A Última Força da Marco Polo

De Ernst Vlcek

Na Terra e em outros mundos da humanidade, registra-se o fim de Junho do

Ano 3442. Na luta contra o caos da imbecilização que dominava a galáxia e contra o
poder do Enxame, Perry Rhodan e seus poucos imunes já haviam obtido sucessos
consideráveis, e mesmo na Terra havia alguns avanços a serem assinalados.

Lá, a maioria dos homens já havia recuperado parcialmente sua antiga

inteligência e a colocado em uso de maneira útil. Isso valia especialmente para os
homens e mulheres da MARCO POLO. Eles voltaram a bordo da nave capitânia e
conseguiram, ao penetrarem no Enxame, recuperar sua inteligência toda de volta.

Com a MARCO POLO, completamente tripulada e pronta para a batalha, e

suas naves auxiliares robotizadas, Perry Rhodan possui uma considerável força
armada, com a qual ele poderia atrapalhar os outros planos dos Senhores do Enxame
de maneira sensível.
 Com o projeto “Infectar”, os terranos da MARCO POLO conseguiram causar
confusão e pânico nas fileiras dos oponentes. Mas logo se mostraria que os
controladores do Enxame estão em condições de pagar na mesma moeda.

Os membros da GEVARI, sob o comando de Atlan, enviados em uma missão de

reconhecimento, foram os primeiros a sentirem isso. Eles incorreram em grande
risco, apesar da ação da “Cavalaria Espacial”, e agora esperam por ajuda de Perry
Rhodan.

Mas, entrementes, ele também passa por dificuldades e se quiser enfrentar a

situação, deverá mobilizar a ÚLTIMA FORÇA DA MARCO POLO....

Personagens Principais

Perry Rhodan – O Administrador-Geral mobiliza a última força da MARCO POLO.

Ribald Corello e Irmina Kotschistowa – Mutantes a bordo da MARCO POLO.
Galzhasta Rouk – Um ezialista.
Tjico Raim – Um Capitão comete um erro.
Atlan - O arcônida e seu grupo esperam pelos salvadores.

Capítulo 1

Uma pergunta preocupava a equipe da CMP-3 há dias: “O que está

acontecendo com a GEVARI?”

Os seis mil pedaços de detritos envolviam todo o Sistema Alfa-Interno como

uma parede protetora. Alguns deles eram tã o pequenos como abó boras e apenas
podiam ser localizados a uma pequena distâ ncia, outros possuíam o tamanho do
Marte solar.

Mas todos eles tinham algo em comum: eles nã o eram redondos como
corpos celestes de origem natural, mas sim tã o irregulares como pedaços de
rochas. Disso podia-se claramente concluir que se tratava de um planeta gigante, o
qual explodiu em algum momento, ou fora intencionalmente levado à explosã o.

Chegava-se facilmente a essa conclusã o, porque os destroços planetá rios

circulavam nã o apenas o sol amarelado, como também os ú nicos planetas de
origem natural. Além disso, eles descreviam vias tã o excêntricas, que eles apenas
poderiam ter sido ocasionados mediante manipulaçã o.
A CMP-3 encontrava-se em posiçã o de espera a uma grande distâ ncia fora
do Sistema.

Fellmer Lloyd voltou as costas para a tela panorâ mica. “Por que a tripulaçã o
da GEVARI nã o dá nenhum sinal de vida?”, ele se perguntava.
 “Há vá rias respostas desagradá veis para essa pergunta”, suspirou o Major
Ruog Talhayo,o comandante do cruzador de 100 metros. “Nó s já discutimos todas
elas.”

A GEVARI havia sido enviada para esse Sistema com uma equipe de onze
cabeças há mais de uma semana no tempo-padrã o, depois do que na MARCO POLO
nã o haviam sido recebidos impulsos parafísicos e parapsíquicos de lá .

A aná lise hiperfísica, os cá lculos positrô nicos, a apuraçã o de Gucky e os

dados do ser energético Harno haviam indicado claramente que Alfa-Interno
ocupava uma posiçã o chave dentro do Enxame. Era razã o suficiente para enviar
um time experiente para lá .

O aviso de Harno de que existia alguém ou algo ali que apresentava um fator
de poder monstruoso nã o conseguiu deter os terranos dessa expediçã o.

Mas nã o se subestimava o perigo, o que se percebia pelo fato de Perry

Rhodan haver batizado o planeta de GEPLA-1 (Planeta Perigoso Nú mero 1).
Supersticiosos poderiam dizer que Rhodan havia pintado o diabo na parede, pois a
GEVARI estava atrasada com sua tripulaçã o de onze pessoas há dias.

“Mas por que Atlan nã o se comunica?”, falou Fellmer Lloyd apreensivo. “Ele
sabe que nó s fomos enviados para cá para poder prestar ajuda em caso de
emergência.”

“Certamente ele nã o o faz porque o comando de operaçã o nã o quer arriscar

ligaçõ es de rá dio”, esclareceu Ruog Talhayo. “Eles já sabem, por causa do perigo de
localizaçã o.”

“Mas e os mutantes?”, contra-argumentou Lloyd. “Gucky poderia ter entrado

em contato comigo telepaticamente há muito tempo.”

Talhayo apontou na direçã o da central de localizaçã o. “O campo

parapsíquico que abarca todo o Sistema poderia tê-lo impedido. É de se presumir
que todas as pessoas do comando da operaçã o foram afetadas por ele. Se nó s nã o o
tivéssemos localizado a tempo, também teríamos voado para dentro dele.”

Lloyd balançou a cabeça. “Os mutantes – Gucky, Wyt, Merkosh, Tschubai e

Takvorian – nã o teriam nunca entrado nele se o campo fosse prejudicial a eles.”

“O problema é que a GEVARI nã o possui aparelhos de localizaçã o tã o bons

quanto os nossos, de modo que essa barreira parapsíquica provavelmente nã o
poderia ter sido detectada”, ponderou o Major Talhayo.

Lloyd balançou a cabeça novamente. “Apesar disso, nó s conhecemos a

natureza desse campo e descobrimos que ele nã o existe nas proximidades
imediatas dos destroços planetá rios possivelmente habitados. Nó s devemos
simplesmente assumir que Atlan pousou a GEVARI em algum desses corpos
celestes.”
 O campo parapsíquico que abrangia o Sistema havia sido detectado pela
central de localizaçã o da CMP-3 já quando de sua aproximaçã o. Como Lloyd nã o
havia conseguido reconhecer os efeitos da barreira no cérebro humano, havia sido
enviada uma sonda com um cérebro biopositrô nico. Quanto a sonda entrou no
Sistema, constatou-se pela interceptaçã o dos impulsos cerebrais biopositrô nicos
que o campo produzia impulsos de induçã o ao pâ nico, os quais poderiam até
mesmo levar à autodestruiçã o do indivíduo afetado. Ao mesmo tempo, era
despertada uma vontade de procurar o Olho da Redençã o.

Mais tarde descobriu-se o chamado Olho da Redençã o mediante aparelhos

de localizaçã o de longa distâ ncia. Tratava-se de uma manifestaçã o de luz de
120.000 quilô metros de diâ metro, cuja emissã o de energia possuía claramente o
cará ter de um campo teletransmissor.

Será que a equipe da GEVARI havia sido subjugada pelas irradiaçõ es de

pâ nico? Teria sido ela atraída como por má gica pelo Olho da Redençã o e irradiada
pelo transmissor gigante para um destino desconhecido?

Essa ú ltima pergunta apenas tinha cabimento, caso o transmissor gigante

possuísse receptores fora do sistema. Uma sonda controlada a distâ ncia havia sido
enviada pela CMP-3 para o Olho da Redençã o e assim haviam constatado que ela
havia se materializado em um corpo celeste do tamanho de Marte dentro do
Sistema.

Por isso, Lloyd acreditava que Atlan e sua tripulaçã o ainda se encontravam
no Sistema Alfa-Interno. “Essa incerteza está me deixando louco”, murmurou
Lloyd. De fato, o telepata, que normalmente possuía um grande autocontrole,
parecia nervoso e agitado.

O encargo mental era muito grande para ele. Há dias ele estava tenso e jazia
à espreita de uma mensagem telepá tica com seus sentidos telepá ticos. “Nó s
devemos agir antes que seja tarde demais”, disse Lloyd.

“Seria suicídio entrar no Sistema. E você sabe disso”, retrucou o comandante

da CMP-3. Lloyd fez que sim com a cabeça como se nã o tivesse ouvido.

Assim a conversa havia terminado, da mesma forma que havia acontecido já

um certo nú mero de vezes. Esses diá logos nã o levavam a nada, e isso estava claro
para o Major Ruog Talhayo.

O 30 de junho já despontava, e eles nã o haviam recebido nenhum sinal de

vida de Atlan e seus companheiros. Se o time de Atlan estivesse em perigo, era
necessá rio apenas uma pequena ligaçã o de rá dio ou um contato telepá tico, e os
arranjos de segurança seriam colocados em açã o.

Para tal empresa, havia sido instalado um transmissor de alta potência na

CMP-3 para que se pudessem trazer as onze pessoas a bordo o mais rá pido
possível. Apesar de esse transmissor ser forte o suficiente pra transportar duas
pessoas de cada vez para a MARCO POLO, que se localizava a 2.310 anos-luz,
também haviam sido posicionados mais quatro cruzadores a distâ ncias regulares
como estaçõ es de retransmissã o. Havia-se pensado em tudo.

Mas de nada adiantavam essas preparaçõ es precisas se a GEVARI nã o

entrasse em contato. Já era tempo, pois o aparelho hiperfísico de localizaçã o de
longa distâ ncia havia indicado que nesse setor leste da cabeça do Enxame uma
forte concentraçã o da frota inimiga se formava. Talhayo havia até mesmo
desligado todos os motores e havia excluído um desses aparelhos de localizaçã o
em funçã o da energia irradiada. No entanto, nã o se podia mais ficar esperando uma
descoberta através das naves que se aproximavam.

Talhayo nã o havia entrado em pâ nico por causa disso. Ele possuía a rara
qualidade de permanecer calmo em situaçõ es sem saída.

“Você está se esforçando excessivamente, Lloyd”, disse ele ao telepata.

“Relaxe um pouco. Quando algo imprevisto acontecer, eu irei imediatamente...
Lloyd, o que está acontecendo com você!”

O telepata estava sentado completamente imó vel; seus olhos estavam

fechados, seu rosto contraiu-se, as mã os estavam convulsas. Finalmente, ele
descontraiu-se.

“Gucky... contato...”, falou ele em voz baixa. Soou como um suspiro de alívio.

PROJETO TRADUÇÕES

Quer saber o final desta história? Então não perca tempo, pois este livro já
foi traduzido e distribuído para os integrantes do projeto. Faça parte agora
mesmo do Projeto Traduções! Este projeto foi criado com o objetivo de
conseguirmos continuar lendo histórias inéditas de Perry Rhodan em nossa
língua. Para isso o valor da tradução é dividido pelos integrantes do projeto
e dessa forma o valor da cota para cada um é menor na medida em que
tivermos mais integrantes.

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no Orkut (http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=66731) e acesse o
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