definido, porém, exista troca de
informações e contato mais direto entre os colaboradores do projeto para eles se
ajudarem entre si e manter o contato com o cliente. Ou um projeto tradicional,
previamente definido e documentado, dividir a produção em pequenas partes para
um melhor entendimento e visão do projeto.
Podemos concluir que as metodologias servem para organizar e atender as
necessidades de cada projeto. E com opções para todas os tipos de situações, mais
definidas ou menos, com ou sem mudanças, muita ou pouca documentação e assim
por diante.

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