Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de Sociologia Jurídica
1. A Sociologia Jurídica ................................................................................................................................................. 1
2. Direito além do Estado: ........................................................................................................................................... 2
3. Eficácia das normas jurídicas e efeitos sociais: ............................................................................................... 4
4. Sociedade brasileira e instituições de Direito – Legislativo: ...................................................................... 6
5. Função Social do Poder Judiciário: ...................................................................................................................... 8
6. Fatores de transformação sociojurídica e opinião pública: ........................................................................ 9
7. Movimentos sociais – cidadania, etnodiversidade, gênero e Direitos Humanos: ............................. 12
8. Participação política na sociedade global e Direito: .................................................................................. 13
9. Neoliberalismo: ....................................................................................................................................................... 15
1. A Sociologia Jurídica
Origem do Direito:
• Para a Sociologia Jurídica – as normas de direito surgem do grupo social;
• Para os Jusnaturalistas - as normas de direito têm origem divina;
• Para os Contratualistas - as normas de direito são fruto da razão;
• Para os Historicistas - as normas de direito são derivadas da consciência
• Para os Marxistas - as normas de direito são oriundas do Estado, para manutenção da desigualdade
entre as classes sociais.
O conflito faz parte da sociedade, logo o direito não poder resolver todos os conflitos e sim tem o dever de
previni-los.
As atividades básicas do homem em tudo o que realiza são duas: COOPERAÇÃO ou CONCORRÊNCIA
Em ambas atividades podem surgir um conflito
Validade da norma jurídica: De forma geral, VÁLIDO é aquilo que é feito com todos os seus elementos
essenciais. Uma norma jurídica será válida se preencher os requisitos formais e materiais. Há LEGALIDADE.
Eficácia jurídica: a eficácia é uma consequência da validade. Se uma norma é legal e válida, logo está apta a
produzir seus efeitos jurídicos e tem eficácia.
Eficácia social: Nível de cumprimento das normas levando em conta as relações socias que devem reger. É a
concretização do comando normativo, sua força realizadora no mundo dos fatos, passa a ter efetividade.
Efetividade: defende não a eficácia jurídica como possibilidade da aplicação da norma, mas a eficácia social e
os mecanismos para sua real aplicação.
Norma jurídica formalmente válida: A norma eficaz é aquela que tem força para realizar os efeitos sociais
para os quais foi elaborada – seja o cumprimento da norma, seja a sanção imposta em caso de descumprimento.
Constituição Garantia: Tipo clássico de constituição que protege as liberdades individuais e coletivas, bem
como limita o poder do Estado.
Constituição Dirigente: Constituição que possui normas programáticas e diretrizes para seu cumprimento por
parte do Poder Público. Tais diretrizes orientam a utilização do poder, o progresso social e econômico, bem
como a política a ser seguida pelos órgãos estatais e pela sociedade como um todo.
Estado Moderno: O conceito de Estado moderno está estreitamente vinculado à noção de poder
institucionalizado, que enuncia: o Estado se forma quando o poder se assenta em uma instituição, e não em um
indivíduo. Dessa forma, podemos dizer que, no Estado moderno, não há poder absoluto, pois mesmo os
governantes devem se sujeitar ao que está estabelecido na lei. No Estado moderno, a democracia é
representativa, isto é, os cidadãos escolhem, por meio do voto, os representantes que decidirão os assuntos
públicos.
Estado Democrático de Direito: O Estado tem a obrigação de produzir um Estado Democrático por meio do
uso do Direito.
Os 3 poderes: Estado constitucional moderno é o estabelecimento da separação entre os Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário por meio de um sistema de freios e contrapesos que evita a predominância de um Poder
sobre os demais.
Poder Executivo: cabe a função de praticar os atos de chefia de Estado – representar a nação –, de governo e
de administração.
Poder Legislativo: a este cabe, entre outras funções, a elaboração das leis e a fiscalização dos atos dos demais
Poderes da União.
Histórico:
Originalmente, o sistema eleitoral brasileiro era censitário, ou seja, baseado na renda ou na escolaridade. Além
disso, o voto era:
- Indireto – os eleitores municipais indicavam os eleitores da província;
- A descoberto – não secreto.
Hoje, de acordo com a Constituição Federal: “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos
Lista fechada: Sistema de votação de representação proporcional, no qual os eleitores votam apenas em
partidos, e não nos candidatos.
Não basta que existam normas boas e válidas. Para que essas normas consigam realizar sua função social, é
necessário um número satisfatório de pessoas especializadas e uma estrutura material apropriada para a
aplicação e a garantia da lei. Os profissionais que possibilitam isso são chamados de instrumentos humanos da
realização social do Direito.
Função jurisdicional: poder de tornar efetiva a norma concreta que deve regular determinada situação jurídica.
É um poder, uma função e uma atividade. É um poder-dever.
Etimologia: juris (direito) e dictio, dictionis (ação de dizer). Esse "dizer o direito" começa quando o Estado
chama para si a responsabilidade de solucionar as lides. É um PODER – FUNÇÃO – PROCESSO
Divisão do Judiciário:
A magistratura é elemento essencial no Estado Democrático de Direito. Por isso, não pode haver democracia
sem uma magistratura consciente de seu papel social.
Garantias Funcionais:
• Vitaliciedade – os magistrados não podem ser demitidos senão em virtude de sentença do próprio
Judiciário (que no primeiro grau será adquirida após dois anos de exercício);
• Inamovibilidade – o Executivo não pode remover o magistrado senão por motivo de promoção (salvo
por motivo de interesse público, mediante decisão do respectivo Tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça);
• Irredutibilidade – relativa a subsídio.
Ministério Público:
• Defender a sociedade fiscal da lei – custus legis;
Promover o inquérito civil e a ação
• civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e dos interesses difusos
e coletivos;
• Promover a ação de inconstitucionalidade;
• Exercer o controle externo da atividade policial;
• Defender os direitos humanos.
O Direito, como um produto cultural, é influenciado e reflete a realidade social, econômica e política que o
envolve.
Direito como Ciência Social: O Direito concebido como ciência social deve acompanhar as mudanças que
ocorrem na sociedade, a fim de tutelar novos direitos ou prevenir novos conflitos, apontando solução para os
conflitos inevitáveis. Isto porque, como um produto cultural, o Direito, é influenciado e reflete a realidade
social, econômica e política que o envolve. À medida que a sociedade se vai renovando, novas leis surgem para
legitimar essas mudanças. Esses novos arranjos normativos são a prova de que, embora moroso, o direito
sempre acompanha as novas facetas sociais. No entanto, o que se pode afirmar é que a produção normativa
não caminhe na mesma velocidade das mudanças sociais.
O Direito e a realidade se influenciam. Portanto, o Direito precisa acompanhar as diversas oscilações sociais,
uma vez que é para a sociedade que o Direito está a serviço e foi criado.
b) Fatores políticos - O Direito se revela como produto da correlação das forças políticas que atuam na
sociedade. Assim, se prevalecem as forças conservadoras, as normas jurídicas tendem a ter um perfil também
conservador, retrógrado. Mas, por outro lado, se prevalecem as forças politicas progressistas, democráticas,
certamente o ordenamento jurídico irá refletir esse caráter avançado.
Ex: Foi o caso do Brasil, que durante os períodos de ditadura (Era Vargas e Regime Militar de 1964) teve
sonegados os direitos e as garantias mais elementares dos cidadãos em suas constituições (de 1937 e 1967). No
entanto, o fim da ditadura militar e a transição democrática possibilitaram a construção de uma constituição
baseada nos mais caros princípios democráticos, a atual Constituição Federal, em vigor desde 1988.
Ex.: As diversas constituições brasileiras.
c) Fatores culturais - A maior prova de que o Direito é uma manifestação cultural social, um fenômeno
cultural, está no fato de que vão surgindo novos ramos do Direito à medida em que se expande o mundo
cultural de um povo.
Ex: Atualmente, se fala em Biodireito, Direito Espacial, Nuclear, Virtual etc., realidade somente possível graças
ao desenvolvimento cientifico dos tempos modernos.
d) Fatores religiosos - Nos povos antigos, o Direito se confundia com a religião. As legislações eram cheias de
rituais, preceitos e proibições de caráter sagrado. Somente após um processo lento e prolongado de
secularização é que religião e Direito foram sendo separados.
Ex: Seja lá́ como for, temas polêmicos e de forte acento religioso como o aborto e o casamento homossexual,
continuam sofrendo fortes barreiras por conta da influencia dos políticos vinculados às igrejas.
Opinião Pública: É o pensamento predominante do grupo sobre uma determinada pessoa ou questão. É o juízo
coletivo adotado e exteriorizado por um grupo. A opinião pública não é a soma nem a síntese da opinião de
todos, é um novo produto, uma nova realidade. Representa a tendência geral, mas sem ser, necessariamente, a
opinião de todos os membros nem a opinião de qualquer pessoa em particular.
Passa a ser uma matéria de especial interesse para o operador do direito em geral. Porque o sentimento social
sobre o que é o justo e o injusto e o papel do Direito é sinalizado pelo próprio pensamento social coletivo, que a
cada momento, funcionando como uma bússola, aponta e orienta esses operadores no que a sociedade necessita
e espera do Estado em sua função de distribuir a justiça e manter a paz social.
O Sentimento coletivo de justiça: Existe não só um sentimento individual de justiça, mas um sentimento
coletivo, no qual a sociedade se baseia para estabelecer padrões de comportamento e que varia de tempo em
tempo e de lugar para lugar.
Crítica: Para muitos, o Direito é um meio do qual se valem os mais fortes, as classes dominantes da máquina
estatal, para se manterem no poder contra os oprimidos. Outros entendem que ele se presta a manobras que o
desvirtuam completamente, e que isso é uma constante.
http://www.osconstitucionalistas.com.br/o-judiciario-e-a-opiniao-publica-riscos-e-dificuldades-de-decidir-sob-
aplausos-e-vaias
A alocação dos recursos orçamentários, em sua natureza, sempre foi efetuada direta ou indiretamente
pelos representantes do povo, ou seja, a partir de uma forma que respeitasse os corolários da democracia:
diretamente, pela eleição de meios, pela alocação de recursos orçamentários e criação das políticas públicas
concretas pelo Parlamento; indiretamente, pela execução legal e imparcial destas medidas pela Administração.
O papel do Judiciário sempre foi o de atuar de forma mais predominante no cumprimento dos direitos de
liberdade, por meio de sua atuação negativa, isto é, após a violação de um direito, operando, por meio da
coerção, o seu efetivo cumprimento.
Sucede que, nos últimos anos, com a constante transferência de competências políticas para os
magistrados, estes passaram a conhecer matérias que outrora eram vistas como essencialmente políticas, de tal
maneira que questões fundamentais do país passam hoje a transitar pelo Judiciário. No entanto, quando o
Judiciário passa a julgar acerca destas matérias, que, via de regra, dizem respeito à efetivação de direitos
fundamentais, particularmente, de direito sociais, em casos individuais, sem atentar para que, ao proteger os
respectivos bens jurídicos, não passe a substituir totalmente a competência do poder que possui a competência
originária para isto, caracteriza o chamado fenômeno da JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA.
Ocorre que a grande maioria dos magistrados brasileiros, quando são chamados a julgarem essas
situações estão ignorando a existência do acesso a esses direitos mediante as vias administrativas, passando a
não mais exercer subsidiariamente a função de fiscalizadores das decisões dos outros poderes, mas sim, em
realidade, estão passando a exercê-las de forma plena, ou até prioritária, o que vem a ser uma distorção no
exercício de suas atribuições, dado que os mesmos carecem de qualquer tipo de legitimidade para efetuarem
este tipo de juízo.
Na verdade, um magistrado só apresenta uma legitimidade legal e burocrática, não possuindo qualquer
legitimidade política, para impor ao caso concreto sua opção político-ideológica particular na eleição de um
meio de efetivação de um direito fundamental. Sucede que, em nosso sistema, os magistrados não são eleitos,
mas sua acessibilidade ao cargo dá-se por meio de concursos públicos, o que lhes priva de qualquer
representatividade política para efetuar juízos desta magnitude. Ademais, por sua própria formação técnica e
atuação no foro, é evidente que os magistrados são incapazes de conhecerem as peculiaridades concretas que
envolvem a execução de políticas públicas que visam a realizar concretamente direitos fundamentais pela
Administração Pública.
Dessa forma, efetua-se uma “POLITIZAÇÃO” DO JUDICIÁRIO, uma vez que os magistrados passam
a efetuar, fundados na distorcida prerrogativa do chamado “controle difuso”, inadequado à países de sistema
romano-germânico, juízos eminentemente políticos. Surge o chamado “juiz político”, que concretiza políticas
públicas de forma descomprometida, uma vez que não é responsabilizado pelo cumprimento da alocação de
recursos efetuada pelos orçamentos e planos plurianuais, nem goza de qualquer espécie de representatividade
política, ou mesmo compromisso político-partidário e/ou com algum programa de governo específico.
Movimentos sociais – MS
a) Ação coletiva de um grupo organizado para alcançar mudanças sociais por meio do embate político,
conforme seus valores e ideologias.
b) Objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma realidade hostil a certo grupo ou classe
social.
Cidadania: O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um
estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe
atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição. Ao contrário dos direitos
humanos – que tendem à universalidade dos direitos do ser humano na sua dignidade –, a cidadania moderna,
embora influenciada por aquelas concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui duas categorias:
formal e substantiva.
Etnodiversidade: É a diversidade das nações indígenas, diversidade dos imigrantes, diversidades regionais,
mestiços etc. Assim a etnodiversidade brasileira resulta da presença de vários povos indígenas (tupis, guaranis,
yanomamis, temiminós etc.), descendentes de imigrantes de variadas origens (europeus, asiáticos), além da
forte contribuição de povos africanos (yorubá, bantu, gê etc.). Da etnodiversidade brasileira se origina a grande
capacidade de adaptação do brasileiro.
Novos arranjos familiares: A existência das novas configurações familiares passa por uma linha tênue de
análise entre o que se considera politicamente/moralmente correto e a possibilidade da felicidade no
rompimento de valores tradicionais construídos em conjunto com a família nuclear tradicional. A busca por
novas formas de relações pode ser considerada um tabu. Por outro lado, é fato a existência de novas estruturas
familiares, o que confirma a transformação da concepção em relação à instituição familiar e às relações
conjugais.
Direitos humanos:
A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) tinha como um norte o estabelecimento e a manutenção
da paz mundial e tendo a tutela dos direitos humanos como proposta, a consagração dos direitos fundamentais
do Homem, considerados como irrenunciáveis e inalienáveis. É aí que, pela primeira vez, os direitos humanos
foram posicionados acima dos Estados, exigindo a submissão destes. A Carta das Nações Unidas, assinada a 20
de junho de 1945, revela o comprometimento dos povos “em preservar as gerações futuras do flagelo da guerra;
proclamar a fé́ nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de
direitos entre homens e mulheres, assim como das nações, grande e pequenas; em promover o progresso social
e instaurar melhores condições de vida numa maior liberdade”.
Direitos Humanos no Brasil: Aqui no Brasil, a despeito de presentes em outras constituições, será a
Constituição de 1988 que irá contemplar o conjunto das diversas gerações/dimensões desses direitos.
Direitos individuais: Os direitos individuais têm como sujeito ativo um indivíduo humano, que, quando
verificar que teve a supressão, ou melhor, quando houver perturbação de seu direito por autoridade pública.
Os direitos coletivos: são aqueles que envolvem a coletividade como um todo, uma sociedade. Por essa
natureza, quando há a turbação de algum direito fundamental é dever do Ministério Público promover a ação
cabível, uma vez que esse órgão é o responsável pela defesa dos interesses da coletividade. Dessa forma, o
Ministério Público poderá promover ação civil pública para defesa do patrimônio público e social, do meio
ambiente e outros interesses conforme art 129, III, não sendo vedado a interposição desse remédio por outras
pessoas segundo o §1º do mesmo artigo. A Constituição vigente foi inovadora ao permitir a proposição de
mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX CF/88) por partido político com representação no Congresso
Nacional ou por qualquer organização não governamental constituída há mais de um ano.
Direitos de grupos: Direitos de grupos são direitos individuais “homogêneos, assim entendidos os decorrentes
de origem comum”
Direitos Difusos: São exemplos típicos destes direitos, o meio-ambiente saudável, o direito ao patrimônio
histórico, o direito a cultura, o direito ao desenvolvimento de um povo, o direito a manutenção das raízes
culturais de um povo.
A partir dessa constatação temas como sociedade global e o direito, os contornos globais dos novos desafios:
meio ambiente, relações de trabalho, sociodiversidade e minorias passam a fazer parte da agenda dos
profissionais do direito.
De acordo com Alves, Santos et al. (2013), “o ordenamento jurídico estatal está perdendo sua exclusividade e
centralidade, embora, como coloca Faria (2002), ainda seja a referência básica para os cidadãos comuns. O
Direito estatal passa a ser parte de um polissistema, pois concorre e convive com normatividades paralelas ou
justapostas, que revelam o desenvolvimento de uma regulação jurídica à margem e, até mesmo em alguns
casos, contrária ao Direito positivo estatal, deixando de ser o eixo de um sistema normativo único”.
Assim, a regulação social, atualmente, pode ser dividida em tradicional e contemporânea:
Regulação social tradicional: A tradicional, de origem moderna, tem como característica o pressuposto
de que a regulação social se faz pelo Direito, sendo que este é exclusividade do Estado.
Efeitos da Globalização: Esse processo proporcionou uma verdadeira “mundialização” do espaço geográfico
do planeta e o controle do tempo, fenômeno que vai muito além dos limites das fronteiras dos Estados-
nacionais (países) e que alcança e promove também a universalização de ideias, dos valores, padrões e
procedimentos, tanto e especialmente nos aspectos da econômica, como no quadro social, político, científico,
informacional, cultural e ecológico desses Estados atingidos. Como consequência, tem-se um mundo cada vez
mais conectado, o que provoca a impressão de que o planeta está cada vez menor.
O neoliberalismo é mostrado como expressão ideológica da globalização. São evidenciados os efeitos políticos
que a doutrina neoliberal provoca nos indivíduos, quando imposta no contexto da globalização como uma
evolução natural da sociedade, com um aprimoramento cultural do próprio homem. Revela-se, ao contrário do
que apregoam os princípios neoliberais, que as diferenças sociais na globalização acentuam-se quanto maior for
o nível alienante de exclusão social que esteja incluído o indivíduo.
A questão das minorias: Objetivamente, o processo de globalização também traz em seu bojo uma tendência
de padronização cultural, na medida em que a sociedade consumista utiliza os meios de comunicação em massa
para induzir o estabelecimento de valores culturais artificialmente estabelecidos e que determinam o que e
como se deve comer vestir, assistir, ouvir, comprar e pensar. Como forma de resistir a esse processo que
desrespeita as diferenças e nivela todos os indivíduos, existem tanto no nível interno (nacional) como no
internacional, diversos grupos que se distinguem pela defesa de suas práticas culturais, de sua orientação
sexual, de seus credos e etnias próprios.
9. Neoliberalismo:
Neoliberalismo: Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que
defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o
crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Os autores neoliberalistas afirmam que o estado
é o principal responsável por anomalias no funcionamento do mercado livre, porque o seu grande tamanho e
atividade constrangem os agentes econômicos privados.
O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de
empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia
para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos
impostos e tributos excessivos etc. Esta teoria econômica propunha a utilização de a implementação de políticas
de oferta para aumentar a produtividade. Também indicavam uma forma essencial para melhorar a economia
local e global era reduzir os preços e os salários.