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DESEMPREGO
Desemprego temporário: forma de subemprego comum nas regiões agrícolas, motivado pelo
carácter sazonal do trabalho em certos estores agrícolas.
O mercado de trabalho português caracteriza-se por baixo desemprego e uma taxa e emprego
relativamente elevada. Estas características favoráveis são o resultado de um elevado grau de
flexibilidade salarial, o contínuo reforço das políticas activas de emprego e um recurso
crescente a formas mais flexíveis de emprego (por exemplo, contratos a prazo). De facto, as
medidas activas do mercado de trabalho foram, em larga medida, organizadas para facilitar a
entrada e a reentrada no mercado de trabalho dos grupos da população em risco, como os
jovens e os desempregados de longa duração. Além disso, enquanto a rede de segurança social
tem sido reforçada, os subsídios de desemprego e as provisões para pensões têm sido ajustadas
para contribuir para "fazer com que o trabalho compense", melhorando assim os incentivos
para aceitar empregos declarados. É importante preservar os aspectos que, de facto, deram
flexibilidade ao mercado de trabalho. A legislação de protecção ao emprego é um elemento de
inflexibilidade que permanece, sendo relativamente restritiva e podendo constituir um
obstáculo à contratação "regular". As normas de despedimento individual continuam bastante
dispendiosas. Os incentivos fiscais propostos às entidades patronais para transformar os
contratos a prazo em contratos permanentes para jovens e desempregados de longa duração
não deveriam ser vistos como substitutos para uma flexibilização das normas restritivas de
protecção ao emprego, a qual, associada à estrita aplicação das regras laborais, constituiria o
melhor modo de facilitar o ajustamento ao enquadramento competitivo.
VOCABULÁRIO
Sazonal сезонный
Despedimento увольнение
Uma coisa é mercantilismo, outra coisa é colonialismo, outra distinta é imperialismo. E agora,
estamos nesse outro ciclo, o globalismo. O que não significa que não haja mais imperialismos,
colonialismos e inclusive mercantilismos. É claro que há. Mas hoje os grandes atores do
capitalismo mundial são as grandes corporações transnacionais.
Em geral, elas são assessoradas, direta ou indiretamente, por organizações também
transnacionais, como o Grupo dos Oito (G-8), a Conferência de Davos, o FMI, o Banco
Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC). São organizações multilaterais,
constituídas por Estados nacionais que atuam de acordo com a dinâmica dessas corporações.
Por isso, já não dá mais para falar simplesmente em metrópole e colônia, ou em país dominante
e dependente. As corporações mandam em certos países muito mais que os próprios governos.
E pode ser qualquer governo, mesmo os poderosos, como o Japão, os Estados Unidos ou a
Alemanha.
TEXTO COMLIMENTAR.
A conseqüência do desemprego do Brasil também pode estar ligada ao sistema educacional que
necessita de uma melhora, preparando novas gerações para a versatilidade do mundo moderno,
bem como as políticas contra o desemprego que precisa apresentar soluções adequadas à
realidade de uma economia que não pode ser mais dividida em simplesmente formal e
informal. Outro lado também que tem como conseqüência o despreparo das universidades em
produzir profissionais capacitados para o mercado de trabalho, onde os novos cursos superiores
possuem períodos menores ou mesmo cursos superiores que são feitos em finais de semana em
que apenas oferece um diploma universitário. E se por um lado faltam empregos para a maioria
da população, também faltam profissionais capacitados para preencher as vagas das empresas.
Outro grande fator que pode aumentar e explicar significativamente a taxa de desemprego é o
avanço da tecnologia, onde uma máquina substitui o trabalho de 10, 20 ou 40 pessoas. Isso
ocorre desde a Revolução Industrial de m1750, que provocou insatisfação nos trabalhadores.
Outro exemplo do desemprego é informática onde pessoas também são substituídas por
máquinas, como no bancos, onde você pode sacar dinheiro, pagar uma conta através dos caixas
eletrônicos. Mas em vista temos que levar em conta de que de nada adianta abrir vagas de
trabalhas se não existem pessoas capacitadas para assumirem a vaga. Por nos dias atuais é
importante você não perder nenhuma chance de estudo e procurar ao máximo se qualificar com
cursos, porque para você pode parecer apenas mais um diploma, mas no futuro fará toda a
diferença.
TAREFAS.
1. Prepare-se para falar sobre o tema “O surgimento de novas profissões não pode acabar
com o desemprego?”
UNIDADE 8
IMPOSTOS
Princípios da Tributação
Em 1776, Adam Smith, publicou em sua obra clássica, A Riqueza das Nações,[2] alguns
preceitos da boa tributação: justiça, simplicidade e neutralidade.
Justiça
Um sistema tributário é justo quando todos, do mais pobre ao mais rico, contribuem em
proporção direta à sua capacidade de pagar. Na definição de justiça tributária, está implícito o
princípio da progressividade – quem ganha mais deve contribuir com uma parcela maior do
que ganha, pois uma parte maior da sua renda não está comprometida com o atendimento de
necessidades básicas.
Simplicidade
De acordo com Smith, num sistema tributário simples é relativamente fácil e barato para o
contribuinte calcular e pagar quanto deve. A mesma facilidade tem o governo para fiscalizar se
o contribuinte pagou o que devia.
Neutralidade
Neutralidade quer dizer que o sistema tributário não deve influenciar a evolução natural da
economia. Ou seja, não deve influir na competitividade e nas decisões das empresas e
tampouco no comportamento do consumidor/contribuinte.
Impostos no Brasil
As regras tributárias no Brasil baseiam-se nos artigos 155 e 156 da Constituição Brasileira e
demais emendas, no portal do Senado Federal. que definem quem pode criar impostos, taxas e
contribuição de melhoria, e estão contidas no Código Tributário Nacional - CTN . Em seu
artigo 16, o Código define imposto como "tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte."
Calcula-se que o trabalhador brasileiro precise trabalhar 147 dias por ano para pagar impostos.
Impostos federais
Impostos estaduais
Impostos municipais
ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - incide sobre todos os demais
serviços não alcançados pelo ICMS - de competência dos municípios.
Impostos em Portugal
Segundo o sistema fiscal português, o imposto é uma prestação pecuniária, de carácter
definitivo e coactivo. É devido por quem demonstre capacidade contributiva a favor do Estado
ou de instituições de poder público. Com isto temos os chamados "elementos do imposto"
apresentados acima e que se dividem em: Elemento objectivo ; Elemento subjectivo ;Elemento
teleológico ou finalístico.
São três os impostos abarcados pelo IEC - Imposto Especial sobre o Consumo:
Tributação automóvel
IA - Imposto Automóvel
IUC - Imposto Único de Circulação
VOCABULÁRIO
Tributação налогообложение
Contribuinte налогоплательщик
IRPF НДФЛ
IVA НДС
1. O que é o imposto?
2. Como se classificam os impostos?
3. Quais são os princípios básicos de uma boa tributação?
4. Em que grupos se dividem os impostos em cada país?
5. Qual é a diferença entre os impostos directos e os indirectos?
6. Que impostos há no Brasil e em Portugal?
7. O pagamento de impostos confere ao contribuinte qualquer garantia de contrapartida?
- Eu tenho uma visão histórica. Não se resolvem 500 anos de injustiça em oito anos. A
pergunta que deve ser feita é: "Ficou mais ou menos injusto?". Acho que ficou menos.
Porque nós começamos a universalizar o acesso da população àquilo que é básico:
educação, saúde e terra. O indicador mais vistoso que temos nesse sentido é o acesso à
escola. Pode-se dizer pela primeira vez na história do Brasil que o analfabetismo está
morrendo, é residual. O dado que mais me chama a atenção é que, no começo dos anos 90,
só 75% das crianças negras estavam na escola. Agora, 93% estão. No total, 97% das
crianças estão na escola. A consciência da injustiça social ajuda a combatê-la.
- Eis a questão. Alguma coisa precisa. Por exemplo, terra. Houve grande desvalorização da
terra. Vou lhe dar um novo dado. Como é que o governo faz distribuição de renda? Por um
lado, pagando os salários do funcionalismo público, que são muito mais altos do que a
média. Nesse sentido atua positivamente, embora provocando distorção, porque priviligia
uma camada. Por outro lado, há transferência direta de renda aos menos favorecidos. Hoje,
tudo o que o governo federal arrecada de imposto de renda, de pessoa física e de jurídica, é
redistribuído sob a forma de dinheiro para os mais pobres. O governo tira de uns e dá para
outros. Uma coisa é a renda, outra a propriedade. A propriedade só adianta tirar se é
improdutiva. Se não é, tirar para quê?
Eu acho que sim. Agora, vai perguntar à classe média.... Sempre aparece o raciocínio de que só
o salário é taxado, a riqueza não. Não é verdade. O sistema financeiro não foi tão taxado quanto
é hoje. A acumulação é enorme e por isso, por mais que se taxe, os lucros são muito elevados.
Mas a taxação foi cada vez maior. Hoje existe uma noção geral de que os impostos devem ser
reduzidos. Eu tenho minhas dúvidas. Quando se diz que a carga tributária chegou a 32% do
PIB, a 33%, o tom é de escândalo. É curioso. Em países como o México e a Argentina, o
contrário é que provoca escândalo. "É impossível ter uma taxa impositiva tão baixa", dizem.
Por que foi possível, mudando um pouco de tema, fazer superávit primário e ao mesmo tempo
não interromper programas sociais nem ter uma recessão? Porque nós taxamos. Por que foi
possível não mexer na Previdência? Porque aumentou a taxação. Caso se queira diminuir a
taxação, é preciso mexer na Previdência. Não mexer na Previdência, continuar demandando
educação, saúde, reforma agrária, pagamento de funcionário, e não aumentar a taxação, é
impossível. É preciso fazer justiça social, mas existe forte resistência aos mecanismos dela. É a
classe média que reclama. Os mais ricos nem reclamam tanto, porque têm muito.
- Nunca houve momento tão favorável para isso na história recente do país. Nas últimas
décadas, o grande álibi por trás do controle asfixiante dos cidadãos pelo estado foi a
necessidade de elevar a arrecadação tributária e atacar a crise fiscal. Hoje, ao contrário, as
contas públicas estão equilibradas. É a melhor hora para fazer uma mudança em favor do
contribuinte. O governo ainda não percebeu que, se permitir a livre criação de riquezas, ganhará
mais dinheiro, porque a base de contribuição dos tributos também crescerá.
- Infelizmente, como a arrecadação sobe a cada ano, tem-se a impressão de que não chegamos
a um limite. O que ocorre é que só permanecem na legalidade os poucos que ainda conseguem
vencer as barreiras absurdas. Mas são poucos, se comparados ao resto da sociedade. Uma
pesquisa feita em cinco municípios do Rio de Janeiro mostrou que 70% das empresas são
informais. A carga tributária é tão alta que o contribuinte é expelido do sistema. Sem falar na
própria burocracia, toda essa dificuldade para recolher os tributos devidos. Oito em cada dez
empresas do país têm alguma pendência tributária. Se um pequeno empresário entrar em
falência, o Fisco cobrará todos os impostos. Dificilmente esse microempresário conseguirá se
reerguer.
TEXTO COMLIMENTAR.
Na verdade, tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo só há uma certeza: morte.
Quanto a pagar impostos há anos e anos que escutamos, pela boca de distintos 'líticos e
economistas, que existe uma enorme fuga a esta responsabilidade social. E em mais paga
e menos hipóteses tem de fugir ao fisco são os trabalhadores por conta de trem, aqueles
em que no salário mensal é desde logo abatida a percentagem que é canalizada para os
cofres do Estado. Empresas e profissões liberais são, por seu turno, suspeitas de
constituírem o grupo que mais foge aos impostos - mas convém dizer que não pode
generalizar a acusação a todos os que se incluem neste universo.
Parte do problema reside, também, nas deduções e benefícios fiscais a que os
contribuintes têm direito. E aqui que se encontra outra injustiça do sistema. Todos os que
põem de dinheiro para pagar a advogados e contabilistas conseguem legalmente reduzir
forma notória o que pagam ao fisco. Os outros frequentemente pagam mais do que
deveriam se utilizassem na plenitude os benefícios que a lei lhes concede. E quando, que
a lei o permite, se generaliza a utilização desses benefícios ou o Governo os reduz
drasticamente logo no orçamento seguinte ou alguns dos seus membros, como aconteceu
alguns anos, vêm dizer publicamente que os portugueses estão a utilizar bem de mais
aquilo que a lei os autoriza a fazer! Finalmente, com as constantes alterações das suas
normas, o sistema fiscal português tem vindo a tornar-se um emaranhado legislativo
complexo e de difícil aplicação por parte da generalidade dos cidadãos, provocando
situações de incumprimento fiscal involuntário.
Tarefas.
UNIDADE 9
AS MULTINACIONAIS E AS TRANSNACIONAIS
As empresas multinacionais, tão presentes no nosso dia-a dia, são manifestação da fase atual do
capitalismo- o Capitalismo Financeiro ou monopolista. Nessa fase do capitalismo as
características marcantes são: a presença do Estado na economia e as Multinacionais.
Essas empresas que se constituem em grandes conglomeradas industriais e financeiros, surgem
da evolução das indústrias de grande porte na fase industrial do capitalismo.
São portanto, as multinacionais uma manifestação do aprimoramento que o centro faz na
periferia do capitalismo, na qual ultrapassou-se a simples compra de matéria-prima pelo centro
e de industrializados pela periferia. As relações são mais complexas e, apesar de evoluírem,
ainda continuam desiguais.
AS MULTINACIONAIS E AS TRANSNACIONAIS
Denomina-se Transnacionais as empresas sediadas num país e que operam sua produção ou
parte dela em outro; enquanto que as Multinacionais, como o próprio termo apresenta significa
as empresas, cujas várias fases de produção se complementam entre unidades produtivas de
variadas nacionalidade. Na realidade os dois termos, pelo uso comum acabavam fundindo-se, e
acabaram por serem usados para denominar, de forma genérica as grandes empresas que,
sediadas geralmente no capitalismo central, nos países desenvolvidos, operam ou controlam a
produção no capitalismo periférico, no mundo subdesenvolvido.
A ação dessas empresas no mundo subdesenvolvido dá-lhes um peso bastante grande no
contexto econômico das países mais atrasados do capitalismo, pois matem agregados à sua
produção segmentos da economia e os esforços de uma região a qual acaba dependente.
As multinacionais passaram a se disseminar de maneira mais agressiva pelo mundo
subdesenvolvido após a Segunda Guerra Mundial.
Tinham como atrativos, na periferia do capitalismo a mão-de-obra abundante e barata, a
energia e a matéria-prima a custos reduzidos e baixos impostos.
Todos esses fatores possibilitaram a maximização do lucro dessas empresas, cuja produção
geralmente à exportação para os países-sede.
As multinacionais têm, evidentemente, um interesse pelo mercado consumidor, impondo um
novo padrão de consumo.
Mais recentemente, o Terceiro Mundo passou a oferecer um atrativo a mais para a ação das
multinacionais. Com a questão ambiental evoluindo e colocando em xeque, as nações
periféricas, por apresentarem regulamentos às agressões ao meio ambiente menos restritos,
constituem áreas potencialmente mais vantajosas que o Primeiro Mundo, onde as leis
ambientais são severas. É claro que as multinacionais não procuram no Terceiro Mundo
recursos a serem degradados, mas a negligência ambiental desses países, sem duvida, seduze o
capital estrangeiro. No Brasil, a entrada de empresas multinacionais começou a
ganhar importância durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Neste governo
instalaram fábricas no Brasil as seguintes empresas: Ford, Volkswagen, Willys, GM, entre
outras. Podemos citar como exemplos de multinacionais que atuam no
Brasil atualmente e seus países de origem: IBM (Estados Unidos), Volkswagen (Alemanha),
Fiat (Itália), General Motors (Estados Unidos), Toyota (Japão), Nokia (Finlândia), Nestlé
(Suíça), Sony (Japão), Siemens (Alemanha), Dell (Estados Unidos), Peugeot (França), entre
outras. Existem também empresas multinacionais de origem
brasileiras, atuando em outros países. Podemos citar como exemplos a Petrobras, Vale do Rio
Doce, Sadia, Perdigão, Weg, Alpargatas, Gerdau, entre outras.
Concluindo, a transferência de bens de produção e capitais, cada vez maiores para o mundo
subdesenvolvido, além de manter ou ampliar o capital das multinacionais, integra cada vez
mais a economia internacional e, sobretudo acentua as desigualdades entre o centro e a
periferia, perpetuando a dependência e a subordinação dos pobres aos ricos.
VOCABULÁRIO
Manifestação проявление
Conglomerato объединение
Apropriamento присвоение
Operar действовать
Disseminar распространяться
Negligência небрежность
Acentuar усиливать
Subordinação подчинение
Atractivo привлекательный
Perpetuar увековечивать
6.Por que as Multinacionais acabam por acentuar as diferenças entre países ricos e
pobres.
TEXTO COMLIMENTAR
Nos últimos anos, as empresas oriundas de economias emergentes, especialmente as dos BRICs
(Brasil, Rússia, Índia e China) desafiaram a hegemonia dos líderes mundiais da América do
Norte, Europa e Japão e hoje protagonizam a chamada terceira onda de internacionalização. As
duas primeiras ondas foram consequência da expansão de empresas da América do Norte e da
Europa, principalmente nos anos 50 e 60, e do Japão, nos anos 80.
As multinacionais brasileiras, que contam com vantagens comparativas desenvolvidas por meio
de um modelo próprio de gestão, não ficaram para trás nesse processo expansionista e já se
destacam no ranking das maiores empresas do planeta. O Boston Consulting Group (2009), por
exemplo, coloca 14 empresas brasileiras entre os 100 novos concorrentes mundiais.
Atualmente, a Companhia Vale do Rio Doce (do setor de mineração), a Petrobras (petróleo) e
Embraer (setor aeronáutico) são empresas consolidadas e conhecidas além de suas fronteiras. A
busca dessas empresas e de outras pelos mercados externos foi consequência de uma mudança
no processo de internacionalização na década de 90, com um considerável aumento de
investimentos diretos no exterior (IDE). Isso também ocorreu em outros países latino-
americanos; contudo, no caso do Brasil, se nessa década a média anual de investimentos foi de
US$ 1,048 bilhão, em 2006 os investimentos saltaram para US$ 8,202 bilhões. Por trás desses
números se esconde um processo próprio e distinto de internacionalização das empresas, “cujo
modelo de gestão se fundamenta numa combinação original de competência organizacional e
de estilo de gestão”, observa uma pesquisa recente intitulada “O caminho se faz caminhando: a
trajetória das multinacionais brasileiras”, publicada pelo Universe -Business Review.
Atualmente, as multinacionais brasileiras têm presença num amplo espectro de atividades que
já não se limitam à exploração de recursos naturais, uma característica das empresas de países
emergentes. Além das empresas desse setor, destacam-se as provedoras de insumos básicos,
como a petroquímica Braskem, as fornecedoras de materiais de construção, Tigre e Duratex, e
as que se dedicam aos serviços técnicos de engenharia, como a Odebrecht.
Conforme acontece com a maior parte das empresas multilatinas, as empresas brasileiras
demoraram a se internacionalizar. Tiveram de esperar, em muitos casos, décadas desde sua
criação. “Houve pequenos movimentos nos anos 80, mas o processo não se intensificou até
finais dos anos 90.” No início, as multinacionais brasileiras tinham como alvo a América
Latina, o caminho natural no que diz respeito à distância geográfica e a diferenças culturais e
institucionais.
A expansão de algumas dessas empresas foi motivada também pela recente formação das
denominadas Redes de produção global. Estas, observam os autores, “ao exigir presença
internacional, induzem às empresas ao esforço de internacionalização. Exemplos típicos disso
são a Sabó, Embraco (fabricante de compressores de refrigeração) e as empresas de tecnologia
da informação”.
TAREFAS.
UNIDADE 10
União Europeia
A União Europeia (UE), anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE)
e Comunidade Europeia (CE), é uma união supranacional económica e política de 27 Estados-
membros, estabelecida após a assinatura do Tratado de Maastricht, a 7 de Fevereiro de 1992,
pelos doze primeiros países da antiga CEE, uma das três Comunidades Europeias.
A União Europeia é uma formação de um novo tipo de união entre Estados pertencentes à
Europa. Enquanto instituição, passou a dispor de personalidade jurídica após o início da
vigência do Tratado de Lisboa. Possui competências próprias, tais como a Política Agrícola
Comum, as pescas, entre outros. Estas competências são partilhadas com todos os Estados-
membros da União Europeia. Trata-se de uma organização que combina o nível supranacional e
o nível institucional num campo geográfico restrito com o papel político próprio sobre os seus
Estados-membros.
O Tratado de Paris, assinado em 1951, estabeleceu a Comunidade Europeia do Carvão e do
Aço, e os Tratados de Roma, assinados em 1957, instituindo a Comunidade Económica
Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica ou EURATOM, foram assinados por
seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.
Depois disto, a UE levou a cabo seis alargamentos sucessivos: em 1973, Dinamarca, Irlanda e
Reino Unido; em 1981, Grécia; em 1986, Portugal e Espanha; em 1995, Áustria, Finlândia e
Suécia; a 1 de maio de 2004, República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia,
Hungria, Letónia, Lituânia, Malta e Polónia; a 1 de Janeiro de 2007, Bulgária e Roménia.
Em 1972 e 1994, a Noruega assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto,
nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país.
À população helvética foi também proposta a adesão do país à União, mas foi rejeitada através
de referendo popular em 2001.
A Croácia, a Turquia, a República da Macedónia e a Islândia são os Estados candidatos à
adesão à UE. As negociações com os três primeiros países iniciaram-se oficialmente em
Outubro de 2005 mas ainda não há uma data de adesão definida - o processo pode estender-se
por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da
França e da Áustria. Quanto à Islândia, formalizou em Julho de 2009 a sua candidatura, e caso
as negociações sejam bem sucedidas realizar-se-á um referendo para que a adesão se possa
efectivar. A primeira-ministra Jóhanna Sigurðardóttir é uma das principais vozes favoráveis à
integração na UE, que se seguirá à pior crise orçamental da história do país.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, caminhou-se para a integração europeia, que era
vista por muitos como uma fuga das formas extremas de nacionalismo, que tinha devastado o
continente. Tal tentativa para unir os europeus foi a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA) que, embora tendo o objectivo modesto do controlo centralizado das indústrias do
carvão e do aço dos seus Estados-membros, foi declarada como sendo "uma primeira etapa para
federação da Europa". Os autores e os apoiantes da Comunidade incluíam Jean Monnet, Robert
Schuman, Paul-Henri Spaak e Alcide de Gasperi. Os membros fundadores da Comunidade
foram a Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Alemanha Ocidental.
Em 1957, estes seis países assinaram o Tratado de Roma, que prorrogou o período de
cooperação no âmbito da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e criou a Comunidade
Económica Europeia (CEE), que institui a união aduaneira e a EURATOM, para a cooperação
no desenvolvimento de energia nuclear. Em 1967, o Tratado de fusão criou um único conjunto
de instituições das três comunidades, que foram referidos colectivamente como Comunidades
Europeias (CE), embora geralmente apenas como Comunidade Europeia.
Em 1973, a Comunidade Europeia é alargada de forma a incluir a Dinamarca, a Irlanda e o
Reino Unido. A Noruega tinha negociado também a sua entrada ao mesmo tempo que esses
países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão em referendo e assim permaneceu fora
da Comunidade. Em 1979, realizaram-se as primeiras eleições democráticas para o Parlamento
Europeu.
Em 1990, após a queda do Cortina de Ferro, a antiga Alemanha Oriental tornou-se parte da
Comunidade, como parte da recém-unida Alemanha. Com o alargamento para a Europa Central
e Oriental na ordem do dia, os critérios de Copenhaga para os Estados candidatos à adesão à
União Europeia foram acordados.
A União Europeia foi formalmente criada quando o Tratado de Maastricht entrou em vigor a 1
de Novembro de 1993, e, em 1995, a Áustria, Suécia e Finlândia juntaram-se à recém-criada
União Europeia. Em 2002, o euro tornou-se na moeda nacional em doze dos Estados-membros.
Desde então, o euro passou a englobar dezasseis países, com a Eslováquia a aderir à Zona Euro
a 1 de Janeiro de 2009. Em 2004, a UE viu o seu maior alargamento, até à data, quando Malta,
Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria
aderiram à União Europeia.
VOCABULÁRIO
Supranacional наднациональный
Combinar сочетать
Aderir присоединяться
Adesão присоединение
Alargar расширяться
Alargamento расширение
Rejeitar отклонить
Aprovar одобрить
Antigo бывший
Adoptar принять
Ratificação ратификация
A União Europeia é uma parceria económica e política entre 27 países de todas as partes do
continente. Os principais objectivos são promover o livre comércio e a livre circulação de
pessoas entre os seus países-membros, além de assegurar a manutenção da segurança e da
democracia. Em suas origens, a UE tinha como uma de suas missões colocar um ponto final às
frequentes guerras entre os países da Europa.
Para aderir à União Europeia, um país deve cumprir três critérios formulados pelo Conselho de
Copenhаga em 1993. São eles:
• critério político: existência de instituições estáveis que garantam a democracia, • estado de
direito, os direitos do homem, o respeito pelas minorias e a sua protecção;
• o critério económico: ter uma economia de mercado que funcione efectivamente e capacidade
de fazer face às forças de mercado e à concorrência da UE;
• o critério do acervo comunitário: capacidade para assumir as obrigações decorrentes da
adesão, incluindo a adesão aos objectivos de união política, económica e monetária.
TEXTO COMLIMENTAR.
TAREFAS.
1. Faça o resumo do texto para o Português.
UNIDADE 11
A União Económica e Monetária (UEM) é um acordo entre nações europeias que partilham
uma moeda única, o euro, e uma única política económica que impõe condições de
responsabilidade fiscal. Os 27 Estados Membros têm presentemente diferentes graus de
integração na UEM. Treze adoptaram o euro: Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia,
Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. Três
outros – Reino Unido, Dinamarca e Suécia – não têm planos de adopção imediatos. Onze
outros Estados Membros - Chipre, Malta, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia, República Checa,
Eslováquia, Hungria, Roménia e Bulgária - encontram-se em diversos estádios de adopção do
euro, esperando-se que entrem na Zona Euro ao longo dos próximos dez anos.
Após a Segunda Guerra Mundial a maioria das divisas do mundo industrializado encontravam-
se fortemente ligadas ao dólar, nos termos do chamado “padrão ouro” do Sistema Bretton
Woods. A supremacia “de facto” do dólar e as desvalorizações forçadas de várias divisas
europeias levaram os políticos da Europa a procurar reduzir este desequilíbrio com maior
integração entre as nações europeias.
Os planos para uma moeda única europeia começaram em 1969 com o Relatório Barre,
divulgado pela Comunidade Económica Europeia (CEE), então com seis membros. Seguiu-se,
nesse mesmo ano, um encontro de Chefes de Estado e de Governo em Haia para discutir a
criação de uma união económica e monetária. O processo foi atrasado pela derrocada do
Sistema Bretton Woods, em 1971, na sequência da decisão unilateral do Presidente Nixon de
acabar com a convertibilidade do dólar em ouro e da crise do petróleo de 1972. Entretanto, a
CEE aumentou para nove Estados, e muitos deles hesitavam em abandonar as suas moedas
nacionais.
Presentemente os países europeus do euro podem ser enquadrados em três fases económicas
distintas, as quais correspondem às fases históricas do desenvolvimento da UEM
Em 1979 foi estabelecido o Sistema Monetário Europeu (SME), para ligar as moedas e evitar
grandes flutuações entre os seus respectivos valores. Foi criado o Mecanismo Europeu das
Taxas de Câmbio (MET), nos termos do qual as taxas de câmbio da moeda de cada Estado
Membro obedeciam a ligeiras flutuações (+/-2,25%) para cada lado do valor de referência. Este
valor, fixado por acordo em relação a um cesto com todas as moedas participantes, foi chamado
Unidade de Moeda Europeia (ECU) e ponderado segundo a dimensão da economia de cada
Estado Membro.
No final dos anos 1980, o mercado de cada um dos Estados Membros cresceu e acercou-se dos
vizinhos, configurando o que se poderia chamar Mercado Único Europeu. Mas o comércio
internacional neste Mercado Único poderia ser prejudicado pelo risco das taxas de câmbio –
não obstante a relativa estabilidade introduzida pelo MET – e pelos inerentes e crescentes
custos de transacção. A criação de uma moeda única para o mercado único parecia a solução
lógica, pelo que a ideia regressou em força. Os critérios de adesão à União Europeia e de
adopção do euro foram fixados em três documentos. O primeiro é o Tratado de Maastricht de
1992, que entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993. Mais tarde mas ainda nesse ano o
Conselho Europeu de Copenhaga criou o segundo documento, os “critérios de Copenhaga”, que
clarificaram os objectivos gerais do Tratado de Maastricht. O terceiro é o contrato-quadro
negociado com cada país candidato antes da entrada na UE. Ao longo dos anos os critérios têm
sido aperfeiçoados por legislação comunitária e deliberações da justiça europeia.
Na segunda fase da UEM, foi criado o Instituto Monetário Europeu (IME) como precursor do
Banco Central Europeu (BCE). Em Junho de 1997, o Conselho Europeu de Amesterdão
aprovou o Pacto de Estabilidade e Crescimento e criou o MET II, sucessor do Sistema
Monetário Europeu e do MET após o lançamento do euro. No ano seguinte, no Conselho
Europeu de Bruxelas, foram seleccionados onze países para adoptarem o euro em 1999 e
nasceu o BCE, com a missão de dirigir a política monetária da União Europeia e fiscalizar as
actividades do Sistema Europeu de Bancos Centrais – bancos nacionais que implementam as
decisões do BCE, imprimem notas e cunham moedas e apoiam os primeiros países do euro a
cumprirem os critérios de convergência.
Em 1 de Janeiro de 1999, o euro foi adoptado na forma não-material, com as taxas de câmbio
das moedas de 11 dos então15 Estados Membros fixadas no seu valor do último dia de 1998. O
Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (MET) deu lugar ao MET-II, funcionando como o
anterior mas agora no contexto de um euro realmente existente. O BCE principiou a estabelecer
uma política monetária correspondente a uma moeda única, com o apoio dos Bancos Centrais
dos Estados Membros, e começou o período de transição de três anos fixado em Madrid, que
durou até 1 de Janeiro de 2002. Em meados de 2000, a Comissão anunciou que a Grécia podia
entrar formalmente na terceira fase da moeda única em 1 de Janeiro de 2001.
O euro era a moeda virtual dos 12 países da chamada ‘Zona Euro’ – Alemanha, Áustria,
Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal.
Era usado na contabilidade e as empresas podiam fazer as chamadas transacções seguras em
euros, uma vez que as taxas de câmbio entre as suas divisas era fixa. Para habituar a população
à nova moeda, valores-euros surgiam nas contas bancárias acompanhando os valores nas
moedas nacionais.
Para adoptar a nova moeda em 1 de Janeiro de 2002, cada Estado teve que cumprir os
“Critérios de Convergência” estabelecidos pelo Tratado de Maastricht. Os critérios envolvem
quatro requisitos.
As divisas têm que se manter nos limites fixados pelo MET pelo menos durante dois
anos
As taxas de juro a longo termo não podem superar mais de dois pontos percentuais
relativamente às dos três Estados Membros com melhor desempenho
A inflação deve ser inferior a um valor de referência (num período até 3 anos os preços
não podem ser superiores a 1,5% dos do Estado melhor posicionado)
A dívida pública deve ser inferior a 60% do PIB (ou caminhar neste sentido) e o défice
orçamental inferior a 3%.
VOСAULÁRIO
Derrocada крах
Unilateral односторонний
Hesitar сомневаться
Cesto корзина
Principiar начинать
1. O que é a UME?
Encontrar-se fortemente ligados ao dólar, partilhar uma moeda única e uma política
económica, adoptar o euro, desvalorizações forçadas, derrocada do Sistema Bretton
Woods, acabar com a convertibilidade de dólar, evitar grandes flutuações, os critérios
de adesão, país candidato, lançamento do euro, período de transição, moeda virtual,
usar na contabilidade, critérios de Convergência, envolver quatro requisitos.
- Что принесло введение евро для жителей Европы и для ее экономики в целом?
- Para os cidadãos europeus, viajar na Zona Euro é mais fácil, por não serem necessárias
arrepiadoras mudanças de moeda. Do mesmo modo, é mais fácil a comparação de preços de
produtos e serviços, o que contribui para um melhor funcionamento do mercado interno e
contribui para uma concorrência saudável em benefício dos consumidores. A estabilidade
económica e de preços trazida pelo euro é globalmente favorável ao clima económico, das
famílias às empresas. Estimativas actuais apontam para uma subida de 5 a 15% no comércio
intra-euro desde a introdução da moeda única.
- A sua introdução foi globalmente vista como uma história de sucesso. O forte e estável euro
tornou-se uma das duas divisas internacionais que lideram a economia global. Os membros da
Zona Euro beneficiam da sua participação num grande bloco monetário. Por exemplo, é muito
mais difícil os especuladores fazerem lucros rápidos cambiando divisas, retirando assim muita
da pressão que afecta o valor da moeda. Os especuladores provocaram o caos no MET no início
dos anos 1990 e conduziram primeiro à queda da libra e depois da lira, mas até à data não
causaram grandes prejuízos ao euro. Como consequência, a Zona Euro está mais capacitada do
que os Estados Membros por si só para absorver subidas de preços. Por outro lado, a influência
do euro alarga-se. O comércio fora da Zona Euro equivale a pouco mais de um terço do PIB da
Zona Euro, e as taxas de câmbio influenciam-no. Um euro forte prejudica os exportadores e
desencoraja o investimento externo na Zona Euro, mas ajuda os importadores e os
investimentos da Zona Euro noutros locais do mundo.
- Все ли так хорошо в зоне евро? Все ли страны горят желанием присоединиться к
единой европейской валюте?
-Alguns novos Estados Membros, depois de terem cumprido os critérios de convergência, estão
a considerar a realização de referendos sobre a adesão à Zona Euro. Após 1999, Dinamarca e
Suécia referendaram a adesão ao euro e em ambos os momentos os resultados foram negativos.
A revista Stern informou, em Junho de 2005, que 56% dos alemães respondentes a um
inquérito manifestaram-se a favor do regresso do marco. Alguns políticos italianos, o mais
famoso dos quais Silvio Berlusconi, defenderam a saída da Itália do euro. A separatista “Liga
do Norte” italiana propôs um referendo sobre o regresso à lira e muitos partidos de extrema-
direita, através da Europa, defenderam o regresso das moedas nacionais, embora para estes a
questão central seja mais o nacionalismo do que a UEM e o êxito do euro.
Por seu turno, a Comissão Europeia rejeitou a possibilidade de qualquer país da Zona Euro
abandonar a nova moeda. O euro está para ficar, porque os benefícios ultrapassam de longe os
problemas, seja a nível nacional ou europeu.
TEXTO COMLIMENTAR
Quanto o euro foi lançado, em 1999, o Banco Central Europeu (BCE) assumiu total
responsabilidade pela política monetária da zona euro. Isso inclui a fixação das taxas de juro de
referência e a gestão das reservas de divisas estrangeiras da zona euro.
O BCE é dirigido por um presidente nomeado pelo Conselho após consultas ao Parlamento
Europeu. Se o Parlamento rejeitar o candidato, o Conselho ainda o pode nomear a título
individual.
As orientações políticas gerais do BCE – dentro dos limites fixados pelo Tratado de Maastricht
– são tomadas pelo conselho de administração, incluindo a análise mensal de taxas de juro
fundamentais. O conselho reúne-se quinzenalmente e é constituído por um conselho executivo
de seis membros e pelos governadores dos bancos centrais dos Estados da Zona Euro. A
maioria das reuniões decorrem na sede do BCE, em Frankfurt. De tempos a tempos, o
Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários também participa nas reuniões.
Uma grande questão, ao longo dos anos, tem sido o problema da transparência. Membros da
Comissão dos Assuntos Económicos e Financeiros têm lamentado o facto de o BCE tomar as
suas decisões à porta fechada. Esta acusação é geralmente refutada, pelo Presidente do BCE,
com o facto de o presidente do Eurogrupo assistir habitualmente às reuniões e de o próprio
presidente do BCE tomar parte em reuniões do Eurogrupo.
Diversos políticos têm defendido maior influência na fixação das taxas de juro (pelo menos,
esta é a perspectiva do BCE). O Presidente do BCE já tornou claro no passado que se o Banco
for “politizado” a instituição poderá deixar de manter eficazmente a estabilidade dos preços. O
falecido Wim Duisenberg, primeiro presidente do BCE, costumava responder a estas
acusações: “Ouvimo-los (os políticos), mas não os escutamos”.
UNIDADE 12
Nunca se falou tanto em preservação ambiental como nos dias de hoje. A preocupação com o
meio ambiente tomou conta dos meios de comunicação, das escolas e até mesmo das indústrias.
Mas, apesar de todo o embate, a natureza ainda está sofrendo grandes desgastes por causa da
ação do homem, e os efeitos desse desgaste já podem ser sentidos no nosso dia a dia.
Inundações, secas, catástrofes naturais, falta de alimento e de combustível são apenas algumas
das conseqüências que já começam a ser sentidas – e a previsão de cientistas e pesquisadores é
que este cenário piore.
Para inverter este quadro, é preciso uma ação coletiva intensa e imediata. E, para que isso
ocorra, é preciso compreender quais são os maiores problemas ambientais da atualidade e como
eles afetam nosso cotidiano.
São vários os problemas apontados por organizações ambientais como World Wide Fund
(WWF) e Greenpeace, e mesmo por órgãos governamentais, como a Organização das Nações
Unidas (ONU). Porém, alguns são apontados como mais urgentes ou mais alarmantes. Na lista
dos principais problemas ambientais da atualidade estão questões como aquecimento global,
desmatamento e extinção de espécies, diminuição dos recursos hídricos, consumo e lixo.
Esse fenômeno acontece por causa de uma elevação nos níveis de dióxido de carbono na
atmosfera, que aumentam por causa da queima de combustível fóssil, além do crescimento
progressivo na emissão de gases e outros produtos químicos produzidos pelo homem durante os
últimos cem anos. Isso alterou as características da atmosfera, fazendo com que o calor ficasse
concentrado como numa estufa – de onde vem o nome “efeito estufa”.
O aquecimento global pode trazer conseqüências graves para todo o planeta – incluindo
plantas, animais e seres humanos. A retenção de calor na superfície terrestre pode influenciar
fortemente o regime de chuvas e secas em várias partes do planeta, afetando plantações e
florestas.
Algumas florestas podem sofrer processo de desertificação, enquanto plantações podem ser
destruídas por alagamentos. O resultado disso é o movimento migratório de animais e seres
humanos, escassez de comida, aumento do risco de extinção de várias espécies animais e
vegetais, e aumento do número de mortes por desnutrição.
Outro grande risco do aquecimento global é o derretimento das placas de gelo da Antártica.
Esse derretimento já vem acontecendo há milhares de anos, por um lento processo natural. Mas
a ação do homem e o efeito estufa aceleraram o processo e o tornaram imprevisível.
A calota de gelo ocidental da Antártida está derretendo a uma velocidade de 250 quilômetros
cúbicos por ano, elevando o nível dos oceanos em 0,2 milímetros a cada 12 meses. O degelo
desta calota pode fazer os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas pelo
mundo e ilhas inteiras. Os resultados também são escassez de comida, disseminação de doenças
e mortes.
Apesar de preocupante, o aquecimento global não é irreversível. Há muitas ações que podem
ser colocadas em prática pelos governos e pela população em geral para amenizar seus efeitos e
até mesmo fazer regredir seu desenvolvimento. Uma das principais ações recomendadas pelos
cientistas e pesquisadores é a redução da emissão de gases de efeitos estufa.
Para tanto, recomenda-se diminuir o uso de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene) e
aumentar o uso de biocombustíveis (biodíesel) e etanol, e outras fontes de energia não-
poluentes (como solar, eólica, etc.).
O acúmulo do lixo em lixões e aterros (regulares ou não) e seu contato com as condições
climáticas – sol e chuva – acaba produzindo o chorume, um líquido escuro e altamente tóxico
que polui a água do lençol freático, e o metano (CH4), um gás ainda mais prejudicial à
atmosfera que o próprio dióxido de carbono (CO2), considerado o grande vilão do efeito estufa.
Além disso, representa um grande risco para a saúde humana, já que propicia a manifestação de
várias doenças como cólera, cisticercose, disenteria e giardíase.
A situação ainda piora, pois o lixo acumulado é o ambiente adequado para a proliferação de
insetos e roedores, como baratas, mosquitos e ratos, que são vetores comuns de doenças como
febre amarela, dengue e leptospirose.
A reciclagem é uma solução comum e viável para resolver o problema do lixo. A maioria dos
materiais despejados em lixões pode ser reaproveitada. A técnica, além de diminuir a
quantidade de lixo nas cidades, também tem vantagens sociais e econômicas, como geração de
emprego e criação de indústrias de reciclagem.
O lixo também pode ser reaproveitado para se converter em energia. E a energia, hoje tão cara
e sob a ameaça de escassear num futuro bem próximo, poderia ter uma fonte de abastecimento
inesgotável – e ecologicamente correta.
A energia via lixo pode iluminar casas, ativar indústrias e mover carros. Isso também se
refletiria positivamente na economia, não apenas com o corte de gastos que esta fonte de
energia traria, mas com os recursos que captaria.
Desgaste истощение
Desmatamento обезлесивание
Alargamento вырубка
Extinção исчезновение
Desnutrição недоедание
Disseminação распространение
Irreversível необратимый
Reciclagem переработка
Roedor грызун
Inesgotável неисчерпаемый
Predatório хищнический
1. Por que os problemas ambientais adquiriram uma importância especial nos dias
de hoje ?
Na teoria, a reciclagem deveria ser o contínuo recuso de materiais para o mesmo propósito,
mas na prática a reciclagem estende o tempo de vida de um material. Por exemplo, no papel
reciclado, as fibras diminuem, tornando-o inutilizável para certos tipos de uso. Uma garrafa
PET pode ser transformada em fios que mais tarde serão utilizados na confecção de roupas. Ou
seja a reciclagem tanto prolonga a vida de materiais para o uso em um mesmo contexto, quanto
proporciona novos tipos de utilização de um mesmo material. A grosso modo, grande parte do
lixo que é gerado, no campo ou nas cidades, pode ser reciclado e voltar novamente para a
cadeia de consumo e uso.
A exploração comercial dos recursos materiais está levando a natureza a um colapso. Florestas
inteiras são derrubadas para a comercialização de madeira ou queimadas para que se dê lugar a
pastos para gado, ou mesmo pela simples expansão das cidades . Que poderia dizer sobre o
impacto de desmatamento no ecossistema?
Há décadas consumir deixou de ser um simples ato de subsistência para ser identificado com
uma forma de lazer, de libertação e até mesmo de cidadania. Homens e mulheres são
levados a consumir, mesmo sem necessidade, apenas pelo simples ato de comprar. Porém, o
consumo desenfreado também é uma grande ameaça ao meio ambiente.
A finitude dos recursos naturais é evidente, e é agravada pelo modo de produção regente,
que destrói e polui o meio ambiente. O primeiro e mais importante limite dessa cultura do
consumo, que estamos testemunhando hoje, são os próprios limites ambientais.
O planeta não suportaria se cada habitante tivesse um automóvel, por exemplo. Nos níveis e
padrões atuais, o consumo precisa ser modificado em direção a formas mais sustentáveis,
tanto do ponto de vista social quanto ambiental.
Dados recentes fornecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) mostraram que o mundo está consumindo 40% além da capacidade de reposição da
biosfera (energia, alimentos, recursos naturais) e o déficit é aumentado 2,5% ao ano.
Relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 85% de produção e do
consumo no mundo estão localizados nos países industrializados que tem apenas 19% da
população. Os EUA têm 5% da população mundial e consomem 40% dos recursos
disponíveis. Se os seis bilhões de pessoas usufruíssem o mesmo padrão de vida dos 270
milhões de americanos, seriam necessários seis planetas.
Conseqüências
Por sua vez, essa prática gera mais poluição industrial e mais lixo. Quem primeiro sobre
com isso é o meio ambiente. Os resultados dessa prática são logos sentidos pelos homens
também. Basta pensar na crise de energia que o mundo vem passando, no aumento do preço
de certos materiais que já começam a escassear, na saturação de lixões e aterros sanitários,
na poluição e seus efeitos sobre a saúde humana.
Mas não é só. O consumismo também agrava a pobreza, aumentando a distância entre ricos
e pobres. Países ricos e altamente industrializados geralmente exploram os recursos naturais
dos países mais pobres, que, no entanto, não enriquecem com isso (ao contrário, ficam ainda
mais pobres).
Um dado interessante para ilustrar esse problema é que é estimado que sejam gastos no
planeta 435 bilhões de dólares por ano em publicidade. 15 bilhões de dólares seriam
suficientes para acabar com a fome do mundo, que mata 10 milhões de crianças por ano.
Soluções
A alternativa para o consumismo é tentar torná-lo uma prática mais sustentável. Não é
preciso parar de consumir, nem mesmo cortar drasticamente o consumo. Mas sim é preciso
um maior controle, e também maior consciência nas conseqüências que o consumo
desenfreado pode trazer à natureza e à sociedade como um todo.
TAREFAS.
1. Faça o resumo do texto.
2. Prepare o relatório “ A protecção do meio ambiente é um dos problemas globais da
Humanidade”.
3. Prepare-se para a discussão “ O que é que vamos deixar às nossas futuras gerações”.