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METODOLOGIA DE

PESQUISA EM
SERVIÇO SOCIAL

Camila Muniz Assumpção


Técnicas de organização
dos dados: fichamentos,
resumos e resenhas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer formas de organização de dados científicos.


 Definir fichamentos, resumos e resenhas.
 Diferenciar a utilização dos fichamentos, resumos e resenhas.

Introdução
As técnicas tradicionais de organização de dados são necessárias para
a concretização de uma pesquisa. Afinal, essas técnicas servem para o
arquivamento, a descrição e a organização das principais informações
contidas em um texto.
Neste capítulo, você vai ver como organizar dados com base na leitura.
Você também vai verificar a importância da linguagem científica, que
deve ser clara e objetiva. Além disso, você vai conhecer as definições de
fichamento, resumo e resenha.

Formas de organização de dados científicos


A leitura é utilizada na pesquisa para a construção do conhecimento cien-
tífico. Ela é fundamental tanto no levantamento de dados bibliográficos
quanto no levantamento de dados documentais. Depois da leitura, parte-se
para a organização dos dados científicos coletados. Ou seja, entram em cena
métodos de registro e documentação do material bibliográfico lido. A ideia
é que tais métodos auxiliem, de forma extremamente simples e prática, na
redação científica. Para Marconi e Lakatos (2001), a leitura é um dos fato-
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res decisivos do estudo e imprescindível em qualquer tipo de investigação


científica. Segundo os autores, a leitura favorece a obtenção de informações
já existentes, poupando o trabalho de pesquisa de campo ou experimental.

Para Henriques e Medeiros (1999), existem atividades que melhoram o aproveitamento


da leitura. Por exemplo: determinar um objetivo a ser alcançado, esclarecer as dúvidas
que possam ocorrer durante a leitura do texto com a consulta a um bom dicionário,
fazer um esquema com as ideias principais e elaborar frases que resumem o que foi
sublinhado.

Estudos baseados em documentos e em livros — sejam revisões biblio-


gráficas, sejam pesquisas historiográficas — extraem deles toda a análise,
organizando-os e interpretando-os segundo os objetivos da investigação
proposta. Nessa fase do estudo, é necessário fazer uma primeira organização
do material. Para isso, é indispensável olhar para o conjunto de documentos
de forma analítica, averiguando como proceder para torná-lo inteligível, de
acordo com o objetivo.
Além disso, é preciso reunir os autores, os textos, os documentos e as
transcrições de textos que são mais importantes e que darão prosseguimento
à coleta de dados. Essa organização ainda permite analisar textos e encontrar
a linha mestra que os conduz. É necessário relacionar um texto ao outro,
reconhecendo a gênese dos principais trabalhos e seus métodos de pesquisa.
Sobretudo, é preciso identificar os eixos teóricos com os quais o objeto de
estudo mais se identifica.
Esse processo de organização pode ser entendido como uma garimpagem.
Afinal, a pesquisa implica ir em busca de documentos e bibliografias que
precisam ser encontrados, extraídos, para que assim possam ser organizados,
registrados, analisados. Organizar o material significa, então, processar a
leitura segundo critérios de análise de conteúdo. Tal organização envolve
algumas técnicas, tais como fichamento, resumo, resenha, entre outras.
A seleção do material bibliográfico coletado deve ser feita com base no
que será utilizado na redação do trabalho escrito. Muitos pesquisadores
desenvolvem com propriedade o estudo e a pesquisa em sua forma oral,
porém não obtêm tanto sucesso na escrita. Você deve notar, no entanto, que
Técnicas de organização dos dados: fichamentos, resumos e resenhas 3

a linguagem científica não é tão complexa quanto parece à primeira vista.


O que caracteriza essa linguagem é que ela envolve alguns critérios e deve
ser simples e objetiva.
Cervo, Bervian e Silva (2007) afirmam que, para transmitir os conhecimen-
tos com precisão e objetividade, a redação deve ser feita na terceira pessoa,
evitando referências pessoais. Na linguagem científica devem ser afastados os
pontos de vista pessoais que deixem transparecer impressões subjetivas, não
fundadas, sobre dados concretos. Além disso, o pesquisador não deve sugerir
que os resultados obtidos em estudos anteriores contêm incorreções, nem deve
transmitir seus conhecimentos com ares de autoridade, pois a finalidade da
linguagem científica é expressar, não impressionar.

Fichamentos, resumos e resenhas


As três formas básicas de organização de dados são: fichamentos, resumos e
resenhas. Fichar, resumir e resenhar documentos são métodos de quase todo
pesquisador que lida com fontes e registros de informação. A seguir, você vai
conhecer melhor cada um desses métodos.
O fichamento é uma técnica que o pesquisador utiliza para organizar as
informações de modo sistemático. Por meio dessa técnica, o pesquisador cons-
trói um sólido arquivo de ideias e informações, ao qual pode recorrer quando
necessário, encontrando os dados sistematizados e organizados. Sobretudo,
o fichamento dá origem a um arquivo pessoal com informações relevantes
relativas a leituras ou mesmo reflexões.
Todo trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto.
Nessa leitura, o pesquisador se distancia da categoria emocional e alcança o
nível de racionalidade necessário para compreender e analisar os textos. Para
Pasold (1999), a ciência do fichamento é uma arte, pois deve envolver uma
preocupação estética. Ou seja, quem faz um fichamento deve zelar para que
o trabalho resultante seja apresentado de maneira organizada e ordenada,
proporcionando fácil manuseio.
Segundo Silva (2003, p. 82), “O fichamento consiste na coleta de in-
formações de obras pesquisadas por meio de apontamentos, anotações
que serão utilizadas na futura elaboração do texto [...]”. O fichamento
é constituído de fichas, que são imprescindíveis para o pesquisador. As
fichas podem ser variadas e ter diferentes funções, como você pode ver no
Quadro 1, a seguir.
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Quadro 1. Classificação das fichas.

Elementos contidos na bibliografia, como indica-


Fichas de indicações
ções bibliográficas: autor, título, edição, local de
bibliográficas
publicação, editor e data de publicação.

Seleção de trechos de alguns autores, que podem


Fichas de transcrições
ser usados como citações no trabalho.

Fichas de apreciação Críticas, comentários e opiniões sobre o que se leu.

Resumos de capítulos ou de obras, ou planos de


Fichas de esquemas
trabalhos.

Resumos descritivos ou informativos, depen-


Fichas de resumos
dendo da sua finalidade.

Fichas de ideias Ideias para a realização de trabalhos ou para com-


sugeridas pelas leituras plementar um tipo de raciocínio ou exemplificação.

Adaptado de Andrade (2006).

A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende algumas partes


principais: cabeçalho, referência bibliográfica, corpo ou texto e local em que
se encontra a obra. Veja na Figura 1, a seguir.

Figura 1. Exemplo de ficha.


Fonte: Adaptada Motta (2016, documento on-line).
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De acordo com Marconi e Lakatos (2001), o resumo é a apresentação de


uma síntese clara e concisa das ideias principais da obra ou texto. Ele não
é um sumário ou índice das partes que compõem a obra, e sim a exposição
abreviada das suas ideias. Além disso, não é a transcrição, como no fichamento
de uma citação. Ou seja, o resumo deve ser realizado com as próprias palavras
do leitor. Ele não deve ser extenso, apresentando apenas as ideias principais;
e não precisa obedecer estritamente à estrutura da obra.
De acordo com Santos (2001, p. 25), resumir é “[...] condensar o que foi
extensamente escrito; reduzir, abreviar, concentrar, limitar; sintetizar, com
visão de conjunto [...]”. Ou seja, o resumo traz os pontos mais relevantes de um
documento. Ele otimiza o tempo dos pesquisadores e disponibiliza informações
de tal modo que pode influenciar e estimular a consulta do texto completo.
Um resumo precisa conter:

 assunto do texto;
 objetivo do texto;
 articulação das ideias;
 conclusões do autor do texto resumido.

Para Marconi e Lakatos (2001), os resumos podem ser classificados em:


indicativo ou descritivo; informativo ou analítico e crítico. Além disso, um
resumo pode ter mais de uma função. Como você viu, ele organiza um conteúdo
para a apreensão da sua essência por um leitor. Contudo, também tem a função
de expor as ideias gerais de um autor, o que deve levar em conta a padronização
proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Ou seja, o resumo pode ser definido como estratégia de análise e de percep-
ção dos conteúdos de determinado material, mas também pode ser encarado
como componente de alguns tipos de produtos de pesquisa. Neste último caso,
a ABNT NBR 6028:2003 estabelece que o resumo “[...] deve ser composto de
uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos.
Recomenda-se o uso de parágrafo único [...]” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2003, p. 2). Além disso, a norma da ABNT reco-
menda que o resumo, enquanto item que compõe determinado texto, tenha até
100 palavras se for de notas e comunicações breves. Se tratar de monografias
e artigos, sua extensão deve ser de até 250 palavras. Resumos de relatórios
e teses podem ter até 500 palavras. Contudo, você deve notar que o resumo
como síntese das ideias de um texto lido não exige essa padronização.
A resenha é a técnica de descrição minuciosa de uma obra. Ela exige do leitor
capacidade de síntese, objetividade, relativa maturidade intelectual, domínio
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do assunto tratado na obra e, como em todo texto dissertativo, argumentação


eficiente. Para Medeiros (2000), a resenha é um relato minucioso das propriedades
de um objeto ou de suas partes constitutivas. Ela é um tipo de redação técnica
que inclui variadas modalidades de textos: descrição, narração e dissertação.
Andrade (2006, p. 30) considera a resenha “Um tipo de resumo crítico;
contudo, mais abrangente. Além de reduzir o texto, permitir opiniões e comen-
tários, inclui julgamentos de valor, tais como comparações com outras obras
da mesma área de conhecimento [...]”. De acordo com Parra Filho e Santos
(1999, p. 156), as resenhas geralmente “[...] são publicadas em periódicos [...]
[e seu] objetivo é difundir as ideias básicas contidas na obra [...]”.
Assim, o resenhista precisa ter um conhecimento profundo a respeito do
assunto que é objeto do trabalho. A resenha é uma descrição feita com detalhes,
por isso deve ser aprofundada no que diz respeito ao conhecimento. Em síntese,
ela é uma análise interpretativa, daí a necessidade de se atentar ao objeto
analisado. Resenhar significa, então, fazer uma relação das propriedades de
um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrevendo
as circunstâncias que o envolvem.
As resenhas podem ser definidas como críticas ou descritivas. De acordo
com Fiorin e Savioli (1990, p. 426), “[...] a resenha pode ser puramente descritiva,
isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador [...]”. Esse tipo de
resenha contém uma parte descritiva com informações sobre o texto, como: nome
do autor, título completo da obra, nome da editora, local e data da publicação,
número de volume e páginas. Além disso, ele contém o resumo do conteúdo da
obra: assunto tratado, ponto de vista adotado, perspectiva teórica, gênero, método
e síntese dos pontos essenciais do texto no que diz respeito ao plano geral.
Por sua vez, a resenha crítica é apenas um resumo informativo ou indicativo,
pois deve ser entendida como uma análise interpretativa. Assim, essa resenha
depende da capacidade que o seu autor tem de relacionar os elementos do texto
lido com outros textos, autores e ideias sobre o objeto em questão. Também
está em jogo a opinião do pesquisador e o contexto da obra analisada. A
resenha crítica consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de
um conceito de valor da obra pelo crítico.
A resenha crítica tem como finalidade transmitir informações de forma
clara e objetiva sobre o assunto tratado na obra, evidenciando a contribuição
do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A seguir,
veja os requisitos básicos para a elaboração de uma resenha crítica:

 conhecimento completo da obra;


 competência na matéria;
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 capacidade de juízo de valor;


 independência de juízo;
 fidelidade ao pensamento do autor.

No campo da comunicação técnica e científica, a resenha é muito útil


porque facilita o trabalho do profissional ao trazer um breve comentário e
uma avaliação sobre a obra. A informação dada ajuda na decisão relativa à
leitura ou não do texto resenhado.
A estrutura da resenha é a seguinte:

 referência bibliográfica;
 credenciais do autor;
 resumo;
 conclusões da autoria;
 quadro de referências do autor;
 apreciação (incluindo julgamento da obra, mérito da obra, estilo, forma
e indicação da obra).

Embora existam estruturas básicas, os autores podem personalizar a sua


resenha buscando enriquecer a utilização desse instrumento. Além disso, cada
resenha, cada obra e cada autor possuem particularidades, daí a importância
da liberdade no processo de pesquisa.

O sistema de fichas foi criado por Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciências,
no século XVII.

A utilização dos fichamentos, resumos


e resenhas
O fichamento, o resumo e a resenha são técnicas que podem ser confun-
didas. Porém, como você viu, cada uma possui características próprias,
que são fundamentais para a sua utilização. O fichamento é um método de
pesquisa pessoal e tem como função organizar ideias por meio do material
consultado para a realização de uma pesquisa. Ele se utiliza de fichas que
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devem ser organizadas para a manutenção de uma harmonia consensual,


opinativa e conclusiva.
Os resumos já seguem parâmetros preestabelecidos, como as normas da
ABNT. Diferente do fichamento, um resumo não serve apenas como método
de pesquisa pessoal, pois a sua função muitas vezes é de divulgação. Ele
possui extensão limitada e não deve comportar citações e comentários, como
a resenha e o fichamento. Um bom resumo deve ser breve e conciso. Ele é
feito com as próprias palavras do pesquisador, precisa ser bem estruturado e
correto no que diz respeito às questões gramaticais.
A resenha comporta alguns elementos do fichamento e do resumo. Ela é,
ao mesmo tempo, um texto informativo e crítico. Uma resenha pode intercalar
comentários e citações, diretas e indiretas. Além disso, pode fazer referência
a outros textos. Para não ser confundida com um resumo, ou até mesmo com
um artigo, a resenha deve respeitar alguns limites, mesmo sem possuir número
máximo de páginas.
No Quadro 2, a seguir, você pode ver uma síntese das características do
fichamento, do resumo e da resenha.

Quadro 2. Fichamento,resumo e resenha.

Fichamento Resumo Resenha

Possui título X X

Apresenta texto sintetizado X X X

É organizado em fichas X

Exige conhecimento profundo do X


assunto

Possibilita a recuperação da infor- X


mação sobre a localização do livro
ou documento analisado

Contém uma análise X

É uma técnica que facilita o estudo, X X X


a aprendizagem e a organização
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O fichamento é o primeiro passo na realização de uma pesquisa. Portanto,


os pesquisadores quase sempre fazem fichamentos, independentemente do
tipo de pesquisa. Já o resumo é uma atividade, um exercício de raciocínio
que visa ao entendimento e à síntese de uma obra a partir de regras preesta-
belecidas ou não. Por sua vez, a resenha é uma atividade de análise e síntese
que permite maior elasticidade na abordagem, porém exige domínio sobre
o assunto tratado na obra resenhada. A resenha é, portanto, uma atividade
mais complexa. Contudo, ela se torna mais fácil quando o hábito de fazer
fichamentos e resumos é familiar ao pesquisador.
Como pesquisador, você deve conduzir os seus estudos da melhor ma-
neira. Assim, não basta ler textos, artigos, entre outros materiais que servem
como dados para a pesquisa proposta. É preciso compreender e transformar
o que foi lido em novas ideias, por isso a organização dos dados é tão impor-
tante. Como você viu, as técnicas de fichamento, resumo e resenha podem
auxiliá-lo a analisar, investigar e embasar o seu estudo, contribuindo no
levantamento e na exploração de informações consistentes que enriqueçam
a sua pesquisa.

ANDRADE, M. M. Técnicas para elaboração dos trabalhos de graduação. In: ANDRADE,


M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028:2003. Informação e
documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2007.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1990.
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curso: metodologia e técnica de pesquisa; da apresentação do assunto à apresentação
gráfica. São Paulo: Atlas, 1999.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico: procedimentos
básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos.
5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamento, resumo e resenhas. São
Paulo: Atlas, 2000.
10 Técnicas de organização dos dados: fichamentos, resumos e resenhas

MOTTA, A. [Sala de aula] Você sabe fazer um fichamento? 2016. Disponível em: https://
conversadeportugues.com.br/2016/06/voce-sabe-fazer-um-fichamento/. Acesso em:
09 mar. 2019.
PARRA FILHO D; SANTOS J.A. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: Futura, 1998.
PASOLD, C. L. Prática da pesquisa jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador
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SANTOS, I. E. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa científica. 3. ed. Rio
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