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Ed u c a ç ã o I n f a n t i l

Módulo II

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sucesso em sua carreira.

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Su m á r io

Mapa da Vizinhança...................................................................................... 3
Como Estimular o Uso de Números .......................................................... 4
A Motricidade Infantil................................................................................... 5
Formando Crianças Livres de Preconceitos ............................................. 7
Aprender e Brincar ..................................................................................... 11
A Ciência e a Educação Infantil ............................................................... 13
A Rotina na Educação Infantil .................................................................. 14
A Avaliação na Educação Infantil ............................................................ 21
A Importância da Música na Aprendizagem .......................................... 23
Música: Ingrediente Indispensável ......................................................... 24
A Música e o Desenvolvimento Afetivo .................................................. 25
As Modalidades de Textos Infantis.......................................................... 29
As Fábulas .................................................................................................... 29
Exemplos de Fábulas ................................................................................. 31
Contos de Fadas ......................................................................................... 33
Lendas........................................................................................................... 34
Poesia............................................................................................................ 35
Atividades para Educação Infantil ........................................................... 36
Dinâmicas para Educação Infantil ........................................................... 48

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M a pa da Vizin h a n ça
Um estágio mais avançado é o da construção de
mapas. Na Educação Infantil, é comum trabalhar as noções
de vizinhança: o entorno da escola, os caminhos feitos
pelo grupo regularmente e assim por diante. O desenho
gráfico na forma de mapa é considerado uma representação
intermediária, pois se coloca entre o enunciado oral (a
descrição que as crianças fazem do trajeto) e a solução
concreta do problema (um mapa de verdade, com escala e
referências objetivas).
Nessa fase, a intervenção do professor deve ser ainda maior no momento da
produção do material, pois a representação dos lugares no mapa, levando em conta a
posição deles, é algo complexo para essa faixa etária. Assim, é preciso criar outras
referências que façam sentido, como 'a casa do fulano' ou 'aquela praça grande'. A
professora Denise Ziviani conseguiu fazer a garotada desenhar um 'mapa do tesouro' para
indicar aos colegas como chegar a um lugar previamente definido. Com iniciativas assim, a
classe compreende que a produção gráfica (na confecção do mapa), a interpretação (na
leitura) e os ajustes necessários (caso alguma informação não esteja clara) são fundamentais.
No futuro, o estudo da geometria ficará mais fácil.
O tesouro do conhecimento
Conhecer a vizinhança por
meio de um mapa do tesouro. Foi
assim que a professora Denise
Ziviani apresentou os conteúdos de
proximidade, posição, lateralidade,
deslocamento e representação de
espaços para sua turma de 4 e 5
anos.
O projeto durou um
semestre e o interesse da garotada
por histórias de tesouros secretos
garantiu a participação de todos. A
classe foi dividida em dois grupos. Cada grupo montou um 'tesouro': fotos (recortadas de
revistas) de jóias e relógios. Tudo foi colocado dentro de uma caixa, que a garotada
escondeu antes de desenhar o mapa. "Falamos sobre os pontos principais do trajeto que
deveria ser feito desde a sala até o esconderijo e dei algumas pistas de locais de referência".
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O desafio era representar o trajeto de forma que o outro grupo encontrasse o tesouro. Em
vez de se preocupar com os conceitos envolvidos nos mapas tradicionais, as crianças
desenharam o passo-a-passo de olho no trajeto real e nas relações de vizinhança.

Com o Est im u la r o Uso de N ú m e r os


Aos 2 anos: Quando perguntarem a idade do seu
filho, resista à tentação de falar por ele. Em vez disso,
estimule-o a responder usando os dedos. Essa é uma ótima
oportunidade para ele começar a perceber a importância dos
números.
A partir dos 4 anos: Alguns jogos, como boliche (que pode ser improvisado com
garrafas plásticas cheias de areia), aproximam as crianças dos números e de conceitos de
geometria. Para descobrir quem venceu, é preciso contar as garrafas derrubadas. Incentive a
criança a brincar com esses jogos.
Depois dos 10 anos: Para crianças maiores, situações práticas são mais eficientes.
Afinal, elas já lidam com exercícios complexos na sala de aula. Assim, é válido propor que
calculem o preço final da lista de compras do supermercado, o preço total de um produto
anunciado em prestações, a quantidade de carne e de refrigerante para um churrasco etc.

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A M ot r icida de I n fa n t il
A Motricidade é o conjunto de funções de relação asseguradas pelo esqueleto,
os músculos e o sistema nervoso. O educador que atua no segmento da Educação Infantil
deve trabalhar a motricidade refinada das crianças, pois este é um pré-requisito
fundamental para a aquisição da escrita posteriormente, isto é, na alfabetização.
Para isso, é necessário disponibilizar às crianças materiais como massa de modelar
e pintura a dedo, que podem ser adquiridas em papelarias ou confeccionadas pelo próprio
educador; folhas de revista que possam ser rasgadas pelas crianças e depois coladas numa
folha branca; tesoura e cola para recorte e colagem; tabuleiro de areia, macarrões em forma
de argola ou a própria argola para serem enfiadas num barbante ou outro tipo de linha,
pelas crianças.

Outra atividade que os pequenos gostam muito e que pode ser realizada pelo
educador é a dramatização, cujos personagens são os dedos das mãos das crianças. O
educador desenha carinhas nos dedos dos alunos utilizando caneta hidrocor ou guache
colorida, e depois as crianças realizam dramatizações utilizando os dedos como
personagens das histórias. Elas podem utilizar também os fantoches de dedos nas
dramatizações.

O teatro de sombras também pode ser utilizado pelo educador e pelos alunos,
usando as mãos e dedos destes para formar os personagens atrás de uma tela construída
com papel sulfite.

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Outra atividade que pode ser realizada é o jogo da mímica, utilizando a linguagem
corporal, principalmente as mãos e os dedos do educador e das crianças. O educador pode
fazer gestos com as mãos que representem ações para que as crianças descubram qual é a
ação que está sendo praticada. Depois, uma criança realiza a mímica e as demais têm que
descobrir qual é a ação que está sendo realizada.
A atividade de modelagem na argila também pode ser utilizada.

O uso dos dedos dos telaios (material Montessoriano), de botão (para aprender a
abotoar e desabotoar), de colchete (para aprender a abrir e fechar o colchete), de velcron, de
cadarço (para aprender a amarrar o cadarço) também desenvolvem a motricidade refinada
das crianças.
Resumindo, atividades que envolvem os movimentos dos dedos das mãos são
fundamentais para o desenvolvimento da motricidade refinada das crianças na Educação
Infantil.

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For m a n do Cr ia n ça s Livr e s de Pr e conce it os
As crianças não são naturalmente preconceituosas.
Elas aprendem a ser com os adultos.
Aproveite essa fase essencial da vida de todo ser
humano, a infância, e valorize sentimentos e valores positivos
que esses pequenos e especiais seres trazem em si.
Sugiro duas formas de iniciar o projeto: uma para
alunos que ainda não dominam a escrita e outra para alunos
com domínio da escrita.
Começando o projeto com crianças de educação
infantil, 1ª e 2ª séries
Você pode começar a trabalhar o tema fazendo uma dinâmica. Sugerimos duas (se
você tiver outra, ótimo, mãos à obra):
A) Dinâmica das flores: leve flores de diferentes cores e formas para a classe e
deixe que cada aluno escolha uma. Depois, pergunte o que chamou a atenção deles para
escolher aquela flor. Peça-lhes que percebam as diferentes cores, o perfume, a textura, as
diferentes formas... Chame sua atenção para o fato de as flores serem diferentes e nem por
isso menos belas e apreciadas. Depois, peça que olhem uns para os outros. Assim como as
flores, cada um é diferente, mas não menos importante. Muitas coisas variam: cor e tipo de
cabelo, formato e cor dos olhos, tamanho do nariz, altura, cor da pele, etc.
B) Dinâmica das cores: leve um aparelho de som para a classe e coloque uma
música suave. Espalhe vários lápis ou gizes de cera de várias cores sobre a mesa e peça
para as crianças escolherem a cor que mais lhes agrada. Haverá cores iguais e cores
diferentes. Converse com elas sobre como seria o mundo se tudo fosse de uma só cor...
azul, por exemplo; e se tudo fosse amarelo? Ou vermelho? Será que elas comeriam uma
banana azul? Ou um morango cinza? Sim? Não? Por quê?
Você pode perguntar se é bom haver cores diferentes e por quê.
Depois, peça que olhem uns para os outros. Assim como as cores, cada um é
diferente. Muitas coisas variam: cor e tipo de cabelo, formato e cor dos olhos, tamanho do
nariz, altura, cor da pele... Pergunte que cor de lápis ou giz é mais parecido com a cor da
pele de cada um. (Caso algum aluno diga que sua cor é "feia", procure fazê-lo se sentir
valorizado, por meio das atividades sugeridas a seguir. Esse momento será propício para
melhorar a auto-estima dessa criança.)

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Começando o projeto com Jovens de 3ª e 4ª séries
O projeto é basicamente trocar idéias, debater e discutir para chegar a uma mudança
de atitude!
1. Discutindo preconceito de gênero/sexismo
2. Discutindo as diferenças (porte de deficiência, obesidade, etc.)
3. Discutindo preconceito racial e étnico
1) Discutindo preconceito de gênero/sexismo
Questione os alunos: "Menino brinca de boneca?" Você pode ler para eles
(ou com eles, no caso de alunos já alfabetizados) o livro Menino brinca de boneca?, de
Marcos Ribeiro (Editora Salamandra), e discutir esse mito.
Peça previamente aos alunos para trazerem de casa figuras de diversos
profissionais. Sente-se em roda com eles e analise as figuras. Que profissões são mais
retratadas? Essas profissões estão mais ligadas a homens ou a mulheres? Há profissões
predominantemente masculinas ou femininas? Por quê?
Faça cartazes com frases comumente ouvidas, como, por exemplo: "menino
não chora", "esta brincadeira não é para meninas", "menino não usa cor-de-rosa", "menina é
mais frágil que menino", "menina não senta de perna aberta", "menino não deve dançar
balé", etc.
Mostre os cartazes aos alunos e pergunte que outras frases eles já ouviram.
Questione por que dizem que meninos e meninas não podem fazer tais coisas. Quem
determinou isso? Se possível, traga gravuras que mostrem o contrário do que está escrito
nos cartazes.
Uma leitura muitíssimo interessante é o livro O menino que brincava de ser,
de Georgina da Costa Martins (Editora DCL). Nesse livro, um menino quer fazer o papel da
bruxa na peça da escola, mas esbarra no preconceito dos colegas, do pai e dos adultos. Um
tema delicado abordado de forma sensível e verdadeira. Depois de ler o livro com os
alunos, questione profissões ditas "de homem" e "de mulher". Peça que tragam reportagens
e depoimentos de homens e mulheres que não se submeteram a reproduzir os papéis
definidos a eles pela sociedade e decidiram fazer o que queriam. Se possível, traga algumas
dessas pessoas para conversar com a turma.
Observação: Nessa fase, é comum ouvir os meninos chamarem um colega de
"mulherzinha". Se você presenciar uma cena dessas, ajude seus alunos a compreender que
não é preciso ser grosseiro, rude e violento para ser masculino. Também não é ofensivo ser
mulher. Nessa hora, é interessante mostrar que em diversas culturas o homem tem atitudes

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que, para nós, são consideradas femininas e, no entanto, lá não são (na Turquia os homens
andam de mãos dadas, os russos se cumprimentam com beijos, etc.)
Peça que as crianças levem histórias em quadrinhos para a sala de aula
(Turma da Mônica, Walt Disney, etc.). Leia as histórias com eles e chame sua atenção para
o papel que é reservado às meninas. (São sempre as fofoqueiras? São choronas? São
consideradas frágeis?) E os meninos, como são retratados? (Ativos, líderes, espertos?)
Leia com eles alguns contos de fadas e analise o papel das mulheres (princesas esperando
ser salvas, cuja realização é casar e ser feliz para sempre).
Peça-lhes que reescrevam um conto de fadas, invertendo os papéis
masculinos e femininos. Se possível, dramatize o novo conto de fadas com a inversão de
papéis.
Sugestões de leitura:
Homem não chora, de Flávio de Souza. FTD.
O menino que brincava de ser, de Georgina da Costa Martins. Editora DCL.
Menino brinca de boneca?, de Marcos Ribeiro. Editora Salamandra.

2) Discutindo as diferenças (porte de deficiências, obesidade, etc.)


Alunos portadores de deficiência (física ou mental), alunos obesos, ou de baixa
estatura, que usam óculos, enfim, que possuem características físicas que chamam a
atenção também costumam sofrer algum tipo de discriminação e, comumente, são alvo de
piadas e comentários geralmente ofensivos por parte dos colegas e de alguns adultos.
Veja abaixo algumas atividades para trabalhar esse tema:
Montar um mural com personalidades que apresentam características físicas
que fogem aos padrões e questionar o conceito de feio e bonito.
Promover a leitura de livros que abordem a temática do preconceito.
Fazer dramatização dos livros lidos.
Organizar a turma em grupos e encarregar cada um de elaborar uma história
sobre uma criança com uma característica física ou mental especial. Terminadas as
histórias, organizá-las em um livro e se possível providenciar uma cópia para cada aluno.
Montar na sala de aula um mural onde as crianças possam desabafar. Se
durante o dia, alguém disser algo que ofenda ou magoe uma criança, ela escreve o que
aconteceu, quem foi o autor e deixa ali uma mensagem de desagravo para o ofensor.
Acompanhe o teor do que aparece escrito e converse com os conflitantes. Esse tipo de
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atitude poderá ajudar caso você tenha alunos comumente alvo de discriminação (seja por
raça, cor, tamanho, porte de alguma deficiência, etc.).
Sugestões de leitura
Somos todos iguais?, de Itamar Marcondes Farah e Nancy Costa Pagnanelli. Editora
Memnon.
Um menino especial, de Denise Milaré e Sylvia Maria Calipo. Editora Scipione.
Pedro Pé-de-valsa, de Denise Milaré e Sylvia Calipo. Editora Scipione.
Série Sempreviva (editora Ática):
Minha irmã é diferente, de Betty Wright. (deficiência mental)
Nem sempre posso ouvir vocês, de Joy Zelonky. (deficiência auditiva)
Não me chame de gorducha, de Barbara Philips. (obesidade infantil)
3) Discutindo preconceito racial e étnico
Peça que cada aluno monte a
sua história (e a da família), falando do bri
nquedo preferido, da comida de que mais
gosta, da família, etc. Monte um livro com
todas as histórias dos alunos e pergunte
"Como seria o mundo se todos fossem
iguais?".
Confecção de bonecos: é raro
encontrar no mercado bonecas negras,
orientais e indígenas, o que contribui para
reforçar a exclusão das crianças desses grupos.
Se houver a possibilidade, envolva mães, pais, parentes das crianças e confeccionem juntos
marionetes e bonecos que representem pessoas negras. Evite estereótipos (por exemplo,
negros sempre pobres, ou sempre jogadores de futebol.)
Monte com as crianças um teatrinho em que haja personagens "brancas,
negras e amarelas" em papéis de igual valor (evite dar sempre os papéis de destaque para
alunos brancos).
Monte um mural com os personagens preferidos das crianças. Verifique se
há algum negro ou oriental. Crie com os alunos personagens de diferentes etnias e envolva
as crianças na elaboração de uma história em quadrinhos (HQ) com esses personagens.
Aproveite o momento para trabalhar com a turma os diferentes povos que
formaram a atual população brasileira. Qual a ascendência de cada um? Divida a classe em
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grupos e encarregue cada um de pesquisar um povo e sua contribuição para a formação da
cultura brasileira: na língua, na alimentação, nos costumes, etc.
Depois de estudar os diferentes povos que colonizaram o Brasil e
contribuíram para a formação do povo brasileiro, monte com as crianças uma feira das
nações. Cada grupo pode usar trajes típicos, fazer performances, cantar, enfim, o que a sua
criatividade sugerir. Se possível, envolva toda a comunidade escolar nessa feira, abrindo-a
para a participação dos pais.

Apr e n de r e Br in ca r
Este tópico é especialmente útil aos pais:
quando as aulas terminam, a garotada só quer brincar e
praticamente esquecer que a escola existe. Nada mais
natural, depois de tantos meses de tarefas desafiadoras.
Mesmo assim, ainda é tempo de descobrir novos
conhecimentos - sem abrir mão da diversão. E os pais
podem ajudar com iniciativas simples, em casa mesmo.
Além disso, nessa época surgem várias
oportunidades de dar exemplos práticos de como trazer
o que foi aprendido na sala de aula para o cotidiano,
coisa que nem sempre acontece durante o ano letivo. A
criança valoriza muito o que o pai e a mãe acreditam, então, se faz algo considerado
importante em casa, vai desenvolver naturalmente essa relação entre o conteúdo da escola e
o dia-a-dia. Veja a seguir quatro dicas de como brincar com seu filho de maneira educativa
e não se esqueça: divirtam-se!
Cozinhar e Calcular
BOM PARA: Aprender sobre medidas e proporções
IDADE: De 6 a 10 anos
MATERIAL: Receita de docinho de leite em pó, ingredientes da receita, utensílios
de cozinha e avental
Ingredientes: 2 xícs. (chá) de açúcar 2 xícs. (chá) de leite em pó integral 200 ml de
leite de coco Cravo-da-índia
Modo de fazer: Peça a seu filho que junte,em uma vasilha grande, o açúcar e o leite
em pó. Acrescente o leite de coco e misture a massa. Faça bolinhas, ponha um cravo-da-
índia em cada uma e coloque em forminhas. Para a criança trabalhar matemática, sugira que
ela repita a receita com o dobro ou metade dos ingredientes. Deixe as medidas com ela!
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Pintar com o Pé!
BOM PARA: Melhorar a coordenação motora
IDADE: De 3 a 7 anos
MATERIAL: Papel e lápis
COMO FAZER: Coloque o papel no chão e peça à criança que o segure com o pé
esquerdo. Com o direito, ela deve desenhar ou escrever algo, segurando o lápis entre o
dedão e o indicador. Agora tente descobrir o desenho dela!

Caça ao Tesouro
BOM PARA: Desenvolver o pensamento lógico
IDADE: A partir dos 10 anos
MATERIAL: Uma caixa de chocolate, lápis e papel
COMO FAZER: A caixa de bombons será o tesouro. Esconda-a em algum lugar,
longe da vista das crianças. Escreva pistas (não podem ser muito fáceis!) e espalhe-as pela
casa. A idéia é estimular seu filho a pensar um pouco para descobrir o tesouro. Para
começar a caçada, entregue a primeira pista e deixe a molecada seguir adiante.

Escrever um Livro / Gibi


BOM PARA Estimular a leitura, a escrita e a imaginação
IDADE: A partir de 7 anos
MATERIAL: Papel, lápis, canetinhas, revistas, cola, giz de cera e grampeador
COMO FAZER: Peça à criança que invente uma história. Depois, dê folhas de papel
em branco para que ela possa escrever e ilustrar a própria história com figuras recortadas de
revistas. Faça uma capa para o livro, com título e nome do autor. Depois, grampeie as
páginas e guarde com carinho.

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A Ciê n cia e a Edu ca çã o I n fa n t il
Grande parte do que se fala
sobre o cérebro e a educação é
bobagem. Há um buraco entre o estado
atual da neurociência e sua aplicação
direta na sala de aula. Mesmo assim, os
professores têm acesso a vários
programas de ensino baseados no
cérebro.
Mas há descobertas quentes
envolvendo a aprendizagem como uma
atividade de todo o corpo. Quando um
professor entende o cérebro, conclui
que ele precisa de nutrientes, e o
aluno precisa estar bem alimentado;
que uma sala pouco ventilada
diminui a atenção e que a memória
depende do sono. Estudos nessa direção estão baseando as mudanças na maneira de educar.

A ciência diz que...


• Aprender é um processo fisiológico e envolve o bom funcionamento de todo o
organismo.
• Os adolescentes acordam mais tarde que as crianças. Estar desperto ajuda muito no
aprendizado.
• A atenção da criança dificilmente se mantém por mais que os primeiros 10
minutos da aula.
• Muitas avaliações sobre muito conteúdo num curto espaço do tempo dificultam a
memorização.
• Emoção e cognição não caminham separadas.
...E propõe uma escola assim:
• As aulas devem começar mais tarde, especialmente no ensino médio.
• A escola precisa ter exercício físico, boa ventilação, boa alimentação e fazer
exames de vista nos alunos.
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• Aulas mais curtas que os tradicionais 50 minutos, com pausas e exercícios
diferentes, para ajudar a memorização.
• Uma semana de provas faz mal ao aprendizado de longo prazo. É melhor espalhar
avaliações ao longo do tempo.
• A sala de aula precisa ser um ambiente agradável e o aprendizado, não hostil. Os
professores devem propor desafios em vez de ameaças.

A Rot in a n a Educa çã o I n fa n t il
A fim de possibilitar às crinças um ambiente onde elas possam pesquisar e expressar
os temas que desejam abordar nos projetos, o educador deve, desde o início do ano letivo,
organizar o espaço pedagógico (a sala de aula, demais espaços da escola, e outros espaços
que a comunidade possa oferecer), proporcionando diversas experiências às crianças.
Afinal, os temas não surgirão apenas da “espontaneidade” das crianças, mas de sua
interação com um meio ambiente rico e estimulante. Denominamos esta organização do
espaço pedagógico de rotina, e consideramos que, dentre inúmeras possibilidades, a rotina
deve oferecer às crianças momentos onde elas possam desenvolver as atividades
Hora da Roda
Este momento é presente na rotina de diversas instituições de
Educação Infantil, e, podemos afirmar, é um dos mais importantes
para a organização do trabalho pedagógico e o desenvolvimento das
crianças. Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando
sensações como acolhimento, segurança e de pertencer àquele
grupo, aos pequenos que vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e
mesmo brincadeiras tradicionais, como “adoleta” e “corre-cotia”, promovendo um
verdadeiro “ritual” de chegada. Após a chegada, o educador deve organizar a roda de
conversa, onde as crianças podem trocar idéias e falar sobre suas vivências. Aqui cabe ao
educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos
estejam sentados de forma que possam verem-se uns aos outros, além de fomentar as
conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada
um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais
são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver
atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e
linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás
contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às
crianças para que, depois, possam brincar sozinhas) e outras.

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Também na roda deverão ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo
trabalhados pela classe, além de se apresentar às crinças as atividades doa dia, abrindo,
também, um espaço para que elas possam participar do planejamento diário. O tempo de
duração da roda deve equilibrar as atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de
concentração/interação das crianças neste tipo de atividade.
Hora da Atividade
Neste momento da rotina, o professor organizará atividades onde a criança, através
de ações (mentais e concretas) poderá construir conhecimentos de diferentes naturezas:
Conhecimentos Físicos (cuja fonte é a observação e interação com os mais diversos
objetos, explorando as suas propriedades);
Conhecimentos Lógico-Matemáticos (resultado de ações mentais e reflexões sobre
os objetos, estabelecendo relações entre eles);
Conhecimentos Sociais (de natureza convencional e arbitrária, produzidos pelo
homem ao longo da historia – a cultura. Por exemplo, a leitura e a escrita, e conhecimentos
relacionados à Geografia, à história e a parte das Ciências Naturais).
As atividades que proporcionam a construção destes tipos de conhecimentos podem
estar ligadas aos temas dos projetos desenvolvidos pela classe, ou podem ser resultado do
planejamento do professor, criando uma sequência de atividades significativas. A
organização da sala de aula , para o desenvolvimento de tais atividades, deve proporcionar
às crianças a possibilidade de trocarem informações umas com as outras, e de se
movimentarem, e de atuarem com autonomia. Assim sendo, é importante que a disposição
dos móveis e objetos na sala torne possível: que as crianças sentem em grupos, ou próximas
umas das outras; que haja espaço para circulação na sala de aula e que os materiais que as
crinças necessitarão para desenvolver as atividades estejam ao seu alcance, e com fácil
acesso.
Estas atividades também podem ser realizadas em espaços fora da sala de aula,
como. Por exemplo, se a turma está desenvolvendo um projeto sobre insetos, pode dar uma
volta no jardim da escola, à procura de exemplares para o seu “Insetário”. De qualquer
modo, é necessário que o professor planeje as atividades oferecidas, que forneça às
crianças os materiais necessários para a sua realização e, sobretudo, esteja presente,
ouvindo as crianças e auxiliando-as, pois somente assim ele poderá compreender o
desenvolvimento das crianças e planejar atividades cada vez mais adequadas às
necessidades delas. Para realizar este acompanhamento, o professor pode planejar e
oferecer ao grupo atividades diversificadas, em que cada criança escolhe, dentre as várias
atividades disponíveis, em qual se engajará primeiro.

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Artes Plásticas
O trabalho com artes plásticas na Educação Infantil visa
ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a
capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos
diversos tipos de artes plásticas (escultura, pintura, instalações). Para
tal, o professor pode pesquisar e trazer, para a sala de aula, diversas
técnicas e materiais, a fim de que as crianças possam experimentá-las,
interagindo com elas a seu modo, e produzindo as suas próprias obras, expressando-se
através das artes plásticas. Assim, elas aumentarão suas possibilidades de comunicação e
compreensão acerca das artes plásticas. Também poderão conhecer obras e histórias de
artistas (dos mais diversos estilos, países e momentos históricos), apreciando-as e emitindo
suas idéias sobre estas produções, estimulando o senso estético e crítico.
Hora da História
Podemos dizer que o ato de contar histórias para as crianças está presente em todas
as culturas, letradas ou não letradas, desde os primórdios do homem. As crinças adoram
ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil,
enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Quando
já é capaz de ler com autonomia, a criança não perde o interesse de ouvir histórias contadas
pelo adulto; mas pode descobrir o prazer de contá-las aos colegas. Enfim, a “Hora da
História” é uma momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar)
e para a alfabetização, mostrando a função social da escrita. O professor pode organizar
este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula; incrementando com músicas,
fantasias, pinturas; organizando uma pequena biblioteca na sala; fazendo empréstimos de
livros para que as crianças leiam em casa, enfim, há uma infinidade de possibilidades.

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Hora da Brincadeira
Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas.
Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo
contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os
animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua
inteligência. Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o
brincar é visto como um “mal necessário”, oferecido apenas por que as
crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como “tapa-buraco”, para que o professor tenha
tempo de descansar ou arrumar a sala de aula. Acreditamos que a brincadeira é uma
atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias,
sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o
seu dia-a-dia.
A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver
com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos,
superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos
que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua
personalidade. Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos
tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os
brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc. Pode
pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha,
futebol, pique-pega, etc. Pode confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças,
ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio
brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc. Pode organizar,
na sala de aula, um cantinho dos brinquedos, uma “casinha” além de, é claro, realizar
diversas brincadeiras fora da sala de aula. Além disso, as brincadeiras podem despertar
projetos: pesquisar brinquedos antigos, fazer uma Olimpíada na escola, ou uma Copa do
Mundo, etc.

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Hora do Lanche/Higiene
Devemos lembrar que comer não é apenas uma
necessidade do organismo, mas também uma necessidade
psicológica e social. Na Bíblia, por exemplo, encontramos
dezenas de situações em que Jesus compartilhava refeições
com seus discípulos, fato que certamente marcou nossa
cultura. Em qualquer cultura os adultos (e as crianças) gostam
de realizar comemorações e festividades marcadas pela
comensalidade (comer junto). Por isso, a hora do lanche na
Educação Infantil não deve atender apenas às necessidades
nutricionais das crianças, mas também às psicológicas e
sociais: de sentir prazer e alegria durante uma refeição; de
partilhar e trocar alimentos entre colegas; de aprender a
preparar e cuidar do alimento com independência; de adquirir
hábitos de higiene que preservam a boa saúde. Por isto, a hora
do lanche também deve ser planejada pelo professor. A disposição dos móveis deve
facilitar as conversas entre as crinças; devem haver lixeiras e material de limpeza por perto
para que as crianças possam participar da higiene do local onde será desfrutado o lanche
(antes e depois dele ocorrer); deve haver uma cesta onde as crianças possam depositar o
lanche que desejam trocar entre si (estimulando a socialização e, ao mesmo tempo, o
cuidado com a higiene). Além disso, é importante que o professor demonstre e proporcione
às crianças hábitos saudáveis de higiene antes e depois do lanche (lavar as mãos, escovar os
dentes, etc.). O lanche também pode fazer parte dos projetos desenvolvidos pela turma:
pesquisar os alimentos ais saudáveis, plantar uma horta, fazer atividades de culinária,
produzir um livro de receitas, fazer compras no mercado para adquirir os ingredientes de
uma receita, dentre outras, são atividades às quais o professor pode dar uma organização
pedagógica que possibilite às crinças participar ativamente, e elaborar diversos projetos
junto com a turma.

18
Atividades Físicas/Parque

Fanny Abramovich lembra-nos, com muito humor, o papel usualmente atribuído ao


movimento nas nossas escolas: “Não se concebe que o aluno sequer possua um corpo. Em
movimento permanente. Que encontre respostas através de seus deslocamentos. Um corpo
que é fonte e ponte de aprendizagens, de reconhecimentos, de constatações, de saber, de
prazer. Basicamente, possui cabeça (para entender o que é dito) e mão (para anotar o que
é dito). Portanto, pode e deve ficar sentado o tempo todo da aula. Breves estiramentos,
andadelas rápidas, podem ser efetuadas nos intervalos. No mais, os braços são úteis para
segurar livros/cadernos/papéis e pés e pernas se satisfazem ao ser selecionados para
levantar/perfilar/sair. E basta.”.
Na Educação Infantil, o principal objetivo do trabalho com o movimento e
expressão corporal é proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo,
experimentando as possibilidades que ele oferece (força, flexibilidade, equilíbrio, entre
outras). Isto proporcionará a ela integrá-lo e aceitá-lo, construindo uma auto-imagem
positiva e confiante.
Para isso o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula,
onde a criança possa se movimentar. Alongamentos, ioga, circuitos, brincadeiras livres,
jogos de regras, tomar banho de mangueira, subir em árvores... são diversas as
possibilidades. O professor deve organizá-las e planejá-las, mas sempre com um espaço
para a invenção e colaboração da criança. O momento do parque também assume uma
conotação diferente. Não é apenas um intervalo para descanso das crianças e dos
professores. É mais um momento de desafio, afinal, há aparelhos, árvores, areia, baldinhos
e pás, pneus, cordas, bolas, bambolês e tantas brincadeiras que esses materiais oferecem. O
professor deve estar próximo, auxiliando e estimulando a criança a desenvolver a sua

19
motricidade e socialização, ajudando, também, a resolver os conflitos que surgem nas
brincadeiras quando, porventura, as crianças não forem capazes de solucioná-los sozinhas.
Atividades Extra-Classe
(Interação com a comunidade)
A sala de aula e o espaço físico da escola não são os únicos espaços pedagógicos
possíveis na Educação Infantil. Em princípio, qualquer espaço pode tornar-se pedagógico,
dependendo do uso que fazemos dele. Praças, parques, museus, exposições, feiras, cinemas,
teatros, supermercados, exposições, galerias, zoológicos, jardins botânicos, reservas
ecológicas, ateliês, fábricas e tantos outros. O professor deve estar atento à vida da
comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se
relacionem aos projetos desenvolvidos na classe, ou que possam ser o início de novos
projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto político-pedagógico da
instituição, que não precisa ser confinando à área da escola. Podem haver até mesmo
intercâmbios com outras instituições educacionais.
A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança
sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior facilidade
de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina
desestruturada pode causar. Entretanto, como vimos, a rotina não precisa ser rígida, sem
espaço para invenção (por parte dos professores e das crianças). Pelo contrário, a rotina
pode ser rica, alegre e prazerosa, proporcionado espaço para a construção diária do
projeto político-pedagógico da instituição de Educação Infantil. Vale, ainda, lembrar que a
dinâmica de um grupo de crianças é maior que a rotina da creche. Isto é, a rotina aqui
proposta é apenas uma sugestão, pois a melhor rotina para cada grupo de crianças só pode
ser estabelecida pelo seu professor, no contato diário com as crianças.

20
A Ava lia çã o n a Edu ca çã o I n fa n t il
Nenhuma proposta de organização do trabalho
pedagógico está completa sem expressar sua concepção sobre
avaliação. Afinal, a forma como os educadores realizam suas
avaliações sobre os alunos expressam, em último grau, a sua
concepção de educação. Seja como uma educação repressora e
bancária, onde o professor deposita o conhecimento, que o
aluno deve reproduzir. Ou como uma educação progressista e
democratizadora, voltada para o pleno desenvolvimento do ser humano, de sua consciência
crítica, de sua capacidade de ação e reação. Nesta última visão a avaliação não tem a função
de medir, comparar, classificar, e aprovar/reprovar, excluindo aqueles que não chegam ao
padrão preestabelecido. Mas a função de proporcionar ao professor uma melhor
compreensão sobre a aprendizagem dos alunos, avaliando constantemente o trabalho
pedagógico por ele oferecido aos alunos, a fim de poder superar as dificuldades
encontradas.
No que se refere à Educação Infantil, esta postura avaliativa significa a adoção
deposturas contrárias à constatação e registro de resultados alcançados pela criança a partir
de ações dirigidas pelo professor, buscando, ao invés disso, ser coerente à dinâmica do seu
processo de desenvolvimento, a partir do acompanhamento permanente da ação da criança
e da confiança na evolução do seu pensamento. Tal postura avaliativa mediadora parte do
princípio de que cada momento de sua vida representa uma etapa altamente significativa e
precedente as próximas conquistas, devendo ser analisado no seu significado próprio e
individual em termos de estágio evolutivo de pensamento, de suas relações interpessoais. E
percebe-se, daí, a necessidade do educador abandonar listagens de comportamentos
uniformes, padronizados, e buscar estratégias de acompanhamento da história que cada
criança vai constituindo ao longo de sua descoberta do mundo. Acompanhamento no
sentido de mediar a sua ação, favorecendo-lhe desafios, tempo, espaço e segurança em suas
experiêncasi.
Esta proposta de avaliação concebe o professor/adulto como mediador. Isto
significa que não é esperado que, na avaliação, a criança reproduza os conhecimentos que o
professor transmitiu. Pois aqui o professor não é a única “fonte” de conhecimento. O
conhecimento surge da relação que a criança estabelece com as outras crianças (de
diferentes idades), com os adultos (pais, professores, e outros) com o meio ambiente e com
a cultura. Portanto, ela jamais irá reproduzir uma informação recebida, mas sim irá fazer a
leitura desta informação, de acordo com os recursos de que dispõe.

21
O professor, as outras crianças, o meio, a cultura, todos estes elementos são
agentes mediadores entre a criança e a informação. Entre conhecimento e
desenvolvimento. Entre cultura e inovação.
Por isto, não há como avaliar a criança de acordo com expectativas
preestabelecidas pelo adulto. Não é possível preencher listas, formulários ou boletins,
pois isto tudo significaria comparar e medir, classificando as crianças. O registro da
avaliação deve ser o registro da história vivida pela criança, no período descrito. Desta
forma podem ser utilizados relatórios descritivos e porta-fólios, por exemplo. Quanto aos
relatórios descritivos, estes devem ser elaborados de maneira que ao mesmo tempo que
refaz e registra a história do seu processo dinâmico de construção do conhecimento, sugere,
encaminha, aponta possibilidades da ação educativa para pais, educadores e para a própria
criança. Diria até mesmo que apontar caminhos possíveis e necessários para trabalhar com
ela é o essencial num relatório de avaliação, não como lições de atitudes à criança ou
sugestões de procedimentos aos pais, mas sob a forma de atividades a oportunizar,
materiais a lhe serem oferecidos, jogos, posturas pedagógicas alternativas na relação com
ela.
Enfim, esta é uma proposta de avaliação em que não apenas a criança é avaliada,
mas todo o trabalho pedagógico oferecido a ela também é avaliado, repensado e
modificado sempre que necessário. Não é uma avaliação final, pontual, retratando um único
momento da criança. Mas uma avaliação processual, que, entretanto, é registrada
periodicamente.

22
A I m por t â n cia da M ú sica n a Apr e ndiza ge m
A presença da música na vida dos
seres humanos acompanha a história da
humanidade. Haja vista, que a mesma é uma
fonte inesgotável e incontestável de
recursos, exerce as mais diferentes funções.
Ela está presente em todas as culturas, em
todas as épocas, sendo vista como uma
linguagem universal, que ultrapassa as
barreiras do tempo e do espaço.
No entanto a forma pela qual a
música, como linguagem acontece no seio
dos diferentes grupos sociais é bastante
diversificada.
A música que é vivenciada em uma
cerimônia de Quarup, no Parque do Xingu, por exemplo, tem um caráter bastante diverso
da música que colocamos no CD player do nosso carro; o mantra entoado em um templo
budista, por sua vez, não apresenta a mesma função de um canto de lavadeiras do Rio São
Francisco.
Apesar dessas diferentes funções, em todas essas situações e em muitas outras, a
música acompanha os seres humanos em quase todos os momentos de sua jornada no
planeta Terra. E, particularmente nos dias atuais, deve ser vista como uma das mais
importantes formas de comunicação entre os seres humanos.
Entretanto, há várias décadas a mesma encontra-se praticamente ausente das escolas
brasileiras. Esta ausência, sentida desde os primeiros anos de escolaridade, vem justificar a
preocupação quanto à democratização ao acesso das artes em geral no país.
Em tempos não muito distantes, em nossas lembranças era comum ouvir vozes de
crianças cantando, nas escolas, enquanto elas brincavam e se divertiam. A música e os
cantos infantis exerciam papel fundamental na vida da criança, estimulando a percepção e
auxiliando no desenvolvimento da mesma. Atualmente a escola está afônica, adormecida,
contaminada pelo som mecânico, alienadas pela música que toma conta dos corredores e
massifica o inconsciente como um “vírus”, que penetra nos ouvidos das crianças e de quem
quer que esteja no espaço escolar.

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Música: Ingrediente Indispensável
A música, presença viva no dia-a-dia, integra aspectos cognitivos, afetivos,
sensíveis, sociais, culturais e até mesmo estéticos, vem ancorar projetos inter, multi e
transdisciplinares com outras áreas de conhecimento: movimento, artes visuais, expressão
cênica, etc... tornando possível articular o aprendizado escolar com a sua vida diária. Por
que é tão pouco usada por professores na Educação Infantil?
Analisando algumas práticas desenvolvidas, podemos perceber que a música como
objeto de produção do conhecimento, torna-se um ingrediente indispensável ao professor
como coadjuvante integral das potencialidades das crianças no cotidiano escolar. Por meio
dela, é possível perceber diversas emoções, apurar os sentidos, atentar a criança para o
aprendizado, oportunizar-lhe momentos criativos e espontâneos, tornando-a crítica.
Ao mesmo tempo que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela, por
seu caráter relaxante, pode estimular a absorção de informações, isto é; a aprendizagem.
LOSAVOV, cientista búlgaro afirma que:
“ouvindo música clássica, lenta, a pessoa passa do nível alfa (alerta) para o nível
beta (relaxados, mas, atentos); baixando a ciclagem cerebral, aumentam as atividades dos
neurônios e as sinapses tornam-se mais rápidas, facilitando a concentração e a
aprendizagem”
Diante da realidade brasileira, a educação musical na Educação Infantil e nas
séries iniciais do Ensino Fundamental não apresenta características próprias, identidade de
saber escolar, nem possibilidades de acesso à prática musical, em que se articulam
experiências adquiridas tanto fora quanto dentro do sistema escolar de ensino.,
Enfim, o que podemos conceber, por intermédio da música é que efetivamente a
prática dessa estratégia de trabalho seja pelo aprendizado de um instrumento, seja pela
apreciação, potencializa a aprendizagem cognitiva, especialmente no tocante ao raciocínio
lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato.
Sendo um lugar privilegiado para o desenvolvimento da atividade musical, já que a
criança se expressa espontaneamente sonora e corporalmente, a educação infantil é o
momento mais indicado para se iniciar o trabalho sistemático com música.
No entanto a música está presente em todos os momentos da nossa vida. É uma das
formas mais importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no
contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente e a voz
por ser um instrumento musical delicado que precisa de cuidados especiais se utilizada mal,
corremos o risco de perdê-la ou machucá-la. Prestar atenção à voz falada e cantada dos
alunos é uma atividade corriqueira dos professores. Nesse caso, se observarmos qualquer

24
problema com a voz das crianças, uma rouquidão constante, palavras pronunciadas de
forma diferente ou perda de voz, devemos encaminhá-la a um fonoaudiólogo.
A Música e o Desenvolvimento Afetivo
A afetividade humana tem sido, por diversas vezes
menosprezada pela sociedade tecnicista e voraz, a qual
pertencemos. Nesse campo de desenvolvimento lidamos com
os efeitos da prática musical que se mostram claros, primam
por acalmar indivíduos, quando expostos a uma melodia
serena e dependendo da aceleração do andamento da música,
ficam mais alertas.
Nossos avós já sabiam acalmar os bebês, colocando-os
junto ao peito, deixando-o mais calmo. Segundo a explicação
cientifica, é que nessa posição o bebê sente as batidas do
coração de quem o está segurando, o que remete ao que ele ouvia ainda no útero, isto, é o
coração da mãe. Além disso, a eficácia, das canções de ninar é a prova concreta de que a
música e o afeto se unem em uma alguimia mágica para a criança.
Inúmeras pesquisas desenvolvidas em diferentes países confirmam que a
influencia da música no desenvolvimento da criança é insubstituível. Algumas delas
demonstram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações a estímulos sonoros.
O som é uma onda invisível, e por meio da percepção tornamos esse invisível, visível,
respeitando a medida do tempo no tempo da medida e de suas direções. Sendo um
fenômeno sonoro, a música só pode ser pensada, construída, descoberta, manipulada,
refletida, representada, reproduzida, etc... com sons, pois ela é presença concreta e assim se
realiza.
Dessa forma, a música não é abstrata, nem é pura descarga de emoções, ela é
objeto de conhecimento palpável que deve ser descoberto pelas crianças a partir do seu
fazer musical.
Portanto, a noção do conhecimento musical, surge da ação da criança com a música,
cuja característica primordial é o movimento simultâneo e sucessivo de seus elementos.
Assim, dentro de um processo ativo e lúdico a criança poderá construir seu conhecimento
musical, quando interagir com objetos sonoros existentes em seu contexto social.

A importância da música para o desenvolvimento afetivo


Um outro campo de desenvolvimento da música é a afetividade humana. Nós que
lidamos com crianças percebemos isso.

25
Em pesquisa realizada na Universidade de Toronto, no Canadá, comprovou algo que
muitos pais e educadores já imaginavam: os bebês tendem a permanecer mais calmos
quando expostos a uma melodia serena e dependendo da aceleração da música, ficam mais
alertas e espertos.
Por isso, a linguagem musical tem sido apontada como uma das áreas de
conhecimento mais importantes a serem trabalhadas na educação infantil, ao lado da
linguagem oral e escrita, raciocínio lógico-matemático, artes cênicas, etc.
Assim, o ensino de música nas escolas é uma forma de propiciar aos alunos o
entendimento e desenvolvimento desse domínio, que, por ser especializado, poderá
contribuir para o seu desenvolvimento global. As justificativas dos profissionais, entretanto,
sugerem que o entendimento e desenvolvimento da música como domínio único não parece
algo relevante em si mesmo.
Não se trata de questionar a capacidade da música em contribuir com o
desenvolvimento da personalidade, sensibilidade, corpo e intelecto ou com a aquisição de
conhecimento em outras áreas curriculares, uma vez que a música não parece se justificar
como disciplina escolar específica, visto que seus valores e benefícios também poderiam
ser desenvolvidos por outros componentes curriculares. A música pode ser algo benéfico
aos alunos e não algo necessário ou fundamental à formação dos mesmos. A idéia de
que a educação musical escolar deveria servir a algum fim que não ela própria, às
atividades educativo-musicais deveriam conduzir ao desenvolvimento de algo diferente da
própria música.
Dito de outra forma a música deveria contribuir para reconhecer algo valoroso no
desenvolvimento da capacidade de compreender e vivenciar as atividades lúdicas dentre as
várias práticas humanas, como uma dimensão fundamental da cultura, algo que permeia a
vida de seus alunos, tanto na escola quanto fora dela.

A importância da música para o desenvolvimento cognitivo


Como ja abordamos anteriormente, a música é de grande importância para o
desenvolvimento cognitivo da criança. Outra idéia que pode estar fundamentando as
justificativas dos profissionais refere-se ao caráter “subjetivo” das vivências e
aprendizagens musicais que ocorrem em sala de aula. Se elas não podem ser
compartilhadas e, consequentemente, avaliadas, não parece ser possível justificar o ensino
de música como uma forma de propiciar algo que não pode ser compartilhado nem
avaliado.
Se não é possível definir um conjunto de saberes a ser desenvolvido pelos alunos,
avaliar as aprendizagens dos mesmos e fornecer argumentos capazes de mostrar as
26
contribuições específicas da música no currículo escolar, o trabalho concebido e
concretizado no âmbito escolar tem sua relevância comprometida e a música, como
disciplina curricular, acaba sendo desvalorizada e isolada dentro da própria escola.
Nesse sentido, o isolamento da área de música também pode estar relacionado à
escassez de argumentos, por parte dos próprios profissionais, capazes de mostrar aos
demais participantes da escola a relevância da disciplina e daquilo que acontece em sala de
aula. Com isso, as aulas de música não conseguem alcançar a importância, o status e os
propósitos buscados pelos profissionais.
De acordo com Piaget, não existem estados afetivos sem elementos cognitivos,
assim como não existem comportamentos puramente cognitivos. Quando discute os papéis
da assimilação e da acomodação cognitiva, afirma que esses processos da adaptação
também possuem um lado afetivo: na assimilação, o aspecto afetivo é o interesse em
assimilar o objeto ao self (o aspecto cognitivo é a compreensão); enquanto na acomodação
a afetividade está presente no interesse pelo objeto novo (o aspecto cognitivo está no ajuste
dos esquemas de pensamento ao fenômeno).
Nessa perspectiva, o papel da afetividade para Piaget é funcional na inteligência.
Ela é a fonte de energia de que a cognição se utiliza para seu funcionamento.

A importância da música para o desenvolvimento social


A música também traz efeitos muito significativos no campo do desenvolvimento
social da criança, sendo de suma importância do ponto de vista da maturação individual,
isto é, do aprendizado das regras sociais por parte da criança. Quando uma criança brinca
de roda, por exemplo, ela tem a oportunidade de vivenciar de forma lúdica às situações de
perda, escolha, decepção, dúvida, afirmação, entre outros fatores.
Segundo a fenomenologia social, assumimos o mundo cotidiano como um mundo
intersubjetivo; um mundo que existia muito antes de nosso nascimento e que nos é dado
para nossa experiência e interpretação de uma forma organizada, não somente como um
mundo físico e natural, mas também como um mundo sociocultural.
Toda interpretação desse mundo se baseia num estoque de experiências anteriores
dele, as nossas próprias experiências e aquelas que nos são transmitidas por nossos pais e
professores, as quais, na forma de ‘conhecimento à mão’, funcionam como um código de
referência.
O “código de referência” de cada ator, portanto, deriva não somente de sua própria
experiência e interpretação do mundo, mas também das muitas e diversas experiências e

27
interpretações vividas por seus semelhantes, sejam eles seus predecessores e/ou
contemporâneos, e a ele transmitidas.

É possível dizer que cada professor constrói uma forma pessoal de conceber e
concretizar o ensino de música nas escolas. Entretanto, essa forma pessoal não é
construída num vazio social. As concepções e ações dos professores também derivam da
experiência e interpretação de outras pessoas; daquilo que vem sendo construído e que lhes
foi transmitido acerca do ensino de música.
A música vai além do cantar. O interessante é que o professor acredita que a música
seja apenas o cantar, mas para que haja música deve haver movimento, pois cada som nasce
de um movimento. O som é a onda invisível e através da sua percepção tornamos esse
invisível, visível; respeitando a medida do tempo no tempo, da medida de suas direções.
Sendo um fenômeno sonoro, a música só pode ser pensada, construída, descoberta,
etc..., através de um objeto palpável que deve ser descoberto pelas crianças a partir de seu
fazer musical.
A noção do conhecimento em música surge da ação da criança com a música, a
criança poderá construir seu conhecimento musical, quando interagir com os objetos
sonoros existentes em seu contexto social. Entende-se por objetos sonoros, todo objeto
produzido ou percebido como som, desde que organizado dentro de uma perspectiva
estética intencionada como música ou como ato de audição. Nesse caso envolverá tanto o
som da voz, quanto os instrumentos musicais definidos, os ruídos, buzinas, campainhas,
canto de aves, ruídos de animais, entre outros. O que define o objeto sonoro é a organização
integrada dos elementos sonoros construídos pelo homem como música.

28
As M oda lida de s de Te x t os I n fa n t is
As Fábulas

A Fábula é uma narrativa alegórica de uma situação


vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem
por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses
textos espelha a moralidade social da época e o caráter
pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de
comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e
o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta
que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das
fábulas com letras vermelhas ou douradas para destacar.

A presença dos animais deve-se, sobretudo, ao convívio mais efetivo entre homens
e animais naquela época. O uso constante da natureza e dos animais para a alegorização da
existência humana aproximam o público das "moralidades". Assim apresentam similaridade
com a proposta das parábolas bíblicas.

Algumas associações entre animais e características humanas, feitas pelas fábulas,


mantiveram-se fixas em várias histórias e permanecem até os dias de hoje.

leão - poder real


lobo - dominação do mais forte
raposa - astúcia e esperteza
cordeiro - ingenuidade

A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico.


As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos
humanos através de animais. Acreditavam que a moral, para ser assimilada, precisava da
alegria e distração contida na história dos animais que possuem características humanas.
Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente.

A fabulação ou afabulação é a lição moral apresentada através da narrativa. O


epitímio constitui o texto que explicita a moral da fábula, sendo o cerne da transmissão dos
valores ideológicos sociais.

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Acredita-se que esse tipo de texto tenha nascido no século XVIII a.C., na Suméria.
Há registros de fábulas egípsias e hindus, mas atribui-se à Grécia a criação efetiva desse
gênero narrativo. Nascido no Oriente, vai ser reinventado no Ocidente por Esopo (Séc. V
a.C.) e aperfeiçoado, séculos mais tarde, pelo escravo romano Fedro (Séc. I a.C.) que o
enriqueceu estilisticamente. Entretanto, somente no século X, começaram a ser conhecidas
as fábulas latinas de Fedro.

Ao francês Jean La Fontaine (1621/1692) coube o mérito de dar a forma definitiva a


uma das espécies literárias mais resistentes ao desgaste dos tempos: a fábula, introduzindo-
a definitivamente na literatura ocidental. Embora tenha escrito originalmente para adultos,
La Fontaine tem sido leitura obrigatória para crianças de todo mundo.

Podem-se citar algumas fábulas imortalizadas por La Fontaine: "O lobo e o


cordeiro", "A raposa e o esquilo", "Animais enfermos da peste", "A corte do leão", "O leão
e o rato", "O pastor e o rei", "O leão, o lobo e a raposa", "A cigarra e a formiga", "O leão
doente e a raposa", "A corte e o leão", "Os funerais da leoa", "A leiteira e o pote de leite".

O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para


crianças às fábulas, muitas delas adaptadas de Fontaine. Dessa coletânea, destacam-se os
seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A
galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".

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Exemplos de Fábulas
A Águia e a Gralha
Uma Águia, saindo do seu ninho no alto de um
penhasco, capturou uma ovelha e a levou presa às suas
fortes garras. Uma Gralha, que testemunhara a tudo,
tomada de inveja, decidiu que poderia fazer a mesma coisa.
xxx Ela então voou para alto e tomou impulso, e com
grande velocidade, atirou-se sobre uma ovelha, com a
intenção de também carregá-la presa às suas garras.
xxxx Ocorre que estas acabaram por ficar embaraçadas
no espesso manto de lã da Ovelha, e isso a impediu
inclusive de soltar-se, embora o tentasse com todas as suas
forças.
xxxx O Pastor das ovelhas, vendo o que estava
acontecendo, capturou-a. Feito isso, cortou suas penas, de
modo que não pudesse mais voar. À noite a levou para
casa, e entregou como brinquedo para seus filhos.
“Que pássaro engraçado é esse?”, perguntou um deles.
“Ele é uma Gralha meus filhos. Mas se você lhe perguntar, ele dirá que é uma
Águia.”
Autor: Esopo
Moral da História:
Não devemos permitir que a ambição nos conduza para além dos nossos limites.

O Gato de o Galo
Um gato, ao capturar um galo, ficou imaginando como achar uma desculpa,
qualquer que fosse, para justificar o seu desejo de devorá-lo.

Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não
deixava ninguém dormir.
O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles
podiam acordar cedo para não perder a hora do trabalho.

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O gato respondeu; "Apesar de você ter uma boa desculpa eu não posso ficar sem
jantar." E assim comeu o galo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa para tornar legítimas suas
ações.

O Cachorro, o Galo e a Raposa

Um Cachorro e um Galo que viajavam juntos,


resolveram se abrigar da noite, em uma árvore. O Galo se
acomodou num galho no alto, enquanto o cão deitou-se num
oco, na base do tronco da mesma. Quando amanheceu, o
Galo, como de costume, cantou ao despertar.
Uma Raposa, que procurava comida ali perto, ao
escutar o canto, se aproximou da árvore, e foi logo dizendo o
quanto lhe agradaria conhecer de perto, o dono de tão
extraordinária voz.
“Se você me permitir”, ela disse, “Ficarei muito
grato de passar o dia em sua companhia, apreciando sua
voz.”
O Galo então disse: “Senhor, por favor, dê a volta
na árvore, e peça para meu porteiro lhe abrir a porta, pois eu o receberei de bom
grado.”
Quando a Raposa se aproximou da árvore, o Cachorro a atacou afugentando-a para
longe.
Autor: Esopo

Moral da História:
Quem age de má fé, cedo ou tarde acaba por cair na própria armadilha

32
Con t os de Fa da s
Quem lê "Cinderela" não imagina que há registros de que essa história já era
contada na China, durante o século IX d. C.. E, assim como tantas outras, tem-se
perpetuado há milênios, atravessando toda a força e a perenidade do folclore dos povos,
sobretudo, através da tradição oral.
Pode-se dizer que os contos de fadas, na versão literária, atualizam ou reinterpretam,
em suas variantes questões universais, como os conflitos do poder e a formação dos valores,
misturando realidade e fantasia, no clima do "Era uma vez...".
Por lidarem com conteúdos da sabedoria popular, com conteúdos essenciais da
condição humana, é que esses contos de fadas são importantes, perpetuando-se até hoje.
Neles encontramos o amor, os medos, as dificuldades de ser criança, as carências (materiais
e afetivas), as auto-descobertas, as perdas, as buscas, a solidão e o encontro.
Os contos de fadas caracterizam-se pela presença do elemento "fada".
Etimologicamente, a palavra fada vem do latim fatum (destino, fatalidade, oráculo).
Tornaram-se conhecidas como seres fantásticos ou imaginários, de grande beleza,
que se apresentavam sob forma de mulher. Dotadas de virtudes e poderes sobrenaturais,
interferem na vida dos homens, para auxiliá-los em situações-limite, quando já nenhuma
solução natural seria possível.
Podem, ainda, encarnar o Mal e apresentarem-se como o avesso da imagem anterior,
isto é, como bruxas. Vulgarmente, se diz que fada e bruxa são formas simbólicas da eterna
dualidade da mulher, ou da condição feminina.
O enredo básico dos contos de fadas expressa os obstáculos, ou provas, que
precisam ser vencidas, como um verdadeiro ritual iniciático, para que o herói alcance sua
auto-realização existencial, seja pelo encontro de seu verdadeiro "eu", seja pelo encontro da
princesa, que encarna o ideal a ser alcançado.
Estrutura básica dos contos de fadas
Início - nele aparece o herói (ou heroína) e sua dificuldade ou
restrição. Problemas vinculados à realidade, como estados de carência, penúria,
conflitos, etc., que desequilibram a tranquilidade inicial;
Ruptura - é quando o herói se desliga de sua vida concreta, sai da
proteção e mergulha no completo desconhecido;
Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções
no plano da fantasia com a introdução de elementos imaginários;

33
Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades,
potencialidades e polaridades opostas;
Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação,
florescimento, colheita e transcendência.

Le n da s
Nas primeiras idades do mundo, os seres humanos não
escreviam, mas conservavam suas lembranças na tradição oral.
Onde a memória falhava, entrava a imaginação para suprir-lhe a
falta. Assim, esse tipo de texto constitui o resumo do assombro e
do temor dos seres humanos diante do mundo e uma explicação
necessária das coisas da vida.
A lenda é uma narrativa baseada na tradição oral e de
caráter maravilhoso, cujo argumento é tirado da tradição de um
dado lugar. Sendo assim, relata os acontecimentos numa mistura
entre referenciais históricos e imaginários. Um sistema de lendas que tratem de um mesmo
tema central constiruem um mito (mais abrangente geograficamente e sem fixação no
tempo e no espaço).
A respeito das lendas, registra o folclorista brasileiro Câmara Cascudo no livro
Literatura Oral no Brasil:
Iguais em várias partes do mundo, semelhantes há dezenas de séculos, diferem em
pormenores, e essa diferenciação caracteriza, sinalando o típico, imobilizando-a num ponto
certo da terra. Sem que o documento histórico garanta veracidade, o povo ressuscita o
passado, indicando as passagens, mostrando, como referências indiscutíveis para a
verificação racionalista, os lugares onde o fato ocorreu.
A lenda tem caráter anônimo e, geralmente, está marcada por um profundo
sentimento de fatalidade. Tal sentimento é importante, porque fixa a presença do Destino,
aquilo contra o que não se pode lutar e demonstra o pensamento humano dominado pela
força do desconhecido.
O folclore brasileiro é rico em lendas regionais. Destacam-se entre as lendas
brasileiras os seguintes títulos: "Boitatá", "Boto cor-de-rosa", "Caipora ou Curupira", "Iara",
"Lobisomem", "Mula-sem-cabeça", "Negrinho do Pastoreio", "Saci Pererê" e "Vitória
Régia".
Nas primeiras idades do mundo, os homens não escreviam. Conservavam suas
lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a imaginação para supri-la e
a imaginação era o que povoava de seres o seu mundo.
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Todas as formas expressivas nasceram, certamente, a partir do momento em que o
homem sentiu necessidade de procurar uma explicação qualquer para os fatos que
aconteciam a seu redor: os sucessos de sua luta contra a natureza, os animais e as
inclemências do meio ambiente, uma espécie de exorcismo para espantar os espíritos do
mal e trazer para sua vida os atos dos espíritos do bem.
A lenda, em especial as mitológicas, constitui o resumo do assombro e do temor do
homem diante do mundo e uma explicação necessária das coisas. A lenda, assim, não é
mais do que o pensamento infantil da humanidade, em sua primeira etapa, refletindo o
drama humano ante o outro, em que atuam os astros e meteoros, forças desencadeadas e
ocultas.
A lenda é uma forma de narrativa antiquíssima, cujo argumento é tirado da tradição.
Relato de acontecimentos, onde o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o
verdadeiro.
Geralmente, a lenda está marcada por um profundo sentimento de fatalidade. Este
sentimento é importante, porque fixa a presença do Destino, aquilo contra o que não se
pode lutar e demonstra, irrecusavelmente, o pensamento do homem dominado pela força do
desconhecido.
De origem muitas vezes anônima, a lenda é transmitida e conservada pela tradição
oral.

Poe sia
O gênero poético tem uma configuração distinta dos demais
gêneros literários. Sua brevidade, aliada ao potencial simbólico
apresentado, transforma a poesia em uma atraente e lúdica forma de
contato com o texto literário.
Há poetas que quase brincam com as palavras, de modo a cativar as
crianças que ouvem, ou lêem esse tipo de texto. Lidam com toda uma
ludicidade verbal, sonora e musical, no jeito como vão juntando as palavras e acabam por
tornar a leitura algo muito divertido.
Como recursos para despertar o interesse do pequeno leitor, os autores utilizam-se
de rimas bem simples e que usem palavras do cotidiano infantil; um ritmo que apresente
certa musicalidade ao texto; repetição, para fixação da idéias, e melhor compreensão dentre
outros.
Pode-se refletir, acerca da receptividade das crianças à poesia, lendo as
considerações de Jesualdo:

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(...) a criança tem uma alma poética. E é essencialmente criadora. Assim, as
palavras do poeta, as que procuraram chegar até ela pelos caminhos mais naturais, mesmo
sendo os mais profundos em sua síntese, não importa, nunca serão melhor recebidas em
lugar algum do que em sua alma, por ser mais nova, mais virgem (...)

At ivida de s pa r a Educa çã o I n fa n t il

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37
Escreva o número que a professora ditar e depois pinte a quantidade de cada número:

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Complete as quantidades:

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Atividades para Ensino Fundamental

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D in â m ica s pa r a Educa çã o I n fa n t il
Brincando com o barbante

Grupo: alunos de pré-escola à 4a série.

Objetivos: a dinâmica é uma ótima oportunidade para você observar melhor o


comportamento da turma.

Tempo: 1 aula

Local: A brincadeira pode acontecer na classe ou no pátio, dependendo do tamanho da


turma.

Material: bastam um rolo de barbante e uma tesoura sem ponta para começar a
brincadeira.

Desenvolvimento: Forme com os alunos uma grande roda e, em seguida, cada criança
mede três palmos do cordão, corta para si e passa o rolo adiante. Sugira que cada um
brinque com o seu pedacinho de barbante.
Balançando o cordão no ar ou formando uma bolinha com ele, por exemplo, as
crianças podem perceber sua textura, flexibilidade e versatilidade. Depois, toda a turma,
incluindo o professor, cria no chão um desenho com o seu pedaço de barbante.

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Prontas as obras, o grupo analisa figura por figura. Comentários e interpretações são
muito bem-vindos.
Após percorrer toda a exposição, cada um desfaz o seu desenho e amarra, ponta
com ponta, seu barbante ao dos vizinhos.
Abaixados ao redor desse grande círculo feito de cordão, as crianças devem criar
uma única figura.
Proponha que refaçam juntos, alguns dos desenhos feitos individualmente. No final,
em círculo, a turma conversa sobre o que cada um sentiu no decorrer da brincadeira.
Enquanto as crianças escolhem juntas qual o desenho irão fazer e colocam a idéia
em prática, o professor aproveitará para observá-las. Nessa fase da brincadeira surgem
muitas idéias e cada aluno quer falar mais alto que o colega.
Alguns buscam argumentos para as suas sugestões, outros ficam chateados,
debocham da situação, ameaçam abandonar a roda e, às vezes, cumprem a palavra.
O professor deve ficar atento ao comportamento da turma durante esses momentos
de tensão. Eles serão produtivos se você abandonar sua posição de coordenador e deixar o
grupo resolver seus impasses, ainda que a solução encontrada não seja, na sua opinião, a
melhor.

Conclusão: Por meio desse jogo, os alunos tomam consciência de seu potencial
criativo e se familiarizam com as atividades em equipe.
É muito interessante repetir a brincadeira com a mesma classe semanas depois. É
hora de comparar os processos de criação com o barbante, avaliando a evolução do grupo
diante de um trabalho coletivo.
Brincando com o dicionário
Objetivos:

O uso do dicionário amplia o vocabulário, melhora a interpretação da leitura e esclarece as


dúvidas ortográficas.

Através desse jogo o aluno sente-se incentivado a descobrir o significado da palavra


desconhecida e familiariza-se brincando com o uso do dicionário.

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Preparação:

Material: Um dicionário, folhas de papel, lápis ou caneta, lousa para anotar as respostas e a
pontuação dos grupos.

Desenrolar:

Divida a classe em grupos. Apenas um dicionário será utilizado por um grupo a cada
rodada.
O primeiro grupo, que terá o dicionário em mãos, escolherá uma palavra do
dicionário que ache desconhecida por todos, falando-a em voz alta para os demais grupos.
Se houver algum integrante de qualquer grupo que saiba a resposta correta ao ser
anunciada, antes de começar a rodada, marca 4 pontos para o seu grupo.
Cada grupo escreverá numa folha um significado para a palavra, inclusive o grupo
que tem o dicionário em mãos, que colocará a definição correta.
A professora recolhe as folhas e lê todas as definições, inclusive a correta. Escreve
as respostas na lousa.
Cada grupo escolhe a definição que achar certa.
O grupo conta a definição correta.
A professora marca na lousa os pontos dos grupos de acordo com a seguinte regra:
2 pontos = para o grupo que deu a resposta correta.
3 pontos = para o grupo que escolheu a palavra, se ninguém tiver acertado ou 1
ponto para cada acerto por grupo.
4 pontos = para o grupo que tiver um integrante que saiba a resposta correta ao ser
anunciada, antes de começar a rodada.
O jogo continua até que todos os grupos tenham escolhido a palavra no dicionário
ou até que algum grupo tenha atingido um número de pontos estipulado anteriormente pela
classe.
Caça ao objeto:
Faz-se uma lista de objetos fáceis de serem encontrados no local onde a festa será
realizada.

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Reúne-se os participantes para avisá-los do tempo disponível e o nome do objeto
que devem procurar. Ao sinal de um apito todos correm para procurá-lo. Ao sinal de outro
apito devem retornar pois é o aviso de que o tempo terminou ou o objeto já foi achado. O
primeiro que retornar com o objeto pedido é o vencedor. Se o objeto não for
encontrado , pede-se o seguinte da lista.

Corrida do milho: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma das
linhas, coloca-se uma bacia com grãos de milho. Atrás da outra linha, os participantes são
reunidos aos pares - um deles segura uma colher e o outro um copo descartável.
Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia. Enchem a colher
com milho e voltam para a linha de largada. Lá chegando, colocam o milho no copo que
seu companheiro segura. Vence a dupla que primeiro encher o copinho com milho.

Corrida do ovo na colher: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada


corredor deve segurar com uma das mãos (ou a boca) uma colher com um ovo cozido em
cima.
Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, sem derrubar o ovo. Se quiser
variar, substitua o ovo cozido por batata ou limão.

Corrida do Saci ou Corrida dos sapatos:


Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Na primeira linha, os corredores tiram
os sapatos, que são levados para trás da outra linha, onde são misturados.
Dado o sinal, eles devem sair pulando com o pé esquerdo até a outra linha. Depois
de calçar seus sapatos, devem retornar, pulando com o pé direito. Vence quem chegar
primeiro ao local de chegada, estando calçado de modo correto.

Corrida do saco: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor


deve colocar as pernas dentro de um saco grande de pano e segurá-lo com ambas as mãos
na altura da cintura. Dado o sinal, saem pulando com os dois pés juntos. Vence quem
chegar primeiro ao local de chegada.
Nota: Para substituir o saco de pano pelo de plástico (grosso) de lixo, que é mais
escorregadio, é preciso testar o local da corrida com antecedência.

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Corrida dos pés amarrados:
Marca-se um local de partida e outro de chegada. Os participantes sno reunidos em
duplas. Com uma fita, o tornozelo direito de um é amarrado ao tornozelo esquerdo de seu
par.
Dado o sinal, as duplas participantes devem correr até a chegada. Marca-se um
local de partida e outro de chegada. Vence a dupla que chegar primeiro.

Dança da laranja: Formam-se alguns casais para a dança.


Uma laranja é colocada entre as testas de cada par. Os casais devem dançar, sem
tocar na laranja com as mãos. Se a laranja cair no chão, o casal é desclassificado. A
música prossegue até que fique só um casal.

Dança das cadeiras: Forma-se um círculo com tantas cadeiras quantos forem os
participantes menos uma. Os assentos ficam voltados para fora. Coloca-se música e todos
dançam em volta das cadeiras. Quando a música parar, cada um deve sentar numa cadeira.
Um participante vai sobrar e sair da brincadeira. Tira-se uma cadeira e a dança recomeça.
Vence quem conseguir sentar-se na última cadeira.

Atividades para Dias de Chuva


Essas atividades são próprias para espaços fechados, sendo muito úteis naquele dia
chuvosos.
Lembrem-se sempre de adequar a faixa etária com quem vão trabalhar.
Essas atividades podem ser perfeitamente adaptadas em outros espaços.
1. O enigma da Ilha
Há uma ilha no centro do salão (a "ilha perdida"). E nela um tesouro! Haverá equipes que
devem desvendar charadas, pistas, responder perguntas, estafetas, qual é o animal? , forcas
de palavras não tão complicadas e outras coisas mais... Para alcançarem a "ilha perdida".
A cada resposta certa de uma equipe, esta ganhará um pedaço de uma ponte, que será um
grande quebra-cabeça - comprido - da cor da equipe. A equipe que completar a ponte
primeiro e pegar o tesouro vence o jogo.
Material: ilha, tesouro, ponte (quebra-cabeça), material no geral para estafetas, jogos de
perguntas, etc.
2. Caos
Divisão por 4 equipes (cada uma representada por uma cor).
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É um jogo de tabuleiro numerado de 1 a 50 casas, desenhado no chão e utiliza-se um dado
para se locomover.
Pelo espaço, estarão espalhados 50 papéis com números e palavras, exemplo: 1-vida; 27-
calor; 43-garfo; etc. E mais alguns monitores (o nº de monitores é igual ao nº de equipes)
que estarão com uma lista numerada de 1 até 50, com as suas respectivas palavras (1-vida,
27-calor) e na frente de cada combinação destas, uma tarefa relâmpago para a equipe
cumprir.
Primeiramente todas as equipes jogam o dado e já posicionam seu "pino" (da cor da sua
equipe) no tabuleiro. Logo em seguida é dado o sinal de início e todas saem para encontrar
o papel que corresponde ao número em que estão no TABULEIRO e encontrando,
observarão a palavra que está relacionada a ele, por exemplo "06-CARRO".
Tendo a palavra, a equipe corre até um dos monitores que passará a tarefa daquela palavra.
Cumprindo-a, a equipe joga novamente no tabuleiro e sai para encontrar outro número, com
outra palavra relacionada a ele. E assim por diante até a prova final (nº. 50).
Para ganhar, a equipe deve chegar primeiro ao 50, caindo exatamente nesta casa, ou seja, se
a equipe estiver na casa 48 e tirar 5 no dado, voltará para a
casa 47, pois irá até o 50 (com 2) e volta até o 47 (com 3) somando 5, tirado no dado.
Material: tabuleiro gigante com peças, senhas número-palavra (de 1 a 50), listas
número-palavra-tarefa (para os monitores), dado gigante.
3. Estourar Bexigas ou Explosão
Crianças terão amarradas em seus pés bexigas (uma em cada perna). Ao início da
brincadeira o objetivo é estourar os balões dos colegas e ao mesmo tempo proteger as suas
(dentro de um espaço mais reduzido, como uma quadra de vôlei). O último que sobrar com
bexigas, mesmo uma só no pé não estourada, vencerá.
Uma variação deste jogo é transformá-lo num "mini-caça", como por exemplo, fazer com
que os monitores sejam fugitivos pelo espaço (sendo este maior no caso) com suas bexigas
na cintura e as crianças sejam os pegadores.
Material: bexigas e linha.
4. Caçadores de ursos
Divisão por duas equipes de número igual de integrantes. Queimada onde há um espaço em
círculo no centro onde ficam os ursos. Os caçadores ficarão do lado de fora do círculo,
tendo em mãos algumas "bolas". Num determinado tempo (pré-estabelecido pelo monitor)
os caçadores terão que acertar todos os ursos, se o fizerem vencerão. Caso sobre apenas um
urso, estes serão os vencedores.
Material: bolas.
5. Númerobol
Crianças sentadas paralelamente às linhas laterais da quadra formando uma fileira,
divididas em 2 equipes de número de integrantes igual. Cada criança receberá uma
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numeração, na ordem da fileira, de "1" até "10" por exemplo. O mesmo para a outra equipe.
No centro haverá uma bola e ao sinal do monitor, que gritará um número, por exemplo "7",
as duas crianças - uma de cada equipe - devem sair da fileira e ambas tentarão marcar um
gol ou fazer uma cesta, etc. E assim por diante.
Pode-se utilizar também panos e as crianças, com cabinhos de vassoura, devem tentar
marcar um "gol" por entre as pernas de uma cadeira, por exemplo.
6. Pega o rabo do Macaco
Cada criança possuirá um rabinho feito de fita ou papel. Tendo o objetivo de arrancar o
rabinho do colega e ao mesmo tempo proteger o seu (dentro de um espaço restrito, como
um salão). Não é permitido qualquer tipo de toque, como agarrar partes do corpo do colega,
fora o rabinho ou mesmo esconder este com as mãos, no bolso, etc.
A crianças que tiver o seu rabinho pego, formará um círculo para diminuir o espaço dos
participantes.
Material: rabinho de fita ou papel.
7. Corrida das Estátuas
Todas as crianças ficam de um lado do espaço (seja este uma quadra, salão, etc) e um
monitor do outro lado, de costas para eles.
O monitor explica que ele realizará uma contagem de 1 a 10 e, neste espaço de tempo, as
crianças poderão se mover (correndo) para tentar chegar até o monitor - já que este é o
objetivo.
No momento em que ele disser: "DEZ!", as crianças devem parar em estátua, e quem se
mover, volta para o início, sem que saia do jogo. Os monitores ficarão fazendo graça e
tentando fazer com que as crianças se movam. O monitor realizará várias contagens, caso
uma criança não se mova numa contagem, na próxima, continuará correndo de onde estava.
O vencedor (a) será quem conseguir encostar-se ao monitor dentro da contagem, e esse,
tornar-se-á o comandante (que faz a contagem).

8. O Caçador, o Pardal e a Abelha.


Todas as crianças fazem um círculo de mãos dadas, com exceção de 3 participantes, que
serão o caçador, a abelha e o pardal.
Dado o sinal de início, o caçador deve perseguir o pardal. O pardal deve perseguir a abelha.
E a abelha deve correr atraz do caçador.
Podendo correr por dentro ou por fora do círculo.
Quando alguém for pego, troca-se o caçador, o pardal e a abelha.
9. A Caçada
Nos quatro cantos de uma quadra existiram quatro tipos de animais e ao centro está o
caçador, como mostra o esquema:

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leão caçador

cobra

gato foca

Um dos jogadores será escolhido para ser o caçador, os outros divididos em quatro
grupos de animais, sendo que cada animal tem o seu canto. O caçador permanece ao centro.
Dado o sinal de início, um monitor, gritará o nome de dois bichos e todos representantes
desta espécie deverão trocar de lugar. O caçador irá persegui-los e todos que forem pegos
terão pontos a menos para sua equipe!
Faremos isso várias vezes, algumas com mais de um caçador, e ao final contaremos os
pontos de cada equipe.

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Tabela de Atividades
Veja abaixo algumas atividades para desenvolver características específicas em
crianças.

Linguagem oral Linguagem Escrita Matemática Natureza e Sociedade

Fantoche lousinha jogos vídeo


Parlendas biblioteca trilhas slides
Advinhas massinha tazos experiências
Trava-línguas alfabeto-móvel registros textos informativos
Poesias escrita espontânea quebra-cabeças receitas
Quadrinhas receitas bingos
Textos estatísticas
informativos coleções
Narração areia
Biblioteca massinha
brinquedoteca formas geométricas
calendários
jogos de armar
receitas
tangran

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Música Movimento Identidade e Autonomia Visual
Areia
músicas Roda cantada Vídeo Lousinha
sons Dança Brinquedoteca Biblioteca
bandinha rítmica Ginástica Slide Fantoche
Circuitos Dramatização Massinha
Jogos com e sem Vídeo
elementos Construção com
toquinhos
Jogos de armar
Desenho
Pintura
Recorte e colagem
Dobradura
Formas geométricas
Sólidos Geométricos
slides

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Con clu sã o do Cur so
Aqui encerra-se o 2º módulo do curso. Para obter seu certificado, faça a 2ª
prova.
Espero que tenha gostado do conteúdo abordado. Aproveite e utilize algumas das
atividades mostradas ao final da apostila.
Independente de ser pai/mãe ou professor(a), espero que tenha entendido a
importância de investir e cuidar desta que é a principal fase na educação: A Educação
Infantil!
Não deixe de contatar-me caso tenha qualquer dúvida, comentário ou sugestão.

Atenciosamente
Prof. Educação Infantil
Equipe Cursos 24 Horas.

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