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Tal qual uma viagem no mundo real, o Projeto de pesquisa demanda um roteiro de
planejamento, visto que esse roteiro vai dar o estudante os meios pelos quais ele vai
construir sua episteme ou conhecimento, ao passo que essa construção é o papel do
Projeto de Pesquisa Científica.
“Por que fazer?”: pergunta pertinente em virtude de estar relacionada com um possivel
financiamento ou inclusão num projeto de pesquisa ou de pós-graduação, sendo que a
seção dedicada a essa pergunta é a “Justificativas”, e podem aparecer nomes como
“relevância” ou “viabilidade”, aspectos particulares de uma justificativa.
“Para que fazer?”: está relacionado com as metas que o pesquisador quer atingir ou
conquistar, e cria uma seção concisa que fala das metas a serem atingidas, elencadas em
ordem numérica e de maneira mais simples que há, e o capitulo é “Objetivos”.
“Com o que fazer?” e “Como fazer?”: a primeira tem a ver com os instrumentos a
serem usados pelo pesquisador, ou seja, as ferramentas com as quais ele vai trabalhar, ao
passo que nas ciências exatas e biológicas podem ser tubos de ensaios ou barômetros,
assim como um questionário, um formulário ou um gráfico, para juntar os dados
recolhidos e interpretar os mesmos, já a segunda tem a ver com a técnica, que é modo
pelo qual se faz ou realiza algo e lida com ações como coleta de dados, entrevistas,
maneiras organizadas de observação, assim como análise de conteúdos, as análises
estatísticas, ou métodos de analisar dados coletados. Assim, a técnica tem a ver com a
coleta de dados e formação dos documentos, bem como o estudo deles. No caso da
História, os instrumentos e técnicas ficam alocados na seção “Fontes e Metodologia”, na
medida em que, na História, as matérias-primas são as fontes e documentos históricos, e é
mais “correto” falar primeiro das fontes e documentos, e depois abordar as metodologias
que serão usadas para formar o corpo documental e analisar o mesmo.
“A partir de que diálogos?”: aqui é feito o contato com os autores dentro do tema no
qual o pesquisador trabalha, uma vez que nenhuma pesquisa cientifica começa do zero ou
de lugar nenhum. O pesquisador precisa colocar sua reflexão em contato com os
pesquisadores e conhecimentos anteriores, mesmo que seja para confrontar e rebater todos
eles, assim como precisa destacar os autores e livros com os quais ele dialoga, e, portanto,
usa de sustentação. Tudo isso entra na seção “Revisão Bibliográfica”, parte para a qual
alguns projetos dedicam um capitulo especial, em que o pesquisador tem que apresentar e
debater com as obras anteriores de sua área, seja para concordar ou discordar delas. O
pesquisador pode colocar sua revisão bibliográfica dentro do “Quadro teórico”, aquela
seção em que ele deve apresentar suas teorias e conceitos a serem usados. É importante a
presença da “Revisão Bibliográfica”, mas sem repetições, ou seja, se houve um capitulo
dedicado a tal revisão, os livros que foram apresentados ali não podem voltar dento do
“Quadro Teórico”, assim como o pesquisador pode trabalhar, na Revisão as obras mais
próximas ao seu tema, e colocar no Quadro Teórico as obras mais ligadas às teorias a
serem usadas, e os conceitos, categorias e fundamentos mais importantes para a pesquisa.
Revisão Bibliográfica como capitulo: caso for colocada como capitulo, depois da
apresentação do tema e da conceituação do problema, o pesquisador deve expor as lacunas
ainda existentes dentro seu objeto de pesquisa, ao passo que a apresentação desses vazios
de bibliografias é uma grande ligação com as “Justificativas”, onde já começaria
mostrando a relevância do Projeto em virtude das lacunas ainda existentes, visto que pode
trabalhar para suprir tais vazios. Neste sentido, o estudante já tem consigo um ótimo
motivo a favor da necessidade de sua pesquisa ser levada em diante.
“Quando Fazer?”: tem a ver com a duração da pesquisa e o planejamento das suas
etapas, na medida em que toda pesquisa tem que ser apresentada de acordo com um
espaço de tempo estipulado, ainda que possa ser renovada. A Pesquisa acontece em
etapas, e caso seu tempo se prolongue, vai ser necessário apresentar a Instituição
informações de tempos em tempos quanto ao andamento da pesquisa, feito na forma de
um texto chamado “Relatório de Pesquisa”.
Cronograma: as diversas atividades, etapas previstas e as tarefas que vão fazer parte da
pesquisa devem estar inclusas no “Cronograma de Pesquisa”, materializado numa tabela
ou quadro em que apareçam as atividades a serem feitas e o tempo de cada uma delas. É
relevante para o autocontrole do pesquisador acerca do andamento de sua pesquisa.