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DEMONSTRAR O RESULTADO;
A leitura é uma viagem que envolve o leitor e o autor pelas paisagens mentais – o texto. É
uma viagem que exige do leitor atenção, concentração e reflexão acerca do tema abordado
pelo autor. Essa viagem pode levar o leitor a novas descobertas ou respostas apresentadas
pelo autor do texto. O filósofo francês Claude Lefort considera que uma obra teórica é um
“estatuto histórico” que tende a revelar as intenções do autor em seu tempo e em seu lugar.
Portanto, há sempre uma intenção apresentada pelo autor do texto a qual deve ser revelada
no ato da leitura.
Os textos teóricos oferecem ao estudante um universo de novas descobertas e conquistas
no mundo do saber. Através dos textos, os autores fornecem conhecimentos em todas as
áreas do saber, daí aprender e compreendê- los se coloca como tarefa fundamental.
Questões norteadoras da leitura
Não se pode ler um texto teórico de qualquer jeito! Diferentemente do romance, da matéria
jornalística, por exemplo, o texto teórico fornece conceitos e categorias analíticas que
necessitam de maior cuidado e atenção do leitor. Portanto, algumas questões devem nortear
o estudante no ato da leitura, dentre elas: qual o objetivo do tema proposto pelo autor?
Quem é o autor do texto? Quando escreveu? Quais as características do texto? Qual a
abordagem usada? Feitas estas questões, o estudante pode preparar um esquema de
leitura que pode também ser norteado por questões, quais sejam:
Ao ler o texto, não marque na primeira leitura nenhuma palavra ou trecho que você julgue
importante. Você pode estar sendo precipitado na sua avaliação.
Na segunda leitura, destaque os conceitos importantes ou ideias-chaves que autor apresenta.
Use um lápis para fazer anotações nas laterais do texto sobre impressões pessoais,
concordância a partir de outras leituras.
Use símbolos para expressar concordância (! ) ou falta de entendimento ( ? ).
Tenha sempre à mão um dicionário para “decifrar” termos que você não conhece.
Esquema da leitura
Para elaborar um esquema de leitura é necessário que o estudante tenha lido todo o texto, a fim
de identificar os elementos que constituem a estrutura lógica do texto: introdução,
desenvolvimento e conclusão. Na introdução o autor apresenta com brevidade o tema, o
problema levantado e a posição assumida na análise do problema. No desenvolvimento, o autor
desenvolve os argumentos que justificam o problema levantado que ele se propõe explicar. Na
conclusão o autor apresenta os resultados de sua análise acerca do problema proposto.
Como o estudante deve proceder?
Destacar as palavras-chave de cada parte do texto grifando-as;
Destacar as idéias que exercem maior atração, que despertam maior interesse ao longo da
exposição;
Elaborar o esquema contendo os tópicos que revelam as ideias referentes a cada parte
constitutiva do texto (introdução, desenvolvimento e conclusão) para a realização da síntese.
Resumo
São inúmeras as concepções de resumo no meio acadêmico, tanto que, por vezes, gera
confusão entre alunos e professores. É comum o aluno apresentar as seguintes questões:
“resumo é a mesma coisa que fichamento?” Ou “fichamento é a mesma coisa que resenha?” Ou
ainda: “O professor quer um resumo crítico, portanto, é um fichamento ou uma resenha? Qual a
diferença entre o resumo e a resenha?” Diante de tais questões, apresentaremos aqui, algumas
concepções a fim de eleger concepções mais claras acerca do que chamaremos aqui de
resumo, fichamento e resenha.
Evitaremos, aqui, aquelas definições que acentuam a confusão terminológica do resumo e
elegeremos aquelas que melhor esclarecem os termos.
Baseado na ABNT, o autor apresenta três tipos: resumo crítico, resumo indicativo e resumo
informativo. O autor apresenta mais um gênero textual denominado de resumo de assunto
com a função de apresentar uma visão geral de pesquisas feitas sobre uma determinada
questão, com o objetivo de reunir conhecimentos sobre o tema que deve ser exposto e
também sem discussão ou julgamento.
Segundo a NBR 6028, resumo é definido como "apresentação concisa dos pontos relevantes
de um documento" (ABNT, 2003).
Resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados
qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original.
Resumo informativo: informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do
documento.
O resumo pode ser a partir da função que exercem nas práticas acadêmicas, sendo de dois
tipos:
Formato do papel
Os textos devem ser apresentados em papel branco, com formato A4 (21cm x 29,7cm),
digitados no anverso das folhas, com exceção da folha de rosto cujo verso deve conter a
Ficha Catalográfica. A cor da impressão deve ser preta, podendo utilizar cores somente em
ilustrações.
O espaçamento entre linhas deve ser de preferência 1,5. O fim de uma seção e o cabeçalho
da próxima são separados por 2 espaços de 1,5 entrelinhas. As citações de mais de 3 linhas,
as notas de rodapé, as referências, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha
catalográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida a
área de concentração devem ser digitadas em espaço simples. As referências, que ficam no
final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espaços simples.
Margem e paginação
A configuração do texto deve ter margem superior e esquerda 3 cm, e inferior e direita 2 cm.
As páginas são contadas a partir da folha de rosto, mas não são numeradas. As numerações
começam a partir do inicio do texto. Os números da paginação ficam no canto superior do lado
direito da folha em algarismos arábicos. As referências, anexos, apêndices, glossário e índice
devem ser incluídos na numeração sequencial das páginas do texto principal.
CITAÇÕES, NOTAS DE RODAPÉ, REFERÊNCIAS
Citações
Citação é a forma de fazer menção em um texto de uma informação colhida em outra fonte
(livro, periódicos, jornais, vídeos etc.). Os dados da publicação citada devem identificar a obra
de modo a facilitar sua localização. As citações diretas são transcrições extraídas do texto
consultado, respeitando-se as características formais. As citações indiretas são textos
baseados na obra do autor consultado, reproduzindo-se idéias e informações do documento,
sem, entretanto, transcrever as próprias palavras do autor. De acordo com a NBR 10520:2002,
as citações, notas de rodapé e elaboração das Referências devem seguir as seguintes
orientações:
Regras gerais
Regras específicas
Dados obtidos de informação verbal:
O novo milênio começa uma nova era (informação verbal) 1
Citação de citação é a transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao
original, ou seja, retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada. É preciso indicar o
autor da citação, seguido da data e página da obra original, a expressão latina “apud”, o nome
do autor consultado, a data e página da obra onde consta a citação.
Exemplo:
Signo é qualquer coisa de qualquer espécie que represente uma outra coisa, chamada de
objeto do signo, e que produz um efeito interpretativo em uma mente real ou potencial, efeito
este que é chamado de interpretante do signo. (MAGNO, 1998, p. 45 apud SANTAELLA, 2004,
p. 8).
Citação enfatizando trechos
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com a
expressão “grifo nosso” entre parênteses após a chamada da citação, ou “grifo do autor”,
caso o destaque já faça parte da obra consultada.
Exemplo:
Todas as etapas que constituem o projeto de pesquisa devem estar vinculadas ao “espírito
científico” do pesquisador a fim de que ele não desperdice trabalho em vão, visto que o
projeto conduz à cientificidade (FACHIN, 2003, grifo nosso).
Referências subseqüentes
Ibidem. ou Ibid. (significa a mesma obra da autora anterior)
FARIAS, 2019 ou FARIAS op.cit. (significa mesma obra em folha anterior).
Elaboração de referências (NBR 6023:2002)
Monografia no todo: livro e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc.) e
trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, entre outros)
MUSEU DA IMIGRAÇÃO. Museu da Imigração - São Paulo: catálogo. São Paulo, 2018.
Como fazer? Estabelecendo relação entre as variáveis - fenômenos que ocorrem mais de
uma vez – Navegação (marítima, fluvial?); controle ambiental (legal, operacional?); controle
contra o quê (bioinvasões, resíduos poluentes?).
Qual a temporalidade? (No ano em curso, no ano passado?).
5. O problema deve ter referência empírica. Uma das grandes demandas hoje nas pesquisas
acadêmicas, é o critério empírico, ou seja, a comprovação prática da realidade investigada dá
suporte e credibilidade científica à pesquisa.
Evidentemente que a exigência da prática não tira o mérito das pesquisas que não passaram
por esse critério. Alguns autores chegam a questionar o empirismo nas ciências humanas. No
entanto, cabe ao pesquisador avaliar a necessidade de aplicar os conhecimentos teóricos à
praticidade, afastando juízos de valor.
Após seguir essas regras, você pode formular o problema. Mas lembre-se que é necessário
apresentar o quadro problemático, através de uma descrição sucinta.
Objetivos: Toda pesquisa científica tem um fim a alcançar. Trata-se dos objetivos. O objetivo
é um fim a que o trabalho se propõe a atingir. A pesquisa científica atinge seu objetivo se
todas as suas fases, por mais difíceis e demoradas que sejam, forem vencidas e o
pesquisador puder dar uma resposta ao problema formulado.
Os objetivos indicam para que você está propondo a pesquisa, quais os resultados que
pretende alcançar ou qual a contribuição que sua pesquisa irá efetivamente proporcionar.
Podem ser Gerais e Específicos. Os objetivos gerais são aqueles levantam proposições mais
amplas e abrangentes a alcançar. Os objetivos específicos tratam das proposições gerais
aplicadas a situações particulares. Eles explicitarão os detalhes, o desdobramento do objetivo
geral.
Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. Segundo Silva
e Menezes (2005, p. 31-32), os objetivos devem começar com um verbo no infinitivo que deve
indicar uma ação passível de mensuração.
REFERENCIAL TEÓRICO
O projeto deve conter a referência bibliografia com a relação dos autores (de acordo com
instruções normativas da ABNT (NBR 6023) que foram consultados para a realização do
projeto. É indispensável a identificação dos autores: “ao compor uma bibliografia, deve-se
prestar muita atenção na disposição dos elementos pormenorizados, como: letras maiúsculas,
minúsculas, ponto, virgula, sublinhado etc., e ainda colocá-la em ordem alfabética [...]”
(FACHIN, 2003, p.167).
ATIVIDADE AVALIATIVA
Durante a nossa disciplina, construimos conhecimentos necessários para
desenvolver e elaborar o trabalho de conclusão de curso acadêmico. Vimos
assuntos como normas ABNT e estruturação desse tipo de texto. Agora,
chegou a hora de utilizarmos todo o embasamento teórico adquirido para
elaborar o nosso trabalho final de curso. Está preparado? Vamos nessa!
Você deverá seguir as devidas instruções:
O arquivo do pré-projeto se encontra no box da disciplina;
O trabalho consiste no preenchimento dos tópicos do pré-projeto em
suas devidas lacunas e deve conter tema, título, problema, justificativa,
objetivos gerais, objetivos específicos, delimitação e referências
bibliográficas;
Sobre o assunto que está dissertará:
Escolha uma das disciplinas dadas ao longo do curso;
Dentro da disciplina escolhida, selecione um tema que tenha se
identificado mais;
Preencha os quadros do pré-projeto de acordo com as instruções
dadas; e
Não esuqeça de incluir as referências bibliográficas.
O Tutor avaliará o seu trabalho de acordo com os critérios que se
encontram na pasta Material de apoio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências. Rio de Janeiro, 2002.
. NBR 10520: informação e documentação: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica.
4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001.
GIL, A. Como elaborar projetos de pesquisa. 3º ed., São Paulo: Atlas, 1993.
Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e
trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1985.
PORTELA, Patrícia de Oliveira. Apresentação de trabalhos acadêmicos de acordo com as normas de documentação
da ABNT: informações básicas. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/uu000001.pdf. Acesso em:
30 mai. 2019.
SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A,
2000.
MATTAR, João. Metodologia Científica na Era Digital. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. 43 ed. Petrópolis: Vozes, 2017.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24 ed. São Paulo: Cortez 2017.