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ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA CIVIL
GEOTECNIA III
MURO DE ARRIMO
MURO DE ARRIMO
1. INTRODUÇÃO
Muros de arrimo são estruturas de contenção empregadas no âmbito da
engenharia civil, tendo como finalidade prover a estabilidade de maciços contra
a ruptura, ou seja, suportando as pressões laterais exercidas por eles.
Exemplos típicos de estruturas de contenção são muros de gabião, Crib-Wall,
terra armada, muros de alvenaria de tijolos, e outros.
. Fonte: Maccaferri.
12
3. PARÂMETROS DE PROJETO
3.1. PERFIL DO PROJETO
∅′ = 28° + 0,4𝑁
(EQ. 01)
14
CISALHAMENTO DIRETO
Correção
𝛾𝑑 (EQ. 02)
𝛾𝑛𝑎𝑡 =
(1 + 𝑤)
18,38
𝛾𝑛𝑎𝑡 = = 20,54 𝑘𝑁/𝑚³
(1 + 0,1176)
4. EMPUXO DE TERRA
O projeto do muro de gabião depende do empuxo que o solo vai exercer
sobre a estrutura. Com isso, optou-se para a determinação dos valores de
empuxo ativo e passivo a aplicação da teoria de Rankine.
• O solo é homogêneo;
• O solo é isotrópico;
• A ruptura ocorre em todos pontos do maciço simultaneamente;
• A superfície de contato é lisa;
• Não ocorrem tensões cisalhantes entre o muro e o solo;
Como a Teoria proposta por Rankine considera solo isotrópico e
homogêneo, isso acarreta que os cálculos serão realizados para cada camada
de solo separadamente e por fim encontra-se uma resultante do empuxo.
19
5. ESTRUTURA PROPOSTA 1
A partir dos dados apresentados no item 3, tendo em vista que o tardoz
deve manter a mesma inclinação do terreno natural a figura abaixo representa
a estrutura proposta para o projeto.
6. MEMORIAL DE CÁLCULO
6.1. DETERMINAÇÃO DO PESO DO MURO
Sendo assim:
(Eq.06)
𝜎′𝑣 (𝑧) = 𝜎′𝑣 (𝑧−1) + (𝛾 (𝑧) × 𝑧)
Onde:
• 𝜎′𝑣 (𝑧) : Tensão vertical efetiva na profundidade “z” (KN/m²);
• 𝜎′𝑣 (𝑧−1) : Tensão vertical efetiva na profundidade anterior à “z” (kN/m²);
• 𝛾 (𝑧) : peso específico do solo na camada “z” (kN/m³);
• 𝑧: profundidade (m)
Portanto, aplicando a equação descrita acima, obtêm-se os resultados
demonstrados na Tabela 7 para os pontos 1 e 2:
TABELA6: Tensões Verticais Efetivas
PROFUNDIDADE
TIPO DE SOLO (kN/m³) s'V (kPa)
(m)
TIPO DE PROFUNDIDADE
(kN/m³) s'V (kPa)
SOLO (m)
Sendo:
Aterro
• Φ𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 35,93°
cos(β)+√cos2 (β)−cos²(ϕ)
K p = cos(β) .
cos(β)−√cos2 (β)−cos²(ϕ)
Onde:
• σh (ativo) : tensão horizontal efetiva para o estado ativo do solo;
• σh (passivo) : tensão horizontal efetiva para o estado passivo do solo;
• σ′v : tensão vertical efetiva;
• K a : coeficiente de empuxo ativo;
• K p : coeficiente de empuxo passivo;
• c′: coesão do solo;
26
PROFUNDIDADE σ'h(ativo)
(kN/m³) s'V (kPa) Ka
(m) (kPa)
O solo que aterro é composto apresenta coesão, com isso fica sujeito a
tensões de tração. Essas tensões se prolongam até determinada profundidade
que pode ser calculada através da equação a seguir:
2𝑐 1
𝑍𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎𝑠 = . (Eq.11)
𝛾 √𝑘𝑎
Sendo assim:
2𝑥9,14 1
𝑍𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎𝑠 = . = 1,70𝑚
20,54 √0,273
Com isso, para o projeto aqui descrito, optou-se por considerar a coesão
igual à zero a favor da segurança. Obtendo-se assim para as tensões
horizontais efetivas, os valores descritos na tabela a seguir:
PROFUNDIDADE σ'h(ativo)
(kN/m³) s'V (kPa) Ka
(m) (kPa)
18,53. (3,30)
𝐸𝑎 = = 27,79 𝑘𝑁/𝑚
2
6.3.3.2. EMPUXO ATIVO DEVIDO A AREIA MEDIANAMENTE COMPACTA
PROFUNDIDADE σ'h(ativo)
(kN/m³) s'V (kPa) Ka
(m) (kPa)
3,30 10,00 67,79 0,287 19,49
3,40 10,00 68,79 0,287 19,78
3,50 10,00 69,79 0,287 20,06
3,60 10,00 70,79 0,287 20,35
3,70 10,00 71,79 0,287 20,64
3,80 10,00 72,79 0,287 20,93
PROFUNDIDADE
(kN/m³) s'V (kPa) KP s'h (kPa)
(m)
𝜎𝐻 . 𝐻 (Eq.13)
𝐸𝑝 =
2
(16,72). (0,5)
𝐸𝑝 = = 4,18 𝑘𝑁/𝑚
2
Tensões- kPa
-6,0 -3,0 0,0 3,0 6,0 9,0 12,0 15,0 18,0 21,0
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,2
1,4
Cota (m)
1,6
1,8
2,2
2,4
2,6
2,8
3,2
3,4
3,6
3,8
Logo:
𝐸𝑝 (Eq.13)
𝐸𝑝𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 =
𝐹𝑆
4,18
𝐸𝑝𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 = = 1,39 𝑘𝑁/𝑚
3
33
8. SOBRECARGA EXTERNA
O valor da sobrecarga externa (𝑞0 ) foi calculado como exigido nas
descrições do projeto, ou seja, por intermédio da média dos valores que foram
obtidos através da soma individual de todos os números da matrícula de cada
um dos integrantes que compõe o grupo, a média resultante é então
multiplicada por três, conforme demonstrado na tabela abaixo:
TABELA12:Cálculo da sobrecarga externa.
SOBRECARGA EXTERNA
Integrantes Matrículas matrículas
Camilla Garcia 86939 35
Matheus Anderson 82413 18
Matheus Lopes 82173 21
Patrícia Falcão 80869 31
total 105
MédiaX3 78,75 kN/m²
Fonte: Elaborado pelos autores.
𝑄 (Eq.14)
𝜎𝑧 = 𝜋 (𝑠𝑒𝑛2𝛼. 𝑐𝑜𝑠2𝛽 + 2𝛼)
(Eq.15)
𝑄
𝜎𝑥 = (−𝑠𝑒𝑛2𝛼. 𝑐𝑜𝑠2𝛽 + 2𝛼)
𝜋
Sendo:
• O valor de em radianos.
• O valor de Q em (kN/m²).
Figura 22: Detalhamento dos pontos utilizados para a determinação do acréscimo de tensões
horizontais.
FACES DO Profundidade MURO AO INÍCIO DO MURO AO CENTRO DO (σx) (σx- kPa)- des preza ndo o
PONTOS β α Ѳ 2α cos(2β) seno(2α) efei to do a crés ci mo menor
MURO (m) CARREGAMENTO CARREGAMENTO kPa que 10%.
- 0,00 0,50 0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00
- 0,20 0,50 0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00
A 0,40 0,50 0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00
CAMADA 1
B 0,60 0,50 0,90 77,47 9,27 68,20 18,55 -0,91 0,32 15,34 15,34
C 0,80 0,50 0,90 66,04 14,70 51,34 29,39 -0,67 0,49 21,10 21,10
D 1,00 0,50 0,90 56,31 16,50 39,81 33,01 -0,38 0,54 19,69 19,69
E 1,00 0,00 0,40 33,69 33,69 0,00 67,38 0,38 0,92 20,58 20,58
F 1,20 0,00 0,40 26,57 26,57 0,00 53,13 0,60 0,80 11,21 11,21
G 1,40 0,00 0,40 21,80 21,80 0,00 43,60 0,72 0,69 6,56 0,00
CAMADA 2
H 1,60 0,00 0,40 18,43 18,43 0,00 36,87 0,80 0,60 4,10 0,00
I 1,80 0,00 0,40 15,95 15,95 0,00 31,89 0,85 0,53 2,71 0,00
J 2,00 0,00 0,40 14,04 14,04 0,00 28,07 0,88 0,47 1,87 0,00
K 2,00 -1,00 -0,60 -20,56 11,45 -32,01 22,90 0,75 0,39 2,67 0,00
L 2,20 -1,00 -0,60 -18,43 10,62 -29,05 21,24 0,80 0,36 2,03 0,00
M 2,40 -1,00 -0,60 -16,70 9,87 -26,57 19,73 0,83 0,34 1,57 0,00
CAMADA 3
N 2,60 -1,00 -0,60 -15,26 9,19 -24,44 18,38 0,86 0,32 1,23 0,00
O 2,80 -1,00 -0,60 -14,04 8,58 -22,62 17,17 0,88 0,30 0,98 0,00
P 3,00 -1,00 -0,60 -12,99 8,04 -21,04 16,09 0,90 0,28 0,79 0,00
Q 3,20 -1,25 -0,85 -16,61 7,08 -23,68 14,15 0,84 0,24 1,06 0,00
FUNDAÇÃO R 3,40 -1,25 -0,85 -15,33 6,63 -21,96 13,25 0,86 0,23 0,86 0,00
S 3,50 -1,25 -0,85 -14,24 6,22 -20,46 12,45 0,88 0,22 0,70 0,00
Figura 26: Detalhamento dos pontos utilizados para a determinação do acréscimo de tensões
verticais.
A 1,00 0,50 0,90 41,99 15,42 26,57 30,84 0,10 0,51 14,84
B 1,00 0,25 0,65 33,02 18,99 14,04 37,98 0,41 0,62 22,88 11,52
C 1,00 0,00 0,40 21,80 21,80 0,00 43,60 0,72 0,69 31,59
D 2,00 0,00 0,40 11,31 11,31 0,00 22,62 0,92 0,38 18,80
E 2,00 -0,25 0,15 4,29 11,41 -7,13 22,83 0,99 0,39 19,60
F 2,00 -0,50 -0,10 -2,86 11,17 -14,04 22,35 1,00 0,38 19,26 18,49
G 2,00 -0,75 -0,35 -9,93 10,63 -20,56 21,26 0,94 0,36 17,85
H 2,00 -1,00 -0,60 -16,70 9,87 -26,57 19,73 0,83 0,34 15,70
I 3,00 -1,00 -0,60 -11,31 7,13 -18,43 14,25 0,92 0,25 11,93
0,00
J 3,00 -1,25 -0,85 -15,82 6,80 -22,62 13,60 0,85 0,24 10,97
Figura 29: Resultante e braço de alavanca duplicado (em metros) devido sobrecarga.
9. ANALISE DA ESTABILIDADE
A seguraça do muro de gabião deve ser verificada para diferentes
situações de ruptura, tais como, deslizamento, tombamento, ruptura da
fundação, ruptura interna e rupura global. A imagem abaixo demostra os
diferentes tipos de ruptura.
m= 1,1335 m n=0,8393m
42
Mt
Me
Onde:
Logo:
409,11
𝐹𝑆 = = 4,77 ≥ 2 𝑶𝑲!
85,84
9.3. DESLIZAMENTO
E
e
Fonte: Elaborado pelos autores.
Para esta situação, tem que ser garantido que esta razão entre a
componente de força horizontal estabilizante quando dividida pela força
deslizante, no caso, o empuxo e a sobrecarga, seja maior que 1,5. Assim como
demostrado abaixo.
(Eq.17)
𝐹𝐸
𝐹. 𝑆. = ≥ 1,5
𝐹𝐷
Figura 35: Sistema de referencia utilizado para a determinação do fator de segurança contra o
deslizamento.
Logo:
2
𝜙𝑏 = 3 × 34,8 = 23,20º
(Eq.20)
∑ 𝐹𝐸 = (𝑊 + 𝑊𝑇 + 𝑄 + 𝐸𝑎𝑣 )𝑡𝑎𝑛𝜙𝑏 + 𝐸𝑝
= 101,59
46
101,59
𝐹. 𝑆. = = 1,76 ≥ 1,5 𝑶𝒌!
57,71
9.4. FUNDAÇÃO
9.4.1. PRESSÕES DE CONTATO- HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE O SOLO DE
WINKLER
Segundo (Veloso e Lopes,2004), a hipótese adotada por Winkler em
uma sapata rígida, apresenta uma variação linear de pressões. Tendo em vista,
que o movimento de corpo rígido gera uma variação linear dos recalques que
são proporcionais as tensões de contato.
𝑀𝑅
𝑒= (Eq.20)
𝑅
47
Onde:
Logo:
67,24
𝑒= = 0,2582𝑚
260,43
𝐵
𝑒>
6
Sendo:
• B- base da sapata
Logo:
0,25820,5
260,42 6.0,0,2582
𝜎1 = . (1 + ) = 131,64kN/m²
3.1 3
260,42 6.0,0,2582
𝜎1 = . (1 − ) = 41,98kN/m²
3.1 3
Onde:
• c= coesão do solo de fundação;
• = peso específico do solo da fundação;
• 𝑁𝑐 , 𝑁𝑞 , 𝑁𝛾 = fatores de capacidade de carga;
• S = fatores de correção;
• 𝑞 = sobrecarga efetiva;
• 𝐵 ′ = largura efetiva da sapata;
Observação: Os fatores de correção utilizados ao decorrer dos cálculos, são os
propostos por Vesic.
𝐵′ (Eq.25)
𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐷 +
2
Temos que:
2,48
𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 0,5 + = 1,74𝑚
2
∅′ = 28° + 0,4𝑁
Fonte: Alvez,2018.
NC 49,62
NQ 37,00
N 55,40
Fonte: Elaborado pelos autores.
d. FATORES DE CORREÇÃO DEVIDO À FORMA
𝑁𝑞 𝐵′ 37 2,48
• 𝑆𝑐 = 1 + . =1+ . =1
𝑁𝑐 𝐿′ 55,4 ∞
𝐵′ 2,48
• 𝑆𝑞 = 1 + . 𝑡𝑔∅ = 1 + . 𝑡𝑔35,6° = 1
𝐿′ ∞
𝐵′ 2,48
• 𝑆γ = 1 − 0,4. 𝐿′ = 1 − 0,4. =1
∞
SC 1
SQ 1
S 1
Fonte: Elaborado pelos autores.
51
SCD 1,070
SQD=SCD= 1,070
SD 1,000
Fonte: Elaborado pelos autores.
f. FATORES DE CORREÇÃO DEVIDO À INCLINAÇÃO DO CARREGAMENTO
𝑚
𝐻
𝑆𝑞𝑖 = (1 − )
𝑄 + 𝐵 ′ . 𝐿′ . 𝑐. 𝑐𝑡𝑔∅
𝑚 = 𝑚𝐿 . 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 + 𝑚𝐵 . 𝑠𝑒𝑛²𝜃
𝐿′ ∞
2+ 2 + 2,48
𝑚𝐿 = 𝐵′ =
𝐿′ ∞ =1
1+ 1 +
𝐵′ 2,48
𝐵′ 2,48
2+ 2+ ∞
𝑚𝐵 = 𝐿′ = =2
𝐵′ 2,48
1+ 1+ ∞
𝐿′
56,31 2
• 𝑆𝑞𝑖 = (1 − 260,43+2,48∞.0.𝑐𝑡𝑔35,6°) = 0,6143
1−𝑆𝑞𝑖 1−0,6143
• 𝑆𝑐𝑖 = 𝑆𝑞𝑖 − = 0547 − = 0,5344
𝑁𝑐.𝑡𝑔∅ 49,62 .𝑡𝑔35,6°
52
0,4815
g. FATORES DE CORREÇÃO DEVIDO À INCLINAÇÃO DA BASE
• 𝑆𝑞𝑏 = (1 − 𝛼. 𝑡𝑎𝑛∅)²
1−𝑆𝑞𝑏
• 𝑆𝑐𝑏 = 𝑆𝑞𝑏 − 𝑁
𝑐 .𝑡𝑎𝑛∅
• 𝑆𝛾𝑏 = 𝑆𝑞𝑏
Tendo em vista que a base é horizontal, segue os resultados na tabela a
seguir:
Tabela 20: Fatores de correção devido à inclinação da base
𝑆𝐶𝑏 1,0
𝑆𝑞𝑏 1,0
𝑆𝛾𝑏 1,0
Fonte: Elaborado pelos autores.
h. FATORES DE CORREÇÃO DEVIDO À INCLINAÇÃO DO TERRENO
• 𝑆𝑞𝑔 = (1 − 𝑡𝑎𝑛𝜔)2 = 1 − 0 = 1
1−𝑆𝑞𝑔
• 𝑆𝑐𝑔 = 𝑆𝑞𝑔 − 𝑁 = 1−0= 1
𝑐 .𝑡𝑎𝑛∅
• 𝑆𝛾𝑔 = 𝑆𝑞𝑔 = 1
Tendo em vista que o terreno é horizontal, segue os resultados na tabela
a seguir:
Tabela 21: Fatores de correção devido à inclinação do terreno
𝑆𝐶𝑔 1,0
𝑆𝑞𝑔 1,0
𝑆𝛾𝑔 1,0
Fonte: Elaborado pelos autores.
𝐼𝑟 > 𝐼𝑟𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
Adotando:
• E=2000 t/m²
• 𝜈 = 0,3
53
2,48
• 𝜎′𝑣 = 10. (0,5 + ) = 17,41𝑘𝑃𝑎
2
𝐺 𝐸
𝐼𝑟 = =
𝜏 2. (1 + 𝜈). (𝑐 + 𝜎 ′ 𝑣. 𝑡𝑔∅)
19613,3
𝐼𝑟 =
2. (1 + 0,3). (0 + 17,41 𝑡𝑔35,6°)
𝐼𝑟 = 704,44
′
1 (3,3−0,45.𝐵′ ).𝑐𝑜𝑡𝑔(45°−∅2) 1 (3,3−0,45.2,48).𝑐𝑜𝑡𝑔(45°−35,6°)
𝐼𝑟𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = .𝑒 𝐿 = .𝑒 ∞ 2 = 275,66
2 2
Logo:
Ir>Ircrit
Portanto, o solo pode ser considerado incompressível. Os fatores Scr, Sqr, S𝛾r
serão iguais a 1.
j. INFLUÊNCIA DA ÁGUA
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑤
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 20 − 10 = 10 𝑘𝑁/𝑚³
k. DETERMINAÇÃO DA SOBRECARGA
𝑞=𝑧 × 𝛾
𝑞 = 0,5 × 10 = 5,0 𝑘𝑁/𝑚²
54
𝑞𝑢 457,87
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = = 150,96 𝑘𝑃𝑎
3 3
452,87
𝐹. 𝑆. = = 3,0 ≥ 3 𝑂𝑘!
131,64
9.5. TOMBAMENTO
𝑀𝐸
𝐹𝑆 =
𝑀𝑇
𝑀𝑡 = 𝐸𝑎 𝑥𝑛
Peso Momento(kN.m
(kN/m) Braço (m) )
Muro 137,04 1,26 172,67
Tardoz 55,98 2,11 118,25
Empuxo Passivo 1,39 0,167 0,23
Momento Estabilizante 291,15
291,15
𝐹𝑆 = = 9,21 ≥ 2 𝑶𝑲!
31,61
9.6. DESLIZAMENTO
𝐹𝐸
𝐹. 𝑆. = ≥ 1,5
𝐹𝐷
∑ 𝐹𝐸 = (𝑊 + 𝑊𝑇 + 𝑄 + 𝐸𝑎𝑣 )𝑡𝑎𝑛𝜙𝑏 + 𝐸𝑝
80,08
𝐹. 𝑆. = = 2,17 ≥ 1,5 𝑶𝒌!
36,93
9.7. FUNDAÇÃO
9.7.1. FUNDAÇÃO RETANGULAR SUBMETIDA A UMA CARGA VERTICAL E UM MOMENTO
𝑀𝑅
𝑒=
𝑅
Onde:
Logo:
41,22
𝑒= = 0,257𝑚
200,40
56
𝐵
𝑒
6
Sendo:
• B- base da sapata
Logo:
0,2057𝑚0,5𝑚
200,40 6.0,0,20587
𝜎= . (1 + ) = 94,28kN/m²
3.1 3
200,40 6.0,0,20587
𝜎= . (1 − ) = 39,32kN/m²
3.1 3
𝑁𝑞 𝐵′ 32,7 2,59
• 𝑆𝑐 = 1 + . =1+ . =1
𝑁𝑐 𝐿′ 45,48 ∞
𝐵′ 2,59
• 𝑆𝑞 = 1 + . 𝑡𝑔∅ = 1 + . 𝑡𝑔34,8° = 1
𝐿′ ∞
𝐵′ 2,59
• 𝑆γ = 1 − 0,4. 𝐿′ = 1 − 0,4. =1
∞
SC 1
SQ 1
S 1
𝑚
𝐻
𝑆𝑞𝑖 = (1 − )
𝑄 + 𝐵 ′ . 𝐿′ . 𝑐. 𝑐𝑡𝑔∅
𝑚 = 𝑚𝐿 . 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 + 𝑚𝐵 . 𝑠𝑒𝑛²𝜃
58
𝐿′ ∞
2+2+
𝐵′ 2,59
𝑚𝐿 = = ∞ =1
𝐿′ 1+
1+ 2,59
𝐵′
𝐵′ 2,59
2+
2 +
𝑚𝐵 = 𝐿′ = ∞ =2
𝐵′ 2,59
1+ 1+ ∞
𝐿′
35,53 2
• 𝑆𝑞𝑖 = (1 − ) = 0,6768
20,41+2,059.∞.0.𝑐𝑡𝑔35,6°
1−𝑆𝑞𝑖 1−0,6768
• 𝑆𝑐𝑖 = 𝑆𝑞𝑖 − = 0547 − = 0,6665
𝑁𝑐.𝑡𝑔∅ 495,48 .𝑡𝑔35,6°
0,5568
E. FATORES DE CORREÇÃO DEVIDO À INCLINAÇÃO DA BASE
• 𝑆𝑞𝑏 = (1 − 𝛼. 𝑡𝑎𝑛∅)²
1−𝑆𝑞𝑏
• 𝑆𝑐𝑏 = 𝑆𝑞𝑏 − 𝑁
𝑐 .𝑡𝑎𝑛∅
• 𝑆𝛾𝑏 = 𝑆𝑞𝑏
Tendo em vista que a base é horizontal, segue os resultados na tabela a
seguir:
Tabela 25: Fatores de correção devido à inclinação da base
𝑆𝐶𝑏 1,0
𝑆𝑞𝑏 1,0
𝑆𝛾𝑏 1,0
• 𝑆𝛾𝑔 = 𝑆𝑞𝑔 = 1
59
𝐼𝑟 > 𝐼𝑟𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
Adotando:
• E=2000 t/m²
• 𝜈 = 0,3
2,59
• 𝜎′𝑣 = 10. (0,5 + ) = 17,94𝑘𝑃𝑎
2
𝐺 𝐸
𝐼𝑟 = =
𝜏 2. (1 + 𝜈). (𝑐 + 𝜎 ′ 𝑣. 𝑡𝑔∅)
19613,3
𝐼𝑟 =
2. (1 + 0,3). (0 + 17,41 𝑡𝑔35,6°)
𝐼𝑟 = 604,90
′
1 (3,3−0,45.𝐵′ ).𝑐𝑜𝑡𝑔(45°−∅2) 1 (3,3−0,45.2,59).𝑐𝑜𝑡𝑔(45°−35,60°)
𝐼𝑟𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = .𝑒 𝐿 = .𝑒 ∞ 2 = 275,66
2 2
Logo:
Ir>Ircrit
H. INFLUÊNCIA DA ÁGUA
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑤
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 20 − 10 = 10 𝑘𝑁/𝑚³
I. DETERMINAÇÃO DA SOBRECARGA
𝑞=𝑧 × 𝛾
𝑞 = 0,5 × 10 = 5,0 𝑘𝑁/𝑚²
2,59
𝑞𝑢 = 0 + (10.0,5). 32,7 . 1,067 .0,6768 . 1 . 1 .1 + 10 . . 37 . 1 . 1 . 0,5568. 1 . 1 .1
2
= 532,94 kPa
𝑞𝑢 532,94
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = = 177,65 𝑘𝑃𝑎
3 3
532,4
𝐹. 𝑆. = = 5,65 ≥ 3 𝑂𝑘!
94,28
Fonte: Barros,2014.
10.2.3. MONTAGEM
A partir da retirada do material do fardo, é então executada a montagem
da estrutura de projeto. As faces são dobradas e levantadas até a posição
vertical, formando assim caixas em formato de paralelepípedo, logo após a
estrutura é costurada entre si, em todas as arestas comuns. A realização da
preparação do local para a montagem é apresentada na Figura 39. Já a
montagem é demostrada na Figura 40.
62
Fonte: Barros,2014.
67
11.2. GEOTÊXTIL
A filtração será realizada através de geotêxtis, o objetivo é que os filtros
sejam projetados de tal maneira que permitam a retenção das partículas finas
do solo, bem como ao mesmo tempo ocorra o livre fluxo do fluído a ser
drenado.
O geotêxtil deve ser empregado faceando a estrutura de contenção. A
cada metro ele deve ser fixado além de ser sobreposto 30 cm para se proceder
com a costura. Segue abaixo a demonstração do filtro de geotêxtil.
Fonte: Barros,2014.
Além disso, durante a execução do muro devem ser colocados
barbacãs, para facilitar o escoamento de água para fora da estrutura de
contenção..
68
12. CONCLUSÃO
As questões levantadas durante o projeto sobre a sapata não ser
construída imediatamente, após executada a obra do muro ou ser retirada ao
longo da vida útil do muro, não acarretaram problemas na estabilidade, já que,
as verificações para duas situações distintas, uma sem o acréscimo de tensão
e a outra considerando-o tiveram fator de segurança superior ao estimado em
norma.
Consequentemente, nesse local será realizado a estrutura proposta para
o projeto. Cuja fundação de concreto apresenta base de 3,0 m e altura de 0,5
m. E na parte superior é composto por gabião do tipo caixa com a altura total
de 3m.
Para a estrutura de contenção não apresentar problemas oriundos da
pressão de água no interior do maciço foi realizado um planejamento da
drenagem do muro, utilizando barbacãs e geotêxtil . Além disso, para evitar a
erosão, se utilizará canaletas e biomantas na parte superior do tardoz. No
muro também será realizado um filtro de pé.
A verificação da estrutura devido a ruptura global do solo, será realizada
na próxima etapa do projeto
69
13. REFERÊNCIAS
ALVES, Antônio. Geotecnia II – Cap. 02. Capacidade de Carga à
Compressão de Fundações superficiais- Notas de Aula. Disponível em
Plataforma Moodle SEaD FURG -Acesso em: abril de 2018.
Artigos:
http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/GF03-Par%C3%A2metros-dos-Solos-
para-C%C3%A1lculo-de-Funda%C3%A7%C3%B5es.pdf
http://comeptelas.com.br/gabioes/?gclid=Cj0KEQjw6LXIBRCUqIjXmdKBxZUBE
iQA_f50Pou_oEkw1Ps6cgGFgJ7oEcCLumyUktbeT-
Uedz30PTAaAm408P8HAQ
https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/24-muro-de-arrimo
https://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/maccaferri/obras_de_contencao_opt.
pdf