Você está na página 1de 107

A TEORIA DA REGULAÇÃO

ECONÔMICA

Apresentação ao MPF / PGR

Brasília, maio de 2017

Superintendência de Competição
Teoria da Regulação - Ementa
• Regulação Econômica – Origem, Conceitos e
Características;

• Fundamentos Jurídicos da Regulação;

• Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos;

• Ambiente regulatório e institucional;

• Poder de mercado, competição e bem estar;

• Regulação como política pública e regulação de serviços


públicos com segmento competitivo (telecomunicações,
p.e.).
ABORDAGENS DE REGULAÇÃO
ECONÔMICA
Regulação Econômica

• Conceito:
• Regulação econômica é a área da Economia que estuda o
funcionamento do sistema econômico através da regularidade de
preços e de quantidades produzidas, ofertadas e demandadas
através da interação econômica entre as respectivas partes do
sistema econômico: o Estado, as empresas, os credores, os
trabalhadores, os consumidores e os fornecedores.
Regulação Econômica – Origem

• Duas correntes:
• Francesa: Concebida em meados da década de 1970, teve como
ponto de partida uma crítica severa à economia neoclássica, a qual
procurou ultrapassar através de uma síntese eclética entre diversas
escolas de pensamento econômico (keynesianismo, marxismo,
institucionalismo americano, historicismo alemão, etc.).

• Americana: Enfoca a intervenção do Estado em determinados setores


da economia, em especial os de infraestrutura (energia, telefonia,
vigilância sanitária, transportes etc.), adota o termo de forma não tão
abrangente.
Regulação Econômica – Conceitos

• Poder de Interferência direta do Estado em decisões


de agentes econômicos através do uso de seu poder
coercitivo (autoridade governamental).
• Forma de estabelecer regras ou até mesmo de
direcionar o campo de desenvolvimento da atividade
econômica.
• Resposta governamental para falhas de mercado,
externalidades negativas e anseios da sociedade.
Regulação Econômica (visão normativa) –
Características
• Uso da autoridade governamental e do poder
coercitivo do estado;
• Pode assumir vários arranjos institucionais;
• Dispõe de uma grande gama de instrumentos;
• Implica direcionamento de agentes privados;
• Requer expertise técnica/burocrática;
• Possui grau significativo de delegação de autoridade
discricionária e normativa;
• Impõe grandes desafios para accountability e
controle.
Regulação Econômica (visão positiva)
• Regulação responde a grupos de interesse que agem
para maximizar suas rendas (Stigler, 1971)
Consumidores

Empresas Fornecedores

Regulação

Políticos/
Sindicatos
Governos

• Grupos podem utilizar o poder coercitivo do Estado


para distribuir renda a seu favor.
Regulação Econômica (visão positiva)

• Grupos pequenos e bem organizados se beneficiarão


da regulação mais do que os grupos grandes e
difusos (ou à custa destes últimos);
• A política regulatória procurará preservar a
distribuição de recursos entre os agentes/atores;
• A regulação é sensível às perdas de bem-estar, pois
os seus benefícios se concentram em sua capacidade
de distribuir riqueza.
Fundamentos da Teoria da Regulação
(Normativa vs. Positiva)

• Teoria Normativa – Intervenção direta do Estado no


ambiente econômico;
• Analisa “quando a regulação deve ocorrer”.

• Teoria Positiva – Formação das bases de ação do


Estado em face da atuação dos agentes privados;
• Analisa os fundamentos da economia.
PRINCIPIOS DE MICROECONOMIA
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• A Microeconomia analisa o comportamento das
empresas e do consumidor no mercado, suas interações
e a formação dos preços e quantidades produzidos e
adquiridos (oferta e demanda).
• A conceituação de empresa possui duas visões:
• Econômica - a empresa ou estabelecimento comercial é a
combinação realizada pelo empresário dos fatores de
produção: capital, trabalho, terra e/ou tecnologia, organizados
para se obter o maior volume possível de produção ou de
serviços ao menor custo.
• Jurídica - complexo de bens corpóreos e incorpóreos utilizados
no processo de produção. A empresa, neste contexto, é o
complexo de relações jurídicas que unem sujeito ao objeto da
atividade econômica.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Objetivo da Empresa:
• Análise tradicional – Supõe-se o princípio da racionalidade, o
empresário sempre busca a maximização do lucro total,
otimizando a utilização dos recursos de que dispõe.
• Corrente Alternativa - O objetivo do empresário não seria a
maximização do lucro, mas fatores como aumento da
participação nas vendas do mercado ou maximização da
margem sobre os custos de produção.
• Princípio da Racionalidade:
• Os empresários tentam sempre maximizar lucros, estando
condicionados pelos custos de produção;
• os consumidores procuram maximizar sua satisfação (ou
utilidade) no consumo de bens e serviços (limitados por sua
renda e pelos preços das mercadorias);
• os trabalhadores procuram maximizar lazer, etc...
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
Teoria do Consumidor (demanda individual)
I – Teoria da Demanda (Procura)
Demanda de Mercado

Teoria da Produção
Oferta Individual
II – Teoria da Oferta Teoria dos Custos de Produção
Oferta de Mercado

Concorrência Perfeita
Mercado de Bens Concorrência Monopolística
e Serviços Monopólio
Oligopólio
III – Análise das Estruturas
de Mercado Concorrência Perfeita
Mercado de Insumos Monopsônio
e Fatores de Produção Oligopsônio

IV – Teoria do Equilíbrio Geral e do Bem-Estar

V – Imperfeições de Mercado: Externalidades, Bens Públicos e Informação Assimétrica


Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Utilidade Total e Utilidade Marginal:
• A Utilidade Total tende a aumentar quanto maior a quantidade
consumida do bem ou serviço.
• Entretanto, a Utilidade Marginal, que é a satisfação adicional
(na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do
bem, é decrescente, pois o consumidor vai saturando-se desse
bem, quanto mais o consome.
• É chamada de “Lei da Utilidade Marginal Decrescente”.
Matematicamente:

Δ𝑈𝑡
𝑈𝑚𝑔 =
Δ𝑞

sendo q a quantidade que o consumidor deseja consumir.


Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Utilidade Total e Utilidade Marginal:
Graficamente:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Curva de Indiferença e Restrição Orçamentária:
• A Teoria da Demanda parte da hipótese de que o consumidor
maximiza sua utilidade (bem-estar), limitado por seu nível de
renda e pelos preços de bens e serviços que pretende adquirir.
• Para embasar essa Teoria, são utilizados os conceitos de “Curva
de Indiferença” e “Restrição Orçamentária”.
• A Curva de Indiferença é um instrumento gráfico que ilustra as
preferências do consumidor.
• Lugar geométrico de pontos que representam diferentes
combinações de bens que fornecem ao consumidor o mesmo
nível de utilidade;
• Negativamente inclinada → Ao aumentar o consumo de um bem
será necessário reduzir o de outro (substituição). Inclinação da
Curva de Indiferença é chamada de Taxa Marginal de Substituição
(TMgS) – representa a taxa de troca de um bem por outro,
mantendo o mesmo nível de bem-estar.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Curva de Indiferença e Restrição Orçamentária:
• A Restrição Orçamentária é o montante de renda disponível do
consumidor, em dado período de tempo.
• limite das possibilidades de consumo, condicionado ao montante
destinado à aquisição de bens e serviços;
• enquanto a curva de indiferença refere-se ao conjunto de bens e
serviços que o consumidor deseja adquirir, considerando apenas
as preferências subjetivas do consumidor, a restrição
orçamentária condicionará o conjunto possível de bens e serviços
que o consumidor pode adquirir;
• A Linha de Preços (ou Reta Orçamentária) são as combinações
máximas possíveis de bens, considerados a renda do
consumidor e os preços dos bens.
• a linha orçamentária também representa um menu de opções que
o consumidor poderá comprar, de acordo com sua renda e dados
os preços dos bens considerados.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Curvas de Indiferença vs. Restrição Orçamentária:
Graficamente:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Excedente do Consumidor:
• O Excedente do Consumidor é o benefício líquido que o
consumidor aufere por ser capaz de adquirir um bem ou serviço.
• É a diferença entre a disposição máxima a pagar por parte do
consumidor e o que ele efetivamente paga.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Excedente do Produtor:
• O Excedente do Produtor é o ganho em bem–estar pelo fato do
produtor receber no mercado um preço maior que aquele
mínimo que viabilizaria sua produção.
• quantia recebido por um produtor menos o custo de produção;
• Custo de Produção → valor de tudo aquilo que o produtor deve
desistir (abrir mão) para produzir um bem.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Excedente do Consumidor = valor para os compradores – quantia
paga pelos compradores;
• Excedente do Produtor = quantia recebida pelos produtores – custo
para os produtores;
• Excedente Total = Excedente do Consumidores + Excedente dos
Produtores;
• Como a quantia paga é igual quantia recebida, temos:

• Excedente Total = (Valor p/ Compradores) – (Custo p/ Produtores);

• Portanto, o bem-estar econômico é o aumento do Excedente Total.

• O Excedente Total que maximiza o bem-estar da sociedade só pode


ser alcançado mediante uma elevada eficiência técnica - alocação
eficiente dos fatores (recursos) produtivos.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma :
• Analisa o outro lado da transação: a oferta.
• Firmas são organizadas para atuarem nos mercados, com o
objetivo de diminuir os custos de transação que são os
incorporados por terceiros nas negociações econômicas do
mercado (custos de informações, custos contratuais etc.).
• “Diferentes técnicas são empregadas pelos agentes econômicos para
exercer domínio sobre a informação e o conhecimento disseminados em
ambiente social que muda rapidamente. Por isso, para superar essas
dificuldades, reduzir riscos e custos inerentes à produção de bens e
serviços destinados a mercados, os agentes optam por criar uma outra
estrutura, destinada a facilitar o tráfico negocial, organização essa que é
a empresa, estrutura hierárquica em que se procura harmonizar esses
diversos interesses, ao mesmo tempo em que se diminuem custo de
transação.“
(Sztajn, R. 2004)
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma e Fatores de Produção:
• Sob a ótica econômica, a função da firma é alocar
eficientemente os recursos que possui, buscando otimizar
os produtos gerados por aquela alocação de recursos na
fabricação dos bens finais.

• Para que as firmas transformem bens e/ou serviços em


outros bens e/ou serviços elas precisam de FATORES DE
PRODUÇÃO (FP’s). Fatores de produção são os bens ou
serviços transformáveis em produção ou utilizados na
obtenção de um produto final.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma e Custos de Produção:
• Custo Total - O custo de todos os insumos que uma
empresa usa na produção.
• Custos Variáveis - Custos que mudam à medida que a
produção muda.
• Custos Fixos - Custos que permanecem constantes mesmo
que ocorram variações na produção.

Custo Total = Custo Fixo + Custo Variável

CT = CF + CV
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Produção vs. Custos:
• Função de Produção - Relação verificável entre os insumos
empregados por uma empresa e a quantidade máxima que
ela consegue produzir com esses insumos.
• Custo Médio Total (CM) - Custo Total dividido pela
quantidade de produzida.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Os custos médios no curto prazo são representados por
uma curva em formato de U, que inicialmente, conforme
aumenta o volume de produção, decresce até alcançar um
ponto de custo mínimo, após o qual cresce novamente.
Inicialmente, os custos médios são declinantes porque
existe um volume relativamente grande de equipamento
de capital (insumo fixo) para pouca mão-de-obra.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Assim, até determinado nível de produção é vantagem
para a firma absorver mais trabalhadores, com o mesmo
volume de capital empregado, e aumentar a produção,
pois o custo médio é declinante. Mas à medida que se vai
aumentando a produção, alcança-se um ponto de
saturação da utilização do capital, e a elevação das
quantidades de insumo variável, no caso mão-de-obra não
ocasionará aumentos proporcionais da produção. É o
ponto onde os custos médios começam a se elevar. Este
comportamento das curvas de custo médio é análogo ao
comportamento das curvas de custo total.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Se o custo variável total é a despesa diretamente
relacionada com a produção, o custo variável total irá se
elevar à medida que a produção cresce. No entanto, o
custo variável médio, a princípio, é decrescente, e só
depois de atingir o mínimo, a um certo nível de produção,
torna-se crescente. Isto ocorre porque o custo variável
total, quando a empresa trabalha com capacidade ociosa
(muito capital e pouca mão-de-obra), cresce
proporcionalmente menos do que a produção, fazendo
com que os custos médios decresçam. Após um certo nível
de produto, os custos totais passam a crescer
proporcionalmente mais que o aumento da produção, e os
custos médios passam a ser crescentes.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Como o custo fixo total é constante para todos os níveis de
produção, o custo fixo médio será decrescente à medida
que a produção aumenta, tendendo a zero.
• O custo marginal representa o custo de se produzir uma
unidade extra do produto, em outras palavras, é dado pela
relação entre a variação do custo total e a variação da
quantidade produzida.

Δ𝐶𝑇
𝐶𝑀𝑔 =
Δ𝑞

Onde ΔCT é a variação do custo total e


Δq a variação da quantidade produzida.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• A curva de custo marginal corta as curvas de custo total
médio e custo variável médio no ponto de mínimo destas
curvas. Isso significa que se o custo adicional para produzir
uma unidade extra do produto (custo marginal) for inferior
ao custo unitário (custo médio), o custo médio será
decrescente. Por outro lado, se o custo marginal superar o
custo médio, este se elevará, à medida que cresce a
produção, já que o custo para produzir uma unidade extra
do produto supera seu custo unitário. O ponto de mínimo
do custo médio corresponde ao volume de produção onde
se igualam custo marginal, custo médio total e custo médio
variável.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• As curvas de custo marginal e de custo médio (total e
variável) têm formato de “U” devido à lei dos rendimentos
decrescentes, que se traduz por custos crescentes após
determinado nível de produto.
• Quando o custo médio e custo marginal são decrescentes,
a produtividade média e a produtividade marginal do fator
de produção serão crescentes, e vice-versa. Há, portanto,
uma relação inversa entre custos médios e marginais de
um dado fator e suas produtividades média e marginal.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Lei dos Rendimentos Decrescentes:
• Lei dos Rendimentos Decrescentes (em escala) - O
princípio de que, em certo ponto, acrescentar mais de um
insumo variável, como mão-de-obra, por exemplo, a uma
mesma quantidade de um insumo fixo (capital, p.e.), fará
com que o produto marginal do insumo variável decline.

• Também conhecida por lei das proporções variáveis ou lei


da produtividade marginal decrescente.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Lei dos Rendimentos Decrescentes:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Maximização do Lucro:
• Deve-se ter em conta, que o objetivo último da empresa é
a maximização do lucro, ou seja, a diferença entre as
receitas provenientes da venda dos seus produtos e os
custos derivados da remuneração dos fatores produtivos e
bens intermédios utilizados na produção.

• O lucro econômico distingue-se do lucro contabilístico por


avaliar os fatores de produção pelos seus custos de
oportunidade.

LT(q) = RT(q) – CT(q)


Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Maximização do Lucro:
• Para maximizar o lucro, a empresa deve ter em conta tanto
as receitas como os custos.

• O volume de produção que maximiza o lucro é,


graficamente, aquele que maximiza a distância entre as
curvas da receita total e do custo total. O declive destas
curvas é igual, para essa quantidade ótima.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Maximização do Lucro:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Maximização do Lucro:
• A maximização do lucro implica que a empresa escolha um
volume de produção tal que o custo marginal e o
rendimento marginal sejam iguais.

LT (q) = RT (q) – CT (q)

𝑑𝐿𝑇 (𝑞) 𝑑𝑅𝑇 (𝑞) 𝑑𝐶𝑇 (𝑞)


= − = 𝑅𝑀𝑔 (𝑞) - 𝐶𝑀𝑔 (𝑞)
𝑑𝑞 𝑑𝑞 𝑑𝑞

𝑑𝐿𝑇 (𝑞)
= 0 ↔ 𝑅𝑀𝑔 (𝑞) = 𝐶𝑀𝑔 (𝑞)
𝑑𝑞
Teoria da Regulação sob a Ótica Normativa
• Atuação do Estado para assegurar que o mercado
atue em uma alocação Pareto-eficiente;
• Mercados competitivos apresentam características
de alocação eficiente de recursos;
• Falhas de Mercado:
• Bens Públicos → Não-Exclusividade / Não-Rivalidade;
• Falhas de Competição → Ineficiências alocativas e
produtivas;
• Externalidades → custo privado é inferior ao custo social
de produção;
• Assimetrias Informacionais → Seleção Adversa / Risco
Moral.
Ótimo de Pareto
• “Lei da Eficiência de Pareto” (Ótimo de Pareto) →
proposição formulada pelo economista franco-
italiano Vilfredo Pareto (1897) - “Cours d`Économie
Politique”;
• Ocorre quando existir uma situação (A) onde ao se
sair dela, para que “um ganhe”, pelo menos “um
perde”;
• Uma situação econômica é ótima no sentido de
Pareto se não for possível melhorar a situação de um
agente, sem degradar a situação de qualquer outro
agente econômico.
Ótimo de Pareto
• Condições necessária para que uma economia seja
considerada Pareto-eficiente:
• Eficiência nas trocas - o que é produzido numa economia
é distribuído de forma eficiente pelos agentes
econômicos (não são necessárias mais trocas entre os
agentes) ou seja, a Taxa Marginal de Substituição é a
mesma para todos;
• Eficiência na produção - quando é possível produzir mais
de um tipo de bens sem reduzir a produção de outros,
isto é, quando a economia se encontra sobre a sua
fronteira de possibilidades de produção;
• Eficiência no mix de produtos - os bens produzidos numa
economia refletem as preferências dos agentes
econômicos dessa economia.
Ótimo de Pareto
Taxa Marginal de Substituição do Bem ou Serviço X pelo Y (TMgS(X,Y)):
Mede a taxa à qual o consumidor está propenso a substituir o bem x pelo bem y. Em
outras palavras, esta taxa mede uma troca: o número de unidades do bem y
(adquiridas) por unidade do bem x (sacrificada), desde que a troca mantenha o mesmo
nível de satisfação (utilidade) do consumidor.

Análise Matemática Básica:


Represente a função de utilidade como U ( x , y), onde U é a função de utilidade, x e y
são bens.

Adicionalmente:
U x = ∂ U / ∂ x = utilidade marginal com respeito ao bem x
U y = ∂ U / ∂ y = utilidade marginal com respeito ao bem y

Ao tomarmos a Diferencial Total da função de utilidade, obtém-se:

d U = ∂ U / ∂ x d x + ∂ U / ∂ y d y, ou, substituindo, d U = Ux dx + Uy dy
Ótimo de Pareto
Considerando a derivada total da função de utilidade com respeito ao bem x,

𝑑𝑈 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑈 𝑑𝑦
= 𝑈𝑥 + 𝑈𝑦 , ou seja, = 𝑈𝑥 . 1 + 𝑈𝑦
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥

Em qualquer ponto da curva de indiferença temos 𝑑𝑈 𝑑𝑥 = 0, pois U = c,


Onde c é uma constante. Então:

𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑈𝑥
0 = 𝑈𝑥 + 𝑈𝑦 , rearrumando: − =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑈𝑦

A taxa marginal de substituição é definida como menos a inclinação da curva


de indiferença para qualquer cesta de bens que se considere (lado esquerdo
da equação acima). Dessa maneira, ela se torna igual à razão entre as
utilidades marginais de x e y:
𝛛𝑈
𝑈𝑥 𝛛𝑥
𝑇𝑀𝑔𝑆𝑥𝑦 = = 𝛛𝑈
𝑈𝑦
𝛛𝑦
Ótimo de Pareto
• Entretanto, nem todos os mercados geram alocações
Pareto-ótimas. Dois casos:
• Presença de Externalidades: agentes não levam em conta
efeito de suas decisões individuais no bem estar dos
demais, levando a consumo exagerado (externalidade
negativa) ou abaixo do ótimo (externalidade positiva);
• Exemplos: fumo em lugares públicos, bebida x direção:
imposição de cotas.

• Monopólio Natural → Importante no escopo da Teoria da


Regulação – Bens públicos de difícil (ou muito onerosa)
duplicação.
Alocação Pareto-Eficiente

O ponto 𝑥 ∗ é 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑡𝑜 − 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒.


Alocação Pareto-Eficiente
ESTUDO DE CASO – INTERCONEXÃO
DE REDES MÓVEIS
Estudo de Caso
Ligação entre redes de telecomunicações funcionalmente compatíveis,
de modo que os usuários de serviços de uma das redes possam
Interconexão
comunicar-se com usuários de serviços de outra ou acessar serviços
nela disponíveis.

Rede A Rede B
Interconexão

Todas as vezes que um usuário da Rede A se comunica com um usuário da Rede B, a Rede A paga um
valor relativo ao acesso à Rede B, no caso brasileiro de redes móveis esse valor é chamado de VU-M
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
O ESTADO E A REGULAÇÃO
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• A atividade “regulatória” sempre esteve entre as
atribuições do Estado, a partir de sua estrutura
tradicional, como ministérios ou órgãos a eles
subordinados;
• Esgotamento do modelo puramente estatal de
fornecimento de bens e serviços públicos:
• Crise fiscal dos Estados;
• Baixos níveis de crescimento econômico;
• Dificuldades em prover políticas públicas de
qualidade;
• Esgotamento da propriedade pública (empresas estatais)
como modo de regulação → Fins da década de 1980 e
princípio da década de 1990.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos

• Consolidação dos argumentos nos quais se


baseiam a moderna teoria da regulação (Estado
Regulador vs. Estado Provedor).

• O Estado Regulador, com suas instituições


características expressas por agências
independentes especializadas, criadas em
substituição à propriedade privada, teve sua origem
nos Estados Unidos.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos

• Reforma Regulatória proposta pela OCDE (década de


1990) → atuação do Estado em três categorias da
atividade regulatória:
• Regulação Econômica − intervenção direta nas decisões
de mercado (definição de preços, competição, entrada e
saída de novos agentes nos mercados, etc.). Para a
OCDE a reforma deveria se propor a aumentar a eficiência
econômica por meio da redução de barreiras à
competição e à inovação, utilizando a
desregulamentação, privatização e fornecendo estrutura
para o funcionamento e a supervisão das atividades
do mercado.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos

• Reforma Regulatória proposta pela OCDE -


continuação:
• Regulação Social − proteção do interesse público nas
áreas de saúde, segurança, meio ambiente e em questões
nacionais.
• Regulação Administrativa − procedimentos
administrativos por meio dos quais o governo
intervém nas decisões econômicas (“red-tapes”). De
acordo com a OCDE os governos deveriam buscar em suas
reformas regulatórias eliminar as formalidades
desnecessárias, simplificando práticas desnecessárias,
melhorando sua transparência e atuação.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Mudança para o Estado Regulador → ênfase nos
princípios de governança:
• Accountability e transparência dos processos
decisórios envolvidos na fixação das regras e
normas;
• Transparências das regras as serem seguidas;
• Accountability e transparência das atividades
dos atores regulados;
• Accountability e transparência dos reguladores;
• Accountability e transparência dos processos de
avaliação.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Elementos motivadores para criação das Agências
Reguladoras:
• Necessidade de elevação do grau de
comprometimento do poder público com a
manutenção de decisões, leis e normas que
afetam diretamente os agentes do mercado;
• Delegação de poderes para as agências
reguladoras → descentralização administrativa;
• Falhas de Governo (rent-seeking, captura) →
ocorrem em maior extensão com a proximidade
de um poder central – maior dependência.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Falhas de Governo:
• “ Rent-seeking” - ocorre quando grupos de
interesse se envolvem com a política, visando a
obtenção de vantagens sobre os demais grupos.
Para alguns autores, nesse caso, mesmo que
regulação em defesa do interesse público
fosse possível na teoria, na prática os
interesses particulares se sobrepõem ao
interesses públicos.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Falhas de Governo:
• Captura - ocorre quando os organismos
regulatórios se encontram muito próximos dos
regulados, favorecendo o aumento dos riscos de
interferência de interesses particulares nas
decisões públicas, consequentemente afetando
a independência e a qualidade da regulação.
Ocorre muitas vezes devido à assimetria de
informação entre o governo e a firma, o que faz
com que o regulador se aproxime do regulado
visando a obtenção de informações e
identificação dos seus reais objetivos.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Argumentos favoráveis às Agências Reguladoras:
• Expertise – as ARs estão mais próximas dos setores regulados do
que outros núcleos burocráticos, podendo mais facilmente obter
informações relevantes. Estrutura organizacional mais flexível
constitui ambiente de trabalho mais atraente para especialistas;
• Flexibilidade − agências reguladoras autônomas mostram-se mais
capazes de flexibilizar suas decisões adotando ajustes regulatórios;
• Compromisso com credibilidade – as ARs estão mais distantes das
influências políticas diretas e das pressões eleitorais rotineiras;
• Estabilidade – as Ars propiciam um ambiente regulatório mais estável
e previsível;
• Eficácia e eficiência – como resultado dos fatores citados
anteriormente, as agências reguladoras conduzem a um melhor
resultado regulatório, que pode ser traduzido em melhor
desempenho dos mercados;
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Argumentos favoráveis às Agências Reguladoras (cont.):
• Participação pública e transparência – o processo decisório das
ARs é mais aberto e transparente que outros núcleos burocráticos e,
assim, é mais sensível aos interesses sociais difusos, como os dos
consumidores;
• Custos da tomada de decisão – a delegação para as ARs reduz
os custos da tomada de decisão, como pode ser observado na
presença de desacordos sobre determinadas políticas;
• Transferência de responsabilidades – as Ars permitem aos políticos
evitar responsabilidades quando ocorrem falhas ou quando
decisões impopulares são tomadas;
• Incertezas políticas – as instituições são menos facilmente
mutáveis que as políticas e as ARs constituem um meio de os
políticos fixarem políticas que irão perdurar além de seus mandatos.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos

• Delegação de autoridade para Agências Reguladoras


→ contratos permeados por assimetrias de
informação e de recursos;
• Dificuldades dos reguladores em obter
informações acuradas dos regulados;
• Restrições orçamentárias que afetam a
fiscalização dos contratos → custeio das
Agências.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Objetivos de acompanhamento atingidos impondo
incentivos, restrições e penalidades ao regulado →
superação das assimetrias:
• Coibir a exploração oportunista;
• Mitigar a discrepância entre comportamentos ex-ante e ex-post;
• Minimizar o Risco Moral e a Seleção Adversa.

• Impor dificuldade de revisão de regras por parte da


ação política dos regulados:
• Os reguladores podem criar apoios dos favorecidos pelas novas
regras, tornando politicamente mais difícil reverter as ações
realizadas.
Regulação Econômica vs. Interesse Público

• Decisão de “regular” e motivações dos reguladores


sujeitas às decisões na esfera política – “ações”
contra problemas ocasionados pelo mercado;

• Ações dos grupos sociais e econômicos junto à


esfera política;

• Estudos dos padrões de relacionamento entre


reguladores e regulados.
Regulação Econômica vs. Interesse Público
• Redução dos níveis de incerteza em ambiente de
negócios;
• Conferir credibilidade às relações sociais em uma
economia de mercado;
• Garantia ao cumprimento dos contratos (redução de
possibilidades de descumprimento);
• Estabelecimento de “compromissos” (commitment):
• Estabilidade contratual;
• Estabilidade de regras;
• Limitação da possibilidade de expropriação de rendas ou
ativos.
Regulação Econômica vs. Interesse Público
Direcionadores

Política tributária

Regulação

Incentivos à Oferta
Incentivos à Demanda Demanda Oferta
Comportamento dos Estrutura do setor
usuários

Poder aquisitivo Disp. de capital

Política social Viabilizadores Política industrial


Tecnologia

Ambiente
macroeconômico

Política Educacional
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Objetivos de acompanhamento atingidos impondo
incentivos, restrições e penalidades ao regulado →
superação das assimetrias:
• Coibir a exploração oportunista;
• Mitigar a discrepância entre comportamentos ex-ante e ex-post;
• Minimizar o Risco Moral e a Seleção Adversa.

• Impor dificuldade de revisão de regras por parte da


ação política dos regulados:
• Os reguladores podem criar apoios dos favorecidos pelas novas
regras, tornando politicamente mais difícil reverter as ações
realizadas.
A REGULAÇÃO ECONÔMICA DE
TELECOMUNICAÇÕES
Regulação e Concorrência

A Concorrência é desejável
SIM NÃO
Mercado
A Concorrência é

SIM concorrencial "Cream Skimming"


viável?

"normal"
Barreiras impostas Monopólios
NÃO

por firmas naturais (de fato)


dominantes

Cream Skimming: prática empresarial de fornecer somente produtos de


alto valor ou baixo custo a grupos específicos de consumidores.
Regulação e Concorrência
Tipo de Tipo de Autoridade
Exemplos
Competição Regulação Regulatória
Vai da certificação a leis de
Mercados Sem regulação
Desregulado resposabilidade para proteger o
autorregulados (recuo do Estado
consumidor
Autoridades de Prevenção da concentração por
Regulação da
Regulado competição meio da regulação de fusões,
Competição
nacional incorporações, etc.
Autoridades em
setores específicos Regimes de interconcexão em
Regulação por
Regulado e autoridades de telecomunicações,
Competição
competição compartilhamento de redes, etc.
nacional
Institucionalização de
Autoridades em mecanismos internos de
Reforço da
setores específicos autorregulação que
autorregulação
Metarregulado e autoridades de correspondam às exigências
das regras de
competição legais de competição em geral e
competição
nacional ao regime regulatório em
particular.
Telecomunicações Tradicionais
(Des)Equilíbrio Competitivo Original

• Altos custos afundados.


• Externalidades de rede.
• Economias de escala e escopo.
• Monopólio natural.

• Abertura de rede obrigatória.


• Condições aprovadas em termos isonômicos.
• Arbitragem Administrativa.
• Controle de preços.
Dicotomia Público-Privado
Regime Público

Obrigações de universalização; Princípios da atividade


Garantia de continuidade; econômica;
Mínima intervenção;
Reversibilidade dos bens;
Liberdade como regra;
Controle tarifário;
Liberdade de preços;
Obrigatória abertura das redes;
Condicionantes de interesse da
Equilíbrio econômico-financeiro;

Regime Privado
coletividade;
Prevalência do interesse público; Proporcionalidade de
Possibilidade de condicionantes;
intervenção/encampação. Equilíbrio entre direitos e
deveres.
Evolução da Regulação de Competição

Novo
Introdução Consolidação Transição Modelo
(Des)Equilíbrios Competitivos Atuais

incentivos condutas

desempenho efeitos agentes


Nova Abordagem de Regulação Econômica

Detentores de PMS
Participação de Acesso regulado a
mercado; insumos;

Não Detentores de PMS


Integração vertical; Reequilíbrio regulatório
Transformações na Controle sobre de condições
infraestruturas concorrenciais.
Indústria Digital
essenciais;
Economias de
escala/escopo;
Convergência tecnológica
Fusões e aquisições
Regime Público

Controle tarifário; Princípios da atividade


Obrigações de econômica;
universalização; Mínima intervenção;
Garantia de Liberdade como regra;
continuidade; Liberdade de preços;
Regime Privado

Reversibilidade dos bens; Proporcionalidade de


Equilíbrio econômico- condicionantes;
finaceiro;
Equilíbrio entre direitos e
Prevalência do interesse deveres;
público;
Abertura das redes.
Plano Geral de Metas de Competição
Barreiras
estruturais
não
transitórias

Inexistência
Mercados de tendência
Relevantes de
competição

Insuficiência
4 anos atuação
ex-post

Detentores de
PGMC Poder de
Mercado
Significativo
Dosimetria

Medidas
Assimétricas
BIBLIOGRAFIA
• BOBBIO, N. Dalla strutura alla funzione: nuovi studi di teoria del Diritto. Milão: Edizioni di
Comunità, 1977
• LAFFONT, J.-J. & TIROLE, J. , A Theory of Incentives in Regulation and Procurement. Cambridge: MIT
Press, 1993, cap 1.
• VISCUSI, W. K., J. M. VERNON & J. E. HARRINGTON Jr., Economics of Regulation and Antritrust. 2ª
ed. – Cambridge: MIT Press, 1995.
• COMPARATO, F. K. Juízo de constitucionalidade das políticas públicas. In: Direito
Administrativo e Constitucional: estudos em homenagem a Geraldo Ataliba. São Paulo:
Malheiros, 1997.
• LAFFONT, J.-J. & TIROLE, J., Competition in Telecommunications. Cambridge: MIT Press, 2000, cap 2,
3.
• NEGREIROS, T. Teoria do contrato: novos paradigmas. Rio de Janeiro: Renovar, 2002

• MOTTA, Massimo, Competition Policy: theory and practice. Cambridge University Press, 2004.
• LAFFONT, J., Regulation and Development, Cambridge: Cambridge University Press, 2005, cap 1, 7.
• OECD. Guiding principles for regulatory quality and performance. Council of the OECD, 2005.
• PINHEIRO, A. C., Direito, Economia e Mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005
• RAMALHO, P. (org.), Regulação e Agências Reguladoras. Brasília: Anvisa, Casa Civil da Presidência
da República, 2009.
• SILVA, A. B., Remuneração das Redes de Telefonia Móvel no Brasil, 2011.
OBRIGADO.

Abraão Balbino e Silva


Superintendente de Competição

Você também pode gostar