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CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS/ESPANHOL

POLO SALVADOR – COSTA AZUL

DIRCE MEIRE NEVES NOVAIS DE SOUZA


RA 0920404

ESCRITA ACADÊMICA

Salvador
2012
DIRCE MEIRE NEVES NOVAIS DE SOUZA
RA 0920404

ESCRITA ACADÊMICA

Trabalho apresentado às disciplinas 1113-20 –


Gêneros Textuais e 1119-30 – Gramática do Texto
Escrito, para avaliação final.

Docentes: Prof. Ms. Marcio Augusto Correia


Profª. Drª Lícia Regina Cavalari Mena

Salvador
2012
SUMÁRIO

1 COMO ESCREVER UMA RESENHA ...................................................................... 4


1.1 QUALIDADES DE UMA RESENHA ......................................................................5
1.2 TIPOS DE RESENHA............................................................................................6
1.3 COMO COMEÇAR A ESCREVER UMA RESENHA.............................................8
1.4 COMO ESCREVER A CONCLUSÃO DE UMA RESENHA...................................8
1.5 QUANTOS PARÁGRAFOS DEVE CONTER UMA RESENHA? ..........................9
1.6 OUTRAS CONSIDERAÇÕES ...............................................................................9
1.7 OUTRAS CONSIDERAÇÕES................................. ............................................9
2 COMO FAZER UM RESUMO ................................................................................ 10
2.1 RESUMO EXPANDIDO ....................................................................................... 11
3 COMO FAZER UM ARTIGO .................................................................................. 11
4 OUTRAS DICAS .................................................................................................... 13
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 15
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A ESCRITA ACADÊMICA

O texto acadêmico é aquele que é produzido pelo e para o acadêmico. Ela


segue algumas regras e normas que serão apresentadas brevemente nesse texto,
cuja finalidade não é a de trazer recitas e fórmulas prontas para escrever, uma vez
que elas não existem.
É, antes de qualquer coisa, uma tentativa de apresentar os diferentes gêneros
de escrita acadêmica, assim como apresentar algumas dicas que possam ajudar a
produzir bons textos acadêmicos.
Algumas características são comuns a qualquer texto acadêmico. Uma delas é
seu objeto, que seria a divulgação do resultado de alguma investigação ou pesquisa
científica. Por essa razão, o texto científico (ou acadêmico) deve refletir o rigor, a
criticidade, a objetividade e a clareza que são imanentes à pesquisa acadêmica.
No texto científico, é preciso primar pelo conteúdo (encadeamento das ideias,
estrutura argumentativa) e pela forma (linguagem, disposição dos elementos da
escrita), levando-se em conta que a compreensão do conteúdo do texto acadêmico
depende da forma como ele é apresentado. Dessa forma, as regras gramaticais e de
ortografia devem ser rigidamente observadas, assim como há que se observar alguns
pressupostos para a boa escrita, dentre eles: precisão, clareza, coesão, coerência,
objetividade, rigor científico, entre outros.
Tratar-se-á aqui dos gêneros mais utilizados na escrita acadêmica, a saber:
resenha, resumo e artigo. Ensaia-se a apresentar cada um deles, apresentando-se
algumas dicas para a produção, ressaltando-se, entretanto, que com uma intenção
meramente subsidiária, já que a arte de redigir bons textos depende da conjugação
de diversos fatores e, acima de tudo, do contato direto, constante e sistemático com
a produção escrita, não apenas de natureza estritamente acadêmica, mas também
literária de um modo geral.
Salienta-se, no entanto, que tudo que se apresenta baseia-se nas apreensões
e experiências da autora, que no momento em que o escreve é tão somente estudante
do curso de Letras.
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1 COMO ESCREVER UMA RESENHA

Todo estudante universitário, em algum momento se depara com a exigência


de fazer uma resenha de determinado livro (completo ou em parte), filme, peças
teatrais, exposições de arte, shows, entre outros. Esse é um dos tipos de trabalho
mais solicitados pelos professores.
E o que é uma resenha? Como fazê-la?
Resenha é um gênero textual, que apresenta uma síntese de determinada obra,
e a opinião do autor resenhista sobre ela. Seu objetivo é guiar o leitor através da obra,
mesmo sem que ele tenha conhecimento dela por completo.
Como é uma síntese, a resenha deve apresentar as principais ideias do texto
e, também, apresentar crítica direta a ele. São esses os dois ingredientes para se
escrever a resenha ideal.
Entretanto, ainda que a resenha seja um gênero textual que necessita ser breve
e conciso, O resenhista não deve incorrer no erro da superficialidade: precisa
apresentar todas as características do fato cultural que está sendo resenhado. Por
outro lado, o autor não pode expressar sua opinião com expressões em primeira
pessoa (como “eu gostei”, “eu aprovo”, “eu concordo”). Deve utilizar linguagem
impessoal, em terceira pessoa, expressando a apreciação científica, a adequação e a
pertinência (ou impertinência) do pensamento do(s) autor(es) do texto ou evento
resenhado

1.1 QUALIDADES DE UMA RESENHA

A resenha precisa possuir as características deve possuir as fundamentais de


um texto científico, a saber: simplicidade, impessoalidade, objetividade, clareza,
concisão, propriedade vocabular, precisão vocabular, imparcialidade e atitude
científica.
Uma das principais características da resenha deve ser a imparcialidade. Ao
defender ou atacar determinada obra, o resenhista precisa despir-se de paixões,
gostos e/ou posições pessoais e julgar apenas as ideias do autor, posicionando-se
cientificamente frente à obra e apresentando os aspectos positivos ou negativos, sem
defender lado ou se posicionar movido por motivos externos a ela (como por exemplo,
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por amizade antipatia ao autor, por sugestão de professores, por imposição de


editores, etc.)
Para resenhar uma obra é necessário privilegiar o essencial, ou seja, deve-se
falar somente sobre o que é mais importante na obra, para que o leitor tome
conhecimento de seu conteúdo, sem que para isso seja necessário deter-se
longamente frente a ela. É através da resenha que o leitor decide pelo interesse ou
desinteresse em conhecer a obra no todo.

1.2 TIPOS DE RESENHA

A resenha acadêmica (ou universitária) apresenta moldes rígidos quanto à


apresentação e à formatação, uma vez que precisam seguir as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), responsável pela padronização dos textos
científicos.
Quanto ao tipo, ela se subdivide em resenha crítica, resenha
descritiva e resenha temática.
Para uma resenha acadêmica crítica, apresenta-se abaixo alguns passos a
serem seguir para uma produção adequada:
 Identificação da obra: Dados bibliográficos essenciais do fato cultural (livro ou
artigo, filme, show, vídeo, exposição) resenhado;
 Apresentação da obra: Situar o leitor frente à obra, com uma breve descrição
do conteúdo do texto resenhado;
 Descrição da estrutura: Apresentar a divisão da obra em capítulos, em seções,
quanto ao foco narrativo e até mesmo, de maneira sutil, o número de páginas do texto
completo;
 Descrição o conteúdo: Parte mais importante da resenha, deve ser feita
utilizando-se de três a cinco parágrafos, com um resumo claro do texto resenhado;
 Análise crítica: É onde o resenhista apresenta sua apreciação. Para isso, deve
argumentar utilizando-se de seu entendimento sobre o texto, das teorias de outros
autores das quais tenha conhecimento, tecendo apreciação e comparações com
fundamentação científica. É comum utilizar-se até três parágrafos para isso, mas não
há um limite preestabelecido. É nesse trecho da resenha que o resenhista deve dar
asas ao seu senso crítico.
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 Recomendação da obra: Por já ter lido e feito a apreciação crítica, o resenhista


deve, agora, analisar a utilidade e a pertinência do texto (apontando, por exemplo,
para que tipo de público ela será útil), utilizando-se, para isso, de critérios sociais e
pedagógicos)
 Identificação do autor: Apresentação do autor da obra que foi resenhada,
apresentando uma breve biografia e curriculum e de algumas obras de sua autoria.
 Assinatura e identificação do resenhista: No último parágrafo, quem resenhou
a obra escreve seu nome e apresenta sua qualificação (por exemplo, acadêmico do
curso de Letras da Universidade Paulista – UNIP)
A resenha acadêmica descritiva, como o próprio nome já diz, é uma resenha
que descreve o texto abordado, sem que o resenhista exponha sua opinião. Para fazer
uma resenha temática, segue-se os mesmos passos acima descritos, com exceção
da análise crítica.
A resenha acadêmica temática é feita a partir de vários textos sobre o mesmo
tema. Sua elaboração é um pouco mais simples do que para os demais tipos e deve
conter:
 Apresentação do tema: para situar o leitor quanto ao assunto principal da
resenha e por qual motivo esse tema foi escolhido;
 Resumo dos textos: Com um parágrafo para cada texto, apresentando logo no
início de a identificação do assunto e qual sua ideia central;
 Conclusão: Após explicar cada um dos textos, o resenhista apresenta sua
análise crítica e a conclusão a que chegou sobre o tema tratado;
 Apresentação das fontes: Identificação de cada um dos textos utilizados;
 Assinatura e identificação do resenhista: apresentação do resenhista com
nome e qualificação (por exemplo: Fulano de Tal, graduando em Letras pela
Universidade Paulista – UNIP).
Existe ainda um outro tipo de resenha, que o profissional de Letras utiliza em
seu trabalho profissional, mas que raramente é utilizada na produção acadêmica na
graduação. Trata-se da resenha literária, que é utilizada para apresentar uma obra
(geralmente inédita) em que permite que o leitor conheça o livro, filme ou peça teatral
de que trata a resenha e, a partir dela, decidir se deseja conhecer a obra na íntegra.
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1.3 COMO COMEÇAR A ESCREVER UMA RESENHA

Ciente da estrutura a ser seguida e dos tipos de resenha existentes, a questão


agora é: Como começar uma resenha?
Para começar a escrever, o resenhista deve refletir sobre algumas indagações,
a saber:
 De que trata o texto?
 Como o assunto é abordado?
 Qual é a tese do autor?
 O que o autor pretende com o texto?
 A que tipo de leitor o autor se dirige?
 Quais conhecimentos prévios o resenhista possui sobre o assunto?
 O autor trata do tema de forma compreensível?
 A obra foi escrita de maneira interessante e agradável?
 Qual a utilidade da obra para a sociedade e/ou para o autor ao qual ela se
dirige?
 A que conclusões se chegou ao terminar de ler a obra?
Essas são indagações que podem subsidiar o início da escrita. A partir de uma
introdução bem-feita, a escrita flui de forma tranquila.

1.4 COMO ESCREVER A CONCLUSÃO DE UMA RESENHA

Após apresentar as ideias do autor e a maneira como ele as defende e ter


avaliado a qualidade, a eficiência, a pertinência da obra resenhada, é hora de
apresentar uma conclusão sobre ela. Dessa forma, para escrever uma conclusão,
assim, como para a introdução, há que se responder a algumas indagações:
 O autor é objetivo?
 Há uma manutenção do foco, sem incorrer em divagações, prolixidades e na
apresentação de opiniões próprias desnecessárias ou falta-lhe fontes confiáveis
capazes de validar os argumentos apresentados?
 O autor conseguiu atender aos objetivos a que se propôs ao iniciar a obra?
 Que contribuições a obra apresenta para a área de conhecimento à qual
pertence ou ao grupo específico de leitores ao qual se dirige?
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 O uso da obra é indicado para a produção/sistematização de novos


conhecimentos?
 Pode ser indicada para algum contexto específico (uma disciplina universitária,
por exemplo)?
 Qual o comentário final se faz a respeito da obra?
 O resenhista tem sugestões para futuras pesquisas na área?
 Que contribuições a apreciação da obra trouxe para a formação do resenhista?

1.5 QUANTOS PARÁGRAFOS DEVE CONTER UMA RESENHA?

Não há uma regra estabelecendo o tamanho do texto e/ou a quantidade de


parágrafos e ele pode variar, a depender do material que estiver sendo resenhando.
Entretanto, por se tratar de um texto que apresenta uma obra, há que se pensar
em um texto mais enxuto e curto, não sendo recomendável que não deva conter cerca
de duas laudas.

1.6 OUTRAS RECOMENDAÇÕES

Por se tratar de texto acadêmico, deve ser impessoal, evitando-se a utilização


de verbos em primeira pessoa (eu acredito, nós concluímos). Deve-se optar pela
utilização de verbos na terceira pessoa (como por exemplo: conclui-se, dessa forma;
ter-se-ia de dizer; é válido afirmar...). A linguagem deve ser formal, sem, entretanto,
resvalar pelo rebuscamento e pela prolixidade. Além disso, a observância das normas
da ABNT é imprescindível.

1.7 OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Escrever uma resenha, apesar de parecer uma tarefa simples, é uma tarefa
que exige cuidados, pois é a ela que vai apresentar uma obra a futuros leitores, o que
pode resultar no sucesso ou fracasso dela.
No caso da resenha acadêmica, constitui-se numa ferramenta essencial para a
seleção de conteúdo entre grandes quantidades de textos a serem apreciados em um
tempo relativamente curto.
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Com esse texto, espera-se ter apresentado dicas que possam ajudar a produzir
boas resenhas.

2 COMO FAZER UM RESUMO

Resumo, como o próprio nome já indica, nada mais é do que um reduzir


determinado texto a seus tópicos principais, sem prejudicar seu entendimento e sem
emitir quaisquer comentários ou julgamentos a seu respeito. O resumo não apresenta
crítica. Seu objetivo é tão somente informar sobre o que é mais importante em
determinado texto.
Por isso, reduzir um texto é condensá-lo a uma estrutura enxuta, sem, contudo,
excluir suas partes essenciais, a progressão em que essas partes aparecem no texto
e o encadeamento de ideias que elas apresentam.
Para escrever um bom resumo, as teorias de gramática e redação apresentam
três técnicas que ajudam a fazer uma síntese interessante: o apagamento, a
generalização e a construção. (FONTANA, 1995)
O apagamento, conforme a palavra já indica, consiste em apagar, cortar partes
desnecessárias sem prejudicar o entendimento. Essas partes são geralmente
adjetivos ou advérbios ou frases que os equivalham. Assim, uma frase grande se
reduz a uma sentença pequena sem que seu entendimento seja prejudicado. Por
exemplo: A frase “a jovem mulher trabalhava muito bem. Ela organizava todos os
arquivos, todos os dias” após o apagamento ficaria: “A mulher organizava os
arquivos”. A frase foi encurtada sem que seu entendimento ficasse prejudicado.
A generalização consiste em reduzir a frase através do critério semântico, ou
seja, do significado. Assim, junta-se diversas palavras em uma única que seja capaz
de substituí-las, por agrupá-las. Por exemplo: a frase “Maria comprou goiabas, maçãs,
mangas, laranjas e bananas”, ao utilizar a técnica da generalização ficaria: “Maria
comprou frutas”, já que os substantivos que foram agrupados todos designam frutas.
A construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por
uma única, que possa ser presumida a partir delas, baseando-se no significado.
Exemplo: “Maria comprou goiabas, maçãs, mangas, laranjas e bananas. Foi para
casa, picou tudo e misturou numa tigela”. Utilizando-se da construção teríamos: “Maria
fez salada de frutas”.
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Outra técnica que auxilia bastante a resumir um texto, essa baseada na


experiência da autora deste texto, seria a de sublinhar. Ao ler o texto, sublinhe as
palavras ou frases que mais chamam a atenção ou que expressem as ideias mais
importantes e/ou prevalentes no texto. Depois, junte todas as partes sublinhadas
formando um texto, ainda que desconexo. A partir disso, aplique as três técnicas
acima para dar forma ao texto.
Entretanto, nada é mais eficiente para se escrever bem um resumo do que a
prática constante da leitura. Quem tem o hábito da leitura, na maioria das vezes possui
maior facilidade em escrever e apresenta um poder de síntese bem interessante.
Espera-se que essas poucas dicas sejam capazes de subsidiar na produção
de um resumo que apresente, além de uma boa síntese, também a coerência, coesão
e objetividade necessárias ao bom entendimento.

2.1 RESUMO EXPANDIDO

Não se trata de um resumo longo, ampliado, mas é um gênero textual da escrita


acadêmica, um documento de pesquisa que precisa conter todas as ideias mais
importantes e que possam ser lidos e entendidos em pouco tempo de leitura.
Em sua estrutura, deve conter todos os tópicos da pesquisa, tais como:
objetivos, metodologias, referências, comparações com trabalhos correlatos,
resultados apresentados/esperados, detalhes para divulgação na comunidade
acadêmica, conclusão, entre outros.
Geralmente, é o documento utilizado para a inscrição de trabalhos científicos
em eventos e sua elaboração e apresentação também estão contempladas nas
normas na ABNT.

3 COMO FAZER UM ARTIGO

Ao longo da trajetória acadêmica são solicitados pelos professores das diversas


disciplinas, um gênero textual que é bastante temido pelos alunos: o artigo científico.
Esse é um gênero com um formato bastante específico, onde o aluno precisa
elaborar um texto para defender uma ideia a respeito de determinado tema, a partir
de pesquisas na literatura existente sobre ele.
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Muitos alunos, por não terem o hábito da leitura, sentem uma grande
dificuldade em escrever um artigo científico, apresentando trabalhos com estrutura
pobre e fragmentada. Além disso, a falta de leitura resulta também num vocabulário
restrito, sintaxe deficiente e uma argumentação inconsistente.
O artigo científico requer muita leitura e sua escrita precisa ser cuidadosa, com
uma linguagem formal, sem ser rebuscada e também deve seguir o que já foi aqui
indicado para a elaboração de resenhas e resumos: precisão, clareza, precisão,
objetividade, coesão, coerência, etc.
Além das questões de estilo, o artigo científico também precisa seguir uma
estrutura, contemplada nas normas da ABNT para trabalhos acadêmicos, conforme
abaixo.
O título, que deve ser condizente com o conteúdo apresentado e que permita
ao leitor vislumbrar a ideia geral do texto
Um resumo – Com no mínimo duzentas e no máximo quinhentas palavras, deve
destacar os objetivos, justificativa, metodologia e conclusão do texto.
O Abstract, ou seja, o resumo em língua estrangeira, geralmente o inglês ou
espanhol. É uma tradução para uma dessas línguas do resumo.
As palavras-chave, no mínimo três e máximo cinco palavras que sintetizem a
abrangência do tema tratado no texto. Em alguns casos, também é necessário
apresentar a versão em inglês (Keywords) ou espanhol.
O corpo do artigo é o texto propriamente dito e deve ser dividido em introdução,
desenvolvimento e conclusão.
A introdução, conforme o nome sugere, serve para introduzir o leitor ao tema
estudado. É onde o autor esclarece sobre a importância do trabalho e a relevância
que ele terá e sobre a estrutura que apresenta. No último parágrafo, deve descrever
o objetivo proposto. Apesar de constar nas primeiras páginas do artigo, a introdução
deve ser elaborada ao final, para contemplar todas as ideias centrais e a estrutura
completa do texto. Se for bem escrita, é um atrativo para a leitura completa do texto.
O desenvolvimento, parte mais densa e extensa do texto, deve conter toda a
fundamentação teórica, a argumentação, a metodologia empregada, os resultados
alcançados. Pode ser dividido em seções e subseções quantos forem necessários
para o entendimento do tema.
Por fim, após a análise e discussão dos resultados no desenvolvimento, são
apresentados na conclusão as descobertas que a pesquisa oportunizou, a síntese dos
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resultados, as contribuições trazidas e os comentários do autor. Por ser um


encerramento do trabalho, precisa responder às hipóteses apresentadas e não deve
incluir dados novos. Pode também apresentar sugestões para novas pesquisas e
produções.
As referências bibliográficas, apresentadas em ordem alfabética e de acordo
com as normas da ABNT para apresentação de trabalhos acadêmicos, relacionam os
elementos que serviram de subsídio à pesquisa (livros, artigos, filmes, vídeos, etc.).
Devem ter sido mencionados no texto, direta ou indiretamente.
O artigo científico é o veículo que permite a divulgação do resultado dos
trabalhos, levando-os ao conhecimento público, patenteando a autoria e suscitando
críticas e/ou novos estudos que contribuirão para o aprofundamento do estudo e a
compreensão sobre determinado tema.
A redação de um artigo científico é a etapa final de um processo de pesquisa
que se inicia com a leitura, estabelecimento de objetivos e hipóteses e que se
materializa na apresentação dos resultados. É por meio do artigo científico que o
cientista contribui com a expansão do conhecimento, e torna pública suas descobertas
para toda a sociedade.
Apesar de não ser fácil escrever um artigo científico, espera-se ter contribuído
para desmistificar algumas coisas e apresentar uma estrutura que permita dar os
primeiros passos na escrita de artigos.

4 OUTRAS DICAS

Para uma escrita acadêmica elegante e compreensível, há que se evitar:


 Excesso de figuras de linguagem e de ironias desnecessárias, utilizando-se de
linguagem direta e clara;
 Informalidade e/ou vulgaridade – por se tratar da produção de conhecimento e
da troca de informações, há que se escrever de forma séria e madura, com uma
linguagem formal e de acordo com a norma culta;
 Repetições desnecessárias precisam ser evitadas, como por exemplo, fazer
citações diretas e logo em seguida apresentar a mesma ideia com outras palavras.
Um texto repetitivo sugere que o autor não possui domínio do assunto e que lhe falta
conteúdo e/ou profundidade;
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 Períodos muito longos tornam a leitura muito cansativa e podem desinteressar


o leitor;
 As cacofonias (quando a junção da sílaba final de uma palavra, com a sílaba
inicial de outra, pode sugerir a formação de outra palavra com som desagradável),
precisam ser evitadas;
 Repetição exagerada de palavras em um mesmo trecho também podem tornar
o texto feio e deselegante, portanto é necessário reler para substituir palavras que
estejam sendo colocadas muitas vezes em uma mesma frase ou parágrafo;
 Correção gramatical e ortográfica é fundamental. Se houver insegurança,
procure ajuda.

CONCLUSÃO

As dicas apresentadas neste trabalho, para além de apresentar regras e/ou


modelos, teve a pretensão de auxiliar aqueles que a ele recorram a conhecer os
diversos gêneros de escrita acadêmica e, a partir daí, escrever bons textos.
Conforme já foi apontado, trata-se das apreensões de uma estudante do curso
de Letras, a partir da provocação dos professores das disciplinas Gêneros Textuais e
Gramática do Texto Escrito.
Ainda assim, espera-se ter levado quem escreve a conhecer alguns caminhos
e regras de tal forma que seja possível escrever textos acadêmicos sem receios e
com algum acerto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FONTANA, Niura Maria Estratégias Eficazes para resumir. Chronos – Produção de


textos científicos no ensino da língua portuguesa /. — Caxias do Sul: UCS, n.1, p.84-
98, 1995.

FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco. Para entender o texto: leitura e redação.
10.ed. São Paulo: Ática, 1995.

KÖCHE, Vanilda Salton; BOFF, Odete Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira Prática
Textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

OLIVEIRA, J. L. Texto acadêmico: técnicas de redação e de pesquisa científica. 6. ed.


Petrópolis: Vozes, 2009.

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