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Era uma vez um pecador que acreditava na terra dos justos e dos bons. Nessa
terra, tudo deve ser belo, pensava ele.
Essa era a terra que o pecador queria buscar e encontrar. Era pobre.
Peregrinava aqui e acolá. De repente, deu-se conta de que estava velho e
fatigado. Tão acabado, que não lhe restava outra coisa senão deitar-se e morrer.
Embora tivesse procurado sempre, não havia encontrado a terra dos justos e
dos bons. Ainda assim, cobrou ânimo, sorriu levemente e disse de si para
consigo: “tenho ainda um pouco de forças, as últimas. Vou tentar ainda uma vez.
Vou na direção da cidade. Por lá deve estar a terra dos justos e dos bons. Se
não pisar nela, pelo menos poderei avistá-la como Moisés avistou a Terra
Prometida”. A terra dos justos e dos bons era sua única esperança.
- Senhor, diga-me, por favor,: onde está a terra dos justos e dos bons?
O sábio sequer olhou para ele. Mas tomou em suas mãos livros e mapas e
começou a vasculhá-los e a examiná-los com o dedo nervoso. E concluiu:
- A terra dos justos e dos bons não existe, meu velho. Os mapas são
minuciosos e completos. Nada indica sobre a terra dos justos e dos bons.
O velho perdeu o brilho de seus olhos de criança. Não quer, não pode acreditar.
Retorna com leve esperança:
- Senhor, olhe mais uma vez. A terra dos justos e dos bons deve estar lá. Eu
sei. Deve estar... caso contrário, seus livros e mapas, para quê serviriam?
- Meus livros e mapas nada servem? Não são eles feitos com as técnicas mais
avançadas, à base dos materiais fotográficos dos satélites artificiais? A terra
dos justos e dos bons não consta neles. Logo, não existe.
- Porque seus livros não falam da terra dos justos e dos bons, não significa
que ela não exista. Deve existir um livro que fale da terra dos justos e dos
bons, deve existir alguém que me ajude a encontrá-la