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Inspiração divina
A Bíblia se diz escrita por pessoas sob efeito da inspiração divina.[2][11]

O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus", literalmente, "soprada por
Deus" [que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16).

O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo
Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1:21). O apóstolo Pedro atribui aos
escritos de Paulo a mesma autoridade do Antigo Testamento: "E tende por salvação a longanimidade
de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que
lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de
entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria
perdição" (2 Pedro 3:15-16).

Interpretação
Segundo o jornalista David Plotz, da revista eletrônica Slate, até um século atrás, a maioria dos
estadunidenses bem instruídos conheciam a Bíblia a fundo.[19] Ele também afirma que atualmente, o
desconhecimento bíblico é praticamente total entre pessoas não religiosas.[19] Ainda segundo Plotz,
mesmo entre os fiéis, a leitura da Bíblia é irregular: a Igreja Católica inclui somente uma pequena
parcela do Antigo Testamento nas leituras oficiais; os judeus estudam bastante os cinco primeiros
livros da Bíblia, mas não se importam muito com o restante; os judeus ortodoxos normalmente
passam mais tempo lendo o Talmude ou outra coisa que a Bíblia em si; muitos protestantes e/ou
evangélicos leem a Bíblia frequentemente, mas geralmente dão mais ênfase ao Novo Testamento.[19]

A inacessibilidade da Bíblia[20] entre a Antiguidade e a Idade Média resultou na criação de diversas


narrativas sobre os personagens bíblicos, criando acréscimos e distorções.[21] A Igreja Católica não
permitia que seus fiéis possuíssem exemplares da Bíblia, alegando que estes não teriam nunca a
capacidade necessária para interpretá-la, devido à sua complexidade.[22] Assim, afirmava que a
responsabilidade de ensinar as orientações de Deus era exclusivamente sua.[22]

Os conflitos entre ciência e religião foram, em parte, ajudados pela interpretação literal da Bíblia.[23]
Esta não deve ser interpretada como um relato preciso da história da humanidade ou uma descrição
perfeita da natureza.[23] Galileu Galilei considerava que a Bíblia deveria ser interpretada a partir do
estudo da natureza.[24]

Os escravocratas basearam-se na parte da Bíblia que conta sobre Noé ter condenado seu filho Cam e
seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão.[25]

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