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ECONÔMICA
Superintendência de Competição
Teoria da Regulação - Ementa
• Regulação Econômica – Origem, Conceitos e
Características;
• Conceito:
• Regulação econômica é a área da Economia que estuda o
funcionamento do sistema econômico através da regularidade de
preços e de quantidades produzidas, ofertadas e demandadas
através da interação econômica entre as respectivas partes do
sistema econômico: o Estado, as empresas, os credores, os
trabalhadores, os consumidores e os fornecedores.
Regulação Econômica – Origem
• Duas correntes:
• Francesa: Concebida em meados da década de 1970, teve como
ponto de partida uma crítica severa à economia neoclássica, a qual
procurou ultrapassar através de uma síntese eclética entre diversas
escolas de pensamento econômico (keynesianismo, marxismo,
institucionalismo americano, historicismo alemão, etc.).
Empresas Fornecedores
Regulação
Políticos/
Sindicatos
Governos
Teoria da Produção
Oferta Individual
II – Teoria da Oferta Teoria dos Custos de Produção
Oferta de Mercado
Concorrência Perfeita
Mercado de Bens Concorrência Monopolística
e Serviços Monopólio
Oligopólio
III – Análise das Estruturas
de Mercado Concorrência Perfeita
Mercado de Insumos Monopsônio
e Fatores de Produção Oligopsônio
Δ𝑈𝑡
𝑈𝑚𝑔 =
Δ𝑞
CT = CF + CV
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Produção vs. Custos:
• Função de Produção - Relação verificável entre os insumos
empregados por uma empresa e a quantidade máxima que
ela consegue produzir com esses insumos.
• Custo Médio Total (CM) - Custo Total dividido pela
quantidade de produzida.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Os custos médios no curto prazo são representados por
uma curva em formato de U, que inicialmente, conforme
aumenta o volume de produção, decresce até alcançar um
ponto de custo mínimo, após o qual cresce novamente.
Inicialmente, os custos médios são declinantes porque
existe um volume relativamente grande de equipamento
de capital (insumo fixo) para pouca mão-de-obra.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Assim, até determinado nível de produção é vantagem
para a firma absorver mais trabalhadores, com o mesmo
volume de capital empregado, e aumentar a produção,
pois o custo médio é declinante. Mas à medida que se vai
aumentando a produção, alcança-se um ponto de
saturação da utilização do capital, e a elevação das
quantidades de insumo variável, no caso mão-de-obra não
ocasionará aumentos proporcionais da produção. É o
ponto onde os custos médios começam a se elevar. Este
comportamento das curvas de custo médio é análogo ao
comportamento das curvas de custo total.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Se o custo variável total é a despesa diretamente
relacionada com a produção, o custo variável total irá se
elevar à medida que a produção cresce. No entanto, o
custo variável médio, a princípio, é decrescente, e só
depois de atingir o mínimo, a um certo nível de produção,
torna-se crescente. Isto ocorre porque o custo variável
total, quando a empresa trabalha com capacidade ociosa
(muito capital e pouca mão-de-obra), cresce
proporcionalmente menos do que a produção, fazendo
com que os custos médios decresçam. Após um certo nível
de produto, os custos totais passam a crescer
proporcionalmente mais que o aumento da produção, e os
custos médios passam a ser crescentes.
Fundamentos Econômicos
(Microeconomia e Regulação)
• Teoria da Firma - Custos Médios e Marginais:
• Como o custo fixo total é constante para todos os níveis de
produção, o custo fixo médio será decrescente à medida
que a produção aumenta, tendendo a zero.
• O custo marginal representa o custo de se produzir uma
unidade extra do produto, em outras palavras, é dado pela
relação entre a variação do custo total e a variação da
quantidade produzida.
Δ𝐶𝑇
𝐶𝑀𝑔 =
Δ𝑞
𝑑𝐿𝑇 (𝑞)
= 0 ↔ 𝑅𝑀𝑔 (𝑞) = 𝐶𝑀𝑔 (𝑞)
𝑑𝑞
Teoria da Regulação sob a Ótica Normativa
• Atuação do Estado para assegurar que o mercado
atue em uma alocação Pareto-eficiente;
• Mercados competitivos apresentam características
de alocação eficiente de recursos;
• Falhas de Mercado:
• Bens Públicos → Não-Exclusividade / Não-Rivalidade;
• Falhas de Competição → Ineficiências alocativas e
produtivas;
• Externalidades → custo privado é inferior ao custo social
de produção;
• Assimetrias Informacionais → Seleção Adversa / Risco
Moral.
Ótimo de Pareto
• “Lei da Eficiência de Pareto” (Ótimo de Pareto) →
proposição formulada pelo economista franco-
italiano Vilfredo Pareto (1897) - “Cours d`Économie
Politique”;
• Ocorre quando existir uma situação (A) onde ao se
sair dela, para que “um ganhe”, pelo menos “um
perde”;
• Uma situação econômica é ótima no sentido de
Pareto se não for possível melhorar a situação de um
agente, sem degradar a situação de qualquer outro
agente econômico.
Ótimo de Pareto
• Condições necessária para que uma economia seja
considerada Pareto-eficiente:
• Eficiência nas trocas - o que é produzido numa economia
é distribuído de forma eficiente pelos agentes
econômicos (não são necessárias mais trocas entre os
agentes) ou seja, a Taxa Marginal de Substituição é a
mesma para todos;
• Eficiência na produção - quando é possível produzir mais
de um tipo de bens sem reduzir a produção de outros,
isto é, quando a economia se encontra sobre a sua
fronteira de possibilidades de produção;
• Eficiência no mix de produtos - os bens produzidos numa
economia refletem as preferências dos agentes
econômicos dessa economia.
Ótimo de Pareto
Taxa Marginal de Substituição do Bem ou Serviço X pelo Y (TMgS(X,Y)):
Mede a taxa à qual o consumidor está propenso a substituir o bem x pelo bem y. Em
outras palavras, esta taxa mede uma troca: o número de unidades do bem y
(adquiridas) por unidade do bem x (sacrificada), desde que a troca mantenha o mesmo
nível de satisfação (utilidade) do consumidor.
Adicionalmente:
U x = ∂ U / ∂ x = utilidade marginal com respeito ao bem x
U y = ∂ U / ∂ y = utilidade marginal com respeito ao bem y
d U = ∂ U / ∂ x d x + ∂ U / ∂ y d y, ou, substituindo, d U = Ux dx + Uy dy
Ótimo de Pareto
Considerando a derivada total da função de utilidade com respeito ao bem x,
𝑑𝑈 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑈 𝑑𝑦
= 𝑈𝑥 + 𝑈𝑦 , ou seja, = 𝑈𝑥 . 1 + 𝑈𝑦
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑈𝑥
0 = 𝑈𝑥 + 𝑈𝑦 , rearrumando: − =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑈𝑦
Rede A Rede B
Interconexão
Todas as vezes que um usuário da Rede A se comunica com um usuário da Rede B, a Rede A paga um
valor relativo ao acesso à Rede B, no caso brasileiro de redes móveis esse valor é chamado de VU-M
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
Estudo de Caso
O ESTADO E A REGULAÇÃO
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• A atividade “regulatória” sempre esteve entre as
atribuições do Estado, a partir de sua estrutura
tradicional, como ministérios ou órgãos a eles
subordinados;
• Esgotamento do modelo puramente estatal de
fornecimento de bens e serviços públicos:
• Crise fiscal dos Estados;
• Baixos níveis de crescimento econômico;
• Dificuldades em prover políticas públicas de
qualidade;
• Esgotamento da propriedade pública (empresas estatais)
como modo de regulação → Fins da década de 1980 e
princípio da década de 1990.
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
Política tributária
Regulação
Incentivos à Oferta
Incentivos à Demanda Demanda Oferta
Comportamento dos Estrutura do setor
usuários
Ambiente
macroeconômico
Política Educacional
Estado e Regulação: Fundamentos Teóricos
• Objetivos de acompanhamento atingidos impondo
incentivos, restrições e penalidades ao regulado →
superação das assimetrias:
• Coibir a exploração oportunista;
• Mitigar a discrepância entre comportamentos ex-ante e ex-post;
• Minimizar o Risco Moral e a Seleção Adversa.
A Concorrência é desejável
SIM NÃO
Mercado
A Concorrência é
"normal"
Barreiras impostas Monopólios
NÃO
Regime Privado
coletividade;
Prevalência do interesse público; Proporcionalidade de
Possibilidade de condicionantes;
intervenção/encampação. Equilíbrio entre direitos e
deveres.
Evolução da Regulação de Competição
Novo
Introdução Consolidação Transição Modelo
(Des)Equilíbrios Competitivos Atuais
incentivos condutas
Detentores de PMS
Participação de Acesso regulado a
mercado; insumos;
Inexistência
Mercados de tendência
Relevantes de
competição
Insuficiência
4 anos atuação
ex-post
Detentores de
PGMC Poder de
Mercado
Significativo
Dosimetria
Medidas
Assimétricas
BIBLIOGRAFIA
• BOBBIO, N. Dalla strutura alla funzione: nuovi studi di teoria del Diritto. Milão: Edizioni di
Comunità, 1977
• LAFFONT, J.-J. & TIROLE, J. , A Theory of Incentives in Regulation and Procurement. Cambridge: MIT
Press, 1993, cap 1.
• VISCUSI, W. K., J. M. VERNON & J. E. HARRINGTON Jr., Economics of Regulation and Antritrust. 2ª
ed. – Cambridge: MIT Press, 1995.
• COMPARATO, F. K. Juízo de constitucionalidade das políticas públicas. In: Direito
Administrativo e Constitucional: estudos em homenagem a Geraldo Ataliba. São Paulo:
Malheiros, 1997.
• LAFFONT, J.-J. & TIROLE, J., Competition in Telecommunications. Cambridge: MIT Press, 2000, cap 2,
3.
• NEGREIROS, T. Teoria do contrato: novos paradigmas. Rio de Janeiro: Renovar, 2002
• MOTTA, Massimo, Competition Policy: theory and practice. Cambridge University Press, 2004.
• LAFFONT, J., Regulation and Development, Cambridge: Cambridge University Press, 2005, cap 1, 7.
• OECD. Guiding principles for regulatory quality and performance. Council of the OECD, 2005.
• PINHEIRO, A. C., Direito, Economia e Mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005
• RAMALHO, P. (org.), Regulação e Agências Reguladoras. Brasília: Anvisa, Casa Civil da Presidência
da República, 2009.
• SILVA, A. B., Remuneração das Redes de Telefonia Móvel no Brasil, 2011.
OBRIGADO.