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JUDICIÁRIA DE _________________
DA JUSTIÇA GRATUITA
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Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:
(...) IV – as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo
advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade;
Art. 319. A petição inicial indicará::
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5(...) VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
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Assim, uma vez que não haverá interesse da Autarquia Ré pela conciliação, não há
interesse na realização da audiência.
40 DAS PUBLICAÇÕES
45 DOS FATOS
Entretanto, a metodologia de cálculo não pode ser aplicada ao(à) Autor(a), na medida
60em que referido cálculo se amolda extremamente desfavorável ao(a) Segurado(a), e, em se
tratando de regra de transição, deve ser oportunizado aos segurados a opção pela forma de
cálculo permanente, se esta lhe for mais favorável.
Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que
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vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores
10salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29
da Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei.
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
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(...) II – para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética
15simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período
contributivo. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
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Neste sentido, Excelência, é imperioso que se revise o cálculo do benefício de
70aposentadoria por tempo de contribuição do(a) Autor(a), consoante demonstram as razões
jurídicas que abaixo passamos a colacionar.
Ocorre que esse procedimento, pelo curto período de cálculo envolvido, não refletia
com fidelidade o histórico contributivo do segurado, advindo, então, a Emenda Constitucional nº
20/1998 que retirou o número de contribuições integrantes do Período Básico de Cálculo do
85texto constitucional e atribuiu essa responsabilidade ao legislador ordinário.
Para regular a questão, foi editada a Lei nº 9.876/1999, cuja entrada em vigor se deu
em 29.11.1999, instituindo-se o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias e ampliando-
se o período de apuração dos salários-de- contribuição.
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Assim, para aqueles que se filiassem à Previdência a partir de sua vigência
(29.11.1999), o período de apuração envolveria os salários-de-contribuição desde a data da
filiação até a Data de Entrada do Requerimento – DER, isto é, todo o período contributivo do
segurado.
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Art. 202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-se o benefício sobre a média dos
trinta e seis últimos salários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês, e comprovada a
20regularidade dos reajustes dos salários de contribuição de modo a preservar seus valores reais e
obedecidas as seguintes condições:
I – aos sessenta e cinco anos de idade, para o homem, e aos sessenta, para a mulher, reduzido em cinco
anos o limite de idade para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, neste incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador
25artesanal;
II – após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e, após trinta, à mulher, ou em tempo inferior, se
sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidas em
lei;
III – após trinta anos, ao professor, e, após vinte e cinco, à professora, por efetivo exercício de função de
30magistério.
§ 1º - É facultada aposentadoria proporcional, após trinta anos de trabalho, ao homem, e, após vinte e
cinco, à mulher.
§ 2º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na
administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de
35previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
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No entanto, para os segurados filiados antes da edição da aludida lei, estabeleceu-se
uma regra de transição, de acordo com a qual o período de apuração passou a ser o interregno
entre julho de 1994 e a DER.
100 Como se pode notar, o intuito das novas regras foi, simultaneamente, garantir a saúde
do sistema e beneficiar os segurados, possibilitando-lhes a consideração de mais contribuições
para a base de cálculo de seu benefício de aposentadoria.
115 Nota-se que, em seu caso, a consideração da regra de transição não lhe beneficia. Ao
contrário, diminuiu sobremaneira sua renda inicial. E isso se dá porque seu maior período de
contribuição está compreendido antes de julho de 1994.
Assim, ao ser considerada a regra de transição para o(a) Autor(a), não se observou a
120regra definitiva do artigo 29, inciso I, da Lei nº 8.213/91 (já citado acima), que é, precisamente, o
critério eleito pelo legislador tato para garantir a saúde financeira do sistema quanto para garantir
a consideração de mais contribuições do segurado.
Frise-se, nesse ponto, que a regra de transição foi estabelecida, justamente, para
proteger o segurado que, filiando-se na regra anterior à EC nº 20/1998, tivesse
130contribuições de baixa monta no período anterior, não fazendo o menor sentido aplicá-la
ao segurado que tivesse aportado contribuições maiores no passado, pois é ele, justamente,
I – para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo,
40multiplicada pelo fator previdenciário; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
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quem, em um sistema de regime de caixa, contribuía efetivamente para o pagamento dos
benefícios que consideravam apenas os 36 meses do texto original da Constituição.
135 Em poucas palavras, o(a) segurado(a) que, como o(a) Autor(a), possuía suas
contribuições mais relevantes no período anterior a julho de 1994 apenas contribuiu para
pagar os benefícios concedidos a outros aposentados com critérios mais brandos, vendo-se
totalmente desamparado quando essas próprias contribuições de maior vulto descontadas
de seus salários foram retiradas do cálculo de sua Renda Mensal Inicial.
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Repita-se: as alterações da Lei nº 9.876/99 têm como principal justificativa a
manutenção do equilíbrio atuarial dos cofres da Previdência e, ao trazerem regras mais rígidas
para o cálculo da renda mensal dos benefícios, justifica-se o estabelecimento de normas de
transição para aqueles que se filiaram ao Regime Geral da Previdência Social antes da vigência
145da lei. Este é o propósito do mencionado artigo 3º: estabelecer regras de transição que
garantam que os segurados não sejam atingidos de forma abrupta por normas mais rígidas
de cálculo dos benefícios.
170 Assim, simplesmente, a regra de transição não pode prevalecer em situação como a
dos autos em que o benefício a ser concedido despreza todo o histórico contributivo do segurado,
sob pena de contrariar, justamente, a finalidade da Lei nº 9.876/99.
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Não há nenhuma coerência na aplicação de uma regra transitória que seja mais
175prejudicial ao segurado que a própria regra definitiva. E a regra definitiva é a "verdadeira regra",
enquanto a regra de transição somente se justifica para amenizar seus efeitos deletérios. Se a
regra de transição é mais prejudicial que a definitiva, aplica-se esta última, evitando-se situações
de extremo prejuízo ou extremo benefício ao segurado.
Art. 201. (...) § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,
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(...) PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA URBANA POR
215 IDADE. REVISÃO. SALÁRIO DE BENEFÍCIO. MÉDIA
ARITMÉTICA SIMPLES. DIVISOR. NÚMERO DE
CONTRIBUIÇÕES. IMPOSSIBILIDADE. ART. 3º, § 2º, DA LEI
Nº 9.876/99. 1. A tese do recorrente no sentido de que, no cálculo
da renda mensal inicial de seu benefício previdenciário, deve ser
220 utilizado como divisor mínimo para apuração da média aritmética
dos salários de contribuição o número efetivo de contribuições, não
tem amparo legal. 2. Quando o segurado, submetido à regra de
transição prevista no art. 3º, § 2º, da Lei nº 9.876/99, não contribui,
ao menos, pelo tempo correspondente a 60% do período básico de
225 cálculo, os salários de contribuição existentes são somados e o
resultado dividido pelo número equivalente a 60% (sessenta por
cento) do período básico de cálculo. 3. Recurso especial a que se
nega provimento. (REsp 1114345/RS, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em
230 27/11/2012, DJe 06/12/2012) 5. Todavia, a interpretação não deve
conduzir a um resultado que se afaste da própria razão de ser da
regra de transição. As relações previdenciárias desenvolvem-se por
um longo período da vida. Alguns direitos dentro dessa relação
podem ser tidos como de aquisição progressiva, uma vez que os
235 requisitos vão sendo adimplidos paulatinamente, até que,
adimplidos todos, opera-se a aquisição do direito. Dada essa
característica, as regras de transição, quando há sucessão normativa
que agrava as condições de aquisição ou mesmo as características
do direito ainda “em aquisição” são de suma importância e
240 homenageiam o princípio da segurança jurídica. Por esse
raciocínio, a regra de transição nunca pode ser mais gravosa que a
regra nova, sob pena de subversão dos princípios da isonomia
(onerando o segurado que merece maior prestígio) e da segurança
jurídica. 6. No caso dos autos, portanto, assiste razão apenas em
245 parte ao Recorrente. Para que a regra de transição cumpra a sua
finalidade, devem ser efetuados dois cálculos, um conforme a regra
de transição (art. 3°, parágrafo único da Lei 9876/99) e outro com a
atual relação do art. 29, I da lei de benefícios. Deverá se observar a
aplicação do fator previdenciário somente quando for maior que
250 1,00, exclusão autorizada pela norma art. 7º da Lei 9.876/99. Deve
prevalecer o que resultar em maior R.M.I. 7. Recurso provido em
parte para julgar o pedido procedente também em parte, de forma a
que, em fase de cumprimento de sentença, procedam-se aos
cálculos da forma aqui exposta. 8. Sem honorários eis que, ainda
255 que em parte, venceu o recorrente.
260 Desincumbindo-se do seu ônus probatório, o(a) Autor(a) apresenta, além de seus
documentos pessoais, os demais documentos obtidos junto ao INSS com dados relativos ao seu
histórico (CNIS detalhado e extrato de pagamentos).
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Com relação ao histórico de contribuições, o(a) Autor(a) apresenta todos os
265documentos que englobam os salários-de-contribuição a partir de XXXX, informando que os
salários-de-contribuição dos períodos anteriores não são ora apresentados porque, de acordo com
a própria autarquia-ré, seu sistema não era informatizado e tais dados não podem ser localizados.
Assim, sem prejuízo de entender que essas informações podem ser apresentadas em
270eventual fase de liquidação de sentença, considerando que é apenas o INSS quem as pode deter,
o Autor pugna, nos termos do artigo 6º, VIII, da Lei nº 8.078/90 8 e do artigo 11, da Lei nº
10.259/019, que a autarquia-ré seja intimada para fornecer o histórico completo de salários-de-
contribuição do(a) Autor(a) até a instalação da audiência de conciliação, caso Vossa Excelência
entenda imprescindível para o julgamento da causa.
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DO PREQUESTIONAMENTO
A fim de proporcionar que a presente discussão chegue até as mais elevadas Cortes,
desde já se prequestiona os seguintes dispositivos constitucionais e legais, sob pena de nulidade
280da decisão e ofensa ao artigo 5º, incisos LIV e LV 10 e ao artigo 93, inciso IX11, ambos da
Constituição Federal, bem como aos artigos 37112 e 48913 do CPC:
50(...) VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor,
no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;
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Art. 11. A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o
esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação.
5510 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...) LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
60contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
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a) Artigo 5º, caput, incisos II e XXXVI, da Constituição Federal: Princípio da
isonomia, princípio da legalidade e correta interpretação do instituto do ato jurídico perfeito;
285 b) Artigo 201, caput e § 11, da Constituição Federal: Aplicação do princípio do
caráter contributivo e necessário reflexo das contribuições no benefício tendo em vista que boa
parte das contribuições vertidas pelo segurado não foram consideradas;
c) Artigo 150, inciso IV, da Constituição Federal: Vedação ao confisco tributário;
d) Artigo 195, § 5º, da Constituição Federal: Regra da contrapartida;
290 e) Artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal: Eventual improcedência do
pedido inicial, sob o argumento de que sua concessão afrontaria o disposto o princípio da
isonomia, tendo em vista que para aquele segurado a utilização de todas as contribuições não
seria tão vantajoso, ofende o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, haja vista
que o direito do(a) Autor(a) não pode ser negado em função de um mesmo direito não ser
295vantajoso para outro segurado.
DA TUTELA ESPECÍFICA
Nas ações relativas as prestações de fazer, de não fazer e de entregar coisa o Código
300de Processo Civil prevê a possibilidade de concessão da tutela específica para efetivação
imediata do resultado prático da ação, nos termos do seu artigo 49714.
DOS PEDIDOS
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a) O deferimento, em sede de sentença, da tutela específica disciplinada pelo artigo
315497 do CPC, julgando-se totalmente procedente a presente ação;
345 i) Requer, ainda, seja deferida a utilização de todos os meios de prova admitidos em
direito, especialmente pela juntada dos documentos que acompanham a presente peça vestibular,
a oitiva de testemunhas e do representante legal do(a) Requerido(a) sob pena de confissão
perícias e vistorias e juntada de documentos novos, sob pena de cerceamento.
Art. 122. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições legalmente
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Dá-se à causa o valor de R$ XX.XXX,XX, nos moldes do artigo 292, §§1ºe 2ºdo
CPC17
NOME DO ADVOGADO
NÚMERO DA OAB/ESTADO
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Art. 292. (...) § 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas
90e outras.
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das
prestações.
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