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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PSICODIAGNÓSTICO

JOCELI TEIXEIRA RODRIGUES

OBESIDADE E O PSICODIAGNÓSTICO: UMA ABORDAGEM


PSICANALÍTICA

São Paulo
2019
JOCELI TEIXEIRA RODRIGUES

OBESIDADE E O PSICODIAGNÓSTICO: UMA ABORDAGEM


PSICANALÍTICA

Monografia apresentada à Faculdade UnYLeYa como


exigência parcial à obtenção do título de Especialista
em Avaliação Psicológica e o Psicodiagnóstico

Nome do Orientador: Jeronimo Jorge Braga Vilela

São Paulo
2019
Resumo

Apenas um parágrafo em até 250 palavras.


Palavras-chave:
Sumário

1.Introdução..........................................................................................................4

1.1. Problema........................................................................................................4

1.2 Objetivo Geral.................................................................................................4

1.3 Objetivos Específicos......................................................................................4

1.4 Justificativa.....................................................................................................5

1.5 Metodologia....................................................................................................5

2. Revisão Bibliográfica........................................................................................6

3. Referências Bibliográficas................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

TEMA

Obesidade e o Psicodiagnóstico: Uma abordagem psicanalítica.

1.1 PROBLEMA

Quais a possíveis contribuições da teoria psicanalítica no processo psicodiagnóstico


para cirurgias bariátricas.

1.2 Objetivo Geral

Identificar as contribuições da psicanálise para o psicodiagnóstico em cirurgias


bariátricas.

1.3 Objetivos Específicos

1. Definir obesidade como sintoma em psicanálise;

2. Entender o processo psicodiagnóstico;

3. Verificar as práticas atuais do psicodiagnóstico para cirurgias bariátricas, pela


teoria psicanalítica.
1.4 JUSTIFICATIVA

A justificativa primordial a ser relatada na escolha deste tema, talvez seja a


crescente demanda identificada pela pesquisadora em seus atendimentos clínicos.

Em decorrência deste aumento na busca por avaliações psicológicas, com a


finalidade específica sendo a realização de cirugias bariátricas, realizadas por
indivíduos com obesidade mórbida ou sobrepeso, nasceu o desejo para esta
pesquisa.

Junto a este interesse, cresceu também a necessidade de um maior


entendimento deste grupo de indivíduos, suas características, seus desejos e sua
forma de vida.

Como este sujeito chega a este peso? Qual sua relação com a comida?
Quais dificuldades aparecem no pré e pós operatório? Em que ponto este sujeito
pensa nesta ferramenta? Por quê o aumento da procura por esta intervenção na
atualidade? Estas questões, transformaram-se em objetivos da psicóloga, como uma
tentativa de encontrar na literatura respostas a estas e tantas outras perguntas que
surgem durante os atendimentos. O caminho a ser percorrido pela pesquisa será
sob a ótica da teoria psicanítica, teoria esta utilizada pela profissional, em seus
atendimentos clínicos.

Importante destacar que neste novo cenário que se apresenta, a


necessidade de conhecer, entender e melhorar os protocolos destes procedimentos,
já que parece ser a obesidade, uma epidemia mundial, faz-se necessário explicitar
melhor o papel e a responsabilidade que cabem ao psicólogo clínico, bem como
suas possíveis contribuições ao processo pré e pós-operatório. O psicólogo neste
contexto surge como uma variavél importante para um bom resultado.

A busca por responder a todas estas questões, através da revisão da


literatura atual, talvez possa contribuir, para o conhecimento científico, a fim de
beneficiar os pacientes, profissionais envolvidos, e especialmente o prognóstico.
Este levantamento será sempre pautado pela tteoria psicanalítica, através da
articulação entre a teoria e a prática, visando a contribuição para o conhecimento
científico e para a psicologia clínica.

Avaliar e discutir sobre as atuais práticas utilizadas nas avaliações


psicológicas, nos proporciona arcabouço teórico e possibilidade de renovarmos o
conhecimento de um tema tão atual e importante para nossa práxis.

1.5 METODOLOGIA

Para a confecção deste trabalho, será realizada uma revisão bibliográfica


qualitativa em artigos publicados em português entre os anos de 2003 e 2018 e
indexados nas bases de bancos de dados eletrônicos Scielo Brasil, LILACS, etc...
bem como a busca pelo embasamento teórico em autores e publicação nacionais
sobre o tema.

Esta pesquisa terá como ponto de partida a crescente demanda em


consultório verificada pela pesquisadora, por avaliações psicológicas para a
realização de cirurgias bariátricas.

O objetivo então será o de buscar em autores como Freud, Melanie Klein,


etc..., a análise e articulação necessária para a construção do conhecimento
científico.

Para tanto serão utilizadas as palavras chaves: Obesidade, avaliação


psicológica, cirurgia bariátrica, psicodiagnóstico e psicanálise.

2. REVISÃO DE LITERATURA
A partir da crescente demanda por avaliações para cirurgias bariátricas em
consultório, surgiu a idéia para esta pesquisa. Sendo esta busca realizada, em
alguns casos, com urgência e até pedidos de apenas se fornecer os referidos
laudos, com desejos e pedidos para que não se realizasem a avaliação psicológica
propriamente dita.

A obesidade constitui atualmente um dos problemas que mais afligem a


sociedade, o aumento da obesidade vem crescendo entre a população de 05 a 19
anos, passando de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016 (OMS, 2017).
Estes dados são parte integrante de uma pesquisa encomendada pela OMS e
realizada pela própria OMS e pelo Imperial College London. Um problema descrito
pela ONU como uma “epidemia mundial de saúde”. O entendimento desta doença é
uma necessidade pertinente e primordial para tratarmos de forma adequada esta
epidemia. Através da literatura identificam-se vários conceitos, abordagens e
tratamentos sobre o tema.

Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo)


obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. O parâmetro
mais utilizado para diagnóstico em adultos é o IMC (Índice de massa corporal).

Acredita-se atualmente ser a obesidade uma síndrome metabólica e


multifatorial, e devendo ser atendida de forma multidisciplinar, ou seja, por vários
profissionais de diversas áreas do conhecimento científico, atuando para um
atendimento singular (SEGAL; FANDINO, 2002, p. sIII 69).

A maior dificuldade no atendimento dos pacientes obesos é a recorrência e


constantes recaídas em sucessivas tentativas de perda de peso, tornando a cirurgia
bariátrica quase uma formula “mágica” de resolver este problema. Um maior
conhecimento da personalidade do paciente e de suas características e hábitos,
parece ser o melhor caminho para um bom prognóstico, não somente clínico, mas
principalmente o psicológico e emocional. A práxis psicológica neste contexto mostra
sua relevância através da avaliação psicológica deste sujeito que procura a cirurgia
bariátrica, de sua história de vida, suas relações e da identificação de possíveis
transtornos (SEGAL; ANDINO, 2002, p. sIII 68).

A utilização da cirurgia bariátrica, como mais um instrumento para controle


de peso e da obesidade começou a ser recomendada a partir da Conferência de
Desenvolvimento de Consenso do National Institutesof Health (NIH) que ocorreu em
1991. Sendo principalmente indicada para obesidade severa grau 3, e para
pacientes considerados bem informados, motivados, com riscos operatórios
aceitaveis, já para os pacientes com obesidade de grau 2, mas que apresentassem
condições pré mórbidas de alto risco. Segundo Magdaleno Jr. et. al (2009), foi
proposto conjuntamente a necessidade de uma seleção criteriosa dos candidatos a
cirurgia, realizada por equipe multidisciplinar.

Pode-se entender a importância da realização de um protocolo eficiente para


a avaliação pré-operatória, influindo principalmente para um bom prognóstico ao
longo das etapas. Portanto a proposta desta pesquisa, buscar entender os tipos de
avaliações utilizadas pelas equipes, e a contribuição que o psicodiagnóstico
interventivo psicanalítico pode trazer ao processo de investigação diagnóstica
procurando entender porque seu uso mostra-se mais eficiente em psicanálise
(BARBIERI,2009, p.210).

Segundo nos mostra Barbieri (2009, p.), esta técnica é eficaz e um valioso
método de avaliação científica, sendo um procedimento que consiste em realizar
intervenções durante o processo de avaliação, ao mesmo tempo das entrevistas e
aplicação dos testes escolhidos para o protocolo. As devoluções acontecem durante
o processo avaliativo e não somente ao seu término.
Barbieri (2009, p.211) diz: “Dentre as características comuns à Psicanálise e ao
Psicodiagnóstico Interventivo, destaca-se em primeiro plano a indissociabilidade
entre investigação e intervenção”.

Através da Psicanálise poderemos então buscar este sujeito que busca esta
intervenção e avaliar as possibilidades de caminhos.

“É aí que a leitura da psicanálise pode contribuir, propondo, diante dessa obesidade que é doença,
exclusão social e causadora de horror, uma leitura que remete menos a um estado doentio do que a
um sujeito do inconsciente. Assim sendo, partimos aqui de uma premissa fundamental: o sujeito se
constitui desde o Outro, é nessa via que buscamos abrir algumas questões sobre esse laço mortífero
com a comida. Para tanto, além de sujeito e Outro, recorremos a conceitos como alienação-

separação, desejo, falta, gozo, compulsão à repetição” (ROCHA; VILHENA; VILHENA


NOVAES,2009, p.80).
2.1. Obesidade e Psicanálise

2.2. Psicodiagnóstico

2.3. Práticas atuais


3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBIERI, Valéria. O psicodiagnóstico interventivo psicanalítico na pesquisa


acadêmica: fundamentos teóricos, científicos e éticos. Bol. psicol., São Paulo, v.
59, n. 131, p. 209-222, dez.  2009.   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-
59432009000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 mar.  2018.

KELNER, Gilda. Transtornos alimentares: um enfoque psicanalítico. Estud. psicanal.,


Belo Horizonte, n. 27, p. 33-44, ago.  2004.   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
34372004000100005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 mar.  2018.

LÜDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas – 6ª impressão.


EPU, 2003. 

MAGDALENO JR. Et al.Pacientes submetidos a cirurgia bariátrica - Rev Psiquiatr


RS. 2009;31(1)
ROCHA, Lívia Janine L. F.; VILHENA, Junia de; VILHENA NOVAES, Joana de.
Obesidade mórbida: quando comer vai muito além do alimento. Psicol. rev. (Belo
Horizonte),  Belo Horizonte ,  v. 15, n. 2, p. 77-96, ago.  2009 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
11682009000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  31  mar.  2018.

SEGAL, Adriano; FANDINO, Julia. Indicações e contra-indicações para realização


das operações bariátricas. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 24, supl. 3, p. 68-
72, Dec. 2002 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-44462002000700015&lng=en&nrm=iso>. access on
31 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462002000700015.

http://www.abeso.org.br/coluna/epidemiologia-e-prevencao/acesso em 10/01/2019

http://www.paho.org/bra/acesso em 28/03/18

https://www.endocrino.org.br/o-que-e-obesidade/acesso em 28/03/18

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