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CONSTITUCIONALISMO

Constitucionalismo é como se denomina o movimento social, político e jurídico a


partir do qual emergem as constituições nacionais. Em termos genéricos e supra-
nacionais, constitui parte do estabelecimento de normas fundamentais de um
ordenamento jurídico de um Estado localizado no topo da pirâmide normativa, ou
seja, sua constituição. Seu estudo implica, deste modo, uma análise concomitante
do que seja constituição com suas formas e objectivos. O constitucionalismo
moderno, na magistral síntese de Canotilho, é uma técnica específica de limitação
do poder com fins garantisticos.

 ACEPÇÕES DO TERMO CONSTITUCIONALISMO

O termo constitucionalismo apresenta vários significados e embora se enquadre


numa perspectiva jurídica, tem alcance também sociológico.

 TERMO JURÍDICO

Na acepção jurídica, constitucionalismo refere-se a um sistema normativo agrupado


numa constituição e que se encontra acima dos detentores do poder.

 ACEPÇÃO SOCIOLÓGICA

Neste sentido, constitucionalismo representa um movimento social que sustenta a


limitação do poder, inviabilizando que os governantes façam prevalecer os seus
interesses e regras na condução do Estado. De qualquer modo, o
constitucionalismo não pode ser entendido se não integrado com as correntes
filosóficas, ideológicas politicas e sociais do século XIII e XIX.

 OUTROS SENTIDOS

Para além dos sentidos acima indicados, André Ramos Tavares identifica mais
quatro sentidos para o constitucionalismo:

“numa primeira acepção emprega-se em referencia ao movimento politico social


com origens históricas bastante remotas que pretende, em especial, limitar o poder
arbitrário. Numa segunda acepção, é identificado com a imposição de que haja
cartas escritas. Tem-se utilizado, numa terceira acepção possível, para indicar os
propósitos mais latentes e actuais da função e posição das constituições nas
diversas sociedades. Numa vertente mais restrita, o constitucionalismo é reduzido à
evolução histórico constitucional de um determinado Estado.
 CONSTITUCIONALISMO SEGUNDO CANOTILHO

Embora reconheça a existência de vários constitucionalismos nacionais (o


constitucionalismo inglês, americano e francês), Canotilho prefere falar em
movimentos constitucionais “porque isso permite recortar desde já uma noção
básica de constitucionalismo”. Para ele, constitucionalismo é a teoria (ou ideologia)
que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em
dimensão estruturante da dimensão político-social de uma comunidade. Neste
sentido, o constitucionalismo moderno representará uma técnica específica de
limitação do poder com fins garantísticos. É no fundo uma teoria normativa da
política, tal como a teoria do liberalismo. Numa outra acepção – histórico-descritiva
– fala-se em constitucionalismo moderno (que pretende opor ao constitucionalismo
antigo) para designar o movimento político, social e cultural que, sobretudo a partir
do século XVIII, questiona nos planos político, filosófico e jurídico os esquemas
tradicionais de domínio político, sugerindo, ao mesmo tempo, a invenção de uma
nova forma de ordenação e fundamentação do poder político.

 CONSTITUCIONALISMO SEGUNDO UADI LAMMEGO BULOS

Para Lammêgo Bulos, o termo constitucionalismo tem dois significados diferentes:


em sentido amplo, significa o fenómeno relacionado ao facto de todo o Estado
possuir uma constituição em qualquer época da humanidade, independentemente
do regime político adoptado ou do perfil jurídico que se lhe pretenda atribuir; em
sentido estrito, significa a técnica jurídica de tutela das liberdades, surgida nos fins
do século XVIII, que possibilitou aos cidadãos o exercício, com base em
constituições escritas, dos seus direitos e garantias fundamentais, sem que o
Estado lhes pudesse oprimir pelo uso da força e do arbítrio.

Assinale-se que, como movimento político-social objectivando limitar o poder político


arbitrário, o constitucionalismo nem sempre se identifica com a existência de uma
constituição escrita, bastando lembrar o constitucionalismo não escrito da Inglaterra,
com antecedente imediato das constituições escritas do século XVIII. Note-se ainda
que, como assinala Karl Lowenstein, organizações políticas anteriores viveram sob
governos constitucionais sem a necessidade de articular limites estabelecidos para
o exercício do poder político: tais limitações se achavam tão enraizadas nas
convicções da comunidade política e nos costumes nacionais que eram respeitadas
por governantes e governados.

 DOUTRINA

Envolve a necessidade de uma constituição escrita para limitar o poder e garantir a


liberdade, seja porque esta constituição deve proclamar os direitos fundamentais do
homem e apresentar-se como uma norma imposta aos detentores do poder estatal,
seja porque ela obterá o equilíbrio necessário a que nenhum deles possa acumular
poderes e eliminar a liberdade. Neste sentido, o constitucionalismo é dotado de um
conjunto de princípios básicos destinados à limitação do poder político em geral e
do domínio sobre os cidadãos em particular.

O constitucionalismo é um arranjo institucional que assegura a diversificação da


autoridade, para a defesa de certos valores fundamentais, como a liberdade, a
igualdade e outros direitos individuais. Como ideologia, pode-se dizer que
constitucionalismo compreende os vários domínios da vida política, social e
económica: neste sentido o liberalismo é constitucionalismo.

 ORGANIZAÇÃO DO PODER

O constitucionalismo consiste na divisão do poder, para que se evite o arbítrio e


prepotência, e representa o governo das leis e não dos homens, da racionalidade do
direito e não do mero poder.

Nicola Matteuci adverte que “a hodierna definição de constituição é demasiado


ampla, a de constitucional demasiado restrita, para nelas basearmos o significado
que hoje possui o termo constitucionalismo no pensamento e na ciência política, ou,
melhor, naquela parte da ciência política que se preocupa com os problemas da
técnica constitucional. Constitucionalismo não é hoje termo neutro de uso
meramente descritivo, dado que engloba em seu significado o valor que antes
estava implícito nas palavras constituição e constitucional (um complexo de
concepções políticas e de valores morais), procurando separar as soluções
contingentes (por exemplo, a monarquia constitucional) daquelas que forma sempre
suas características permanentes.

 TECNICAMENTE

Foi dito, usando uma expressão bastante abrangente, que o constitucionalismo é a


técnica da liberdade, isto é, a técnica jurídica pela qual é assegurado aos cidadãos
o exercício dos seus direitos individuais e, ao mesmo tempo, coloca o Estado em
condições de não poder violar”. E ao examinar o constitucionalismo no âmbito da
democracia política, conclui que ele hoje “não é outra coisa senão o modo concreto
como se aplica e realiza o sistema democrático representativo”. E ao examinar o
constitucionalismo no âmbito da democracia política, conclui que ele hoje “não é
outra coisa senão o modo concreto como se aplica e realiza o sistema democrático
representativo.

 EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A história do constitucionalismo, segundo Karl Loewenstein (conhecido por


Klackson), revela a busca do homem político das limitações ao poder absoluto
exercidos pelos detentores do poder, assim como o esforço de estabelecer uma
justificação espiritual, moral e ética da autoridade, no lugar da submissão cega à
facilidade da autoridade existente. Estas aspirações se concretizam na necessária
aprovação, por parte dos destinatários do poder, dos controles sociais exercidos
pelos dominadores e, consequentemente, na participação activa dos dominados no
processo político.

Os hebreus já divisavam a existência do constitucionalismo como movimento de


organização do Estado, que criaram limites, pela chamada “lei do Senhor” ao poder
político. Cabia aos profetas, legitimados pela vontade popular, fiscalizar e punir os
actos dos governantes que ultrapassassem os limites bíblicos.

Na antiguidade clássica, surgem com os gregos, no século V, as cidades-estado em


que se praticava a democracia directa, havendo identidade entre governantes e
governados, sendo os cargos públicos exercidos por cidadãos escolhidos em
sorteio, e limitado no tempo. Note-se, no entanto, que, posteriormente, a
democracia grega deu lugar para os regimes despóticos ou ditatoriais. Na república
romana, os denominados interditos objectivavam garantir os direitos individuais
contra o arbítrio e a prepotência, mas o constitucionalismo acabou por se esvanecer
com as guerras civis dos primeiros séculos antes de Cristo, acabando com o
domínio de César.

 CONSTITUCIONALISMO NA IDADE MÉDIA (Consoante Mattauci)

O princípio da primazia da lei, a afirmação de que todo poder político tem de ser
legalmente limitado, é a maior contribuição para a história do constitucionalismo.
Contudo, na idade média, ele foi um simples princípio, muitas vezes pouco eficaz,
porque faltava um instituto legítimo que controlasse, baseando-se no direito, o
exercício do poder político e garantisse aos cidadãos o respeito à lei por parte dos
órgãos do governo.

A descoberta e aplicação concreta desses meios é própria, pelo contrário, do


constitucionalismo moderno: deve-se particularmente aos ingleses, em um século
de transição como foi o século XVII, quando as cortes judiciárias proclamaram a
superioridade das leis fundamentais sobre as do parlamento, e aos americanos, em
fins do século XVIII, quando iniciaram a codificação do direito constitucional e
instituíram aquela moderna forma de governo democrático, sob o qual ainda vivem.
Na transição da monarquia absoluta para o Estado liberal de direito (final do século
XVIII), os Estados passam a adoptar leis fundamentais ou cartas constitucionais,
reunindo, em documento escrito, sua organizações politica, bem como de
declaração de direitos dos indivíduos, surgindo o constitucionalismo moderno.
Destacam-se como elementos que influíram na formação do constitucionalismo os
seguintes: a doutrina do pactum subjectionis, pela qual, no medievo, o povo
confiava no governante, na crença de que o governo seria exercido com equidade,
legitimando-se o direito de rebelião popular, caso o soberano violasse essas regras;
a invocação das leis fundamentais do reino, especialmente as referentes à
sucessão e indisponibilidade do domínio real; celebração de pactos e escritos,
subscritos pelo monarca e pelos súbditos (carta Magna de 1215, petition of rights,
de 1628, instrumento of Government, de 1654, e Bill of Rights de 1628). Nos
Estados Unidos da América do Norte, surgem os primeiros indícios do
constitucionalismo com os chamados contratos de colonização (compact, celebrado
a bordo do navio Mayflower, em 1620, e as fundamental orders of connetcut, de
1639). Situa-se no declaration of rights do Estado de Virgínia, de 1776, o marco do
constitucionalismo, segundo pelas constituições das ex-colónias britânicas da
América do norte, constituição da confederação dos Estados Americanos de 1781,
e, finalmente, pela constituição da federação de 1787.

Na França, cita-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789,


seguida pela constituição de 03.09.1791.

Caracteriza-se, assim, o constitucionalismo de fins do século XVIII pela ocorrência


da ideia de tripartição dos poderes, harmónicos e independentes, garantia dos
direitos individuais, crença na democracia representativa, demarcação entre a
sociedade civil e o E, e ausência do Estado no domínio económico (Estado
absenteísta).

Já se observou que o modelo da Revolução francesa de 1789 foi o mesmo da


revolução inglesa do século XVIII. Anota Marcello Sequeira que “ a violenta ruptura
entre o anterior regime e a revolução caracteriza a história constitucional francesa.
Mas não é correcta a afirmação de que o constitucionalismo inglês é unicamente
obra de lenta e gradual evolução. A transição da monarquia absoluta para um
regime constitucional foi consequência, também na Inglaterra, de uma violenta crise
de natureza revolucionária. A revolução inglesa não foi menos sangrenta e rica em
incidentes do que a revolução francesa, sobre a qual iria exercer enorme influencia.
As diferenças têm origem na específica idiossincrasia destes povos e de sua distinta
circunstância histórica e geográfica.

O constitucionalismo do Estado Liberal de Direito acarretou o nascimento do


abstraccionismo constitucional, é dizer, o direito abstrato tomou lugar do Direito
Histórico. Com os influxos doutrinários do iluminismo, chegou-se à racionalização do
poder, cujos formalismos proporcionou a expansão do constitucionalismo formal.
Em um primeiro momento, este constitucionalismo visava propiciar a segurança nas
relações jurídicas e a protecção do indivíduo.

O constitucionalismo liberal tem, desse modo, na sua essência, a construção do


individualismo fundada na inacção do poder estatal e na propriedade privada.

Anote-se, no entanto, que, embora apresentem pontos em comum, o liberalismo


não se confunde com o constitucionalismo. A propósito, assinala Carlos Ayres Brito
que o liberalismo triunfou sobre o absolutismo porque limitar o poder político era (e
é) a própria condição da defesa da liberdade e da cidadania. A razão e a
consciência humana assim o proclamavam (e proclamam). Porem, era preciso fazer
avançar o movimento racional e consciencial do constitucionalismo, levando-o
também a limitar o poder económico, pois que, sem essa limitação numa economia
típica de mercado, não havia (e não há), como impedir fenómenos correlatos da
concentração de renda e da exclusão social. A luta jurídico-política foi sem tréguas e
o constitucionalismo social veio significar:

a) Por um lado, a preservação das conquistas liberais dos indivíduos e dos


cidadãos contra o Estado;
b) Por outro, a desmanietação desse mesmo Estado frente aos proprietários
dos bens de produção, autóctones e alóctones, para que ele, mediante a lei,
assumisse uma postura intervencionista e dirigente em favor dos
trabalhadores em particular e dos consumidores no geral. Ali, a inacção do
Estado como condição de império do valor de liberdade e da cidadania. Aqui
a acção estatal para a realização do valor igualdade. Valores de cujo
indissolúvel casamento nasce a fraternidade, esse terceiro leit motiv da
burguesia ascendem do final do século VIII.

 CONSTITUCIONALISMO NA IDADE MODERNA

O advento do primeiro pós guerra marca uma profunda alteração na concepção do


constitucionalismo liberal: as constituições de sintéticas passam a analíticas,
concentrando nos seus textos os chamados direitos económicos e sociais; a
democracia liberal-democrática dá lugar à democracia mediante a intervenção do
Estado na ordem económica e social, sendo exemplos desse fenómeno as
constituições do México de 1917, a de Weimar de 1919 e, no Brasil, a constituição
de 1934.

As constituições do segundo pós guerra (1939-1945) prosseguiram na linha das


anteriores, notando-se como significativo o surgimento de uma chamada terceira
geração de direitos, no âmbito dos direitos fundamentais do homem, caracterizada
pela previsão, nas declarações internacionais e até mesmo nos textos
constitucionais, do direito à paz, ao meio ambiente, à co-propriedade do património
comum do género humano. Lembra Francisco Resek que “o problema inerente a
estes direitos de primeira geração é, como pondera Piere Dupuy, o de identificar
seus credores e devedores. Com efeito, quase todos os direitos individuais de
ordem civil, politica, económica, social e cultural são operacionalmente reclamáveis,
por parte do indivíduo, à administração e aos demais poderes constituídos em seu
Estado patrial, ou em seu Estado de residência ou transito. As coisas se tornam
menos simples quando se cuida de saber de quem exigiremos que garanta nosso
direito ao desenvolvimento, à paz ou ao meio ambiente.

O constitucionalismo contemporâneo tem sido marcado por um totalitarismo


constitucional, no sentido da existência de textos constitucionais amplos, extensos e
analíticos, que encarceram temas próprios da legislação ordinária.

Há um acentuado conteúdo social, a caracterizar a denominada constituição


dirigente, repositório de promessas e programas a serem cumpridas pelos poderes
legislativo, executivo e judiciário, o que muitas vezes acarreta o desprestígio e a
desvalorização da própria constituição pelas falsas expectativas criadas.
Examinando o tema, Udi Lammego Bulos enuncia os traços gerais do
constitucionalismo contemporâneo:

 FASE I

Marcada pela existência de documentos constitucionais amplos, analíticos,


extensos;

 FASE II

Alargamento dos textos constitucionais, isentando os indivíduos das coações


autoritárias em nome da democracia politica, dos direitos económicos, dos direitos
dos trabalhadores;

 FASE III

Disseminação de ideia de constituição dirigente, que diverge daquela constituição


tradicional de constituição, que concebe como lei processual definidora de
competências e reguladora de processos;

 FASE IV

Um sector significativo da constitucionalistica contemporânea propõe a implantação


de textos constitucionais pormenorizados, criticando a ideia da constituição como
mero instrumento de governo;

 FASE V

Advento de novos arquétipos de compreensão constitucional, que vieram a


enriquecer a teoria geral das constituições (constituição como ordem jurídica
fundamental, material e aberta da comunidade; constituição-dirigente; constituição
como instrumento de realização de actividade estatal; constituição como programa
de integração e de representação nacional; constituição como documento regulador
do sistema politico; constituição como processo público; constituição como meio de
resolução de conflitos, constituição do porvir);

 FASE VI

Nas constituições contemporâneas, os direitos fundamentais apresentam-se na


vertente axiológica (espelham a tábua de valores presentes no meio social) e na
vertente praxeológica (dimensão operativa do constitucionalismo contemporâneo).

Consoante Paulo Bonavides, distingue-se no constitucionalismo dos países


ocidentais três modelos sucessivos de Direito Constitucional. O primeiro deles é o
Direito constitucional de geração originária, isto é, o Direito Constitucional do Estado
Liberal, que se ocupava da salvaguarda das liberdades humanas, e nasceu em sua
rigidez formal na Europa, depois de “banhar-se de sangue no decurso das grandes
tempestades e comoções revolucionárias do continente, sobretudo durante a
Revolução Francesa”.
Sobreveio então o Direito Constitucional de segunda geração, ou seja, o Direito
Constitucional do Estado Social, nascido depois dos abalos não menos traumáticos
dos movimentos revolucionários e sociais ocorridos no México, na União Soviética e
na República de Weimar.

Adverte, no entanto, Paulo Bonavides, que este Direito Constitucional só vingou em


países do denominado primeiro mundo, porquanto foi neles que se introduziu de
maneira mais efectiva e programática o princípio igualitário.

Nada obstante, naqueles países “tem-se observado a ocorrência de um Estado


social regressivo, já na esfera teórica, já no patamar programático. Tudo em
consequência das formulações neoliberais da globalização”, envolvendo factores
económicos, financeiros e de mercado, que implicaram na destruição dos modelos
sociais e na perda de expansão de seus valores. Assim “trata-se, em verdade, de
um direito constitucional avariado, decadente, estagnado, que perde densidade
institucional, normativa e jurisprudencial à medida que a fusão federativa se acelera
no velho continente”. Busca-se então, segundo o eminente constitucionalista, fundar
“o Direito Constitucional da democracia participativa. Com esse Direito, poder-se-á
salvar, preservar e consolidar o conceito de soberania que a onda racionaria de
neoliberalismo contemporâneo faz submergir nas inconstitucionalidades do poder”.

De qualquer modo, ressalte-se que, mesmo com os questionamentos relativos à


denominada globalização nos planos económico, social ou politico, não há como
negar a universalidade do constitucionalismo, por envolver a ideia de limitação do
poder, do governo democrático e de proclamação e garantia dos direitos humanos.

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