19/10/2020 Crítica da animação - “Father and Daughter” de Michael Dudok de Wit | por Hagi Trinh | Prós, poemas e pandemônio

e pandemônio | Médio

Crítica da animação - “Father and Daughter” de

Michael Dudok de Wit
Hagi Trinh Segue
31 de outubro de 2015 · 3 min de leitura

Este é o meu favorito de todos os tempos. Tudo que eu amo para uma história - camadas
de significado, pungência, perdido e pertencente, evocando emoções - está tudo aqui.

O clima excepcional desta animação deve-se ao belo tema “ Ondas do Danúbio” de Iosif
Ivanovici entrelaçado no fluxo melancólico da história. Ele cria uma base de textura
perfeita para que as emoções de saudade, perda e reconexão surjam. Seu ritmo ressoa
perfeitamente com o fluxo da história, as batidas do meu coração e os passos da minha
mente. Isso me envolve no mundo da animação.

“Pai e filha” é um mundo preto e branco cheio de muitos tons de emoções entre eles. A
nudez das cenas direciona o foco total para o movimento da filha e do pai, o que eles
fazem e o que pensam. A separação aconteceu bem no início da história e eu não pensei
que realmente aconteceria. Senti um momento de choque e susto quando o pai foi
embora, assim como a sombra da filha oscilou na margem ao saltar ao testemunhar a
própria partida do pai.

O que se seguiu ilustra a esperança e o desejo da filha pelo retorno do pai. As estações
iam e vinham, mas a filha continuava pedalando até o banco de onde o pai havia saído.
A música ficou mais leve, como que para confortar o vazio cada vez mais pesado, a cada
vez que a filha ia ao cais e não via nada. As rodas de sua bicicleta continuavam girando,
seus amigos continuavam chamando, o pássaro no céu continuava voando, mas seu pai
ainda não estava por onde ser visto. Então a filha teve sua própria família e filhos, e
todos eles foram para lá, para sua esperança ardente. Mesmo quando ficou velha, ela
ainda pedalou até o cais. Cada vez que ela fazia essa rota, havia um reflexo do reverso de
seu tempo indo na direção oposta. Primeiro foi uma senhora idosa andando de bicicleta

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19/10/2020 Crítica da animação - “Father and Daughter” de Michael Dudok de Wit | por Hagi Trinh | Prós, poemas e pandemônio | Médio

lá quando a filha era pequena, então era uma menina andando de bicicleta lá quando a
filha era uma senhora idosa. E eu me perguntei, até quando isso iria acabar?

O tempo seguiu seu curso. Um dia a água saiu e abriu uma oportunidade para a filha
seguir o caminho que seu pai fez pela primeira vez. Ela parou no cais e tentou fazer a
bicicleta ficar parada, mas ela continuava caindo como se prenunciando a verdade
adiante. Então a filha deu seus primeiros passos no espaço desconhecido como um
pássaro voando pela primeira vez no céu ilimitado. Quem sabe o que a espera?

E lá ... a filha viu o barco. Foi o mesmo barco com o qual seu pai partiu. Estava deitado
lá, meio enterrado sob o solo. Meu coração bateu forte ao perceber que o pai não
voltaria mais. A filha se enrolou e deitou no barco como se quisesse sentir a presença de
seu pai mais uma vez.

As “ Ondas do Danúbio” voltaram ao seu curso leve e fresco no início. Naquele momento,
a filha acordou em seu sonho e correu em direção a algo. A cada passo, ela ficava cada
vez mais jovem, até ser uma menina. Lá ela viu seu pai e parou. Ela não poderia
acreditar em seus olhos para vê-lo depois de tanto tempo separados. Ela hesitou,
aproximou-se e hesitou. Então ela pulou no abraço do pai que ela amava e tanto sentia
falta.

Foi um sonho, mas é onde uma roda pode rolar sem parar em direção a uma meta, as
esperanças podem ser nutridas e os perdidos podem ser encontrados.

O fim.

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