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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA JUNIOR

SÍNTESE DO ARTIGO “RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E TRABALHO NA BUSCA


DA DIGNIDADE HUMANA A PARTIR DO PENSAMENTO DE ISTVÁN MÉSZÁROS”

CURITIBA
2020
CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA JUNIOR

SÍNTESE DO ARTIGO “RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E TRABALHO NA BUSCA


DA DIGNIDADE HUMANA A PARTIR DO PENSAMENTO DE ISTVÁN MÉSZÁROS”

Artigo apresentado como requisito parcial à


conclusão da disciplina de Humanidades, Setor
de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do
Paraná.

Professora Dra. Eliane Alberti

CURITIBA
2020
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Síntese do artigo “Relação entre educação e trabalho na busca da dignidade


humana a partir do pensamento de István Mészáros”
Carlos Alberto de Almeida Junior

RESUMO

O presente trabalho visa reunir as informações chaves do texto de Roberto


Leonardo da Silva Ramos, que reflete sobre o vínculo entre trabalho e educação.
Assim, conceitos e reflexões chaves serão levantadas sobre a sociedade atual e o
impacto que as relações passadas tiveram sobre a realidade vigente. Desse modo,
conceitos fundamentais da relação humana serão questionados impactando
diretamente na formação do engenheiro no campo que implica a disciplina de
humanidades.

Palavras-chave: Trabalho, educação, sociedade, questionamento.


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1 INTRODUÇÃO

A educação e o trabalho estão intrinsecamente relacionados, assim para


avaliar com clareza um, o estudo do outro torna-se mandatório. Para Mészáros
educação formal seriam ensinamentos propagados por formadores de opinião que
visam impor a visão da classe dominante. Já trabalho, para o mesmo pensador,
engloba a transformação da natureza para auxiliar o ser humano na resolução de
seus problemas. Contudo, no modo de produção capitalista ocorreu uma distorção,
pois o produto do trabalho visa enriquecer o dono do bem de produção. Assim,
originou-se a alienação do trabalho que consiste na fuga do preenchimento dos reais
valores dessa atividade.
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2 SÍNTESE

Na obra referida sociedade civil é representada pelo direcionamento


ideológico da sociedade, exercendo sua influência através de diferentes meios que
correspondem a um amplo campo de atuação. Desse modo, instituições como:
igreja, instituições de ensino e imprensa transmitem os principais pensamentos da
classe dominante. Destaca-se os meios de ensino, pois eles têm um papel de
dificultar as concepções de mundo diferentes da imposta, para mitigar o perigo de
uma mudança de mentalidade.
O conceito de liberdade está ligado ao trabalho, devido a noções de
realização, plenitude e liberdade iniciarem e acabarem no trabalho. Pelo fato de as
instituições de ensino atuarem na liberdade do indivíduo surge a necessidade de
refletir sobre o relacionamento entre educação e trabalho. A atividade
transformadora da natureza, trabalho, é a própria condição de existência do ser
humano. Nela, o agente transformador modifica o ambiente para melhora de sua
existência, e com isso ele afasta-se do conceito de ser natural se aproximando de
ser social, contudo, ainda a natureza continua como parte vital de sua existência.
O resultado da modificação da natureza, com o passar do tempo, é a
elevação da dificuldade da atividade a ser demandada, pois os novos objetos criam
novas necessidades ao ser humano. Então todo esse contexto ao decorrer dos anos
irá formar a educação da sociedade, sendo impossível separar trabalho e educação.
Por conseguinte, a realidade que o ser humano vive atualmente atribui-se as
modificações feitas no passado, enquanto as modificações atuais irão impactar na
realidade futura.
A alienação do trabalho consiste no fato do fruto do trabalho não pertencer
mais a quem o produziu. Situação que ocorreu de maneira variada conforme a
sociedade, requerendo diferentes formas de superação. E é extremamente relevante
para a emancipação humana, processo que só será viável pela educação. Desse
modo, esse ato deverá ocorrer de forma gradual, devido a essa alienação ser o
alicerce da estrutura estatal presente.
A educação no molde atual privilegia o individualismo liberal inerente ao
capitalismo, contudo essa realidade presente não é imutável sendo possivelmente
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substituível. A essência da sociedade vigente visa o acumulo de capital, chegando


em campos que deveriam objetivar a satisfação do cidadão.
No campo educacional, por exemplo, pretende-se preparar as pessoas para
o mercado de trabalho e cristalizar o pensamento vigente, não cobrindo partes
fundamentais da prática do ensino. Assim, pensamento crítico e emancipatório são
subjugados em relação a internalização e naturalização de dogmas liberais. Esse
fato vai de encontro aos pensamentos de Adam Smith que afirma que o ensino limita
o aprendizado as tarefas laborais, indo de encontro com o interesse do mercado de
trabalho. T. H. Marshall também chega a mesma conclusão em seu estudo quando
cita que a educação é uma atividade do poder público que se limita a fornecer
ensinamentos profissionais.
Para mudar essa realidade do ensino é necessária uma reforma ampla, pois a
educação está intimamente liga a processos sociais que condizem com ideias da
classe dominante. Dessa forma, reformas que não atuem nas causas do problema
não obterão sucesso. Prova disso, são as soluções propostas por Adam Smith e
T.H. Marshall que foram fracassadas pois não atacaram o ponto principal da
problemática.
Com o passar do tempo, as instituições educacionais sofreram alterações,
contudo, o esqueleto permanece o mesmo protegendo os valores e ideais
capitalistas. Mas, a mentalidade capitalista não usa somente a educação para
transmitir suas crenças, as outras fontes, interligadas, também exercem influência
para o indivíduo adotar as diretrizes do capital como seus interesses particulares,
gerando a “internalização da educação”. Esse processo de internalização é mais
abstrato que a educação formal, assim para combate-lo é necessária uma ciência de
que o processo de aprendizagem ocorre durante a vida toda, não só em instituições
de ensino.
Para combater a forma que a educação é ensinada, de maneira eficiente, é
preciso agir na política e cultura também. Assim, deve-se ocorrer uma ação nessas
áreas que construa um aparato educativo que rivalize com a internalização dos
fundamentos da classe dominante, e essa reação precisa ser iniciada com a
negação da estrutura do estado político. Somente com esses procedimentos será
possível fomentar uma educação que priorize a dignidade humana, subjugando os
valores capitalistas.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a leitura e reflexão da obra “Relação entre educação e trabalho na busca


da dignidade humana a partir do pensamento de István Mészáros” percebe-se que a
educação foi utilizada como um instrumento de aparato ideológico da classe
dominante que fez o papel de preparar mão de obra qualificada para o mercado de
trabalho, em vez de despertar o pensamento crítico. Além de que a humanização
ocorreu com a transformação da natureza para atender as suas necessidades,
contudo com o atual distanciamento da propriedade do seu próprio trabalho está
ocorrendo um processo de desumanização, o qual só poderá ser revertido com a
superação do modo de produção atual.

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