A legislação penal contempla uma multiplicidade de benefícios e, o
advogado criminalista deve encontrar esses benefícios em favor do cliente. Às vezes o cliente possui condições de conquistar certos benefícios. E o advogado deve saber quais os benefícios o cliente pode conquistar. Há benefícios nos quatro momentos processuais. Sabe-se que o procedimento processual penal possui 4 fases. 1° fase: é a fase de inquérito (fase pré-processual) 2° fase: é do recebimento da denúncia até a sentença. 3° fase: vai da sentença até o transito em julgado. (Recursos) 4° fase: após o trânsito em julgado (momento da execução penal) Requerimento de benefícios na 1° fase: às vezes pode acontecer do seu cliente ser preso em flagrante, e realmente ele estava na situação de flagrante delito. Quando uma pessoa é presa em flagrante não se olha pra pessoa e sim para conduta ilícita praticada. Todavia às vezes o sujeito não merece continuar preso, pois suas características pessoais permitem que ele adquira certos benefícios. Ex: benefício da liberdade provisória. E além disso dependendo do caso concreto o sujeito pode fazer jus a fiança. E de acordo com o art. 322 do CPP – há casos em que o próprio delegado de polícia pode conceder a fiança. E aí o advogado pode fazer um depósito ali mesmo na delegacia e liberar o seu cliente. Além disso há benefícios para os crimes de menor potencial ofensivo (JECRIM). Ex: composição civil e transação penal, retratação, renúncia. Tudo isso na 1° fase. Requerimento de benefícios na 2° fase: essa fase vai do recebimento da denúncia ou queixa até a sentença. E o benefício que o advogado pode pleitear nessa fase é: a suspensão condicional do processo(art. 89 da lei 9099/95) c/c (art. 77 do CP). De acordo com esses artigos a suspensão condicional do processo serve para todo crime quem tenha pena mínima de até 1 ano. O segundo benefício que cabe nessa segunda fase é: a restituição de coisas ou bens apreendidos. (Art. 188 do CPP) Cabe também na 2° fase a liberdade provisória com ou sem fiança. Requerimento de benefícios na 3° fase: vai da sentença até o transito em julgado (Recursos). Nessa fase o advogado deve pleitear o benefício de recorrer em liberdade. Outro benefício que cabe nessa fase é: progressão de regime, ou seja, sair de um regime mais severo para um regime mais benéfico. (Súmula 716 do STF). Às vezes pode acontecer do réu ficar preso durante o processo e ao final do processo ser condenado. E o regime que inicial que o juiz fixou foi o regime fechado, então o advogado inconformado com essa decisão recorre para o tribunal. Porém o recurso demora muito para ser analisado, e aí surge a oportunidade de beneficiar o réu com a progressão de regime. Requerimento de benefícios na 4° fase: após o trânsito em julgado (momento da execução penal) No Brasil a lei processual é muito dura com os acusados, porém quando há uma sentença penal transitado em julgado, ou seja, entramos na fase de execução penal. A lei de execução penal traz uma série de benefícios que podem ser concedidos aos condenado. Pois o sistema de execução penal brasileiro é chamado de ‘sistema progressivo’, ou seja, o condenado começa a cumprir uma pena mais rigorosa, mas com o passar do tempo esse cumprimento de pena vai se tornando menos rigoroso. Os benefícios nessa fase são: progressão, livramento condicional, remissão, detração, transferência para um presídio melhor.