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O aparecimento da Psicologia como Ciência

  A Psicologia: Ciência com um longo passado e uma curta história

Longo Passado:

        Os “mistérios da mente” e os enigmas do comportamento humano desde bem cedo


despertaram interrogações.

        O que são os sonhos? Fantasias sem sentido? Forma de comunicação com potências
sobrenaturais?

Curta história:

        Só a partir de 1879 a Psicologia assume características científicas. A investigação basear-


se-á na observação, no registo sistemático de dados e na experimentação, inicialmente em
laboratório e depois também em ambiente ecológico. Até então limitada às especulações dos
filósofos, a Psicologia emancipa-se e, adoptando um método cientifico, torna-se uma ciência.

        Há, em suma, um longo passado de questões sobre o comportamento humano e os


processos mentais, mas uma curta história de respostas científicas a essas questões.

        Os dois grandes momentos da história da Psicologia:

Psicologia pré-científica:

Conjunto de teorias resultantes de especulações não submetidas a testes empíricos (antes de


1879).

Psicologia como ciência:

Conjunto de teorias submetidas a teste empíricos e formadas mediante métodos que


valorizam a experimentação e a observação (depois de 1879).

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O objecto da Psicologia

A definição do objecto da Psicologia como sendo o comportamento e os processos mentais


foi o resultado de uma evolução.

        Nos finais do século XIX os processos mentais eram considerados o objecto apropriado da
Psicologia. Durante as primeiras décadas do século XX tentou reduzir-se o objecto de estudo
da Psicologia ao que era observável (ao comportamento em sentido escrito). Hoje em dia
foram ultrapassadas estas perspectivas simplicistas e redutoras: a Psicologia é, por definição, o
estudodo comportamento e dos processos mentais nos seres humanos e nos outros animais.
Estes dois elementos não podem ser estudados isoladamente, estão intimamente ligados, pelo
que os psicólogos na actualidade entendem por comportamento aquilo que um ser
vivo (essencialmente o ser humano) faz, diz pensa e sente.

        O objecto da Psicologia (o que a psicologia estuda) são


os comportamentos e os processos mentais. Os comportamentos, em sentido estrito, significa
toda a actividade que pode ser observada, que é acessível aos nossos sentidos. Ex.:
movimentos e mudanças no espaço e no tempo, o que dizemos e escrevemos, dormir, chorar,
abraçar, beijar, agredir, etc.

        Os processos mentais referem-se a toda e qualquer actividade que não pode ser
directamente observada. Ex.: pensamentos, motivações, sonhos, percepções, emoções, a
memorização, a compreensão, etc.

        Os comportamentos e os processos mentais não formam compartimentos estanques


porque se influenciam mutuamente.

        Vários psicólogos contemporâneos afirmam que os processos mentais podem ser


estudados mediante a observação de alterações no comportamento em situações específicas.
A partir de alterações comportamentais inferem que também ocorrem mudanças nos
processos mentais.

        Nota: a psicologia estuda todo o tipo de processos mentais e de comportamentos quer


nos seres humanos como nos outros animais.

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Autores Importantes

Nesta página encontra os autores mais referenciados na Psicologia, desde Jean Piaget a Freud
e a descrição dos métodos por eles utilizados.

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Wundt e o Estruturalismo
 

        O primeiro psicólogo a tornar a Psicologia autónoma em relação à Fisiologia foi o alemão
Wilhem Wundt. Defendeu a ideia de que a Psicologia era o estudo científico da consciência (da
experiência consciente) e o seu objectivo descobrir a estrutura da experiência consciente. Por
isso a sua doutrina estruturalista de Wundt também tem o nome de associacionismo.

        Em condições laboratorialmente controladas, utilizou um método chamado introspecção.

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estruturalismo/

John Watson e o Behaviorismo

        O psicólogo americano John defendeu a ideia de que a Psicologia só seria um


conhecimento objectivo ou científico se o que estudasse fosse observável do exterior por parte
do psicólogo.

        Rejeitou assim o método introspectivo e o estruturalismo.

        Para o psicólogo americano só o comportamento, actividade observável e verificável,


pode ser objecto de estudo da Psicologia. A sua doutrina tem o nome de behaviorismo ou
comportamentalismo.
        O comportamento é a resposta observável a estímulos igualmente observáveis
dependendo destes, isto é, varia em função da situação ou do meio. Somos produtos do meio,
somos o que a socialização e a educação fazem de nós (o factor hereditário é irrelevante).

        Se a Psicologia quer ser objectiva, ter crédito como ciência, deve utilizar o método
experimental. E qual o objectivo da Psicologia? Estudar como se processa a aprendizagem dos
comportamentos e estabelecer as leis que permitem explicá-los prevê-los. A Psicologia é um
ramo das ciências da natureza e não há uma diferença específica entre o comportamento
humano e o comportamento animal: são reflexos condicionados.

        John Watson alargou o campo da Psicologia ao estudo do comportamento animal.

        Se Wundt, ao criar o primeiro laboratório de Psicologia em 1879, exigiu da psicologia uma
atitude científica é com Watson que ela definitivamente conquista a sua autonomia,
afastando-se claramente da Psicologia tradicional.

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o-behaviorismo/

O Gestaltismo de Kohler

        O gestaltismo opõe-se a qualquer tentativa de estudar quer o comportamento quer os


processos mentais dividindo-os em elementos ou unidades. Considera que o estruturalismo é
um atomismo porque procurava decompor a experiência consciente nos seus elementos
básicos. Critica também a doutrina behaviorista porque decompunha o comportamento nos
seus elementos ou unidades básicas (estímulo-resposta). O comportamento e sobretudo os
processos mentais são demasiado complexos para serem estudados a partir da análise dos
seus elementos.

        Concentraram a sua atenção no estudo de um processo mental: a percepção. Não é


possível reduzi-la aos seus elementos básicos. Com efeito, segundo o princípio fundamental
dos gestaltistas, o todo é mais do que a simples soma das partes. Trata-se de uma concepção
dinâmica da percepção e do funcionamento psíquico. O objecto da nossa percepção é
diferente da soma das suas partes. Antes das partes temos a percepção do todo: ouvimos uma
melodia e não as notas musicais uma a uma. As partes sem a organização global que o todo
lhes confere seriam elementos sem significado. Só a partir do todo, da estrutura, do conjunto,
se dá sentido aos elementos.

        O objectivo do gestaltismo é compreender segundo que leis se organizam os elementos


perceptivos. Os defensores desta corrente pensam que a nossa capacidade de organização
perceptiva resulta do nosso modo de funcionamento cerebral. É, em larga medida, de natureza
inata, não aprendida.

 
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de-kohler/

Freud e a Psicanálise
 

        Inicialmente (com Wundt), o objecto da psicologia limitava-se ao estudo da experiência


consciente (dos processos mentais). Mais tarde, devido à influência do Behaviorismo,
considerou-se que só era cientificamente legítimo estudar o comportamento (as actividades
exteriormente observáveis). Centrando a sua atenção no tema da percepção, o Gestaltismo
contestou e redução do objecto de estudo da Psicologia ao comportamento (revalorização dos
processos mentais).

        Com a psicanálise evidencia-se o papel fundamental dos processos psíquicos inconscientes


na determinação do nosso comportamento e da nossa personalidade. Devido ao contributo de
Freud quando actualmente definimos a Psicologia como o estudo do comportamento e dos
processos mentais por estes últimos entendemos não só os processos mentais conscientes
como também os inconscientes.

        Segundo Freud, a consciência tem um papel muito menos influente na nossa vida psíquica
do que o inconsciente. A consciência é simplesmente a ponta do icebergue.

        Os sonhos, os actos falhados e as neuroses são manifestações da realidade do


inconsciente. Os sonhos são formas ilusórias de realização de desejos inconscientes.
Constituem a via real de acesso ao Inconsciente.

        A teoria freudiana apresenta não só uma nova concepção do aparelho psíquico, mas
também uma nova visão do ser humano. Em nós não é a razão que domina. Gostaríamos de
pensar que esta controla os impulsos irracionais. Contudo, Freud diz-nos que a nossa vida é
dirigida por impulsos, desejos e pulsões de natureza inconsciente (sobretudo na natureza
sexual e agressiva).

 
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psicanalise/
Piaget e o Construtivismo

        O construtivismo defende a ideia de que o comportamento e o desenvolvimento da


inteligência resultam de uma construção progressiva do sujeito em interacção com o meio
físico e social. Por isso, esta doutrina também tem o nome de interaccionismo.

        Para Piaget o nosso desenvolvimento intelectual não depende exclusivamente do meio.


Nega-se assim a concepção behaviorista. Nega-se também a concepção gestaltista porque esta
dá muito pouco importância ao papel do meio (o Gestaltismo defende que a nossa relação
com o meio é determinada por estruturas inatas ou potencialidades genéticas e não pela
interacção entre essas estruturas e o meio). Este psicólogo suíço não é nem partidário do
empirismo nem do inatismo. É construtivista porque afirma que o individuo, mediante as suas
acções sobre o meio, tem um papel na construção do conhecimento e da sua personalidade. É
interaccionista porque defende que o desenvolvimento intelectual e moral é obra do sujeito
nas suas interacções com o meio físico e social. Um dos grandes contributos de Piaget é
precisamente o de ter chamado a atenção para a interacção, para a acção recíproca entre
factores endógenos (do sujeito) e exógenos (do meio). Devemos-lhe também um novo
conceito de comportamento que actualmente é amplamente partilhado. O comportamento é
uma resposta que varia em função da interacção entre a personalidade do sujeito e a situação.
A relação sujeito-meio tem um carácter dinâmico (o sujeito não é passivo, não é simples
produto do meio).

        Somos, com o património genético herdado e a maturação orgânica como pano de fundo,
o produto da interacção entre a nossa personalidade e o meio. Nem a personalidade é um
dado nem a situação é puramente objectiva.

        O construtivismo de Piaget é uma superação do empirismo dos behavioristas e


do inatismo dos gestaltistas:

Considera que as estruturas que nos permitem conhecer e interpretar o mundo são retiradas da experiência.
 

Considera que as estruturas perceptivas que organizam a experiência do meio já


estão pré-formadas.
 
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construtivismo/

Métodos e Técnicas em Psicologia

Método Introspectivo

        O primeiro método utilizado pela Psicologia científica foi o método introspectivo. O seu
criador foi o psicólogo alemão W.Wundt. É um método analítico. Podemos dividi-lo em três
momentos:

1) O sujeito que vive um certo estado de consciência auto-observa-se;

2) Descreve ou relata ao psicólogo o que se passa na sua mente;

3) O psicólogo regista e interpreta o que é descrito.

        Como se vê, uma mesma pessoa é observador e observado. No entanto, quem analise e
interpreta é o psicólogo. Apesar deste cuidado de Wundt, o método introspectivo apresenta
muitas limitações.

        Essas limitações são de dois tipos: limitações quanto à objectividade e limitações quanto


à amplitude da sua aplicação. Quanto à objectividade, podemos indicaras seguintes limitações:

a)     Não há distinção real entre o observador e o observado (como dizia Watson, a observação
não é pública), ou seja, a observação interna não pode ser objectivamente controlada.

b)     Um estado de consciência não pode ser, ao mesmo tempo, vivido e descrito (a
introspecção é, no fundo, retrospecção).
c)     A introspecção valoriza excessivamente e de forma irrealista as capacidades da memória e
da linguagem: nem todos os estados de consciência podem ser fielmente verbalizados e a
descrição de um estado consciente pode alterá-los.

d)     Há estados de consciência que, pela sua intensidade emocional, não permitem uma
descriçãodistanciada, fria e rigorosa necessária à introspecção.

e)     Diferentes pessoas podem descrever de modo diferente o mesmo fenómeno psicológico.

Quanto à amplitude, podemos apontar as seguintes limitações:

a)     Tem apenas como objecto os processos mentais conscientes;

b)     Não é aplicável a fenómenos de natureza fisiológica;

c)     Não é aplicável no campo da psicologia infantil nem no da psicologia animal.

        Actualmente, a introspecção é utilizada unicamente como complemento de outros


métodos.

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psicologia/metodo-introspectivo/

Método Experimental

Definição e Etapas

        O Método experimental é um conjunto de procedimentos rigorosos que, desenvolvendo-


se habitualmente em contexto laboratorial, procura controlar variáveis estranhas ou parasitas
de modo a que os resultados se devam única e simplesmente à manipulação da variável
independente, isto é, que sí a esta se devam as alterações na variável dependente.

Etapas:

1. Formulação de um problema – “os programas televisivos violentos afectam o


comportamento das crianças?”

Apresentação de uma hipótese – “os programas televisivos violentos provocam um aumento


do nível de agressividade do comportamento das crianças.”

A hipótese é a explicação que achamos boa para um problema e que vai ser testada ou
experimentada.

2. Experimentação

 
2.1) Controlo e manipulação das variáveis – esta etapa tem várias fases:

a)  Identificação das variáveis relevantes

        As variáveis relevantes são as variáveis entre as quais se procura estabelecer uma relação
causa-efeito. Analisando a hipótese, surge em primeiro lugar a variável independente (grau de
violência dos programas televisivos). Em segundo lugar surge a variável dependente (o nível de
agressividade do comportamento das crianças).

        A variável independente é o factor ou comportamento que é manipulado pelo


experimentador com o objectivo de observar o efeito dessa manipulação noutro factor ou
comportamento que é a variável dependente. À V.I. dá-se também o nome de variável
experimental ou activa. Diz-se independente porque pode ser manipulada
independentemente de outros factores.

        As variável dependente é o factor ou comportamento que depende da manipulação da


variável independente, isto é, do grau de violência dos programas televisivos. Diz-se
dependente porque depende da manipulação da V.I. e do que acontece aos sujeitos na
experimentação.

Assim, a variável independente é manipulada e a variável dependente é medida (mede-se o


nível de agressividade).

        Que variáveis se pretende controlar? As variáveis ditas estranhas, externas ou parasitas,


que não estão presentes na hipótese. Só a variável independente deve condicionar a variável a
variável dependente. Por isso qualquer interferência de outras variáveis – ditas externas – é
indesejável e põe em causa a validade dos resultados finais. Que variáveis são essas? As
condições sociaeconómicas das crianças participantes, o sexo a que pertencem, a temperatura
ambiente no laboratório (não deve ser nem alta nem baixa), as condições de luminosidade e
também o facto de as crianças terem já visto os programas (não os devem ter visto). Todas
estas variáveis devem ser neutralizadas, postas de “fora de circuito”.

b)  Definição operacional das variáveis relevantes

Definir operacionalmente uma variável é quantificá-la, indicar em termos numéricos como


operar com ela.

c)  Definir operacionalmente a variável independente significa dizer qual a duração dos


programas televisivos [violentos (dragonball) e não violentos (Teletubbies)] a que os diferentes
grupos de crianças vão assistir, isto é, o número de minutos da sua exibição.

d)  Definir operacionalmente a variável dependente (o nível de agressividade) significa indicar,


depois de vistos os programas e durante um determinado tempo (30 minutos, por exemplo), o
número de comportamentos agressivos (agressões verbais e físicas a pessoas ou objectos) que
ocorrem quando as crianças interagem umas com as outras. Estes procedimentos (que
programas são vistos, a sua duração e o modo como se mede a agressividade das crianças) são
indispensáveis para o rigor e eventual replicabilidade do experimento.
 

e)  Selecção dos sujeitos participantes:

        O comportamento das crianças – a sua agressividade – é o objecto de estudo. Mas que
crianças vamos estudar? Suponhamos que são crianças portuguesas nas faixas etárias dos 4
aos 6 anos.

        É esta a população-alvo do nosso estudo. Como não cabem todas no laboratório, melhor
dizendo, como é impossível estudá-las todas, temos de constituir uma amostra representativa
ou significativa dessa totalidade que são as crianças dos 4 aos 6 anos. Para a amostra ser
representativa tem de haver um equilíbrio entre os representantes de cada sexo. Por exemplo,
um excessivo número de rapazes na amostra iria adulterar os resultados porque a investigação
psicológica revelou que os rapazes são por natureza mais agressivos do que as raparigas. Por
outro lado não é só a biologia que predispõe a agressividade. Condições socioeconómicas
relativamente precárias também a podem condicionar. Por isso é importante não haver na
amostra só crianças economicamente favorecidas nem crianças economicamente
desfavorecidas. Além disso, deve evitar-se um excesso de crianças de um determinado estrato
económico em relação a outro. É conveniente que o experimentador interrogue as crianças
seleccionadas sobre se já viram os programas que vão ser exibidos.

f)    Constituição dos grupos experimental e de controlo

        Formada a amostra representativa, trata-se de distribuir as crianças seleccionadas por


dois grupos respeitando critérios já seguidos na constituição da amostra significativa. As
crianças são distribuídas pelos grupos mediante uma técnica denominada amostragem
aleatória.

        O grupo experimental é, segundo a definição dos psicólogos experimentais, aquele que


“recebe o tratamento” «, que é submetido à manipulação da variável independente. Mais
precisamente, vai assistir a programas de televisão violentos. O grupo de controlo não é
submetido à manipulação da variável independente ou experimental. É o grupo de controlo
porque, comparando o nível de agressividade revelado pelos seus membros depois de verem
programas não violentos, podemos verificar se a diferença em relação ao grupo experimental
é significativa ou não para a comprovação da hipótese.

3.    Observação e registo de dados

        Observa-se o comportamento das crianças de ambos os grupos e regista se, mediante


tecnologia sofisticada, a frequência com que acontecem, durante determinado espaço de
tempo, estados agressivos verbais ou físicos e tendo como objecto pessoas ou coisas.

4.    Conclusão e generalização dos resultados

        Suponhamos que, numa escala de 0 a 10, o grupo experimental revelou um nível de


agressividade de 9,8 e que o grupo de controlo (que viu programos não violentos) revelou um
nível de agressividade de 4,3. A diferença é bastante significativa, pelo que a hipótese – os
programas violentos provocam um aumento de agressividade das crianças (dos 2 aos 6 anos) –
se afigura boa. Se as variáveis estranhas ou parasitas foram devidamente controladas, isto é,
se somente a variável independente exerceu influência sobre a variável dependente, então o
experimento tem validade interna. Deste modo, é legítima, embora relativa, a generalização
dos resultados: são válidos não só para as crianças dos 4 aos 6 anos que estiveram no
laboratório como para todas as crianças de 4 aos 6 anos, é chamada validade externa, sempre
discutível.

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psicologia/metodo-experimental/

Método Clínico

        É um método que conjunto de técnicas e de estratégias que, numa dupla vertente
terapêutica e de investigação, visam compreender de forma global, qualitativa e aprofundada
casos individuais (um individuo ou um pequeno conjunto de indivíduos).

        A atenção do método incide na psico-biografia do individuo, na sua história pessoal. A


compreensão de cada comportamento parte da ideia de que este é o resultado de uma
evolução, de um processo. Por isso compreender um determinado comportamento de forma
global e aprofundada exige que se dê atenção ao resultado final (ao comportamento actual) e
também à sua génese e ao modo como se desenvolveu.

A vertente terapêutica

        O método clínico é, na maior parte dos casos, utilizado no diagnóstico e tratamento de
pessoas com problemas psicológicos e perturbações comportamentais. É o caso de pessoas
com problemas e dificuldades de integração no meio em que trabalham ou na adaptação a um
novo papel social.

A vertente de investigação

        O método clínico é também utilizado em investigação. É uma forma de obtermos e de


aprofundarmos conhecimentos sobre diversos fenómenos psicológicos. Podemos através da
sua utilização encontrar respostas para questões como “De que modo se desenvolve a
inteligência humana?”, “Qual o papel da hereditariedade e do meio no nosso comportamento,
na nossa personalidade e no desenvolvimento intelectual?”, “O que é a memória?”.

        Como se vê, o método clínico não é simplesmente utilizado para tratar pessoas com
problemas psicológicos, mas também para conhecer fenómenos psicológicos. Por isso nem só
os psicólogos clínicos o utilizam. Piaget, psicólogo do desenvolvimento, utilizou-o para
compreender a evolução da inteligência.

As técnicas do método clínico

        A compreensão de um comportamento exige da parte de quem usa o método clínico uma
relação pessoal (intersubjectividade), alguma capacidade de intuição (a percepção de algo que
não é acessível à simples razão) e de compreender os outros (o seu ponto de vista e os
significados que atribui às situações).

Várias técnicas que acompanham o método clínico:

a)     Observação clínica

b)     Entrevista clínica – trata-se de uma conversa que, mais ou menos estruturada, é orientada
pelo psicólogo, baseado numa atitude compreensiva (procurar compreender o interlocutor) e
também interventiva (procurar ajudar o entrevistado a compreender-se). Pode ser também
não-directiva.

c)     Anamnese – registo de dados biográficos. Trata-se de recolha e organização de dados e


informações que permitem reconstituir a história pessoal de um indivíduo.

d)     Técnicas psicométricas – designam testes que avaliam comportamentos e atitudes. Há


testes de inteligência, de personalidade e de aptidão. Permitem a recolha eficaz e rigorosa de
informação sobre o sujeito que os realiza comparando os seus resultados com os de outros
indivíduos. Os testes devem apresentar as seguintes características: 

 padronização (condições iguais para todos);

 validade (clareza na definição do que se quer avaliar);

 fidelidade ( resultados semelhantes em circunstâncias idênticas);

 sensibilidade (permitir diferenciar os indivíduos).

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psicologia/metodo-clinico/

Método Psicanalítico

        O método psicanalítico, encarado do ponto de vista simplesmente terapêutico, é uma


terapia que se baseia na ideia de que conhecer e compreender a origem dos problemas que
nos afectam nos liberta, em certa medida, de tensões, ansiedades e padecimentos.

        A vida psíquica do der humano desenrola-se sob o signo do conflito.

        Os conflitos e incidentes mais marcantes na nossa evolução psíquica remontam, segundo
Freud, à época da infância (primeira infância sobretudo).

        Os conflitos característicos da primeira infância podem ser resolvidos, seguindo-se um


desenvolvimento psíquico saudável. Mas, como acontece muitas vezes, podem ser mal
resolvidos ou mesmo não resolvidos. Isto significa que são recalcados ou reprimidos, afastados
para longe da nossa consciência. Que esses conflitos se tornem inconscientes não implica de
modo nenhum que sejam desactivados ou deixem de existir. Com efeito, não se manifestando
directamente ao nível da consciência, tais conflitos e incidentes traumáticos continuam a
afectar o nosso comportamento e a nossa personalidade sem disso termos consciência. Quer
isto dizer que se manifestam de forma indirecta provocando perturbações psíquicas,
desordens no comportamento e sofrimentos físicos. Como esses conflitos e incidentes foram
recalcados (tornam-se inconscientes), são, sem que o saibamos, a causa dos nossos actuais
padecimentos físicos e psíquicos.

        É esta “falha” que a terapia psicanalítica, no sentido tradicional do termo, pretende
colmatar. Durante o tratamento psicanalítico, o terapeuta tenta conduzir o paciente à origem,
até aí inconsciente, dos seus males, ou seja, tenta fazer os conflitos e traumas inconscientes
(recalcados) à consciência.

        Para conseguir o acesso ao Inconsciente o método psicanalítico utiliza, articulando-as,


duas técnicas: a livre associação e a interpretação dos sonhos. Além destas duas técnicas, há
dois processos que acompanham a terapia psicanalítica: a resistência e a transferência. A livre
associação é uma técnica que exige do sujeito a associação espontânea sem auto-censura de
imagens, ideias e recordações por mais embaraçosas que sejam ou por mais absurdas que
possam parecer. O seu objectivo é o de trazer à consciência o que foi recalcado, mas se
manifesta implicitamente em vários sintomas. Trata-se de reconstituir o acontecimento que se
pensa estar na origem da perturbação psíquica. A interpretação dos sonhos consiste em
descobrir o conteúdo latente do sonho mediante a análise do conteúdo manifesto (o que
sonhamos é a manifestação de desejos inconscientes que estão latentes no sonho e que é
preciso descodificar).

        Além destas técnicas, é necessário que entre o paciente e o analista se estabeleça uma
determinada relação: a transferência. Este processo consiste no facto de o paciente
experimentar, na relação com o psicanalista, sentimentos de natureza semelhante aos que na
infância certas figuras parentais (pai, mãe, irmão,..) lhe despertaram. Sem a transferência, isto
é, sem esta ligação afectiva intensa (positiva ou negativa), é difícil obter qualquer resultado
terapêutico significativo.

        É frequente a tendência do paciente para bloquear a terapia ao evitar o “encontro” com
assuntos ameaçadores e, em especial, com o acontecimento crucial e traumático que está na
origem dos seus padecimentos. A este processo deu Freud o nome de resistência. É um estado
de agitação emocional que assinala a aproximação e chegada à consciência de algo que estava
escondido no inconsciente.

Mecanismos de defesa Freud

            Estratégias inconscientes que a pessoa utiliza para tentar reduzir a tensão e a
ansiedade, fruto de tensão entre id, ego e superego. 

Recalcamento:

envio para o id pulsões/desejos e sentimentos que não se podem admitir no ego, conteúdos
tendem a reaparecer de forma disfarçada (sonhos, actos falhados, etc.)

Ex.: “esquecer” que detesta o irmão (ciúmes)


 

Negação:

sujeito recusa-se a aceitar ou reconhecer a situação causadora de ansiedade.

Ex.: negar que o filho morreu.

Regressão:

adopção de modos de pensar, atitudes e que os caracteriza de uma fase de desenvolvimento


anterior, procurar protecção de épocas passadas.

Ex.: criança que faz chichi na cama após o nascimento do irmão, dependência excessiva no
adulto.

Racionalização:

ocultar a si aos outros as verdadeiras razões, e justificar racionalmente o seu comportamento


(justificação aceitável).

Ex.: “bati com o carro porque apanhei areia” em vez de referir excesso de velocidade.

Projecção:

atribuição, aos outros, de desejos, ideias, características, que não consegue admitir em si
próprio.

Ex.: pessoa agressiva que diz que o mundo está muito perigoso.

Deslocamento:

transferência de pulsões e emoções do seu objecto natural para objectos substitutos.

Ex.: empregado que é criticado no emprego por um superior hierárquico e se torna agressivo
quando chega a casa.

Formação Reactiva:

apresentação de comportamentos opostos às pulsões, de forma a tentar afastá-las.

Ex.: embirrar com alguém por quem se está apaixonado. Ditado popular “Quem desdenha
quer comprar”.

Sublimação:

substituição do objecto das pulsões de forma que estas se possam manifestar de forma
socialmente aceite.
Ex.: “Voyer” que se transforma em pintor de nús.

Ascetismo:

nega o prazer, tenta controlar as pulsões (rigorosa disciplina e isolamento)

Ex.: adolescente que tenta negar a sua sexualidade e os seus desejos, refugiando-se em rotinas
e no cumprimento escrupuloso das regras.

Intelectualização:

esconder aspectos emocionais típicos, centrando a sua energia em actividades do


pensamento.

Ex.: adolescentes que se centram demasiado nos estudos e em actividades intelectuais,


delegando para segundo plano as manifestações de sexualidade.

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psicologia/metodo-psicanalitico/

Observação Naturalista

        Consiste na observação sistemática do comportamento humano e animal conforme


ocorre natural e espontaneamente no seu meio habitual. Pode também definir-se como a
observação e a descrição sistemática do comportamento no contexto em que ocorre
naturalmente. É igualmente designada observação ecológica, uma vez que ocorre em meio
ecológico.

        Mas atenção, a observação naturalista não é necessariamente observação do que ocorre


na natureza. Dizer que é observação do comportamento no seu ambiente natural significa que
se observa o comportamento em ambientes e situações que não são criados artificialmente.
Assim, não é necessário ir para a serra de Montejunto ou para o Gerês para que possamos
efectuar observações naturalistas do comportamento. Em cafés, restaurantes, escolas ou
jardins-de-infância podem efectuar-se observações deste tipo. Portanto, “em contexto
ecológico” não significa simplesmente, longe disso, “na natureza”.

Modos de observação naturalista:

        Há dois modos de observação naturalista: a observação naturalista participante e a


observação naturalista não participante.

1.    Observação naturalista não participante: é um modo de observação em que o observador


não interfere no campo observado, isto é, nas actividades que observa. É muito frequente o
psicólogo observar sem ser visto (observação oculta). É o caso de quem utiliza um espelho de
via única para, por exemplo, observar actividades de crianças num infantário. O psicólogo
estuda assim as actividades das crianças sem que elas disso se apercebam (pode também
utilizar uma câmara de vídeo escondida).

2.    Observação naturalista participante: é um modo de observação em que o observador se


integra nas actividades dos sujeitos cujo comportamento observa, interferindo assim no
campo observado. Mas esta participação não deve prejudicar a observação. Por isso, apesar do
psicólogo estar presente e se envolver nas actividades da população observada, os sujeitos
observados não devem saber que estão a ser objecto de estudo.

        Em suma, há observação naturalista quando, em contexto ecológico, os sujeitos


observados são objecto de estudo sem saberem disso e não influenciados pelos objectivos do
observador.

Vantagens da observação naturalista

  O comportamento dos sujeitos observados, é em princípio, mais natural, espontâneo


e genuíno (mais variado) do que em contexto laboratorial. Com efeito, ocorrendo em
contexto ecológico, o seu comportamento não é afectado pela inibição e ansiedade
dos contextos laboratoriais. Uma vez que se trata de observação de comportamentos
espontâneos, o ambiente e a situação não são determinados pelo psicólogo, isto é,
não há manipulação de variáveis (embora se pretenda controlar as variáveis não
relevantes para o que se pretende estudar).

 É de grande utilidade no estudo do comportamento de espécies que não se adaptam a


condições laboratoriais.

 Pode ser utilizado em situações nas quais o método experimental (ou outro) não seria
apropriado. Ex.: o estudo da relação entre o comportamento dos automobilistas e o
grau de sinistralidade nas estradas.

Limitações da observação naturalista

1. As observações naturalistas são de muito difícil replicação.

2. O controlo sobre as variáveis estranhas é reduzido, pelo que não se podem estabelecer
relações causa-efeito: as conclusões são suposições.

3. Se os participantes têm consciência de que estão a ser observados, os eu comportamento


será menos natural; se não sabem que estão a ser observados e o seu comportamento não
tem carácter público, podem colocar-se problemas que invalidem a observação (violação de
privacidade).

4. Onde há só um observador – como muitas vezes acontece – é difícil verificar autenticidade e


fidelidade dos dados.
Ler mais: https://segredosdapsicologia.webnode.com.pt/metodos-e-tecnicas-em-
psicologia/observa%c3%a7%c3%a3o%20naturalista/

Observação Laboratorial

        É utilizada ao nível do método experimental. A realização da experiência em condiçõ3s


controladas, leva a que a situação observada seja uma situação arteficial.

        Esta observação implica uma sistematização prévia, em que se define o que se pretende
observar, com a construção de grelhas de registo. Para além da observação directa temos
ainda outros instrumentos de observação como as entrevistas, questionários e testes.

        Em todo o caso, o sujeito observado tem consciência dessa observação o que pode
condicionar o seu comportamento. Numa tentativa de eliminar esse condicionamento o
observador recorre a meios técnicos (espelhos de uma via, câmaras de vídeo) para poder
observar sem ser notado.

        A vantagem deste tipo de observação é o seu rigor pois permite a presença de
observadores independentes que anotam todo o tipo de comportamento de uma forma
descritiva para posterior análise. Contudo ao ser produzida em condições experimentais fica
limitada.

Ler mais: https://segredosdapsicologia.webnode.com.pt/metodos-e-tecnicas-em-
psicologia/observa%c3%a7%c3%a3o%20laboratorial/

Ciência versus Senso Comum

        Todos nós usamos a Psicologia de Senso Comum no nosso quotidiano. Tanto observamos
o nosso próprio comportamento como também o dos outros, tentando prever quem fará o
quê, quando e como. E muitas vezes sustentamos opiniões sobre como adquirir controlo sobre
a vida. No entanto, uma psicologia baseada em observações casuais possui algumas fraquezas
críticas, entre as quais um corpo de conhecimentos inexactos por várias razões. O senso
comum não proporciona os requisitos necessários para a avaliação de questões complexas.

        Geralmente, as pessoas confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais


diversas ou nas palavras de alguma autoridade/celebridade.

                Conjunto de opiniões tão geralmente aceite em época determinada que as opiniões


contrárias são um completo absurdo.

        Isto diz-nos que o senso comum varia conforme a época em que nos encontramos, ou por
outras palavras falando, conforme o conhecimento relativo alcançado pela maioria num
determinado período histórico, embora possa existir uma minoria mais evoluída que alcançou
um conhecimento superior ao da maioria. Estas minorias são, geralmente, desvalorizadas.
Temos como exemplo emblemático como o Galileu:
      Enquanto que, no seu tempo, a certeza era de que a Terra era o centro do Universo e o que
o Sol girava à sua volta, Galileu pensava de outra forma. Ele achava que era a Terra que girava
em torno do Sol e por causa dessa sua opinião quase foi queimado pela Inquisição. Com isto,
temos um exemplo concreto das influências da sociedade no desenvolvimento e na vida social
do indíviduo.

        Um exemplo de senso comum ainda aceite hoje em dia é a solidez da matéria. Um corpo
físico não passa afinal de um estado vibratório que apresenta a ilusão de densidade e
impenetrabilidade, em função de altíssimas velocidades das particulas constitutivas dos
átomos. O que vemos afinal é apenas uma aparência da realidade subjacente. O novo
parâmetro aceite hoje para definir a matéria é o cinético, ou seja, a energia.

 
Ler mais: https://segredosdapsicologia.webnode.com.pt/ci%c3%aancia%20verus%20senso
%20comum/

Psicologia Aplicada

Inconsciente: Freud versus Jung

Devido às suas descobertas, Freud foi nomeado “Pai da psicanálise”, sendo a principal fonte foi
a origem do inconsciente.

Ao longo de sua trajetória de estudos sobre o assunto, houve conflitos referentes a idéia
original. Gerando polêmicas, mas também proporcionando grande avanço para a psicologia
moderna.

Como exemplo, temos Jung, onde após uma parceria com Freud tanto pessoal quanto
profissional, vieram as desavenças. E seu principal motivo foi as divergências de idéias,
principalmente no que se diz respeito a sexualidade.

Enquanto Freud lutava para as explicações de origem sexual criando uma linha de teoria, Jung
discordava da grande maioria e seguia uma linha alternativa de pensamentos denominado
“transpessoal” , o que Freud abominava, pois considerava uma linha do ocultismo.
Partindo dessa rivalidade visível existentes até hoje entre psicanalistas e analistas, é
interessante e de importância que busquemos raízes interpretadas nas diversas teorias
concretizadas entre esses dois seres de “grande estirpe”.

Segundo Freud (1996) o psiquismo é formado por estruturas denominadas: id, ego e superego,
sendo organizadas no consciente e/ou no inconsciente.

Para ele o homem nada mais é do que uma marionete nas mãos de seus desejos e pulsões, tais
ocasionadas pelos instintos primitivos localizadas no Id, de forma inconsciente.

Boa parte dos conflitos de seus pacientes ele considerava de origem sexual focalizando a
psique humana no fator sexual (erótico). Sendo a origem desses conflitos através da
incompatibilidade dos desejos imorais do inconsciente e as tendências morais do consciente.
(Freud, 1996).

Antes de Freud, o inconsciente não era nada além de dúvidas ao que se diz respeito sobre os
impulsos e os instintos. Não sendo compreensível que o homem fosse controlado por forças
internas, quase nada exploradas pela ciência naquele tempo.

Mas para Freud (Marie-Louise, 1992) o inconsciente era apenas pessoal, mantendo sua
individualidade psíquica, onde cada ser humano detém seus próprios conteúdos reprimidos,
geralmente marcadas na infância, abalando o equilíbrio da consciência.

Já para Jung (1998), não tinha como principal preceito a etiologia sexual, e foi o criador da
psicologia analítica, tendo sua base frente às produções culturais da coletividade humana.

E no interior dessas produções culturais estão os grandes pintores, escultores, escritores e


poetas, onde através de uma fonte de inesgotável poder criador: a Libido, são capazes de
confeccionar grandes obras de destaque e renome.

Cada escolha, experiência, sonho, realidade ou fantasia possuem um número imenso de


interpretações. Onde cada representação possibilita uma interpretação pessoal, sendo própria
de cada indivíduo ou da coletividade, representada pela cultura de vários povos.

Ainda para Jung (1998) o inconsciente é caracterizado em duas camadas. O primeiro é o


inconsciente pessoal, onde é mantida a toda a experiência pessoal de cada pessoa. Podendo
essas se tornarem reprimidas, esquecidas ou ignoradas. Ou também há casos de experiências
muito fracas demais para chegarem a consciência.

A outra camada é o inconsciente coletivo, sendo uma área mais profunda da psique.Ela é
remontada na infância através de restos das vidas dos antepassados. Nele está contido os
instintos juntamente com as imagens primordiais denominados arquétipos, herdados da
humanidade.(Jung,1998).

Ou seja, muitas das estruturas que constitui os seres humanos são herdado de seus ancestrais,
e com o tempo são transformados, juntamente com as revoluções de idéias, tecnologia e
inovações, mas nunca perdendo a essência e suas raízes.

E apesar de todo o avanço da humanidade, não devemos deixar de agradecer essas duas
figuras ilustres que foram Freud e Jung, cada um com suas devidas considerações e
peculiaridades, que muito ajudaram a essa revolução de pensamentos. Eles que envoltos em
uma vida de batalhas travadas por aquilo que acreditavam e defendiam diante de todas as
críticas, escândalos e indignações de um povo: como por exemplo, a sexualidade infantil
descoberta por Freud ou como a primeira dissertação de Jung sobre uma jovem médium.

Ambos tiveram sua importância e nos dias atuais suas teorias são respeitadas, exploradas em
um grau mais profundo, obtendo maior entendimento pelas pessoas e estudiosos.Sendo que
boa parte da humanidade em algum momento de suas vidas já ouviram os respectivos nomes
de Freud e Jung ou já ouviram falar de alguma de suas teorias, que permanecem ao longo dos
anos e cada vez mais são defendidas e aprimoradas.

Ler mais: https://segredosdapsicologia.webnode.com.pt/news/inconsciente-freud-versus-
jung/

Inconsciente: Freud versus Jung

Devido às suas descobertas, Freud foi nomeado “Pai da psicanálise”, sendo a principal fonte foi
a origem do inconsciente.

Ao longo de sua trajetória de estudos sobre o assunto, houve conflitos referentes a idéia
original. Gerando polêmicas, mas também proporcionando grande avanço para a psicologia
moderna.

Como exemplo, temos Jung, onde após uma parceria com Freud tanto pessoal quanto
profissional, vieram as desavenças. E seu principal motivo foi as divergências de idéias,
principalmente no que se diz respeito a sexualidade.

Enquanto Freud lutava para as explicações de origem sexual criando uma linha de teoria, Jung
discordava da grande maioria e seguia uma linha alternativa de pensamentos denominado
“transpessoal” , o que Freud abominava, pois considerava uma linha do ocultismo.

Partindo dessa rivalidade visível existentes até hoje entre psicanalistas e analistas, é
interessante e de importância que busquemos raízes interpretadas nas diversas teorias
concretizadas entre esses dois seres de “grande estirpe”.

Segundo Freud (1996) o psiquismo é formado por estruturas denominadas: id, ego e superego,
sendo organizadas no consciente e/ou no inconsciente.

Para ele o homem nada mais é do que uma marionete nas mãos de seus desejos e pulsões, tais
ocasionadas pelos instintos primitivos localizadas no Id, de forma inconsciente.

Boa parte dos conflitos de seus pacientes ele considerava de origem sexual focalizando a
psique humana no fator sexual (erótico). Sendo a origem desses conflitos através da
incompatibilidade dos desejos imorais do inconsciente e as tendências morais do consciente.
(Freud, 1996).

Antes de Freud, o inconsciente não era nada além de dúvidas ao que se diz respeito sobre os
impulsos e os instintos. Não sendo compreensível que o homem fosse controlado por forças
internas, quase nada exploradas pela ciência naquele tempo.
Mas para Freud (Marie-Louise, 1992) o inconsciente era apenas pessoal, mantendo sua
individualidade psíquica, onde cada ser humano detém seus próprios conteúdos reprimidos,
geralmente marcadas na infância, abalando o equilíbrio da consciência.

Já para Jung (1998), não tinha como principal preceito a etiologia sexual, e foi o criador da
psicologia analítica, tendo sua base frente às produções culturais da coletividade humana.

E no interior dessas produções culturais estão os grandes pintores, escultores, escritores e


poetas, onde através de uma fonte de inesgotável poder criador: a Libido, são capazes de
confeccionar grandes obras de destaque e renome.

Cada escolha, experiência, sonho, realidade ou fantasia possuem um número imenso de


interpretações. Onde cada representação possibilita uma interpretação pessoal, sendo própria
de cada indivíduo ou da coletividade, representada pela cultura de vários povos.

Ainda para Jung (1998) o inconsciente é caracterizado em duas camadas. O primeiro é o


inconsciente pessoal, onde é mantida a toda a experiência pessoal de cada pessoa. Podendo
essas se tornarem reprimidas, esquecidas ou ignoradas. Ou também há casos de experiências
muito fracas demais para chegarem a consciência.

A outra camada é o inconsciente coletivo, sendo uma área mais profunda da psique.Ela é
remontada na infância através de restos das vidas dos antepassados. Nele está contido os
instintos juntamente com as imagens primordiais denominados arquétipos, herdados da
humanidade.(Jung,1998).

Ou seja, muitas das estruturas que constitui os seres humanos são herdado de seus ancestrais,
e com o tempo são transformados, juntamente com as revoluções de idéias, tecnologia e
inovações, mas nunca perdendo a essência e suas raízes.

E apesar de todo o avanço da humanidade, não devemos deixar de agradecer essas duas
figuras ilustres que foram Freud e Jung, cada um com suas devidas considerações e
peculiaridades, que muito ajudaram a essa revolução de pensamentos. Eles que envoltos em
uma vida de batalhas travadas por aquilo que acreditavam e defendiam diante de todas as
críticas, escândalos e indignações de um povo: como por exemplo, a sexualidade infantil
descoberta por Freud ou como a primeira dissertação de Jung sobre uma jovem médium.

Ambos tiveram sua importância e nos dias atuais suas teorias são respeitadas, exploradas em
um grau mais profundo, obtendo maior entendimento pelas pessoas e estudiosos.Sendo que
boa parte da humanidade em algum momento de suas vidas já ouviram os respectivos nomes
de Freud e Jung ou já ouviram falar de alguma de suas teorias, que permanecem ao longo dos
anos e cada vez mais são defendidas e aprimoradas.

Ler mais: https://segredosdapsicologia.webnode.com.pt/news/inconsciente-freud-versus-
jung/

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