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Métodos Científicos
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Métodos Científicos
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Unidade: Métodos Científicos
Método significa caminho para chegar a um fim ou pelo qual se atinge um objetivo. Portanto,
entende-se que:
Que dizer então do método científico? Poderia dizer que é o caminho trilhado pelo cientista
quando em busca de “verdades” científicas. Quais são as “verdades” científicas? O que é ser
cientista? O que é ciência? Existe uma ciência única? Quando nos reportamos a uma hipotética
linha demarcatória, a separar o que julgamos ser uma verdade científica de outras possíveis
verdades, a que nos estamos referindo? Por estas questões, nota-se que o método tem vital
importância, já que é por meio dele que se alcançam as “verdades” buscadas pela humanidade
por meio dos pesquisadores.
Qualquer pessoa pode realizar uma experiência que julgue ser bem-sucedida, mas sempre
necessitará da comprovação científica por meio de provas. Os cientistas só aceitarão uma teoria
ou descoberta depois que a replicarem ou obtiverem provas irrefutáveis até aquele momento.
Uma experiência científica só será considerada como válida para o mundo da Ciência, se
for realizada seguindo determinadas normas. Os cientistas se esmeram em replicar incontáveis
vezes um trabalho até terem certeza de que foram obedecidos todos os critérios de cientificidade
exigidos pela Ciência.
O Cientista é aquele que utiliza o método científico para encontrar a solução dos problemas
ou compreender o universo à sua volta. Assim, o método científico é o caminho trilhado
pelo cientista.
No método científico, a hipótese é o caminho que deve levar à formulação de uma teoria. O
cientista, na sua hipótese, tem dois objetivos: explicar um fato e prever outros acontecimentos
dele decorrentes. A hipótese deverá ser testada / aplicada para que os resultados obtidos pelos
pesquisadores comprovem perfeitamente a hipótese, então ela será aceita como uma teoria.
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Para simplificar, a hipótese é uma tentativa preliminar de resposta ao problema da pesquisa.
• Observação de um fato;
• Formulação de um problema;
• Proposta de uma hipótese;
• Realização de uma pesquisa para testar a
validade da hipótese.
Para maior segurança nas conclusões, toda pesquisa deve ser controlada com técnicas que
permitem descartar as variáveis que podem mascarar o resultado.
Tipos de métodos
• João é mortal.
• Paulo é mortal.
• Manoel é mortal.
• Ora, João, Paulo e Manoel são homens.
• Logo, (todos) os homens são mortos.
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1 O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de criticas a indução, expressas em A lógica da investigação
científica, obra publicada pela primeira vez em 1935.
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Portanto, o método dialético é contrário a todo conhecimento rígido, pois tudo é percebido
como em constante mudança.
e) Método fenomenológico: não se limita à descrição dos fenômenos. Também é, ao
mesmo tempo, tentativa de interpretação dos mesmos, com o objetivo de pôr a descoberto
os sentidos menos aparentes, os sentidos mais fundamentais que os fenômenos têm.
Caracteriza-se por valorizar a pesquisa do cotidiano, por tentar resgatar tudo aquilo
que, pela rotina, foi perdendo relevo e significação, foi ficando oculto pelo uso, pelo
hábito, pelo senso comum. Nesse sentido, o enfoque fenomenológico permite reeducar,
reorientar o olhar que investiga.
O método fenomenológico valoriza, sobretudo, a interpretação do mundo, o
qual surge intencionalmente à consciência do homem. Assim, pode-se afirmar que, na
pesquisa de orientação fenomenológica, o sujeito deixa de ser um observador imparcial,
como pretende a abordagem positivista, para assumir, de certa forma, a condição de
“ator”. Aliás, um os méritos do método fenomenológico é justamente o de questionar
os procedimentos positivistas, encarecendo a importância do sujeito no processo da
construção do conhecimento.
Outra característica marcante da pesquisa fenomenológica é sua recusa à caracterização,
pretendendo-se, ao contrário, sempre aberta a novas interpretações.
É importante ressaltar que, conforme Masini (1989), alguns autores consideram inadequado
falar em método fenomenológico. Segundo eles, não haveria tal método, mas regras formais
de pesquisa voltadas especialmente para o fenômeno (aquilo que se mostra como é, que se
mostra a si mesmo). Então, não caberia falar em método, mas em atitude fenomenológica.
f) Método histórico: específico das ciências sociais, parte do princípio de que as atuais
formas de vida social, as instituições e os costumes têm suas raízes no passado, sendo,
portanto, fundamental pesquisar sua origem para bem compreender sua natureza e
função. Por exemplo, para se investigar uma instituição social como a família e as relações
de parentesco, o método histórico pesquisa, no passado, os elementos constitutivos dos
vários tipos de família e as fases de sua evolução social.
O método histórico “consiste em investigar os acontecimentos, processos e instituições
do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje”. (ANDRADE, 2003, p. 133)
Dessa forma, o pesquisador que se utiliza do método histórico tem a preocupação de
colocar o fenômeno estudado no ambiente social em que surgiu, ou seja, contextualiza-lo.
Assim, será capaz de acompanhar suas sucessivas alterações e de compará-lo a fenômenos
semelhantes em sociedades diferentes (Lakatos; Marconi, 1991).
Dentro do método histórico, há toda uma diversidade de abordagem. É possível aplicar
esse método ao estudo de um mesmo tema, porém com enfoques tão diferentes quanto o
positivista, o fenomenológico, o dialético etc.
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• A partir da explanação feita acima será que podemos afirmar que existe um
método universal?
• Será que os métodos universais devem ser considerados válidos para situações
diversas? E tendo situações diferentes podemos qualificá-las como universais?
• Como descrever relações universais por meio de métodos “individuais”?
• Será que esse tipo de método é realmente válido universalmente?
• Será que podemos nomear o método como sendo universal?
A busca do Conhecimento Científico como vimos anteriormente, passa por diversas etapas.
Tais etapas discutiremos a seguir.
Definir o tema é pensar o objeto e não apenas escolher o assunto. Nesse sentido
a definição não é um ato só inicial: ela se articula com a problematização,
formando com esta momentos e expressão de um único movimento.
Qualquer que seja o ponto de partida: uma referência bibliográfica, uma
reflexão metodológica, um contato com fontes, uma experiência de vida,
ou um debate colocado pelo social, a construção do objeto, dependendo da
postura teórica do pesquisador e de sua vivência, se realizará por caminhos
diferentes, conduzindo a resultados também diferentes.
(1998, p.30-31)
Ou seja, é necessário definir com precisão o assunto particular que será tratado, pois quanto
maior o domínio que o aluno tiver do tema, mais facilidade terá no desenvolvimento do projeto
e posteriormente, na redação do Trabalho de Conclusão de Curso.
Após a definição do objeto e delimitação do tema de estudo, o pesquisador deve elaborar
um projeto de pesquisa. Mas, para tal elaboração é de fundamental importância a realização
de um levantamento de fontes primárias e secundárias de pesquisa.
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Projeto de pesquisa: importância e aspectos metodológicos (el-
ementos constitutivos)
Em qualquer setor de atividade humana, planejar é necessário.
Projeto é a preparação gradual ou o planejamento referente
a algo que se pretende pôr em prática em qualquer área de
estudos: ciências humanas, biológicas, exatas, artes e até mesmo
em nossa vida pessoal.
BIANCHI, A.; ALVARENGA; BIANCHI, R., 2002, p.15
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pretende trazer para o avanço daquela área específica do conhecimento.
No item metodologia, o autor deverá anunciar os materiais (fontes de pesquisa) que irá
analisar e os procedimentos metodológicos (métodos e técnicas) que irá utilizar na elaboração
da monografia: trabalho de campo, laboratório, entrevistas, pesquisa bibliográfica ou, se for o
caso, um estudo que combinará diferentes formas de investigação.
A partir daí, devem ser apresentadas e respondidas questões do tipo: Como? Com que?
Onde? Quando?
Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e instrumentos de pesquisa que serão empregados
na coleta de dados como, por exemplo: levantamento das fontes documentais e bibliográficas,
observação, entrevistas, questionários, testes, história de vida, análise de conteúdo etc.
O cronograma de trabalho deve apresentar as várias etapas (atividades) do desenvolvimento
da pesquisa, distribuídas no tempo, ou seja, distribuição das tarefas nos períodos do calendário.
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Anotações
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