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alimentação
saudável
ÍNDICE GERAL
A ÍNDICE REMISSIVO
Impressão:
PERES-SOCTIP,
Indústrias Gráficas, S.A.
Estrada Nacional 10, km 108,3
Porto Alto
2135-114 SAMORA CORREIA
Prefácio
(*) Que os alimentos sejam o teu remédio; e o remédio, os teus alimentos (tradução livre).
A
Mas há que distinguir entre quem é guloso e quem aprecia a boa cozi-
nha. “Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és”: o homem com o apetite
agradavelmente satisfeito é, muitas vezes, visto como mais sociável e
mais inclinado para compreender os outros do que aquele que se priva
dos prazeres da boa mesa. Contudo, um bom garfo não é um garfo
grande… nem um prato a transbordar. A alimentação deve, mais que
tudo, ser equilibrada, de modo a evitar as carências nutricionais e a pro-
porcionar o maior bem-estar físico possível.
Índice
Capítulo 2
Capítulo 3
O equilíbrio alimentar Preparar refeições
Atingir o equilíbrio . . . . . . . . . . . . 27 saudáveis
As proteínas . . . . . . . . . . . . . 28
O balanço energético diário . . . 73
Os aminoácidos . . . . . . . . . . . . . .29
A importância da alimentação . . . . . .29 O pequeno-almoço . . . . . . . . . . . . 75
As quantidades ideais . . . . . . . . . . .31 O almoço e o jantar . . . . . . . . . . . . 76
Capítulo 6 Capítulo 8
O consumo de álcool O peso e a saúde
O que é a alcoolemia? . . . . . . . 137 O peso “ideal” . . . . . . . . . . . . 171
Tempo para eliminar . . . . . . . . . . 138 Vigie o excesso de peso! . . . . . . . . . 175
A
Capítulo 1
O equilíbrio energético
A
O equilíbrio energético 15
Por exemplo, uma pera (veja o exemplo na página seguinte) possui alguns
hidratos de carbono mas é pobre em proteínas e gordura, apresentando
cerca de 42,4 quilocalorias por cada cem gramas. Já uma peça de carne
de vaca é pobre em hidratos de carbono, mas possui proteína e gordura,
totalizando mais do quádruplo de quilocalorias por cem gramas.
O nosso metabolismo
Quando a energia ingerida iguala a energia despendida, o indivíduo
está em equilíbrio energético e mantém o seu peso. Contudo, quando
a energia fornecida ao organismo não é suficiente para satisfazer as
suas necessidades, devido, por exemplo, a um jejum voluntário, o corpo
perde peso e orienta o seu metabolismo de base para uma melhor pou-
pança, utilizando diferentemente os nutrientes disponíveis e limitando
a sua atividade.
Valor energético:
42,4 kcal (*)
Gorduras (0,4 g)
Proteínas Hidratos de
(0,3 g) carbono (9,4 g)
Água
(85,1 g)
Água
(67,4 g)
Gorduras
Proteínas (9,8 g)
21,7 g)
(*) Para estes resultados, tivemos em conta que tanto um grama de proteínas como
um grama de hidratos de carbono produz quatro quilocalorias; um grama de lípidos
produz nove quilocalorias.
As necessidades energéticas
É consensual que para calcular o gasto energético devem ser tidos em
conta, primeiro que tudo, fatores como o sexo, a idade, o peso e a altura.
Contudo, para se perceber quais as necessidades energéticas adequadas
a cada indivíduo, os cálculos não podem ficar por aqui.
Legenda:
kcal/dia = quilocalorias por dia;
P = peso, em quilos.
FATORES DE CORREÇÃO
SEGUNDO A ATIVIDADE FÍSICA
Nível de Fator de Nível de Fator de
Sexo Sexo
atividade atividade (FA) atividade atividade (FA)
Muito ligeiro 1,3 Muito ligeiro 1,3
Ligeiro 1,6 Ligeiro 1,5
Homens Moderado 1,7 Mulheres Moderado 1,6
Intenso 2,1 Intenso 1,9
Muito Intenso 2,4 Muito Intenso 2,2
Fonte: Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
e Organização Mundial da Saúde (OMS).
A
O essencial sobre alimentação saudável 18
UM EXEMPLO PRÁTICO
Como podemos ver pelo exemplo acima, o resultado obtido com a equa-
ção da FAO apresenta um valor ligeiramente superior ao da equação do
IOM. Isto acontece porque a fórmula do IOM é mais recente e tenta
refletir um pouco a diminuição de atividade física por parte das popu-
lações, tendo ainda em consideração a prevenção das doenças crónicas.
No entanto, se repararmos, as duas fórmulas apresentam valores bas-
tante aproximados e servem o seu propósito (acima de tudo, funcionam
perfeitamente como orientação para avaliar qual o consumo energético
ideal para uma pessoa com as características referidas).
Atividades
Dormir
Repousar deitado
Repousar sentado
Ler em voz baixa
Varrer
Tricotar, coser
Ler em voz alta
Escrever
Cantar
Passar a ferro, lavar louça
Pintura, bricolage
Ginástica moderada
Marcha lenta (4 km/h)
Bricolage (madeira/ferro)
Ginástica/halteres
Marcha rápida (6 km/h)
Subir escadas
Trabalho intenso
Bicicleta
Exercício árduo
Serrar madeira
Natação, ténis
Escalada
Correr (8,5 km/h)
Esqui, futebol, ballet
Luta
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Dispêndio calórico/hora
A
O essencial sobre alimentação saudável 22
ATENÇÃO
MACRONUTRIENTES:
LIMITES DE FORNECIMENTO ENERGÉTICO
Mínimo Máximo
Lípidos ou gorduras 15% 30%
Gorduras saturadas 0% 10%
Gorduras polinsaturadas 6% 10%
Gorduras monoinsaturadas (*) (*)
Capítulo 2
O equilíbrio alimentar
A
O equilíbrio alimentar 27
Hoje em dia, uma das grandes preocupações ao nível da saúde das popu-
lações tem que ver com as doenças crónicas e o ritmo acelerado a que
as vemos aumentar. As principais doenças crónicas são a obesidade,
as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial, a diabetes e o cancro.
Atingir o equilíbrio
O equilíbrio alimentar deve ser atingido com moderação. No dia a dia,
não vale a pena fazer contas complicadas: basta reger-se pelos limites do
bom senso. Há que respeitar o equilíbrio global entre os diferentes tipos
de nutrientes à escolha:
– equilíbrio entre as proteínas. O organismo necessita tanto de proteínas
de origem animal (leite, queijo, carne, peixe, ovos) como de proteínas
de origem vegetal (pão, massas, cereais, legumes secos, etc.);
– equilíbrio entre os lípidos. É preciso consumir gorduras animais ricas
em vitaminas A e E (entre outras), tais como a manteiga, as gorduras
do leite, do queijo, da gema do ovo, etc., mas também os óleos onde se
encontrem os ácidos gordos polinsaturados e, nomeadamente, os ácidos
gordos essenciais;
– equilíbrio entre os alimentos fornecedores de hidratos de carbono, incluindo
A
O essencial sobre alimentação saudável 28
ATENÇÃO
As proteínas
As proteínas (termo derivado do grego proteos, que significa “primeiro”,
“fundamental”) desempenham um papel fulcral na estrutura e nas
funções das células, assumindo-se como a matéria-prima dos nossos
músculos. São os materiais construtores do organismo e mantêm e
reparam todos os tecidos (muscular, conjuntivo, nervoso, cartilagíneo,
ósseo). São formadas por numerosas cadeias à base de substâncias azo-
tadas: os aminoácidos.
A
O equilíbrio alimentar 29
Os aminoácidos
Já foram identificados 20 aminoácidos diferentes (oito aminoácidos
essenciais para os adultos e nove para as crianças (veja o quadro
Os aminoácidos essenciais, abaixo), que, de acordo com a forma e o número
em que se combinam, dão origem a diferentes proteínas com diferentes
funções. No processo do metabolismo, essas proteínas são destruídas e
os aminoácidos libertados. A maioria destes é recuperada pelas células,
mas uma certa percentagem perde-se e deve ser renovada. É por essa
razão que, desde o nascimento até à morte, temos de absorver proteínas
com regularidade. Caso contrário, não cresceríamos, e muitos tecidos
e funções do organismo entrariam em colapso.
OS AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS
Oito para os adultos Nove para as crianças
Fenilalanina Fenilalanina
Isoleucina Isoleucina
Leucina Leucina
Lisina Lisina
Metionina Metionina
Teronina Teronina
Triptofano Triptofano
Valina Valina
Histidina
A importância da alimentação
PROTEÍNAS COMPLEMENTARES
Isoleucina Lisina Metionina Triptofano
Leguminosas ✓ ✓
Cereais ✓ ✓
Leguminosas + cereais ✓ ✓ ✓ ✓
A ingestão combinada de leguminosas e cereais permite obter o perfil de proteínas completo.
As quantidades ideais
As proteínas são indispensáveis à construção e à manutenção tanto dos
músculos como de todas as células do nosso corpo. Quando essas neces-
sidades são satisfeitas, o excesso de proteínas presente no organismo
é transformado em energia, e o excedente, por sua vez, em gordura.
No caso de um consumo excessivo de carne, por exemplo, os rins, muito
solicitados para a eliminação de detritos excedentários, cansam-se
mais ou menos rapidamente e podem acabar por recusar o desempenho
das suas funções.
CONSUMO DIÁRIO
ACONSELHADO DE PROTEÍNAS
(face ao total energético)
Percentagem Quantidade
Infância
De 1 a 3 anos 5%-20% 0,83-1,31
gramas por quilo
Dos 4 aos 18 anos 10%-30% de peso corporal
Adultos
0,83 gramas por
A partir
10%-15% quilo de peso
dos 18 anos
corporal (*)
(*)Durante a gravidez, deverá haver um consumo adicional de
1 grama, 9 gramas e 28 gramas por dia durante o primeiro,
o segundo ou o terceiro trimestre, respetivamente. Durante
a lactação, o consumo adicional deve ser de 19 gramas
por dia durante os primeiros seis meses e de 13 gramas
posteriormente.
Fonte: Food and Nutrition Board – Institute of Medicine.
Os hidratos de carbono
Os hidratos de carbono, ou seja, o conjunto dos açúcares complexos e
dos açúcares simples, constituem cerca de metade da energia fornecida
ao nosso organismo. São facilmente acessíveis e muito mais baratos,
regra geral, do que os produtos à base de proteínas. Isto explica que,
por essa razão, seja mais comum que as populações economicamente
mais desfavorecidas apresentem um consumo excessivo de hidratos
de carbono face, por exemplo, ao consumo de proteínas.
A
O equilíbrio alimentar 33
Índice glicémico
Os hidratos de carbono podem ser classificados de uma forma um pouco
mais elaborada, tendo em consideração outros aspetos, nomeadamente
a resposta glicémica e a produção de insulina. À classificação dos ali-
mentos fornecedores de hidratos de carbono em função desta resposta
dá-se o nome de “índice glicémico”.
ÍNDICE GLICÉMICO
Baixo (<55) Moderado (56 a 69) Elevado (≥70)
Leguminosas Batatas novas Bolos
Aveia Pão Farinhas brancas
Massa Arroz Batatas velhas
Fruta crua Milho, cereais
Legumes Puré
Leite Sumos de fruta
Iogurte natural Mel
As fibras
As fibras constituem o elemento não digerível da alimentação.
Trata-se de um grupo de substâncias muito diversificadas, das quais
a maior parte são polímeros (cadeias) de hidratos de carbono simples.
Mas todas apresentam duas características comuns: apenas se encon-
tram nas plantas, e o ser humano não tem capacidade enzimática
para as digerir.
• Coma de tudo da forma o mais natural • Acompanhe sempre o seu prato com
possível: pão ou arroz integrais, em vez legumes.
de pão ou arroz brancos; cereais inte- • Consuma três a cinco peças de fruta
grais em vez do simples farelo. por dia.
• Ingira diariamente uma porção de • Beba muita água, para evitar que as
leguminosas (na sopa ou no prato), tais fibras fiquem bloqueadas no tubo
como grão, feijão, ervilhas ou lentilhas. digestivo.
ATENÇÃO
De acordo com os últimos dados da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos
(EFSA), é recomendado nos adultos um consumo diário de 25 gramas de fibra.
Teor em fibra
(em gramas, por cem gramas de alimento)
Arroz corrente
Arroz integral
Banana
Carcaça
Feijão-branco cozido
Feijão-frade cozido
Feijão-vermelho cozido
Pão de centeio
Pão de milho
Quivi
0 2 4 6 8 10 12
gramas
A
O essencial sobre alimentação saudável 38
As gorduras
As gorduras, ou lípidos, são tão indispensáveis ao nosso bem-estar
como as proteínas e os hidratos de carbono. Sem elas, a máquina para-
ria completamente, por falta do combustível adequado, pois a energia
que produzem é indispensável ao nosso metabolismo. Mas essa não é a
sua única função.
O que é um lípido?
Os lípidos constituem um grupo de substâncias de naturezas diferen-
tes, cujo ponto comum é a sua não-solubilidade na água e no sangue.
Os lípidos fazem parte integrante de numerosos alimentos.
Lípidos simples
Os lípidos simples são, essencialmente, triglicéridos. Estes são consti-
tuídos por uma molécula de glicerol – também ela formada a partir de
hidratos de carbono, portanto, de açúcares – sobre a qual se fixam três
moléculas de ácidos gordos.
Por sua vez, os ácidos gordos são moléculas bastante simples, forma-
das por três elementos essenciais: o carbono, o hidrogénio e o oxigénio.
Diferenciam-se uns dos outros, por um lado, pelo seu comprimento e,
por outro, pela presença ou ausência de uma ou várias duplas ligações
entre os átomos de carbono. A presença de ligações duplas modifica as
propriedades químicas dessas moléculas. Um ácido gordo sem dupla
ligação chama-se “saturado”. Um ácido gordo com uma dupla ligação é
chamado “monoinsaturado”. Um ácido gordo com várias duplas ligações
diz-se “polinsaturado”.
Lípidos complexos
Os lípidos complexos contêm, além do carbono, do hidrogénio e do
oxigénio, um outro elemento: um açúcar, um aminoácido, um radical
A
O equilíbrio alimentar 41
O colesterol
Bioquimicamente, o colesterol é um álcool especial de forma cíclica,
ao qual se fixa um ácido gordo. Está presente em todo o organismo,
mas, sobretudo, no sistema nervoso e no cérebro. Intervém na formação
das hormonas sexuais e dos ácidos biliares.
Uma boa medida é consumir carnes vermelhas apenas duas a três vezes
por mês e peixe três a cinco vezes por semana. Além disso, prefira o leite
e o iogurte meio-gordos e, em vez de utilizar natas, engrosse os seus
molhos com queijo-creme natural. Para os molhos cozinhados, recorra
ao azeite ou ao óleo de girassol e, para barrar as torradas, faça uma esco-
lha ponderada, optando por margarina ou, caso já tenha uma dieta cui-
dada, por pouca manteiga (veja a caixa abaixo).
MANTEIGA OU MARGARINA?
ATENÇÃO
Muitas vezes, os rótulos alimentares contêm a inscrição “Sem colesterol”. Isto não sig-
nifica que o alimento em questão não tenha gorduras saturadas ou trans, que, na prá-
tica, podem fazer elevar os níveis de colesterol no organismo.
As vitaminas
São pouco numerosas, mas, sem elas, não poderíamos viver. Era já
essa a opinião daqueles que, em 1912, isolaram, pela primeira vez, uma
substância com uma fórmula química especial, do tipo amina, a que
chamaram “vitamina” ou “amina de vida”. Tratava-se de um complexo
de vitaminas que foram, depois, identificadas com precisão.
VITAMINAS
Riscos em caso
Consumo diário
aconselhado (*)
(aproximado)
Designação
Equivalente
de abuso
alimentar
Função
Fontes
• 3 gemas
Fígado, gema de ovo, de ovo; Problemas
Assegura uma boa visão
legumes verdes, óleo de • 100 a 150 g digestivos;
A (retinol)
(sobretudo à noite),
fígado de bacalhau, peixe de brócolos; queda de cabelo;
o crescimento dos ossos 800 μg
gordo, produtos lácteos • 100 a 130 g malformações
e a proteção da pele
não desnatados (leite de ervilhas; congénitas; vertigens
e das mucosas.
gordo, manteiga, nata) • 100 a 150 g e dores de cabeça
de feijão-verde
Carne de porco, cereais
Assegura o metabolismo
integrais, feijão, frutos
B1 (tiamina)
transformação dos
Amendoim, carne, extrato
alimentos em energia,
de carne, farelo, farinha Rubor da pele;
participa na síntese do • 1 dose
integral, gérmen de trigo, 16 mg distúrbios
ADN celular e no bom de atum
levedura de cerveja seca, gastrintestinais
funcionamento da pele,
miudezas, peixe
dos nervos e do aparelho
digestivo.
Assegura o metabolismo
(piridoxina)
VITAMINAS
Riscos em caso
Consumo diário
aconselhado (*)
(aproximado)
Designação
Equivalente
de abuso
alimentar
Função
Fontes
• 1 dose de
fígado, legumes verdes dos glóbulos vermelhos; 200 μg pessoas com
leguminosas
de folhas fator importante na síntese carência de vitamina
do ADN celular. B12
cianocobalamina)
(cobalamina ou
Antiescorbútica, contribui
Abacate, alface, agrião,
para a boa saúde dos
couve, ervilhas, espinafres,
capilares e dos dentes, • 1 laranja;
ascórbico)
C (ácido
• 50 g de
filoquinonas)
(*)
Os valores apresentados são para os adultos.
Legenda: μg = microgramas; mg = miligramas; n.a.= não se aplica.
Fonte: Decreto-Lei n.º 54/2010 (adaptado).
A
O essencial sobre alimentação saudável 48
Carência de vitamina C
Alguns grupos de pessoas podem apresentar uma eventual carência,
geralmente pouco significativa, de vitaminas. As grávidas necessitam
de um teor em vitaminas diário superior ao teor normal em 15 a 50
por cento. Neste caso, é preferível adaptar convenientemente a dieta
pessoal, em vez de ingerir doses elevadas de produtos farmacêuticos,
a não ser que estes sejam prescritos pelo médico assistente. Segundo
alguns estudos recentes, o excesso de vitaminas poderá estar na origem
de alguns defeitos graves em recém-nascidos.
A carência de vitamina B12, uma das mais mas, alguns concluem, a partir desse facto,
graves, é designada por anemia perniciosa que a vitamina B12 é o remédio para todas
ou anemia de Biermer. Surge em conse- as fadigas. Mas isso é absolutamente falso:
quência da falta de secreção, no estô- a vitamina B12 não alivia a fadiga normal,
mago, de um fator necessário à sua absor- não constitui remédio para a falta de ferro e
ção. Como a fadiga é um dos seus sinto- também não dá “chicotadas” energéticas!
Os minerais
Tal como a Terra, o nosso organismo contém, além dos iões orgânicos
à base de carbono, iões inorgânicos sem carbono, ou seja, minerais.
Estes podem estar presentes sob a forma de iões simples ou combinados
no seio de compostos orgânicos. Foi necessário esperar pelos anos 20
e 30 do século passado para que se pudesse conhecer bem e, sobretudo,
aprender a combater algumas doenças causadas pela falta de nutrientes
inorgânicos, como o bócio provocado pela carência de iodo ou a anemia
provocada pela falta de ferro.
MINERAIS
Designação Fontes Função
Essencial para o crescimento dos ossos
e dos dentes, assim como para a sua boa
conservação ao longo da vida; previne a
Camarões, chocolate, couves verdes, frutos
osteoporose; intervém nos mecanismos
Cálcio secos e oleaginosos, leite e derivados,
da coagulação sanguínea, da transmissão
sardinhas inteiras (com espinhas), tofu
nervosa e da contração muscular; contribui
para a manutenção de uma pressão
sanguínea normal.
Regulariza o movimento dos fluidos
corporais; equilibra o pH do sangue;
Cloro Marisco, peixe, sal de mesa
entra na constituição do ácido clorídrico,
indispensável à digestão.
Juntamente com o ferro e o cobre,
Alimentos ricos em vitamina B12
Cobalto tem um papel importante na formação
(por exemplo, carne de vaca e ovos)
da hemoglobina do sangue.
Cacau, crustáceos, fígado de vaca e de
Formação dos glóbulos vermelhos,
Cobre porco, leguminosas secas, óleo de milho,
em associação com o ferro e o cobalto.
nozes, rins, uvas
Essencial para a formação dos glóbulos
Cacau, carne, cereais integrais, fígado,
Ferro vermelhos, transportadores de oxigénio;
leguminosas, nozes, ovos, peixe, rins
constituinte de enzimas de importância vital.
Contribui para a formação e para o
bom estado dos ossos e dos dentes;
Flúor Café, chá, crustáceos, peixes, soja
há quem defenda que contribui também
para a prevenção da osteoporose.
Cacau, carne, frutos secos e oleaginosos, Contribui para o crescimento dos ossos
Fósforo gema de ovo, leguminosas secas, e dos dentes; papel importante ao nível
leite e queijos, peixe do metabolismo energético.
Crescimento dos ossos; intervém
Bananas, cacau, farelo, farinha integral,
na transmissão do influxo nervoso e na
Magnésio frutos secos (especialmente, as amêndoas
contração muscular, inclusive a do músculo
e as nozes do Brasil), legumes verdes, soja
cardíaco.
Cacau, café, cereais integrais, chá, frutos, Contribui para a formação dos ossos e para
Manganésio
legumes verdes, nozes a reprodução.
Regulariza o ritmo cardíaco e a pressão
sanguínea; intervém na excitabilidade
Bananas, batatas, cacau, café, chá,
Potássio das células nervosas e nas contrações
laranjas, leguminosas secas, leite
musculares; regula o movimento dos fluidos
e a transferência de alimentos para a célula.
Carne, crustáceos, frango, gema do ovo, Antioxidante com ação complementar à da
Selénio
peixe, tomate vitamina E.
Regulariza o equilíbrio da água no
Quase todos os alimentos e, especialmente,
Sódio organismo, exerce um papel importante
o leite, os queijos e o sal de mesa
sobre a tensão arterial.
Interfere no processo de crescimento
Carne de aves e de vaca, crustáceos, e no aparelho sexual; preserva o paladar
Zinco
farinha integral, fígado, ovos e o cheiro; contribui para a cicatrização
das feridas.
A
O equilíbrio alimentar 51
O cálcio
O cálcio é essencial para a formação, crescimento e boa saúde dos ossos.
Os ossos são tecidos vivos que, ao longo da vida, absorvem e expelem
cálcio, para manterem a textura e a dureza do esqueleto e dos dentes.
A quase totalidade do cálcio presente no nosso organismo encontra-se,
portanto, nos ossos e nos dentes. Calcula-se que o esqueleto do adulto
seja renovado, dessa forma, em cerca de 10 ou 12 anos e, na criança,
em cerca de um ou dois anos. A pequena percentagem restante encon-
tra-se nas células do sangue e, apesar dessa presença modesta, o seu
papel é, aí, muito importante: intervém nos mecanismos da coagula-
ção sanguínea e no bom funcionamento de vários sistemas hormonais.
Intervém também nas reações de excitabilidade dos nervos e dos mús-
culos, especialmente do músculo cardíaco. Finalmente, o cálcio ajuda
a regularizar a tensão e, segundo alguns, poderá fazer baixar uma
hipertensão moderada.
A
O essencial sobre alimentação saudável 52
ATENÇÃO
O fósforo
A presença e a assimilação do fósforo estão intimamente ligadas às do
cálcio: 90 por cento do fósforo encontram-se nos ossos, sob a forma de
fosfato de cálcio. O fósforo intervém igualmente nas trocas de energia,
na atividade celular, no transporte das gorduras. Encontra-se abun-
dantemente distribuído pelos alimentos, tanto do reino vegetal como
animal, e portanto não constitui, a não ser em casos excecionais, um
problema nutricional. Como já referimos, o cálcio e o fósforo são inter-
dependentes: a relação cálcio-fósforo deve ser equilibrada e, além disso,
compensada pelo consumo de vitamina D. A ingestão excessiva de fós-
foro prejudica a absorção do cálcio.
O sódio
O sódio é um mineral que se encontra em todos os líquidos intracelula-
res. O seu papel principal é regular o teor em água do organismo, e a sua
concentração é notavelmente constante. Quando há dificuldade na eli-
minação do sódio, o organismo retém mais água (o que leva à formação
de edemas); quando é excessiva, dá-se a desidratação, com sensação de
fadiga e cãibras.
EVITAR EXCESSOS
Experimente substituir o sal, na confeção das suas refeições, por ervas aromáticas
ou algumas gotas de limão.
A
O equilíbrio alimentar 55
→
1g 0,4 g
3g 1,2 g
6g 2,4 g
A
O essencial sobre alimentação saudável 56
SABIA QUE…
Os peixes de água salgada não têm mais sal do que os peixes de água doce. De facto,
tanto uns como outros possuem um mecanismo interno que os impede de reter sal.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a ingestão total de sal não deverá
ultrapassar os cinco gramas, o que corresponde a cerca de dois mil miligramas diários
de sódio.
O ferro
O ferro é um mineral essencial, que entra na constituição da hemoglo-
bina dos glóbulos vermelhos e da mioglobina, pigmento que assegura o
fornecimento do oxigénio às células, sendo ainda importante na trans-
formação de betacaroteno em vitamina A e na produção de anticorpos.
É armazenado no fígado, no baço e na medula óssea. O corpo humano
contém entre três e cinco gramas de ferro, concentrado essencialmente
no sangue. A parte restante encontra-se armazenada no fígado, no baço,
no tubo digestivo e na medula óssea.
SABIA QUE…
Cerca de 30 por cento das pessoas, em todo o mundo, sofrem de anemia, problema
que pode ser originado pela carência em ferro. Apesar de, à partida, se poder pensar
o contrário, esta insuficiência não se limita aos países mais pobres: é também muito
frequente nos países ocidentais mais desenvolvidos.
O potássio
O potássio, associado ao sódio, contribui para a hidratação do orga-
nismo e para a conservação do equilíbrio ácido-base. Interfere ainda na
excitabilidade das células musculares e nervosas. Encontra-se em todos
os líquidos extracelulares.
Cogumelos enlatados
Couve-portuguesa cozida
Brócolos cozidos
Tomate
Aipo
Quivi
Couve-de-bruxelas cozida
Beterraba
Batata cozida
Feijão-manteiga cozido
Chocolate de leite
Bananas
Espinafre
Salsa
Miolo de amêndoa
miligramas
A
O equilíbrio alimentar 61
O magnésio
O magnésio intervém em diversos domínios: reações enzimáticas, metabo-
lismo do cálcio e do fósforo, excitabilidade nervosa e contração muscular.
Participa na síntese dos ácidos gordos e das proteínas, tendo ainda um
papel imprescindível no armazenamento de energia nas células.
A água
O corpo humano é constituído por mais de 60 por cento de água.
Esta faz parte de todos os tecidos animais e vegetais e é classificada,
como nutriente construtor, ao mesmo nível das proteínas. Sem água,
os diferentes elementos nutritivos não poderiam desempenhar o seu
papel, porque as diversas reações bioquímicas, que estão na base do fun-
cionamento do organismo, se processam sempre em meio aquoso.
Bolacha maria
Miolo de avelã
Pão de trigo
Arroz cozido
Linguado grelhado
Ovo cozido
Pera
Ananás
Melão
Espargos
Tomates crus
Alface
0 20 40 60 80 100
gramas
A água é a melhor das bebidas, desde que seja potável e pouco minerali-
zada e, sobretudo, pobre em sódio.
Em Portugal, a água da rede pública tem uma qualidade boa. Mas con-
vém manter-se informado sobre as características essenciais da água
A
O essencial sobre alimentação saudável 64
A cafeína
O uso do café parece ter existido na Pérsia, a partir do século ix, mas o
primeiro europeu que o mencionou foi um viajante de Pádua (Itália),
em 1580. Terá escrito a um amigo: “Os turcos têm uma beberagem de cor
negra... e não há reunião em que não a bebam.” Desde então, as bebidas
estimulantes conquistaram o mundo inteiro, e o café tornou-se mesmo
um fator importante de especulação entre Estados, muitas vezes às cus-
tas dos pequenos produtores.
ATENÇÃO
Café descafeinado
Refrigerantes de cola
Chá
Bebidas energéticas
Café instantâneo
miligramas
A
O essencial sobre alimentação saudável 66
SABIA QUE…
Desde julho de 2004, os fabricantes são bebidas com mais de 150 miligramas por
obrigados a indicar a menção “elevado litro de cafeína. São também obrigados a
teor em cafeína” (de forma legível, logo especificar a quantidade total desta subs-
após o nome do produto) nos rótulos das tância na embalagem.
É estimulante?
A maior parte dos consumidores euro- E durante a gravidez?
peus acredita que o consumo de cafeína Estudos realizados sugerem que o con-
melhora o seu desempenho e bem-estar. sumo elevado de cafeína ao longo da
Os resultados dos nossos estudos expe- gravidez está associado a atrasos de
rimentais sugerem que os consumidores crescimento do feto e a um baixo peso
de café associam os períodos em que não dos recém-nascidos. Com as nossas
consomem café a uma redução no seu investigações, verificou-se que o con-
desempenho e bem-estar. No entanto, sumo excessivo de cafeína está asso-
estes não permitem afirmar que a cafeína ciado a um aumento da probabilidade
tenha resultados realmente benéficos. As de aborto espontâneo, pelo que se deve
melhoras sentidas pelos consumidores de reduzir ou mesmo evitar o consumo
café após a sua ingestão refletem, apenas, neste período.
a anulação dos efeitos sentidos pela falta
de cafeína a que o corpo está habituado. Provoca cancro?
Tenha em conta que o consumo combi- Alguns estudos defendem que o consumo
nado de cafeína e de tabaco parece contri- de cafeína pode ter um certo efeito pro-
buir para aumentar a sensação de stresse. tetor nalguns tipos de cancro (do cólon,
por exemplo); outros indicam que pode
Afeta o sono? aumentar o risco de outros tipos (como o
Existe uma crença generalizada de que o cancro do pâncreas). As nossas investi-
consumo de cafeína ajuda a “aguentar” o gações não revelaram uma relação ine-
dia depois de uma noite mal dormida. Os quívoca entre cancro e consumo de café;
estudos não permitem estabelecer essa apenas alguns indícios. Um consumo
relação, nem sequer concluir que quanto moderado (no máximo, de três cafés
mais se consome menos se dorme. por dia) não parece ser cancerígeno.
68
A
Capítulo 3
Preparar refeições
saudáveis
A
Preparar refeições saudáveis 71
Alimentos dispensáveis
O seu consumo deve ser
meramente ocasional
Leguminosas
Idealmente, devem ser consumidos
elementos deste grupo pelo menos
1 vez por dia
Cereais
Produtos lácteos e derivados,
Devem ser consumidas tubérculos
2 a 3 porções por dia Grupo essencial,
sendo o maior
da roda.
Deve consumir
Carne, aves, produtos deste
peixe e ovos grupo a todas
Devem ser as refeições
alternados ao
longo da semana, Água
sendo o peixe o Deve beber-se,
elemento que deve pelo menos,
ser consumido 1,5 litros
com maior de líquidos,
frequência sendo a água
a melhor opção
Fruta
É outro grupo
importante. Devem Legumes
comer-se, no mínimo, São o segundo maior
3 peças variadas de grupo. Devem ser
fruta por dia incluídos em todas
as refeições, nunca
Atividade Gorduras e óleos esquecendo a sopa
física O seu consumo deve
Pelo menos ser mínimo, embora
30 minutos diário Bebidas alcoólicas
por dia Devem ser tomadas
com moderação
ATENÇÃO
“SALTAR” O PEQUENO-ALMOÇO
PÃO OU CEREAIS?
O pequeno-almoço
O pequeno-almoço ideal deve ter:
– uma a duas porções de laticínios, fornecedores de proteínas de ori-
gem animal, como as do leite e do iogurte magros ou meio-gordos e as
dos queijos. As proteínas animais funcionam como complemento das
proteínas vegetais, que se ingerem na forma de pão, tostas e cereais diver-
sos. Um copo de leite UHT meio-gordo (cerca de 200 mililitros) fornece
94 quilocalorias;
– duas fatias de pão ou uma bolinha, que corresponde a cerca de 140 a
160 quilocalorias. O pão possui mais vitaminas e fibras quando é feito
de farinhas integrais;
– uma peça de fruta (uma maçã, uma pera, uma laranja ou dois quivis),
que correspondem a 90 a cem quilocalorias. Fornecem vitaminas e fibras.
Além do queijo ou do fiambre, pode, em alternativa, usar margarina rica
em ácidos gordos polinsaturados ou manteiga para barrar o pão ou as
torradas. Uma colher de sobremesa de manteiga ou margarina
(15 gramas) tem cerca de cem quilocalorias. As compotas também são
uma boa alternativa: uma colher de sobremesa (cerca de 20 gramas)
tem cerca de 50 quilocalorias.
ATENÇÃO
Evite comer muito pela manhã. refeição com todos estes ingredientes
Os pequenos-almoços “à inglesa”, por corresponde a mais de 40% do total
exemplo, com ovos, bacon, pão, leite, de calorias que devem ser ingeridas ao
cereais, compota, manteiga e fruta, são longo de todo o dia, o que é claramente
desaconselhados. O consumo de uma excessivo.
A
O essencial sobre alimentação saudável 76
A ALTERNATIVA AO AÇÚCAR
Para adoçar as suas infusões, experi- e têm uma capacidade adoçante superior
mente substituir o açúcar por mel. O mel à da sacarose, o que poderá levar a que
contém 78% de açúcares, sendo pratica- coloque uma quantidade menor, apesar
mente tão energético como o açúcar nor- de, normalmente, estas diferenças não
mal. Os açúcares que o compõem (glu- serem significativas. O mel é, também,
cose e frutose) são mais fáceis de digerir ligeiramente laxativo.
O almoço e o jantar
As refeições principais devem começar, de preferência, por uma sopa
ou por uma salada crua. Note que as sopas instantâneas não são mais
pobres em vitaminas e minerais do que as caseiras, mas têm, normal-
mente, um elevado teor em sódio, o que pode ser prejudicial à saúde,
em particular para quem sofre de hipertensão (veja também O sódio,
na página 54). De qualquer forma, regra geral, as sopas caseiras são mais
variadas.
Vejamos como variam, para o produto em gramas de um bife de frango sem pele
cru, os valores calóricos para a mesma equivalem a 108 quilocalorias, as mesmas
dose, cem gramas, consoante as carac- que um bife de peru. Quanto aos peixes,
terísticas nutricionais do alimento. Para um peixe magro como a pescada fornece
um bife de vaca sem gorduras visíveis, o 83 quilocalorias; já um peixe meio-gordo,
teor calórico é de 122 quilocalorias; um como o robalo, contribui com 145 quilo-
lombo de porco também sem gordura calorias; e um peixe gordo, como o sal-
visível já fornece 131 quilocalorias; cem mão, com 262 quilocalorias.
PREFIRA O AZEITE
Ao elaborar os seus pratos, utilize prefe- Mas atenção: apesar das propriedades
rencialmente o azeite na confeção e para benéficas, como qualquer outra gordura,
temperar. Esta é uma gordura de grande podemos usar, mas não abusar! Uma
qualidade, com inúmeras propriedades colher de sopa de azeite fornece 90 qui-
benéficas. O seu teor em ácidos gordos localorias! Dependendo das suas neces-
monoinsaturados é elevado, o que con- sidades energéticas, não use mais do que
tribui para o equilíbrio entre os diferentes uma a duas colheres de sopa de azeite
tipos de ácidos gordos no organismo. na confeção e no tempero dos alimentos.
Ementas equilibradas
Planear uma ementa semanal é um excelente princípio de organização
pessoal e familiar, que pode trazer benefícios em termos de ganho de
tempo, permitindo ainda reduzir custos com as compras de alimentos
e facilitar a adoção de uma alimentação mais equilibrada.
Para planear uma ementa, deve ter em conta os três componentes dos
pratos principais que referimos atrás:
– a carne, o peixe e os ovos, fonte de proteína animal (opcional);
– os cereais, a batata ou as leguminosas, fonte de hidratos de carbono;
– e os legumes, fonte de vitaminas, minerais e fibra.
A
Preparar refeições saudáveis 79
No restaurante
Nos restaurantes, é preciso ser muito prudente, especialmente se neces-
sita de os frequentar mais do que uma vez por semana. A gordura
esconde-se um pouco por toda a parte: nas carnes, nas almôndegas, nas
salsichas de todos os tipos, nos molhos, nas maioneses e nos fritos de
qualquer género, especialmente nas batatas fritas, que foram elevadas
à categoria de acompanhamento quase universal.
A
O essencial sobre alimentação saudável 80
1 fatia de pão
1 fatia de pão
Meio da manhã (2) com compota; 1 iogurte
com queijo
1 iogurte meio-gordo
Sopa de agrião;
Sopa juliana;
Sopa de legumes; peixe-espada
feijoada (mais
cozido à portuguesa grelhado (posta
legumes e feijão
(arroz, legumes, uma pequena) com
Almoço do que carne)
rodela de enchido e batatas cozidas
com arroz e uma
75 gramas de carne); (2 batatas médias)
rodela de enchido;
1 maçã e salada;
1 pera
1 banana
Chá;
1 copo de leite 1 copo de leite
2 fatias de pão
Lanche (2) meio-gordo; meio-gordo;
com fiambre;
1 quivi 1/2 pão com manteiga
1 iogurte meio-gordo
Sopa de nabiças;
Creme de cenoura; 1 fatia de carne Sopa de tomate;
peixe cozido com assada com 4 bacalhau cozido
Jantar 1 batata cozida e colheres de sopa com ovo, 2 batatas
legumes cozidos; de arroz e brócolos e legumes cozidos;
2 tangerinas cozidos; 1 maçã
1 laranja
Leite e fruta Leite e fruta Leite e fruta
Ao deitar (3)
ou 1 fatia de pão ou 1 fatia de pão ou 1 fatia de pão
(1)Ao pequeno-almoço pode incluir, de acordo os seus hábitos, um cáfe. Este pode ainda ser
bebido a meio da manhã, depois do almoço ou da parte da tarde, não devendo ultrapassar os três
cafés por dia. O queijo a colocar no pão pode ser substituido por fiambre, paio ou chouriço, desde
que dê preferência às opções magras. Um boa alternativa são também as compotas, uma vez que
o nutriente que devemos ingerir em maior quantidade são os hidratos de carbono, pelo que há
sempre mais espaço para os mesmos, o que não acontece com as gorduras ou as proteínas.
A
Preparar refeições saudáveis 81
Sopa de grão
Sopa de cenoura Sopa de feijão
com espinafres; Puré de ervilhas;
com brócolos; com grelos;
esparguete com bife grelhado com
açorda de peixe arroz de frango
carne picada, arroz e esparregado;
e salada de tomate; com grelos;
cenoura ralada; 1 laranja
1 quivi 1 maçã
1 maçã
RECOMENDA-SE!
As refeições ligeiras
Fazer quatro ou cinco refeições por dia não deve significar, de forma
alguma, que se ingira uma quantidade maior de comida, mas sim que
se distribua por quatro ou cinco refeições modestas a mesma quanti-
dade diária de alimentos. De facto, é verdade que o estômago digere com
A
Preparar refeições saudáveis 83
O vegetarianismo
Na origem deste regime alimentar, encontra-se uma corrente de pensa-
mento que glorifica a natureza, através da confiança nos processos e nos
alimentos naturais e do respeito pela vida animal. Também algumas
correntes religiosas, filosóficas e morais exaltaram, por diversas vezes,
os eventuais benefícios espirituais do vegetarianismo e contribuíram,
dessa forma, para difundir a sua prática.
aos alimentos que são subprodutos dos animais vivos: o leite, a man-
teiga, os ovos, o queijo.
Num adulto que goze de boa saúde e que tenha um conhecimento apro-
fundado dos princípios da nutrição, um regime vegetariano, posto em
prática de forma inteligente, não será perigoso. Poderá até revelar-se
bastante positivo como prevenção da obesidade, das doenças cardiovas-
culares e, de acordo com alguns especialistas (embora isso não esteja
ainda provado), do cancro, devido à riqueza em antioxidantes deste
tipo de dieta. Também o nível de colesterol é, em geral, mais baixo nos
vegetarianos.
Uma das carências que podem estar a ingestão de leite de soja enriquecido
associadas ao vegetarianismo é a falta de com cálcio. Em caso de falta de vitamina
vitamina B12 e de ferro. A carência será B12, devem ser tomados suplementos
maior naqueles que se alimentam apenas de forma contínua.
de vegetais, comparativamente aos ovo- O zinco, necessário para cicatrizar as
lactovegetarianos. Como seria de espe- feridas e essencial no metabolismo de
rar, também é entre os vegans que se proteínas e hidratos de carbono, também
verifica uma carência mais grave de cál- pode ficar em falta. Esse, bem como o
cio e de vitamina D, devido à ausência de ferro, o cálcio e o magnésio, está presente,
laticínios na sua alimentação. Por isso, no sobretudo, nos ovos, no leite, nos legu-
caso da dieta vegetaliana, é fundamental mes, nas leguminosas e nos frutos secos.
Bebidas Semanalmente
Ovos inteiros Todos os dias
6 copos de água por dia Meia hora de
e álcool em moderação e doces
exercício físico
Todos os dias
Frutos secos e sementes (noz,
amêndoa, castanha, pinhões)
Laticínios, leite de soja e clara
de ovo (queijo, manteiga,
iogurtes)
Óleos vegetais
Às refeições
Fruta e legumes Às refeições
Cereais integrais Leguminosas
(massa, pão, arroz) (ervilhas, favas,
grão, feijão seco)
pode ser “iniciado” a partir dos quatro ou seis meses, com a introdução
do tofu e da soja na sopa, em vez da carne. O seitan, à base de glúten,
só deve ser incluído a partir do meio ano. Para garantir uma alimen-
tação equilibrada, convém que os pais falem com o médico assistente
para saberem, entre outras coisas, se este tipo de alimentação fornece à
criança uma quantidade de ferro suficiente.
Capítulo 4
A alimentação
em cada idade
A
A alimentação em cada idade 89
O bebé
O aleitamento materno é, sem contestação, o melhor meio de dar ao
bebé a alimentação de que necessita. Em algumas regiões do mundo
onde os meios de higiene não são os mais adequados, essa é mesmo
a única forma recomendada. Há países onde o número de bebés mal
alimentados, ou que sofrem de diarreia grave, devido à utilização de
biberões mal doseados ou mal preparados, é lamentavelmente elevado.
O leite materno
O leite materno é o alimento naturalmente adequado às necessidades
do bebé. Tem diversas vantagens, tanto do ponto de vista da nutrição
como do da saúde, e mesmo, apesar de este aspeto ser menos impor-
tante, do ponto de vista do conforto.
Outra vantagem reside no facto de, com o leite materno, o risco de aler-
gia ser diminuto. No entanto, no caso de a mãe sofrer de certas doenças,
tais como a tuberculose ou afeções graves do coração ou dos rins, o alei-
tamento é contraindicado.
■■ É muito prático, pois está sempre pronto a usar. Além disso, é muito mais
económico e até ecológico, dado não possuir “embalagem”, nem custos
de produção.
O peito ou o biberão?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda vivamente,
sobretudo por razões de saúde e de higiene, a alimentação ao peito.
No entanto, e apesar de a percentagem de mães que sai da maternidade
a amamentar seja muito elevada, por diversos motivos muitas mães
abandonam demasiado cedo o aleitamento materno e introduzem leite
artificial na dieta do bebé. O que muitas vezes começa como apenas um
suplemento rapidamente se transforma na alimentação total do bebé.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
Para a preparação do leite do bebé pode muito duras, contaminadas por pesticidas
usar água de abastecimento público, desde ou com níveis elevados de nitratos, deve
que seja potável. Mesmo assim, aconselha- usar água engarrafada. Para uma maior
-se a fervê-la (durante, pelo menos, cinco segurança recomenda-se que, mesmo
minutos). Se tem dúvidas sobre a qualidade assim, esta água seja também fervida (veja
da água da sua localidade, informe-se junto a caixa Qualidade da água da torneira,
das autoridades locais. Em zonas de águas na página 64).
O aleitamento materno
e o regresso ao trabalho
Como foi referido no início deste capítulo, a Organização Mundial da
Saúde recomenda o aleitamento materno em exclusivo até aos seis
meses de vida do bebé. Após esta idade, o bebé pode continuar a ser
amamentado, simultaneamente com a introdução de novos alimen-
tos. Mas a verdade é que esta não é uma prática fácil, porque muitas
vezes a mãe tem de voltar a trabalhar fora de casa (veja a caixa abaixo
para saber mais).
O SUBSÍDIO PARENTAL
Diversificar a alimentação
Considerando a recomendação anterior da Organização Mundial da
Saúde (OMS), a introdução de novos alimentos deve ocorrer a partir do
sexto mês. Nas páginas seguintes, seguimos estas indicações como refe-
rência para a introdução dos alimentos. Entre parêntesis, está a idade
alternativa. Isto porque, na prática, devido ao regresso à vida laboral e
porque se o bebé é alimentado com leite de substituição não há razões
para manter apenas o leite, a maioria das mães pode decidir iniciar
a diversificação alimentar a partir dos quatro meses e não aos seis,
como recomenda a OMS.
ele cospe. Muitas vezes, o ato de cuspir tem que ver com o chamado
reflexo de extrusão, que desaparece entre os quatro e os seis meses.
REFLEXO DE EXTRUSÃO
Normal até aos quatro ou seis meses, sitado na parte anterior da língua, sendo
o reflexo de extrusão consiste na expul- muitas vezes interpretado pela mãe como
são para fora da boca de qualquer ali- um sinal de que a criança não gosta
mento mais consistente que seja depo- do alimento.
Não existe uma opinião unânime sobre iniciar a introdução de novos ali-
mentos como a papa ou a sopa. Os defensores da papa referem que tem um
sabor mais próximo do leite, que já é um grande passo para o bebé ter de se
habituar à colher e que a proximidade com o sabor do leite facilita a
transição. Os defensores da sopa referem que os legumes são menos ricos
em hidratos de carbono e que não há necessidade de fazer esse aporte ener-
gético tão cedo, e que a introdução da sopa favorece a apetência pelos legu-
mes, que como já vimos são muito importantes na nossa saúde. Seja por
papa ou sopa, o importante é respeitar algumas regras (veja a caixa seguinte).
REGRAS DE OURO
Papa Sopa
• Feita à base de cereais sem glúten. • Os legumes devem ser cozinhados
• Cerca de 100 a 120 mililitros de água com o mínimo de água.
(se for uma papa láctea) ou leite do • Adicionar uma colher de chá (por cada
bebé (se for uma papa não láctea). sopa) de azeite no fim.
• Deve ficar com uma consistência rala. • Deve manter-se a mesma sopa durante
• Deve manter-se a mesma papa pelo quatro dias.
menos durante quatro dias para verifi- • A quantidade e a consistência devem
car se há alguma alergia. ser semelhantes às da papa.
• NÃO adicionar açúcar. • NÃO adicionar sal.
A
O essencial sobre alimentação saudável 96
A primeira sopa deve ser feita com abóbora ou com cenoura. A segunda
sopa, para além de um novo legume, pode ter pequenas quantidades
de cebola ou de batata, que se podem manter nas sopas seguintes.
Para introduzir um novo legume, experimente combiná-lo com outros
que o bebé já conheça. Só deve introduzir um novo legume de cada vez.
ATENÇÃO
Todos os produtos à base de trigo, centeio, cevada e aveia contêm glúten. Os cereais
mais facilmente disponíveis sem glúten são o arroz e o milho.
A
A alimentação em cada idade 97
DÊ ÁGUA AO BEBÉ!
O leite suprime todas as necessidades hídricas do bebé. Com a introdução dos novos
alimentos, é preciso oferecer-lhe água!
Pode ainda ser introduzida a bolacha maria para misturar nos purés
de fruta ou no iogurte.
A
O essencial sobre alimentação saudável 98
É, pois, também nesta fase que se introduz o iogurte, que deve ser natu-
ral. Não há qualquer necessidade de adquirir os iogurtes para bebés,
disponíveis no mercado, até porque alguns têm açúcar adicionado, o
que não traz qualquer mais-valia para a sua saúde. Pode misturar fruta
e/ou bolacha maria, variando as combinações. Como referido, não deve
adicionar açúcar ou mel.
Receitas e texturas
À medida que o bebé vai ingerindo uma maior variedade e quantidade de
alimentos, as receitas podem tornar-se mais complexas e com uma tex-
tura gradualmente menos passada e homogénea para mais granulosa,
deixando de ser sopas.
ATENÇÃO
9 meses (9 a 12 meses)
Os alimentos a introduzir são:
– leguminosas;
– ovo;
– peixe.
devem ser dados só sob a forma de sopas tradicionais, mas devem come-
çar a ter alguma textura, devendo ser apenas esmagados com um garfo,
de forma a habituar o bebé a sentir as diferentes texturas.
Também a gema cozida pode ser introduzida nesta fase, e o peixe pode
substituir a carne em pelo menos uma das refeições. Comece pelos
peixes magros na refeição do almoço, passando as refeições de carne
para o jantar.
É, de facto, entre os oito e os nove meses que o bebé deve começar a fazer
também uma refeição ao jantar, podendo assim começar-se a alternar a
carne e o peixe entre estas duas refeições principais.
A partir dos nove meses podem começar a ser introduzidos alguns fru-
tos e legumes com um potencial alergénico maior, tais como o pêssego,
o morango, a laranja, a tangerina, o ananás, o quivi e o tomate.
Também a partir desta idade deve iniciar-se o treino do beber pelo copo
(com bico próprio) e deixar o bebé adquirir gradualmente a sua autono-
mia, dando-lhe uma colher para a mão, para ele ir “treinando”, enquanto
o ajuda a comer.
LEITES DE CRESCIMENTO
A clara de ovo só deve ser introduzida aos 12 meses, assim como o leite
de vaca.
UM CONSELHO
Exceto em casos particulares, tais como necessidades. Não é, por isso, necessá-
a doença ou os conflitos familiares, rio forçá-la a comer. Deve contudo insistir-
a criança alimentar-se-á, espontanea- -se para que a alimentação seja variada
mente, em função das suas verdadeiras e equilibrada.
A criança e o adolescente
As necessidades de energia das crianças e dos adolescentes são muito
elevadas, em consequência do estádio de desenvolvimento em que se
encontram (veja o exemplo na página seguinte).
NECESSIDADES DIFERENTES
AS REFEIÇÕES NA ESCOLA
Existe uma preocupação por parte do nem sempre é fácil colocar tudo em prá-
Ministério da Educação e da Direção- tica, pelo que cabe também aos encar-
-Geral da Saúde em garantir o forneci- regados de educação verificar que as
mento de refeições escolares adequa- refeições escolares garantem o aporte
das e equilibradas. Por este motivo, as de todos os nutrientes e fazer pressão
ementas são elaboradas, no geral, por nesse sentido. O inverso também é válido.
técnicos especializados e incluem sem- De pouco serve a escola procurar garan-
pre a sopa e os legumes cozidos ou a tir o fornecimento de sopas e legumes,
salada no prato. Há ainda recomenda- se em casa a criança ou o adolescente
ções e normas emitidas por estes orga- não for incentivado a consumi-los. Os
nismos que servem de guia para a ali- bons hábitos devem ser trabalhados em
mentação em contexto escolar. conjunto, quer pela família quer pelo meio
Apesar das recomendações, contudo, envolvente.
Os conflitos
A questão não se resume ao que as crianças comem, mas, também,
à forma como comem. Este aspeto é importante, porque a alimenta-
ção é também um fator social, e muitos conflitos entre pais e filhos
têm aí a sua origem, conflitos que, na maioria das vezes, poderiam ser
facilmente evitados, se se tivesse em conta que nenhum alimento é
insubstituível. Cada qual tem os seus gostos: as crianças, tal como os
adultos, podem preferir certos alimentos a outros. Por isso, se depois
de ter provado espinafres o seu filho os recusar, dê-lhe, por exemplo,
uma salada verde; se ele detestar alface, apresente-lhe tomates ou
cogumelos, já que o essencial é que coma legumes. Não se esqueça
de que as crianças copiam e imitam os comportamentos dos pais.
Não o pode obrigar a comer sopa, se os pais não a comem, nem pode
querer que ele goste de tomate se todos os dias ouve a mãe dizer
que detesta.
Além disso, a refeição deve ser tomada numa atmosfera calma, des-
contraída e bem-humorada. Nesse momento do dia, baixe o volume
da televisão ou desligue-a, evite as discussões sobre dinheiro e adie
para outra altura os “raspanetes” sobre as más notas! E deixe que as
crianças façam, na medida do possível, as suas próprias escolhas ali-
mentares. Os estudos demonstram que as crianças selecionam os ali-
mentos dentro daquilo que têm disponível, pelo que o importante é
que o leque e a variedade dos alimentos disponíveis sejam de boa qua-
lidade. Dê-lhes, ao mesmo tempo, ocasião para se informarem, porque
a educação nutricional é uma parte muito importante da educação
para a saúde.
A
O essencial sobre alimentação saudável 104
Os idosos
ATENÇÃO
As necessidades individuais
Com a idade, o metabolismo diminui, e as necessidades calóricas
reduzem-se. À medida que se envelhece, o apetite deveria, portanto,
A
A alimentação em cada idade 105
A grávida
Sabe-se hoje que, na altura do nascimento, três quartos das células
cerebrais estão já formadas e que, com um ano, o cérebro do bebé se
encontra inteiramente constituído. Assim, quanto mais precoce for a
subnutrição, mais graves serão as suas consequências. Neste aspeto,
a alimentação da mãe durante a gravidez é determinante: uma dieta
adequada reduz, de forma muito significativa, as taxas de nascimentos
prematuros e de mortalidade à nascença, além de influenciar positiva-
mente o desenvolvimento da criança. Além disso, permite a formação
de uma reserva de gorduras favorável à preparação do aleitamento.
Por outro lado, a ideia comum de que uma grávida deve comer por dois
não podia estar mais errada. O excesso de peso é tão prejudicial quanto
o baixo peso, tornando o futuro bebé suscetível à obesidade, a diabetes
e a outras doenças crónicas.
É normal que uma futura mãe aumente o seu peso em cerca de nove a doze
quilos. Mas um emagrecimento da ordem dos dois ou três quilos, eventual-
mente causado por náuseas e perturbações digestivas, não é raro durante o
primeiro trimestre. A partir do quarto mês, em média, o aumento de peso
da grávida deve ser regularmente seguido pelo médico, já que:
– um aumento de peso insuficiente comporta o risco de um crescimento
deficiente do feto ou, mesmo, de um parto prematuro;
– um aumento de peso excessivo tem o risco de causar obesidade na
criança e de dificultar à mãe a recuperação da linha depois do parto.
A
A alimentação em cada idade 109
Portanto, apesar de não ser preciso comer por dois, também não convém
seguir uma dieta muito rigorosa, a menos que haja prescrição médica.
Quanto aos lípidos, não convém negligenciar o seu consumo, porque eles
intervêm na absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). O ácido
linoleico, que favorece o crescimento do feto e prepara o organismo para
um aleitamento de excelente qualidade, encontra-se, por exemplo, nos
óleos de girassol, soja e milho. No entanto, o consumo diário deve limi-
tar-se a 15 a 20 gramas de manteiga e duas a quatro colheres de sopa
de azeite. As restantes gorduras encontram-se nos alimentos. A inges-
tão de peixe deve ser privilegiada, pois esta é uma boa fonte de gordu-
ras importantes para o desenvolvimento do feto. Procure não abusar
dos fritos.
ATENÇÃO
Capítulo 5
Os riscos ligados
à alimentação
A
Os riscos ligados à alimentação 115
A contaminação química
Muitos dos alimentos que consumimos contêm substâncias que não
fazem parte da sua composição natural, como resultado da manipula-
ção direta do homem: os produtos agrícolas são tratados com pestici-
das, tanto no campo (por exemplo, com inseticidas e herbicidas), como
após a colheita (por exemplo, com fungicidas); os animais recebem tra-
tamentos veterinários desde que nascem; aos produtos alimentares são
adicionados aditivos nas fábricas onde são produzidos… Além disso, as
substâncias estranhas podem chegar aos alimentos através de águas
contaminadas, de fumos industriais, etc.
Pesticidas
São substâncias químicas naturais ou sintéticas (inseticidas, herbicidas,
fungicidas…) utilizadas na agricultura, para proteger as plantações con-
tra pragas, nomeadamente, de bolores, insetos, ervas daninhas e roedo-
res. O uso de pesticidas pode provocar problemas de saúde nas primeiras
horas ou dias após a exposição (toxicidade aguda), devido, por exemplo,
Não deixe a
fruta ou os legu-
mes de molho.
Utilize água com
pressão para os lavar
Micotoxinas
As micotoxinas são toxinas produzidas por alguns bolores, princi-
palmente por algumas espécies de Aspergillus, Fusarium e Penicillium.
Estas encontram-se no ambiente e, quando se verificam determina-
das condições de temperatura e humidade (temperatura superior a
25ºC e humidade superior a 15 por cento), produzem este tipo de toxi-
nas. Entre estas, destacam-se as aflatoxinas (sendo a mais tóxica a
aflatoxina B1) e a ocratoxina. Estas toxinas podem estar presentes, entre
outros, nos frutos secos (por exemplo, amendoins ou nozes) ou secados
(passas de uva, de figo, etc.), no café, na cerveja e nos cereais. As aflatoxi-
nas têm propriedades cancerígenas, teratogénicas (podem causar mal-
formações no feto) e mutagénicas (podem causar mutações celulares),
afetando os tecidos, como os do fígado e dos rins.
Nitrosaminas
Estação do ano, tipo de cultura, intensidade da luz do sol e utilização
de adubos influenciam a acumulação de nitratos nos legumes. O risco
destes compostos para a saúde humana deve-se sobretudo à sua trans-
formação em nitritos. Esta conversão produz-se por ação de bactérias
na boca e no estômago. As crianças, pela imaturidade do seu organismo,
são mais vulneráveis. Por sua vez, os nitritos podem reagir com as ami-
nas dos alimentos e gerar as nitrosaminas, compostos potencialmente
cancerígenos.
• Nos modelos a carvão, abra ou feche o • As barras não devem ser muito
buraco da ventilação para regular o ar. afastadas, para a comida não cair.
• A temperatura não deve ser demasiado As chamas não devem tocar nos ali-
elevada. mentos. Rejeite os pedaços que esti-
• A altura da grelha deve ser ajustável, de verem carbonizados.
forma a permitir o controlo da intensi- • Alguns grelhadores têm um recipiente
dade do calor e a rapidez do cozinhado. para a gordura, que ajuda a preve-
• Uma tampa diminui o tempo de aque- nir a formação de hidrocarbonetos
cimento. Os aparelhos que funcionam aromáticos policíclicos (HAP). Este é
a gás devem possuir reguladores, para colocado entre o alimento e a fonte
dosear a quantidade de combustível, de calor e torna os churrascos mais
como num fogão tradicional. saudáveis.
Dioxinas
As dioxinas produzem-se involuntariamente quando se queimam mate-
riais que contenham cloro na sua composição. Passam para o ar a partir
das chaminés industriais, das fábricas de incineração, etc., chegando pos-
teriormente à água e aos campos de cultivo. Algumas são muito tóxicas
e podem originar lesões na pele, afetar o aparelho reprodutor e o sistema
imunitário, estando ainda relacionadas com o aparecimento de cancro.
A contaminação microbiológica
A presença de microrganismos nos alimentos pode ser normal e,
dentro de certos limites, até inofensiva. O problema coloca-se quando se
ultrapassam esses limites, devido a problemas de higiene e conservação.
Surgem, então, as intoxicações (provocadas pela ingestão da toxina)
ou infeções (provocadas pela ingestão do próprio microrganismo)
alimentares. No verão, por exemplo, as salmonelas são uma das princi-
pais responsáveis por este tipo de problema.
CUIDADOS BÁSICOS
Como tratar?
Algumas toxi-infeções manifestam-se horas depois de termos ingerido a
comida contaminada, enquanto outras demoram vários dias. No último
caso, torna-se mais difícil descobrir a verdadeira causa.
COMO RECLAMAR?
Os aditivos
Os aditivos são adicionados aos alimentos com o objetivo de os tornar
mais atraentes, de manter o seu aspeto e a sua consistência, de prolon-
gar o seu tempo de vida ou, muitas vezes, para mascarar a falta de certos
ingredientes ou a utilização de matérias-primas de má qualidade. Entre
os aditivos distinguem-se os corantes, os conservantes, os antioxidan-
tes e reguladores de acidez, os agentes de textura, os intensificadores de
sabor e os edulcorantes.
ATENÇÃO
Se, no rótulo, não aparecer nenhum prio (por exemplo, ácido ascórbico).
E---, isso não significa que o produto Consulte o nosso guia prático Veneno
esteja isento de aditivos. Estes podem no seu prato? para saber mais sobre
estar identificados pelo nome pró- os aditivos.
A vigiar de perto
A maioria dos aditivos pode ser evitada. Outros, pelo contrário, são
essenciais, por exemplo, para assegurar que os alimentos respeitem
todos os critérios atuais de higiene e de segurança alimentar. Seria,
pois, irrealista querer eliminá-los por completo da nossa alimentação.
No entanto, é possível evitar, ou consumir com moderação, os que sus-
citem dúvidas quanto à sua inocuidade.
A
O essencial sobre alimentação saudável 126
Corantes
A adição de corantes a um alimento serve para restituir ou alterar a sua
cor original e para o tornar mais atrativo. Os corantes podem ter uma
origem natural (serem extraídos de substâncias vegetais, animais
ou minerais) ou ser obtidos por síntese.
ATENÇÃO
Alguns corantes de origem natural são extraídos com recurso a solventes que não
estão isentos de riscos. Este é o caso do diclorometano, considerado potencialmente
cancerígeno.
Conservantes
Os conservantes são eficazes contra as bactérias, os bolores e as levedu-
ras responsáveis pela degradação dos alimentos, prolongando a duração
dos alimentos. Embora impeçam o desenvolvimento de microrganis-
mos, os conservantes não eliminam os já existentes quando são adicio-
nados aos produtos alimentares, daí que seja de extrema importância o
uso de matérias-primas de qualidade e a existência de boas condições
de higiene e conservação.
Antioxidantes
O estudo toxicológico dos aditivos per- Unidas convidado pela FAO e pela
mite determinar as doses diárias admissí- OMS para avaliar a toxicidade dos
veis (DDA) e definir os critérios de pureza aditivos.
dos aditivos. • Na União Europeia, a Autoridade
• A nível mundial, esta tarefa compete ao Europeia para a Segurança dos
Comité Misto da Food and Agriculture Alimentos (EFSA) – mais concreta-
Organization (FAO) e da Organização mente a ANS, o Painel para os Aditivos
Mundial da Saúde (OMS). O JEFCA Alimentares e Fontes Nutricionais
(Joint FAO/OMS Expert Committee Adicionadas aos Alimentos – é a res-
on Food Additives) é o centro de toxi- ponsável pela avaliação ou reavalia-
cologia da Organização das Nações ção dos aditivos alimentares.
Agentes de textura
Os agentes de textura atuam sobre a consistência do alimento a que são
adicionados, modificando-a ou estabilizando-a. Entre outros, podem
ser incluídos neste grupo os espessantes, os gelificantes, os emulsio-
nantes e os estabilizadores.
Edulcorantes
Estes aditivos são utilizados para adoçar os alimentos. Podem ser direta-
mente adicionados aos produtos, em substituição do açúcar, ou comer-
cializados como edulcorantes de mesa.
Pessoas em risco
Algumas pessoas são mais vulneráveis a potenciais efeitos nefastos
dos aditivos.
■■ As pessoas que têm uma alimentação pouco variada e que consomem com
frequência alimentos ricos em aditivos arriscam-se a ultrapassar as DDA.
A
Capítulo 6
O consumo de álcool
A
O consumo de álcool 135
ABUSO E DEPENDÊNCIA
Consumo de álcool
(15-64 anos)
%
100
80
60
40
20
0
total homens mulheres
2001 2007
70,6% da população dos 15 aos 64 anos consomem bebidas alcoólicas; a maioria é do sexo masculino.
O que é a alcoolemia?
O álcool e a água são das poucas substâncias absorvidas no estômago.
Desta forma, ao consumir-se uma bebida alcoólica, o álcool que esta
contém é rapidamente absorvido pelo sangue, demorando menos tempo
a “fazer efeito” quando é tomado fora das refeições do que se for acom-
panhado por alimentos (veja, na página seguinte, Tempo para eliminar).
TAXA DE ALCOOLEMIA
Curva de alcoolemia
consecutiva à absorção de 3/4 de litro de vinho de 10º de volume
álcool
(g/l)
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 1 2 3 4 5 6 7
tempo (horas a partir da absorção)
O organismo elimina cerca de 0,1 grama por litro de álcool por hora.
Fonte: World Drink Trends 2000.
A
O consumo de álcool 139
PROCESSAR O ÁLCOOL
A AÇÃO DO ÁLCOOL
O DELIRIUM TREMENS
• Um corpo em crescimento é mais sen- • Insista para comer antes de sair e inter-
sível à influência do álcool. Explique aos calar as bebidas alcoólicas com água
jovens que o álcool prejudica o desen- ou refrigerantes, para retardar a absor-
volvimento, mesmo o cerebral. ção do álcool.
• Sublinhe os efeitos imediatos do con- • Lembre de que deve planear o regresso
sumo de álcool, como a desidratação com um condutor sóbrio ou de táxi.
da pele, as calorias e o perigo de com- Deixe-o à vontade para ligar a qualquer
portamentos de risco (sexo desprote- hora, se não estiver em condições
gido, por exemplo). de voltar em segurança.
A
O consumo de álcool 143
ATENÇÃO
Por outro lado, a dependência psicológica pode ser de tal modo forte que
o alcoólico passe a organizar toda a sua existência em torno do álcool,
chegando a infringir preceitos médicos, sociais, profissionais e religio-
sos para satisfazer a procura das sensações geradas pela bebida. Dessa
forma, surgem todos os tipos de dificuldades que reforçam ainda mais
as razões para beber já existentes, tais como os conflitos familiares,
a perda do emprego, os problemas financeiros do lar, etc., sem falar da
ansiedade ou mesmo da angústia, cada vez mais intensas, que se suce-
dem aos momentos de euforia, que, por sua vez, são cada vez menos
satisfatórios.
ATENÇÃO
Serei alcoólico?
A resposta a esta questão nem sempre é simples, porque as sensibilida-
des individuais diferem.
QUESTIONÁRIO
C (cut down ou diminuir): Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade
de bebida?
A (annoy ou aborrecer): As pessoas aborrecem-no porque criticam o seu modo
de beber?
G (guilt ou culpa): Sente-se culpado pela maneira como bebe?
E (eye-opening ou despertar): Costuma beber de manhã para diminuir o nervosismo
ou a ressaca?
QUÃO CALÓRICO?
Um grama de álcool equivale a sete quilocalorias. Ou seja, um litro de vinho com 12 graus
contém 96 gramas de álcool e, portanto, fornecerá 672 kcal.
FÉRIAS SEGURAS
• O álcool desidrata, situação que se • Evite ingerir álcool quando praticar des-
agrava com o calor. Depois de uma porto: desidrata com mais facilidade.
noite de embriaguez, evite o álcool, pelo • Nalguns países, a ingestão de álcool
menos, no dia seguinte, para recuperar. em locais públicos é proibida ou limi-
• Não beba em situações de risco, como tada. Consulte os guias turísticos.
um passeio na praia de madrugada. • Se viajar de avião, não beba demais
Pode perder a noção do perigo e atirar- no aeroporto. Pode ser-lhe recusado
-se ao mar, por exemplo. o embarque.
• Tenha à mão um preservativo, para pre- • No avião, é preferível optar por sumos
venir consequências de comportamen- ou água, porque o ambiente é mais
tos sexuais de risco. seco e pode desidratar rapidamente.
A
Capítulo 7
Comprar, conservar,
preparar e confecionar
A
Comprar, conservar, preparar e confecionar 151
Não basta estar atento ao que come nem respeitar as proporções acon-
selhadas. Também é necessário saber escolher, conservar e preparar os
alimentos, de forma a satisfazer as exigências da saúde e do paladar.
Com ou sem produtos industriais, é sempre possível alimentarmo-nos
de forma sadia e de modo que as refeições quotidianas mantenham
o seu aspeto indispensável de prazer e descontração.
Um prato, por mais simples que seja, agradará até aos palatos mais exi-
gentes, se os ingredientes forem frescos, de boa qualidade e estiverem
bem cozinhados.
Comprar
Para fazer as compras, o primeiro passo é planear, de forma a não com-
prar aquilo de que não precisa. Faça uma lista, de preferência em fun-
ção da sua ementa mensal ou semanal. Seguidamente apresentamos
sugestões para a compra dos alimentos.
Carne
Quer seja para grelhar, assar no forno ou na brasa, ou para cozer, é de boa
qualidade quando:
– o “grão” é muito fino: a carne é untuosa ao tato, o suco escorre
normalmente;
– a massa de carne é compacta, firme e elástica;
– a gordura (branca para o porco, a vitela e o carneiro, creme-clara para
a vaca) insinua-se em lâminas e grãos mais ou menos finos através
da massa muscular. É o “salpicado” que surge em corte;
– a cor é bonita (vermelha, no caso da vaca e do carneiro, um pouco mais
pálida no porco, clara e de aspeto acetinado na vitela);
– o cheiro é suave e agradável.
Peixe fresco
Reconhece-se pelos seguintes aspetos:
– cheiro suave, a maresia. Recuse o peixe que apresente um cheiro
demasiado intenso ou a amoníaco;
A
O essencial sobre alimentação saudável 152
Crustáceos
■■ Compre-os tão frescos quanto possível. Não devem ser muito grandes,
mas bem “cheios”, e a membrana que recobre a cauda deve estar esticada.
De odor agradável, serão mais saborosos se os adquirir vivos.
Aves
Mantêm um corpo compacto, com o tronco e os membros firmes, ape-
nas durante alguns dias. A pele deve estar ainda lisa e nitidamente
branca ou amarela. Saliente-se, a propósito, que o frango amarelo não
A
Comprar, conservar, preparar e confecionar 153
é nem melhor nem pior do que o frango branco: a cor depende da raça
e é reforçada artificialmente pela administração de alimentos mais ou
menos ricos em pigmentos amarelos. A carne das aves jovens é mais
tenra e menos gorda.
Legumes e frutos
Seja para consumir crus ou cozinhados, compre, de preferência, frutos e
legumes da época (veja as páginas seguintes): além de serem melhores, serão,
certamente, mais baratos. Escolha apenas os perfeitamente sãos, sem man-
chas ou sujidade, e dê-se ao trabalho de os lavar bem. E saiba que os frutos e
legumes se digerem mais facilmente quando estão bem maduros.
Leguminosas
■■ No que diz respeito às leguminosas secas, leve para casa apenas emba-
lagens bem fechadas. Pode conservá-las até um ano num local fresco,
seco e ao abrigo da luz solar. Leve a cozer em água fria. Se não consumir
de imediato após a cozedura, guarde-as no frigorífico até três dias, num
recipiente fechado. Pode ainda congelar leguminosas cozidas, mas a tex-
tura fica esponjosa.
CALENDÁRIO DE LEGUMES
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Abóbora ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Acelga ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Agrião ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Aipo-de-cabeça ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Aipo-de-talo ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Alcachofra ● ● ● ● ●
Alface ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Alface-de-cordeiro ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Alho-porro ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Batata nova ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Beldroegas ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Beringela ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Beterraba de mesa ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Brócolos ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Cebola ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Cebola nova ● ● ● ● ●
Cenoura ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Chicória de folhas ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Chuchu ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Curgete ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Couve-de-bruxelas ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Couve-lombarda ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Couve-portuguesa ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Endívia ● ● ● ● ● ● ●
Ervilhas ● ● ● ● ●
Espargo ● ● ● ● ●
Espinafre ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Fava ● ● ● ● ●
Feijão-verde ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Funcho ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Grelos ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Milho-doce ● ● ● ● ● ●
Nabiças ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Nabo ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Pepino ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Pimento ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Rabanete ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Rábano ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Repolho ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Rúcula ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Rutabaga ● ● ● ● ● ● ● ●
Salsifi ● ● ● ● ● ● ●
Tomate ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
A
Comprar, conservar, preparar e confecionar 155
CALENDÁRIO DE FRUTOS
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Alperce ● ● ● ●
Ameixa ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Amora ● ● ● ● ● ●
Ananás-
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
-dos-açores
Banana-da-
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
-madeira
Cereja ● ● ● ● ●
Dióspiro ● ● ● ● ●
Figo ● ● ● ● ● ● ● ●
Framboesa ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Laranja ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Limão ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Maçã ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Melancia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Melão
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
e meloa
Mirtilo ● ● ● ● ●
Morango ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Nêspera ● ● ● ●
Pera ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Pêssego ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Quivi ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Romã ● ● ● ● ● ●
Tangerina ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Uva ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Frutos secos
Amêndoa ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Avelã ● ● ● ● ●
Castanha ● ● ● ● ●
Nozes ● ● ● ● ● ● ● ●
Pinhão ● ● ● ● ● ● ●
● Estação normal
● Fora de época
A
O essencial sobre alimentação saudável 156
Ovos
■■ A casca do ovo novo é áspera e opaca. A do velho é mais lisa e ganha
brilho. Escolha ovos com casca intacta e limpa. Uma vez rachado, o ovo
perde parte das suas propriedades naturais.
■■ Quando aberto, um ovo fresco quase não tem odor. A clara, límpida e
translúcida, é gelatinosa, e a gema, saliente. Se a clara estiver fluida e a
gema achatada, é muito provável que o ovo esteja envelhecido. À medida
que um ovo perde frescura, a gema torna-se móvel. Sacudindo vigorosa-
mente o ovo, se for velho, ouve-se um ruído característico.
■■ Conserve os ovos no frigorífico, com a ponta mais fina para baixo. Retire
apenas os ovos de que necessita e respeite a data de validade impressa
na embalagem ou nos ovos. Evite submetê-los a variações de tempera-
tura acentuadas.
Charcutaria
■■ Compre apenas os produtos de charcutaria que se apresentarem bem
firmes. O aspeto exterior do fiambre deve ser seco. As fatias devem ser
compactas e não soltar água, o que acontece muitas vezes com alguns
fiambres pré-embalados.
Preparar
Além dos cuidados na compra dos alimentos, a sua preparação também
requer alguma atenção.
Conservar
Conservar os alimentos exige também o respeito por algumas regras.
Congelador
Zona fria
Pratos cozinhados,
frango e peixe cru, charcutaria,
conservas abertas
e bolos com creme
Gavetas
Fruta e legumes
Porta
Ovos, leite, sumos e manteiga
A
Comprar, conservar, preparar e confecionar 161
REGRAS A CUMPRIR
ATENÇÃO
Congelar e descongelar
Cerca de 12 horas antes de iniciar o processo de congelação, regule o
termóstato de forma a atingir o ponto de máximo frio. Alguns apare-
lhos vêm já equipados com um botão específico para congelação rápida.
Uma vez os alimentos colocados no congelador, mantenha esta tem-
peratura durante mais 24 horas, após as quais deverá voltar a baixar
o termóstato para a sua temperatura habitual (-18ºC).
A
Comprar, conservar, preparar e confecionar 163
Cozinhar
10. Vigie o seu peso e faça exercício. Este último é um excelente comple-
mento da alimentação sã.
11. É verdade que o vinho tinto tem algumas propriedades benéficas, mas
não abuse desta ou de outras bebidas alcoólicas em geral. O mesmo é
válido para os refrigerantes. A água é a melhor bebida.
A
Capítulo 8
O peso e a saúde
A
O peso e a saúde 171
O peso “ideal”
Não existe um peso ideal, mas apenas um peso recomendado e que
depende da altura, da idade, da constituição física e do sexo. E também
convém não esquecer a satisfação pessoal, porque, para nos sentirmos
bem na nossa pele, é preciso que nos sintamos igualmente bem com o
nosso peso. Este não é, forçosamente, o peso teórico ideal, mas aquele
que permite que nos sintamos no melhor da nossa forma.
uma determinada pessoa tem gordura a mais; outra deve o seu peso, uni-
camente, ao volume muscular. Como podemos saber qual é o nosso caso?
ou ou
menos 18,5 25 30 35 40 mais
Peso reduzido
Peso normal
Excesso de peso
Obesidade ligeira
Obesidade moderada
Obesidade mórbida
ATENÇÃO
ATENÇÃO
As grávidas devem vigiar o seu aumento começar uma dieta por sua própria ini-
de peso (em princípio, não mais de 12 ciativa, nem tomar medicamentos para
quilos), mas não devem, em caso algum, controlar o peso.
Mais do que os genes, aquilo que tem só os hábitos: os filhos copiam dos pais
forte influência e que se transmite de os comportamentos, os padrões alimen-
pais para filhos são os hábitos alimen- tares e até os padrões e níveis de ativi-
tares, sejam eles bons ou maus. E não dade física.
A
O essencial sobre alimentação saudável 178
Consulte o nosso guia prático Emagrecer – do mito à realidade para saber como
começar da melhor maneira uma dieta de emagrecimento, como conservar o peso
adequado para si e que exercícios deve praticar para se manter em forma.
Algumas dietas prometem uma perda de o que equivale a cerca de 5100 quiloca-
peso rápida, por exemplo, em cinco dias, lorias por dia!
mas que está longe de corresponder a Ora, a maioria das dietas reduz o con-
uma perda de gordura. Faça as contas sumo alimentar a 1200, ou, no máximo,
connosco. a 1500 quilocalorias por dia, o que repre-
Um grama de gordura equivale a nove senta, apenas, um balanço negativo de
quilocalorias. Um quilo de peso corporal 500 ou 800 quilocalorias. A este valor
tem cerca de 800 gramas de gordura. podemos ainda acrescentar algum gasto
Logo, é necessário gastar 7200 quilo- energético provocado por atividade física,
calorias para eliminar um quilo de peso na ordem das 200 a 400 quilocalorias por
(9 kcal × 800 g). Portanto, será necessária dia, o que pode, quando muito, chegar a
uma redução de 36 mil calorias para eli- 1200 quilocalorias de perda de peso por
minar cinco quilos de peso por semana, dia… Nunca às 5100!
inativo for o candidato antes da dieta. E isto não deixa de ter conse-
quências negativas no estado da saúde. Acrescentemos que quem passa
a vida a saltar de dieta para dieta tem fortes probabilidades de adquirir
mais gordura, e cada vez com maior facilidade, depois de cada paragem.
Este fenómeno é vulgarmente designado por “efeito de ioiô”.
Labirinto de dietas
Todas as primaveras se inventam novas dietas. Como é possível enten-
dermo-nos num tal labirinto? O melhor será conhecê-las.
■■ Curas de jejum: jejuar mais de três dias é perigoso, pois pode provocar
anemias e destruição muscular. Jejuar um dia por semana faz menos
mal, mas é ineficaz. Já eliminar uma refeição em cada duas faz engor-
dar bastante, porque a sensação de fome aumenta, e a pessoa tem ten-
dência para se “vingar” na refeição seguinte.
■■ É pobre em calorias, mas sem descer abaixo das 1200 quilocalorias por
dia (preferencialmente não inferior a 1500 quilocalorias); é constituída
por alimentos de baixa densidade energética, ricos em nutrientes, como
os frutos, os legumes e os cereais integrais.
deceção. Se puder pagar esse luxo, a cura termal acrescenta, muitas
vezes, aos benefícios da água das nascentes, um acompanhamento de
bom nível, bem como a aprendizagem de um estilo de vida saudável.
Associada a uma dieta, uma tal cura permite perder os primeiros quilos
num ambiente propício, sob o olhar de médicos, dietistas ou nutricio-
nistas competentes.
Valor energético
Alimento
(em kcal)
1 rebuçado 19
1 pacote de açúcar 21
1 bolacha maria 22
1 copo (50 ml) de whisky 111
1 lata de cola 114
1 hambúrguer de vaca grelhado 156
1 queque 265
1 fatia de bolo de chocolate 410
1 croissant com manteiga 482
100 g de batatas fritas de pacote 526
100 g de chocolate de leite 546
100 g de amendoins 571
Fonte: Tabela da Composição dos Alimentos do Instituto
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
ATENÇÃO
corpo à escolha. Como ginástica passiva que é, age ao nível dos múscu-
los, mas não tem efeitos sobre a gordura.
Manter a linha
Não basta ter conseguido perder os quilos a mais: é preciso saber
conservar a nova linha. Isso também não é fácil e, para muitos, as
recaídas sucedem-se. Os quilos perdidos voltarão tanto mais rapi-
damente quanto a dieta tenha sido eficaz a curto prazo. A vontade
nem sempre é suficiente, porque alguns entregam-se a excessos ou
a restrições alimentares, como outros o fazem relativamente à droga
ou ao álcool. Por isso, é conveniente colocar a si mesmo, além da per-
gunta “quanto?”, uma outra, mais insidiosa: “Porquê?” Se excluirmos
as desordens de origem nervosa, como a bulimia e a anorexia, de que
falaremos a partir da página 195, o recurso mais ou menos compulsivo
aos alimentos tem origem, na maior parte das vezes, numa das três
situações seguintes:
– um estado de espírito negativo (acontece com aqueles que se sen-
tem constantemente sob tensão, agressivos, frustrados ou apenas
aborrecidos);
– um conflito (discussões com o cônjuge, com os filhos, com o patrão,
com os colegas);
– uma pressão social (é difícil escapar aos jantares de negócios, de famí-
lia, de festa, às refeições frequentes em restaurantes).
Bulimia e anorexia
Sinais de alerta
Perda de peso, desculpas constantes para não comer, cortar os ali-
mentos em frações ínfimas, isolamento social e prática exagerada de
exercício físico são alguns sinais da anorexia. O comportamento ali-
mentar destes doentes leva a um rápido esgotamento das reservas
de energia, pelo que é necessário recorrer ao músculo para manter
A
O peso e a saúde 197
1. Adote uma dieta equilibrada. Uma perda semanal de meio quilo, durante
o tempo necessário, permitir-lhe-á modificar, definitivamente, os seus
hábitos alimentares.
5. Não espere estar a desfalecer de fome para se pôr à mesa e coma o sufi-
ciente para evitar as falsas sensações de estômago vazio.
Capítulo 9
Receitas equilibradas
A
Receitas equilibradas 201
Peixe
Confeção
1. Picar a cebola e o alho.
30 gde azeite
salsa ou coentros picados q.b.
Confeção
1. Refogar ligeiramente a cebola e o alho com o azeite.
Confeção
1. Deitar um pouco de azeite no fundo do tacho. Dispor a cebola
e o tomate em rodelas ou meias-luas por cima, seguida de metade
da batata, grão, pimentos e bacalhau.
Confeção
1. Cozer a batata e os brócolos em conjunto. Moer no passador.
Temperar com pimenta-preta moída na altura e misturar com
metade do azeite.
Salada de bacalhau
com grão e couve-coração
Ingredientes
200 gde bacalhau
400 gde grão cozido
500 gde couve-coração-de-boi
150 gde cebola
15 gde alho
15 gde coentros
60 gde azeite
A
O essencial sobre alimentação saudável 204
Confeção
Confeção
1. Deitar um fio de azeite no fundo do tabuleiro.
Carne
Feijoada
Ingredientes
Confeção
1. Refogar ligeiramente a cebola e o alho em azeite. Adicionar
o chouriço picado, a farinheira e as folhas de louro.
6. Cozer o arroz.
Pré-preparação
1. Descongelar os grelos.
Confeção
4. Picar a cebola e o alho.
Confeção
1. Cozer o esparguete.
Confeção
1. Refogar ligeiramente a cebola, o alho, a cenoura e o tomate
com o azeite.
Confeção
1. Picar a cebola, o alho, a cenoura e o tomate.
Jardineira de carne
Ingredientes
400 gde peito de frango
150 gde cebola
20 gde alho
200 gde cenoura
300 gde tomate
500 gde batata
200 gde cenoura
200 gde ervilhas
30 gde salsa crua
40 gde azeite
Folha de louro e vinho branco q.b.
Confeção
1. Pique a cebola e o alho e refogue ligeiramente no azeite,
com a folha de louro.
Confeção
1. Temperar os bifes de frango com sumo de limão e pimenta-preta.
Confeção
1. Picar a cebola, o alho e os coentros e refogar com o tomate, a
folha de louro e o azeite.
A
Receitas equilibradas 211
Pratos vegetarianos
Feijoada vegetariana
Ingredientes
600 gde feijão-vermelho cozido
120 gde cebola
20 gde alho
500 gde couve-lombarda
200 gde cenoura
200 gde batata-doce
200 gde tomate
20 gde salsa
40 gde azeite
Folha de louro e açafrão q.b.
Confeção
1. Refogar ligeiramente a cebola e o alho em azeite, com uma folha
de louro. Adicionar uma colher de chá de açafrão, mexer.
Confeção
1. Cozer os ovos.
Confeção
1. Cozer previamente o feijão. Reservar e guardar a água
de cozedura.
Anexo
Primeiros socorros
A
Anexo 217
Outra situação mais comum do que o desejável é sair para uma “noite
de copos” e ver um amigo literalmente “cair para o lado” de tanto beber.
Como agir em caso de perda de sentidos?
Este anexo reúne alguns conselhos técnicos que poderão ser decisivos
em caso de acidente.
Em caso de engasgamento
Quando um pedaço de um alimento passa pela laringe e se dirige para a
traqueia, em vez de continuar pelo esófago até ao estômago, dá-se o
engasgamento ou a obstrução das vias aéreas. Normalmente, esta obs-
trução é parcial e permite a passagem de algum ar através das vias res-
piratórias. Engasgada, a pessoa mantém a consciência e tosse violenta-
mente até expulsar o corpo estranho e conseguir respirar
normalmente.
ATENÇÃO
Se a pessoa engasgada estiver a tossir, não lhe dê palmadas nas costas! Isso pode pro-
vocar a movimentação do pedaço de alimento e a obstrução total das vias respiratórias!
Contudo, por vezes, dá-se uma obstrução total, em que a pessoa não
consegue falar ou respirar, nem sequer tossir e, por isso, não expulsa
o pedaço do alimento. Se a respiração não se restabelecer rapidamente,
a vítima tem problemas de oxigenação, e a sua pele (sobretudo os lábios,
a ponta do nariz e dos dedos e os lóbulos das orelhas) ganha uma
A
O essencial sobre alimentação saudável 218
Como agir?
■■ Se a vítima for capaz de tossir, o mais eficaz é deixar que tussa até expul-
sar o pedaço de alimento, estimulando-a verbalmente. Neste caso, não
lhe dê palmadas nas costas, pois podem empurrar o corpo estranho
para baixo e provocar uma obstrução total.
■■ Se a vítima não conseguir respirar nem tossir, possivelmente está perante uma
obstrução total das vias respiratórias. Coloque-se atrás dela, em posição
de equilíbrio, sustenha-lhe o tórax com uma mão e incline-a para a frente.
Com a outra mão, dê-lhe até cinco palmadas secas nas costas, entre as
omoplatas (veja a ilustração abaixo, à esquerda). Pare assim que a pessoa
conseguir expulsar o pedaço de alimento.
Reanimação
Se verificar que, mesmo depois da expulsão do pedaço de alimento,
a vítima se mantém sem reação e sem respirar, efetue o suporte básico
de vida tal como a seguir explicamos.
Compressões
Ajoelhe-se do lado direito da vítima, junto ao peito. Apoie a base de
uma mão no tórax, na linha dos mamilos, e cubra-a com a outra, entre-
laçando os dedos e concentrando toda a sua força na base. Estique os
A
O essencial sobre alimentação saudável 220
Insuflações
Ao fazer a insuflação,
tape as narinas da vítima
para evitar que o ar se escape
ATENÇÃO
Figura 1
Figura 3
Figura 2
A
Anexo 223
ATENÇÃO
Para prevenir o engasgamento, coma devagar e pequenas porções de cada vez. Evite
falar enquanto mastiga.
Vigie bebés e crianças: tenha cuidado com o que colocam na boca e evite dar-lhes
alimentos que possam provocar o engasgamento, como amendoins.
■■ Caso deixe de respirar, faça-lhe respiração boca a boca (veja, na página 220,
o título, Insuflações).
inseticidas������������������������������������������� 115-116 leguminosas ���� 30-38, 46-47, 50, 53, 58, 72,
Institute of Medicine����������������������� 18-20, 31 77-79, 85, 98, 153
Instituto Nacional de Saúde leite����������������������������� (veja também laticínios)
Dr. Ricardo Jorge ����������������53, 59, 77, 186 -creme����������������������������������������������������������41
intensificadores de sabor��� 55, 124, 128, 130 de crescimento ������������������������������������������99
intestinos����������������������������� 35-37, 48, 58, 90, de soja���������������������������������� 84-85, 102, 110
110, 117, 122, 146 de vaca ���� 30, 63, 92-93, 99-100, 102, 110
intolerâncias��������������������������93, 96, 102, 131 gordo�������������������������������������������� 41, 46, 185
intoxicação������������������� 36, 117, 142, 146-147 materno���������������������������� (veja aleitamento)
introdução dos alimentos��������������������94-100 para lactentes ������������������������������������� 86, 92
iodo����������������������������������������������������������� 49, 51 lenhinas ����������������������������������������������������������35
iogurte��������34, 41, 43, 52, 75, 80-85, 97-98, lentilhas�������������������������35, 46, 58, 63, 82, 85
102, 106, 110, 122, 160, 168, 181-182 leveduras���������������������������������������� 28, 46, 127
IOM ����������������������� (veja Institute of Medicine) licença
irritabilidade�������������������������� 57, 65, 123-124 de maternidade������������������������������������������93
irritação da pele ������������������������������������������117 de aleitação ������������������������������������������������94
isoleucina��������������������������������������������������29-30 licores������������������������������������������������������������127
lida da casa�����������������������������������������������������21
limão��������������������������������������������� (veja citrinos)
J-K limpar
jantar ����������������������������� 32, 58, 73-74, 76-78, os utensílios����������������������������������������������122
80-81, 99, 101, 107 o frigorífico ��������������������������(veja frigorífico)
jardineira�����������������������������������������������79, 209 linguado�������������������������������� (veja peixe magro)
jejum����������������15, 20, 74, 137-138, 182, 198 linguiça����������������������������������� (veja charcutaria)
jogging���������������������������������������������� (veja correr) links úteis����������������������(veja sítios na Internet)
jovens��������������52, 57, 86, 100-102, 135-136, lipectomia ��������������(veja tratamentos médicos)
142, 147, 176, 190, 195 lípidos������������������������������������������(veja gorduras)
kcal��������������������������������������� (veja quilocalorias) lipoaspiração ���������(veja tratamentos médicos)
kJ �������������������������������������������� (veja quilojoules) lipoproteínas ���������������������������(veja colesterol)
lisina����������������������������������������������������������29-30
livro de reclamações����������������� (veja reclamar)
L lixo ����������������������������������������������������������������162
lactose ���������������������������������� 33, 52-53, 89, 93 louro���������(veja ervas aromáticas e especiarias)
lagosta �������������������������������������(veja crustáceos) lula �������������������������������������������(veja crustáceos)
lanche����������������������������� (veja refeições ligeiras) luvas������������������������������� (veja cuidados básicos)
laranja������������������������������������������� (veja citrinos)
laser ����������������������������������������������������������������192
laticínios������������������������� 29, 46-47, 71-72, 75, M
84-85, 167, 184 maçã������37, 47, 75, 80-81, 96-97, 122-123, 155
lavar os alimentos�������� (veja cuidados básicos) macronutrientes�������������������������15, 22-23, 27
laxantes/alimentos magnésio���������������������� 50, 61-62, 83-84, 164
com efeito laxante ����������76, 189, 195-196 maionese�����������������������43, 82, 123, 167, 182
LDL���������������������������������������������(veja colesterol) malformações ������ 46, 51, 109, 117-118, 144
legislação��������������������������������47, 94, 117, 139 manganésio��������������������������������������� 49-50, 52
legumes���35-38, 46-47, 50, 72, 78-79, 83-86, manipular os alimentos. . . . . . . (veja cuidados
����������96, 103-106, 109, 153-154, 160, 166 básicos)
O essencial sobre alimentação saudável 234
quivi���������������� 37, 48, 60, 62, 80-81, 99, 155 salgadinhos����������������� 55, 101, 112, 127-128,
167, 194
saliva�����������������������������������������������������107, 198
R salmão ��������������������������������������39, 52, 77, 123
raia ������������������������������������������������������������������39 salmonelas����������������������������������������������������121
rancificação ��������������������������������������������������128 salsa ���������(veja ervas aromáticas e especiarias)
ranço�������������������������������������� (veja rancificação) salsichas������������������������������� 79, 101, 119, 163
raquitismo������������������������������������������������������53 saltear������������������������������������������������������������165
reações alérgicas������������������������� (veja alergias)
salva���������(veja ervas aromáticas e especiarias)
receitas
sardinha��������������������������������� (veja peixe gordo)
de carne������������������������������������������� 205-211
sauna ������������������������������������������������������������191
de peixe ������������������������������������������� 201-204
secreções digestivas�����������������������������62, 178
vegetarianas������������������������������������� 212-214
reclamar��������������������������������������������������������124 sedentarismo/sedentário ����������� 18, 21, 171,
recuperação pós-parto������������ (veja pós-parto) 187-188
refeições segurelha���� (veja ervas aromáticas e especiarias)
na escola���������������������������������������������74, 102 seitan����������������������������������������������������������������86
ligeiras �����������������������������������80-83, 97, 107 selénio ������������������������������������������������������49-50
pré-preparadas ���������������������������������56, 128 síndroma
reflexo de extrusão����������������������������������������95 alcoólica fetal��������������������������������������������144
refrigerantes �������������������23, 64-66, 101, 103, de privação��������������� (veja privação de álcool)
127-128, 130, 142, 168, 184-185, 198 do restaurante chinês������� (veja glutamatos)
regras��������������������71, 95, 107, 159, 161, 167 sistema nervoso��� 41-42, 44, 47, 64-65, 140
regulação térmica���� (veja temperatura corporal) sítios na Internet ��������������������������������64, 124,
reguladores de acidez����������������������������������124 128, 153
repousar/repouso������������������������������������17-21 snacks������������������������������������ (veja salgadinhos)
requeijão ������������������������������������������������� 53, 80 sobras���������������������������������������������� 71, 82, 159
reservas ���������������������� 35, 111, 177, 179, 196 sobremesas �����������������������23, 73, 80-81, 100,
resíduos���������������������������������������116-117, 127 127-130
resistência����������������������������������105, 117, 176 soja��������������������������������30, 40, 47, 50, 55, 62,
restrições alimentares�������������������������71, 193 85-86, 92, 102, 109-110, 123, 185
riboflavina������������������������������������������������45-46 solanina��������������������������������������������������������125
rigidez��������������������������������������������������������������61 solha�������������������������������������� (veja peixe magro)
rins����������������������� 31, 38, 52, 63, 86, 90, 110,
sopa ������������������������ 35, 62, 72, 74, 76, 80-82,
118, 123, 197
86, 94-99, 101-103, 106,
Roda dos Alimentos��������������������������������������72
123, 127-130, 164, 181, 194, 198
rosmaninho �������������������(veja ervas aromáticas
sorbatos��������������������������������������������������������127
e especiarias)
stresse ������������������������������66-67, 92, 104, 193
subnutrição����������������� 48, 104-105, 108, 196
S subsídios ��������������������������������������������������������93
sacarose��������������������������������������������������� 33, 76 substitutos de refeição����������������������� 182-183
saciedade������������������ 34, 36, 75, 82, 178, 187 sulfitos�������������������������������������������������127, 153
sal��������������������������������������������������������������50-56 sumos��������� 34, 103, 106, 112, 122, 128, 185
saladas���������������� 48, 58, 76, 79-82, 101-103, suplementos������������������������������������28, 45, 51,
123, 166, 201-214 58, 61, 84, 168, 182
Índice remissivo 237
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