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Queijo do Marajó passa a ter certificação que permitirá venda

Após adequações, produto poderá ser comercializado em todo o Brasil. Ausência de documento era grande
entrave para produtores artesanais do PA.

Queijo do Marajó terá padrão de identificação. (Foto: Cristino Martins/Agência Pará)

O queijo produzido com leite de búfala na região do Marajó, no estado do Pará,


passará a obedecer a partir da próxima quarta-feira (06), a uma série de exigências e
recomendações que irão permitir a venda local e em mercados consumidores de
outros estados.

O Protocolo de Produção do Queijo do Marajó será entregue ao Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por representantes da Secretaria
Estadual de Agricultura (Sagri) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) em uma
cerimônia no auditório do Hangar, em Belém. Após o parecer do Mapa e as
adequações que possam ser feitas, o produto poderá ser comercializado em todo o
território brasileiro.

A certificação descreve o processo produtivo e estabelece as normas a serem seguidas


pelos produtores, entre elas a qualidade da água utilizada; o processo de ordenha de
animais, já que o queijo é feito a partir do leite da búfala; as condições de higiene dos
locais de produção; o transporte; o armazenamento e até a emissão de carteiras de
saúde aos que trabalham diretamente no processo.
O protocolo objetiva regularizar a produção do queijo do Marajó e colocar em prática
dispositivo da Lei Estadual de Produtos Artesanais (Lei 7.565, de 25/10/2011). Com a
regularização e adequação às normas do Protocolo, o produtor de queijo do Marajó
receberá um selo de origem para que o produto seja identificado geograficamente e
possa ser comercializado em todo o Pará. Com o parecer do Mapa, o queijo do Marajó
poderá ser comercializado também além das fronteiras do Estado.

Cadeia produtiva

Sagri, Sebrae e Adepará já iniciaram a capacitação dos produtores artesanais. A cidade


de Soure, no Marajó, deverá ser o polo das ações a serem desenvolvidas em parceria
com os produtores. O órgão responsável por receber as propostas dos produtores e
indicar as adequações necessárias para cada negócio é a Adepará.

“A Adepará agora terá o papel fundamental de legalização e regularização de todos os


estabelecimentos que têm produção artesanal, começando com o queijo do Marajó.
Estamos trabalhando e montando agendas de trabalho para que possamos certificar e
legalizar os produtores o mais rápido possível”, explica Sálvio Freire, diretor
operacional do órgão.

Os interessados em obter a certificação do seu produto devem dar entrada com um


pedido formal junto à Agência. Já o Sebrae irá atuar na estruturação do projeto de
qualificação dos produtores do queijo do Marajó.

Fonte: G1/PA

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